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ÍNDICE
1. CÂNCER DE MAMA E COLO DO ÚTERO....................................................................................03
2. PRÉ-NATAL........................................................................................................................................07
3. PÓS-PARTO........................................................................................................................................15
4. ABORTAMENTO................................................................................................................................21
5. PLACENTA PRÉVIA.........................................................................................................................23
7. SÍNDROMES HIPERTENSIVASVitória
NA GESTAÇÃO........................................................................27
Malfatti Merino
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8. PARTO E PUERPÉRIO.....................................................................................................................32
9. ALEITAMENTO MATERNO.............................................................................................................39
10. NEONATOLOGIA.............................................................................................................................41
METAS NACIONAIS
PRINCIPAIS AÇÕES
Vitória
Aperfeiçoamento do rastreamento do Malfatti Merino
CA de mama e colo do útero; Universalização
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dos exames a todas as mulheres e garantia de 100% de acesso ao tratamento de lesões
percursoras de CA.
ATRIBUIÇÕES DE ENFERMAGEM
CÂNCER DE MAMA
03
FATORES DE RISCO
Idade;
Nuliparidade;
Obesidade;
Sedentarismo;
Menarca precoce;
Menopausa tardia;
Ingestão regular de álcool;
Exposição à radiação;
Primeira gravidez após 30 anos de idade;
Terapia de reposição hormonal;
História familiar (parente de 1º grau com diagnóstico de CA de mama bilateral, após os
50 anos ou masculino; diagnóstico de CA de ovário; histopatológico com lesão mamária
proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ).
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Nódulo palpável;
Endurecimento da mama;
Eritema mamário;
Secreção mamilar;
Linfonodo axilar palpável;
Edema mamário em “casca de laranja”;
Retração ou abaulamento;
Inversão, descamação ou ulceração do mamilo.
04
SINAIS DE ALERTA
05
RASTREAMENTO
EXAME CITOPATOLÓGICO
Recomenda-se que o exame não seja feito durante o período menstrual, devendo
aguardar 05 dias após o seu término, além da abstinência sexual em caso de uso de
preservativo, espermicidas ou lubrificantes.
06
PRÉ-NATAL
07
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
DATA PROVÁVEL DO PARTO: Regra de Nagele, onde se soma 7 dias ao dia e 9 meses
ao mês da DUM. Quando a DUM é desconhecida, o cálculo é feito por aproximação
considerando início do mês o dia 5, meio do mês o dia 15 e final do mês o dia 25 ou faz-
se a medição do fundo uterino. Exemplo: DUM em 28/05/2021
Somando 7 dia = 04/06/2021
Somando mais 9 meses = 04/03/2022
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ALTURA UTERINA
A partir de 20 semanas começa a ter relação com a idade gestacional, sendo menos fiel
a partir de 30 semanas.
SITUAÇÃO FETAL: relação entre o eixo longitudinal do feto com o da mãe. Pode ser
longitudinal (eixos paralelos), transversal (eixos perpendiculares) ou oblíqua (ângulo
entre posição paralela e perpendicular).
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POSIÇÃO FETAL: dorso fetal e o lado direito ou esquerdo da mãe.
APRESENTAÇÃO FETAL: pode ser pélvica (bebê sentado), córmica ou transversa (situação
oblíqua, bebê de “ombro”), cefálica fletida ou flexão completa (mento sobre o tórax),
deflexão de 1° grau (fontanela bregmática), deflexão de 2° grau (fronte), ou deflexão de 3°
grau (extensão máxima do pescoço)
MANOBRAS DE LEOPOLD
1° tempo: delimitação do fundo uterino
2° tempo: posição (dorso fetal)
3° tempo: apresentação
4° tempo: grau de insinuação
09
VACINAS NA GESTAÇÃO: Hepatite B (a partir de 14 semanas), influenza em qualquer idade
gestacional e antitetânica (onde considera-se imunizada a gestante com no mínimo 02
doses, sendo a 2ª administrada até 20 dias antes da DPP. A dTpa pode ser administrada
a partir de 20 semanas de gestação e deve ser administrada ao menos 01 dose a cada
gestação)
A vacina antirábica NÃO é contraindicada para gestantes, apenas a vacina contra febre
amarela, sarampo, rubéola e caxumba.
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• Condições ambientais desfavoráveis;
• Altura menor do que 1,45m; IMC de baixo peso, sobrepeso ou obesidade.
DIABETES GESTACIONAL
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Diabetes gestacional (DMG): intolerância aos carboidratos diagnosticada pela primeira
vez durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto.
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Glicemia em Jejum:
1ª consulta com < 24 semanas
• Normal: <85mg/dl ou 85 - 90mg/dl sem fatores de risco
• Ratreamento Positivo: 85 - 90mg/dl com fatores de risco ou 90 - 109mg/dl.
TTOG 75g:
Jejum: 95mg/dl 1h: 180mg/dl 2h: 155mg/dl
Manejo da DMG:
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Conduta obstétrica:
• Se o parto for induzido com ocitocina: manter dose usual de insulina na noite anterior,
suspender insulina no dia da indução e seguir com protocolo de trabalho de parto
espontâneo.
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Cesariana programada
Deve ser programada para o início da manhã.
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Retorno para avaliação a partir de 06semanas após o parto, onde se repete o TTOG 75g.
SÍFILIS GESTACIONAL
CLASSIFICAÇÃO:
> Terciaria: sinais e sintomas após 3-12 anos ou mais do contágio. Tubérculos/gomas,
aneurisma aórtico, Artropatia de Charcot, demência, comprometimento articular e tabes
dorsalis
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2- Congênita:
EXAMES
Vitória TERAPÊUTICAS
PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES Malfatti MerinoPARA ATENÇÃO INTEGRAL ÀS
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PESSOAS COM IST BRASIL, 2020:
Testes não treponêmico: quantificável (ex.: 1:2, 1:4, 1:8). Importante para o diagnóstico e
monitoramento da resposta ao tratamento. VDRL.
DICA 1: FTA-Abs é específico para sífilis, VDRL é apenas sensível. O VDRL 1/1, 1/2 e 1/4
significa início da doença ou cicatriz sorológica. A partir de 1/8 significa doença em
atividade. Para alcançar a cura o VDRL deve cair 02 títulos.
DICA 2: Se dividir denominador por 4 consigo identificar o título mínimo para se considerar
cura sorológica.
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Recomenda-se tratamento imediato com penicilina benzatina após 01 teste reagente,
treponêmico ou não treponêmico, para as seguintes situações: gestantes; vítimas de
violência sexual; pessoas com chance de perda de seguimento (que não retornarão ao
serviço); com sinais/sintomas de sífilis primária ou secundária; pessoas sem diagnóstico
prévio de sífilis.
A penicilina deve ser por via intramuscular (IM). A região ventro-glútea é a via preferencial
por ser livre de vasos e nervos importantes. Outros locais alternativos para aplicação
são a região do vasto lateral da coxa e o dorso glúteo. Para pacientes sintomáticos com
suspeita de sífilis primária e secundária e impossibilidade de realização de qualquer teste
diagnóstico recomenda-se tratamento empírico imediato para sífilis recente (paciente e
parceiro/a).
Vitória
• Evitar relação sexual até completar Malfatti Merino
tratamento;
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• A gestante deve realizar controle de cura mensal;
• Começar a tratar novamente em caso de interrupção do tratamento ou quadruplicação
dos títulos (ex.: de 1/2 para 1/8);
• Durante gestação com VDRL +, realizar o controle de cura mensal por VDRL; começar a
tratar novamente em caso de interrupção de tratamento ou quadruplicação dos títulos
(ex.: de 1/2 para 1/8).
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MANUAL PROTOCOLOS DA ATENÇÃO BÁSICA: SAÚDE DAS MULHERES BRASIL, 2016
Em gestantes:
• Realizar no mínimo 2 VDRL na gestação (1º e 3º trim. e 1 no parto);
• Testar e tratar o parceiro;
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• Notificar a Vigilância Epidemiológica.
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Teste rápido + deve-se coletar amostra para VDRL do paciente e seus parceiros/a.
• Sífilis primária: penicilina benzatina, dose única de 2.400.000 UI (1.200.000 em cada
nadega)
• Sífilis secundaria ou latente recente (<1 ano de evolução): penicilina benzatina, 02 doses
de 2.400.000 UI em 02 doses com intervalo de 01 semana (total de 4.800.000 UI)
• Sifilis terciaria ou latente tardia (1 ano ou mais de evolução ou duração): penicilina
benzatina, três doses de 2.400.000 UI com intervalo de 01 semana (total de 7.200.00 UI)
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TOXOPLASMOSE GESTACIONAL
• IgM + e IgG -
Doença recente. Inicia-se o tratamento imediatamente e repete o exame após 3 semanas.
• IgM - e IgG +
Vitóriarepetir
Doença prévia, não sendo necessário Malfatti Merino
exame.
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• IgM e IgG –
Suscetível a doença. Orientar sobre as medidas de prevenção e repetir o exame no 3º
trimestre.
Observação 1: em gestantes com infecção aguda, realizar USG mensal para avaliar
alterações morfológicas fetais e, caso haja alterações, encaminhar para o serviço
especializado.
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Observação 2: Em suspeita de infecção aguda materna, encaminhar a gestante para
centro especializado em medicina fetal para realização de amniocentese para avaliar a
presença de infecção fetal por análise do líquido amniótico através de PCR.
Observação 3: se >30 semanas, não avalia o líquido amniótico. Inicia o esquema tríplice
pela alta probabilidade de infecção fetal.
Outras causas menos frequentes de sangramento por via vaginal durante a gestação:
cervicites, pólipo endocervical,Vitória Malfatti
ectrópio, câncerMerino
de colo uterino, trauma vaginal e o
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sangramento do colo durante o trabalho de parto na 2ª metade da gestação.
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Gestação de risco, 2010: morte ovular antes das 22 semanas de gestação com
eliminação do produto ou quando o concepto tem -500g.
CLASSIFICAÇÃO:
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6. Abortamento Infectado: quadro infeccioso materno e quadro hemorrágico variável.
Pode apresentar secreção fétida endovaginal, dor pélvica intensa à palpação, calor
local e febre, comprometimento variável do estado geral. Manifestações clínicas
mais frequentes são: elevação da temperatura, sangramento genital com odor fétido
acompanhado de dores abdominais ou eliminação de pus pelo colo uterino. Pode ser
dividido em:
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É a implantação / desenvolvimento da placenta no inferior do útero, a partir da 22ª
semana. Se subdivide de acordo com o grau de oclusão do orifício cervical uterino.
Quais são os principais fatores de risco para placenta prévia? (BRASIL, 2012)
Cesariana prévia (principal); intervenções uterinasMerino
Vitória Malfatti anteriores (miomectomia, curetagem);
multiparidade / intervalo interpartal curto; tagagismo e gemelaridade.
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QUADRO CLÍNICO:
• Sangramento indolor;
• Autolimitado;
• Final do segundo e início do terceiro trimestre;
• Presença de sangramento sentinela (entre 26 e 28 semanas, intermitente e abundante,
vermelho vivo, que precisa de internações e transfusões frequentes).
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EXAME FÍSICO:
• Sinais vitais;
• Palpação abdominal;
• Medida da altura uterina;
• Ausculta dos batimentos cardíacos fetais;
• Exame especular cuidadoso;
• Não realizar toque vaginal até se conhecer a localização exata da placenta.
CONDUTA
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É a separação da placenta antes do nascimento do feto, em gestação de 22 ou mais
semanas. Pode ser parcial ou total.
QUADRO CLÍNICO:
• Dor abdominal;
• Persistência da dor entre as contrações no trabalho de parto;
• Sangramento genital de quantidade variável;
• História de hipertensão;
• Pesquisar presença de outros fatores de risco.
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EXAME FÍSICO:
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HIPERTENSÃO CRÔNICA
27
Outros sinais que podem sugerir o diagnóstico:
• PA ≥ 150/100mmHg;
• Proteinúria na fita ++ ou mais;
• Aumento exagerado de peso;
• Cefaleia grave e persistente.
• Dor abdominal persistente, principalmente na região epigástrica e hipocôndrio direito;
• Sangramento vaginal;
• Presença de contrações uterinas regulares;
• Presença de distúrbios visuais como diplopia, fotofobia, escotomas etc;
• Náusea ou vômitos persistentes;
• Diminuição dos movimentos fetais.
Em gestação > a 40 semanas: admissão hospitalar por 24-48 horas; instituir cuidados
maternos; se as condições materno-fetais NÃO estiverem comprometidas, seguir com
acompanhamento ambulatorial semanal / se as condições materno-fetais estiverem
comprometidas, parto por via apropriada.
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Em gestação com 40 semanas ou mais: parto pela via apropriada; cuidados maternos.
• Nifedipina;
• Hidralazina;
• Nitroprussiato de sódio – quando não existe resposta com as drogas acima e se houver
sinais de encefalopatia hipertensiva.
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ECLÂMPSIA: A ocorrência de convulsões em mulherescom pré-eclâmpsia caracteriza o
quadro de eclâmpsia. A conduta clínica visa ao tratamento das convulsões, da hipertensão
e dos distúrbios metabólicos, além de cuidados e controles gerais.
TRATAMENTO
CUIDADOS GERAIS:
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SÍNDROME HELLP:
• Hemólise • Plaquetopenia • Elevação das enzimas hepáticas
MANEJO:
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O parto normal geralmente ocorre entre 37 e 42 semanas completas e o feto
encontra-se, em geral, em apresentação cefálica. O trabalho de parto divide-se
clinicamente nos períodos: dilatação cervical, expulsão do feto e dequitação, acrescido
do período de Greemberg.
PRIMEIRO PERÍODO: DILATAÇÃO: Tem início com as contrações regulares e vai até a
completa dilatação da cérvice. Trabalho de parto estabelecido com dilatação >4cm. É
dividida em 3 fases: latente, ativa e transição.
Vitória Malfatti Merino
PREPARO PARA O PARTO (BRASIL, 2016):
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a) Pródromos (pré-parto)/Fase latente: pode durar dias ou semanas. Pode haver perda
do tampão mucoso e sensação dolorosa nas costas. Nessa fase, a mulher pode procurar
posições confortáveis, tomar um banho morno, repousar. Para Brasil (2017) a definição da
fase de latência do primeiro período do trabalho de parto: contrações uterinas dolorosas
e alguma modificação cervical, incluindo apagamento e dilatação até 4 cm.
c) Transição: período intermediário entre a fase ativa e a dilatação total (10 cm) e o
período expulsivo propriamente dito. As contrações ficam mais intensas e em intervalos
menores. Pode haver sensação de exaustão, náuseas e vômitos, entre outros.
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Para Brasil (2017) A duração do trabalho de parto ativo pode variar:
• nas primíparas dura em média de 8 a 18 horas;
• nas multíparas dura em média de 5 a 12 horas.
• Fase ativa: dilatação total do colo, cabeça do bebê visível, contrações de expulsão ou
esforço materno ativo após a confirmação da dilatação completa do colo do útero, na
ausência das contrações de expulsão.
Se a dilatação completa do colo uterino for confirmada em uma mulher sem analgesia
regional e não for identificado puxo, uma nova avaliação mais aprofundada deverá ser
realizada em 1 hora para identificação da fase do segundo período.
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MECANISMO DO PARTO OU ESTÁGIOS MEC NICOS
1- Insinuação
2- Descida e flexão da cabeça
3- Rotação interna da cabeça
4- Desprendimento e rotação externa da cabeça
5- Desprendimento das espáduas
6- Desprendimento do corpo
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Para a conduta ativa, administrar 10 UI de ocitocina IM após o desprendimento da
criança, antes do clampeamento e corte do cordão.
Tem início com a expulsão da placenta, ocorrendo ao longo das primeiras 1 a 4 horas,
até que os sinais vitais da mãe estejam estáveis. Formação do globo de Pinard. A perda
de sangue pode variar de 250 a 500 ml. Os cuidados básicos para atenção do período
pós-parto são:
1- Revisão manual do canal do parto: exploração do canal do parto por meio do toque
bidigital. A revisão rotineira da Vitória
placenta e anexos
Malfatti ovulares após o delivramento são
Merino
procedimentos recomendáveis e contribuem para o diagnóstico precoce de retenção
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de fragmentos placentários.
• Hemorragia pós-parto: Perda sanguínea acima de 500 mL após parto vaginal ou acima
de 1000 mL após parto cesariana nas primeiras 24 horas OU qualquer perda de sangue
pelo trato genital capaz de causar instabilidade hemodinamica.
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CLASSIFICAÇÃO DA HEMORRAGIA PÓS-PARTO:
• HPP PRIMÁRIA: ocorre nas primeiras 24 horas após o parto. As causas mais comuns
são atonia uterina, acretismo placentário ou restos intracavitarios, inversão uterina,
lacerações e hematomas no trajeto do canal do parto e os distúrbios de coagulação
congênitos ou adquiridos.
• HPP SECUNDÁRIA: ocorre após 24 horas, mas até seis semanas após o parto. E mais
rara e apresenta causas mais especificas como: infecção puerperal, doença trofoblástica
gestacional, retenção de tecidos placentários, distúrbios hereditários de coagulação.
1. Precoce: ocorre nas primeiras 24 horas. As principais causas são a atonia uterina, e
lacerações e hematomas do trajeto do canal do parto.
2. Tardia: ocorre após 24 horas até 6 semanas após o parto. As causas mais comuns são
a retenção de fragmentos placentários e infecção puerperal.
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PUERPÉRIO
3. Controle da temperatura axilar: pode haver ligeiro aumento de 36,8ºC a 37,9ºC nas
primeiras 24h.
4. Involução do útero
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5. Observação da ferida operatória: que deve ser limpa com SF 0,9%
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7. Lóquios: pode durar de 3 a 6 semanas. Pode ser sanguinolento (de 3 a 4 dias em média),
serosanguinolento (de 7 a 10 dias em média) e seroso/branco (a partir de 7 a 10 dias).
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A revisão puerperal é precoce quando ocorre de 7 a 10 dias após o parto, e o retorno
deve ser em torno de 6 semanas / 42 dias de puerpério.
INFECÇÃO PUERPERAL: estado febril após 24 horas do parto por pelo menos 02 dias
consecutivos dentro dos primeiros 10 dias de puerpério.
INCOMPATIBILIDADE DE FATOR RH
Quando o coombs indireto é negativo, posso fazer na mãe a imunoglobulina anti-D (anti
Rh), que deve ser feita a cada exposição. Administrar preferencialmente nas primeiras 72
horas na mãe com prazo mínimo de 13 dias e prazo máximo de 28 dias. Durante o pré-
natal pode ser feito como profilaxia entre 28 a 34 semanas quando não há histórico de
administração em gestação anterior.
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno se divide em
alguns tipos. São eles:
Aleitamento materno exclusivo (AME): oferta do leite materno, sem adição de outros
líquidos ou sólidos.
Aleitamento materno misto ou parcial: oferta de leite materno e outros tipos de leite
(vaca, cabra).
Quanto a produção de leite, cada mulher produz um leite com composição única. A
produção passa por um processo de maturação, o que faz com que o leite tenha 03
fases:
Leite de Transição: do 6º ao 15º dia após o nascimento. Tem coloração branca opaca.
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Leite maduro: considerado o leite ideal, por já possuir todos os componentes essenciais
para o desenvolvimento da criança. É produzido a partir do 15º dia após o nascimento.
PEGA MAMÁRIA
Para receber leite suficiente durante a amamentação, o bebê precisa ter uma boa e
adequada pega mamária. Uma pega mamária incorreta pode causar dor na mama
durante a amamentação, o bebê pode parecer não estar saciado após a amamentação
ou até mesmo não ganhar peso adequadamente.
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CONCEITOS:
IDADE GESTACIONAL
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CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL
Deve ser feito entre 1 a 5minutos ou quando a pulsação cessar, a menos que haja
contraindicação em relação ao cordão ou necessidade de reanimação neonatal.
Almeida (2016) já traz que o bebê prematuro (34 semanas ou mais) deve-se aguardar
de 30 – 60 segundos antes de clampear o cordao umbilical, desde que o bebe esteja
respirando e com bom tonus muscular. Já em casos de descolamento previo de
placenta, prolapso do cordão, nó verdadeiro de cordão e RN prematuro sem respirar
e com tonus em flexao, o clampeamento é imediato. As indicações de clampeamento
imediato são: sofrimento fetal, prematuridade, mãe HIV +, incompatibilidade de fato
Rh e gestação múltipla.
REANIMAÇÃO NEONATAL
1. Gestação a termo?
2. Ausência de mecônio ?
VitóriaeMalfatti
> avaliar FC, movimentos respiratorios Merino
tônus muscular.
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3. Bebê está respirando ou chorando ?
4. Bom tônus muscular?
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Os passos iniciais da reanimação são:
CUIDADOS IMEDIATOS:
1. Prover calor: o ambiente deve estar entre 24ºC a 36ºC, sem corrente de ar e na mesa
onde será atendido apos o parto deve estar 36ºC.
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6. Vitamina K (Kanakion): dose unica, 1mg / 0,1mL por via IM ou SC, no vastolateral da
coxa esquerda. Auxilia na coagulação (hemorragia). Pode ser administrado VO, 2 mg
ao nascimento + 1 dose de 2mg entre o 4º e o 7º dia. Em caso de RN em aleitamento
exclusivo a dose VO deve ser administrada após 4 a 7 semanas.
1. limpar com agua morna e sabao o excesso de vérnix caseoso, meconio e residuos.
Geralmente apos 24h do nascimento
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ALOJAMENTO CONJUNTO
HIPOTERMIA
1- grande área de superfície do RN facilita a perda de calor para o meio ambiente, embora
isso seja parcialmente compensado pela posição usual de flexão do RN, a qual diminui
a quantidade de área de superfície exposta ao ambiente.
2- a fina camada de tecido subcutâneo que proporciona isolamento deficitário para a
conservação de calor. mecanismos para manter a temperatura: posição fetal flexionada
(reduzindo a área exposta), vasoconstrição periférica
Vitória Malfatti Merinoe termogênese sem tremores.
Quando esses mecanismos falham, o resultado é hipotermia.
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CLASSIFICAÇÃO DA TEMPERATURA:
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MECANISMOS DE PERDA DE CALOR:
Radiação: transferência do calor corporal para superfícies frias no ambiente que não
estão em contato com o corpo do RN.
Condução: perda de calor por contato direto de um corpo com outro.
Convecção: perda de calor através do movimento do ar passando pela superfície da pele.
Evaporação: perda de calor durante a conversão do estado líquido para o gasoso. Ocorre
através da pele para o ambiente e também através da mucosa do trato respiratório.
2. Pele
2.1) Textura
2.2) Coloração: pletora (RN policitêmico, com hipotermia ou hiperoxigenado), palidez
(quando acentuada sugera anemia, choque ou vasoconstrição periféria), cianose
(generalizada: problema cardiorespiratorio; extremidade: acrocianose, hipotermia).
• Vérnix caseoso: substância branca espessa que confere cobertura protetora para a pele
do bebê. Formado por secreções das glândulas sebáceas do feto e é encontrado nos
primeiros 2 a 3 dias após o nascimento em pregas corporais e no cabelo. NÃO precisa
ser removido pois é absorvido pela pele.
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• Eritema tóxico: pequenas lesões eritemato-papulosas (pequenas pápulas ou pústulas
semelhantes a picadas de mosquito) nos primeiros dias de vida. Regridem em poucos
dias. É comum no rosto, no tórax e no dorso.
• Milium sebáceo (mília): pequenos pontos brancos (menor que 1mm) na base do nariz,
queixo e testa, devido à distensão e obstrução das glândulas sebáceas. Desaparecem
em poucas semanas. Quando aparece na boca e na gengiva do RN são denominadas
Pérolas de Epstein.
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• Equimoses: manchas comuns nos RN, sobretudo nos prematuros. A localização
depende da apresentação e dos traumas sofridos durante o parto. Situada na face tem
aspecto de cianose localizada e é chamada de máscara cianótica ou equimótica.
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CUIDADOS NA FOTOTERAPIA:
3. Cabeça
3.1) Fontanelas: Anterior em forma de losango (bregmática – fecha entre 12 a 18 meses) e
a posterior, triangular (lambdóide – fecha entre 6 a 8 semanas). A abertura da fontanela
ao nascer é ao redor de 1 a 3 cm.
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Em geral, as cardiopatias congênitas têm 1 ou mais dos seguintes sinais clínicos:
• Cianose.
• Sopro cardíaco
• Baixo débito sistêmico
• Taquipnéia
TESTE DA OXIMETRIA:
Resultado anormal: SatO2 menor que 95% ou diferença igual ou maior que 3% entre as
medidas do MSD e MMII.
Nesse caso, deve-se realizar nova aferição após 1 hora. Se o resultado se confirmar,
realiza ecocardiograma dentro das 24 horas seguintes.
5. Abdômen
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ATENÇÃO: Para tratar pústulas ou infecção no umbigo -> Lavar as mãos antes; Lavar
a lesão suavemente com água e sabão para retirar pus e crosta; Secar o local; Aplicar
ATB tópico 3x/dia (neomicina + bacitracina); Lavar as mãos. ** evitar uso de pé, creme,
corante e loção.
51
Manipulação somente com luva estéril. RN em decúbito lateral direito com anteparo
para as vísceras para elas não ficarem pendentes. Sonda orogástrica aberta. Proteger
herniação com compressa estéril e cobrir o curativo com um filme de PVC.
6. Urinário e Intestinal
7. Genitálias
8. Extremidades
No exame das mãos, prega palmar única em ambas as mãos associada à ausência
de prega falangiana no 5º quirodáctilo (dedo mínimo) é observada em situações de
hipotonia fetal, como na síndrome de Down. Em caso de ausência ou redução da
amplitude dos movimentos, suspeitar de displasia congênita de quadril. Avaliar sinal
de Allis ou Galeazzi (altura desigual entre os joelhos) e manobras Ortolani1 e Barlow
(articulação coxo-femoral).
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Quando existe instabilidade coxo-femural a manobra de Ortolani (a criança em
decúbito dorsal, segurando os MMII com os joelhos dobrados, e quadris fletidos a 90º
e aduzidos) faz com que a cabeça do fêmur se encaixe no fundo do acetábulo; esse
deslocamento é percebido nas mãos como um “click” (Ortolani positivo). Observar
também pé torto congênito.
9. Coluna Vertebral
53
Manual Atenção à Saúde do RN (BRASIL, 2011 / 2014): cuidados ao nascer em caso de
meningomielocele e meningocele:
54
Manual Atenção à Saúde do RN (BRASIL, 2011/1): Evitar o exame neurológico nas
primeiras 12 h de vida para minimizar a influência do estresse do parto.
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