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Jacinto Justino Mahumane

Leovigildo Ivano Manecas Chaúque

Luisa Patricio Mafume

Tchaina Lissai Muhave

Zélia da Sónia Colaço

Origem e Evolução da Vida

Licenciatura em Ensino de Geografia

Universidade Save

Massinga

2021
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Jacinto Justino Mahumane

Leovigildo Ivano Manecas Chaúque

Luisa Patricio Mafume

Tchaina Lissai Muhave

Zélia da Sónia Colaço

Origem e Evolução da Vida

Licenciatura em Ensino de Geografia

Trabalho de Pesquisa da cadeira de Biogeografia a


ser Apresentado no Departamento das Ciências
sociais para efeito de Avaliação.

Docente: Dr. Paulino R. Tamele

Universidade Save

Massinga

2021
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Índice
CAPITULO I:.........................................................................................................................4

1.Introdução............................................................................................................................4

1.1.Objectivos.........................................................................................................................4

1.1.1.Objectivos Gerais..........................................................................................................4

1.1.2.Objectivos Específicos..................................................................................................4

1.2.Metodologia......................................................................................................................4

CAPITULO II: Referencial Teórico.......................................................................................5

2.Vida.....................................................................................................................................5

3. Origem e Evolução da Vida...............................................................................................6

3.1. Origem da Vida...............................................................................................................6

3.1.1.Origem extraterrestre (Panspermia)..............................................................................6

3.1.2.Origem por evolução química (Oparin e Haldane).......................................................7

3.1.2.1. Características da teoria de origem por evolução química:.......................................8

4. Teorias de Evolução...........................................................................................................9

4.1. Fixismo............................................................................................................................9

4.2. Lamarckismo...................................................................................................................9

4.3. Darwinismo...................................................................................................................10

4.3.1. Princípios básicos das idéias evolutivas por seleção natural......................................10

4.4. Teorias sintéticas de evolução.......................................................................................11

CAPITULO III:....................................................................................................................13

5. Conlusão...........................................................................................................................13

6. Referências Bibliográficas................................................................................................14
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CAPITULO I:

1.Introdução

A Geografia como ciência é uma área de estudo extremamente ampla, esta, procura descrever
a terra em seu todo e, por vezes, até fenómenos além terrestres.
Estudar os seres vivos e compreender alguns mecanismos que os envolvem e regem a vida é
uma das áreas de estudo da ciência Geográfica, papel este, atribuído a Biogeografia.
Este trabalho, com o tema Origem e Evolução da Vida, traz conteúdos usados em pesquisas
anteriores que, de maneira sintética, darão a saber a cerca da origem da vida dentro do planeta
Terra através de Teorias e seus respectivos teóricos que deixaram sua linha de pensamento
pelo decorrer da história científica sem deixar de lado algumas de suas controversias.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivos Gerais

 Conhecer os processos de origem e evolução da vida

1.1.2.Objectivos Específicos

 Apresentar as diversas formas de origem da vida;


 Descrever processos de evolução da vida;
1.2.Metodologia

Para responder o tema do trabalho e atingir os objectivos determinados foram realizadas


recorreu-se ao método de consulta bibliográfica que segundo GIL (2009:44), a pesquisa
bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado e aquelas que se propõem à
análise das diversas posições acerca de um problema. Também foram usados artigos da
internet.
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CAPITULO II: Referencial Teórico

2.Vida

Embora a palavra vida pareça ter um sentido óbvio, ela conduz a diferentes idéias, tornando-
se necessário definir o próprio objecto a que nos referimos.

Para psicólogos, ela traz à mente a vida psíquica; para sociólogos, a vida social; para os
teólogos, a vida espiritual; para as pessoas comuns, os prazeres ou as mazelas da existência.
Isso é parte da nossa visão fortemente antropocêntrica do mundo (DAMINELI &
DAMINELI, 2007).

Tendo em conta a origem e evolução a vida é definida como um sistema químico capaz de
transferir a sua informação molecular por autoreprodução e que é capaz de evoluir
(SCHRÖDINGER, 1943).
Para uma parte relativamente pequena das pessoas, ela traz à mente imagens de florestas,
aves e outros animais, porém, mesmo essa imagem é parcial, já que a imensa maioria dos
seres vivos são organismos invisíveis.

Os micróbios compõem a maior parte dos seres vivos, mais de 80% vivendo abaixo da
superfície terrestre, somando uma massa igual à das plantas. Entretanto, os micróbios ainda
não ocupam a devida dimensão em nosso imaginário, apesar de mais de um século de uso do
microscópio e de freqüentes notícias na mídia envolvendo a poderosa ação de micróbios, ora
causando doenças ora curando-as, fazendo parte do ecossistema ou influindo na produção de
alimentos.

Esse quadro se deve ao facto de que a vida ainda é um tema recente no âmbito científico,
comparado com sua antiguidade no pensamento filosófico e religioso. Uma concepção muito
difundida entre os povos de cultura judaico-cristã-islâmica é que a vida foi insuflada na
matéria por Deus, e seria, portanto, uma espécie de milagre e não uma decorrência de leis
naturais.

Entre os animais superiores, o sopro vital passaria para os descendentes por meio da
reprodução, entretanto, Aristóteles acreditava que alguns seres como insectos, enguias ou
ostras, apareciam de forma espontânea, sem serem frutos da semente de outro ser vivo. Essa
concepção é conhecida como geração espontânea e parece ter sido derivada dos pré-
socráticos, que imaginavam que a vida, assim como toda a diversidade do mundo, era
formada por poucos elementos básicos (DAMINELI & DAMINELI, 2007).
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3. Origem e Evolução da Vida

3.1. Origem da Vida

É difícil traçar a origem dessa concepção, porém, os escritos de Aristóteles (384-322 a.C.)
falam da pneuma, que seria uma espécie de matéria divina e que constituiria a vida animal. A
pneuma seria um estágio intermediário de perfeição logo abaixo do da alma humana.

A dualidade entre matéria e vida nos animais ou entre o corpo e alma nos seres humanos já
aparecia na escola socrática, da qual Aristóteles era membro, embora de modo um pouco
diferente.

A idéia de geração espontânea está também presente em escritos antigos na China, na Índia,
na Babilônia e no Egito, e em outros escritos ao longo dos vinte séculos seguintes, como em
van Helmont, W. Harvey, Bacon, Descartes, Buffon e Lamarck. Parece que sua dispersão
pelo mundo ocidental se deu por intermédio de Aristóteles, dada sua grande influência em
nossa cultura.

Um experimento de laboratório de Louis Pasteur (1822-1895) colocou um ponto final na


idéia da geração espontânea, passando-se a admitir que a vida só pode vir de outra vida.

Curiosamente Pasteur dizia que não tinha eliminado totalmente a possibilidade da geração
espontânea, de facto, seu experimento não poderia se aplicar à primeira vida, e a idéia de que
a vida podia vir da matéria inorgânica continuou em pauta entre outros grandes cientistas,
entretanto, ela mudou para um contexto tão diferente das visões anteriores, que não podemos
rotulá-la da mesma forma. Essa nova forma de geração espontânea só seria válida para a
primeira vida, daí para a frente seria exigida a reprodução (DAMINELI & DAMINELI,
2007).

Actualmente considera-se três formas diferentes de pensar a respeito do mistério que envolve
a origem da vida:

Criação divina: explica que Deus criou todas as coisas. A fé não necessita de provas
(Ibidem)

3.1.1.Origem extraterrestre (Panspermia)

A vida se originou fora da Terra e chegou ao nosso planeta sob a forma de “esporos” trazidos
por meteoritos vindos do espaço, que teriam se desenvolvido nas condições favoráveis da
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Terra. O nosso planeta recebe diariamente centenas de pequenos meteoritos e inclusive uma
das hipóteses para a extinção dos dinossauros é atribuída a um grande meteoro que atingiu
nosso planeta na região do Golfo do México(DAMINELI & DAMINELI, 2007).

Fig. 1: Foto de pormenor no meteorito ALH84001 que serve de fundamento para a origem da
vida por Panspermia.

Fonte: mailto:alcacer@lx.it.pt

A foto de pormenor no meteorito ALH84001, pesa cerca de 1,9 kg, foi encontrada em 1984
no Antartico, e pensa-se que tem 4,5 mil milhões de anos. Alguns cientistas suspeitam que as
formas observadas pelo microscópio electrónico de varrimento (SEM) sejam apenas de
origem mineral. David McKay do Centro Espacial Lyndon B. Johnson assegurou em 1996,
que são micróbios marcianos fossilizados (SMITH & SZATHMÁRY, 1999).

3.1.2.Origem por evolução química (Oparin e Haldane)

Nesta teoria os seres vivos são o resultado da combinação de moléculas orgânicas que teriam
se formado na atmosfera primitiva e depois nos oceanos, a partir de moléculas inorgânicas;
esta é a teoria mais aceita hoje e foi formulada na década de 1920.
Em 1922 o cientista russo Oparin sugeriu que a vida da célula foi precedida de um período de
evolução química.
Em 1953, Stanley Miller (na Universidae de Chicago), colocou num reactor (balão), uma
mistura de amônia (NH3), metano (CH4), hidrogênio (H2) e vapor d´água (H2O) a que se
chamou depois, a sopa primitiva; queria assim simular a atmosfera primitiva. Depois de selar
o reactor, provocou sucessivas descargas eléctricas no seu interior. Duas semanas depois o
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líquido começou a mudar de cor. Quando o analisou encontrou pelo menos dois aminoácidos,
a alanina e a glicina, típicos da matéria viva (SMITH & SZATHMÁRY, 1999).

Fig. 2: Experimento de Experimento de Stanley Miller.


Fonte: mailto:alcacer@lx.it.pt

3.1.2.1. Características da teoria de origem por evolução química:

Na teoria de origem por evolução química a Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos e a crosta
terrestre se formou a 2,5 bilhões de anos.

A atmosfera primitiva era muito diferente da actual, não tinha oxigênio nem nitrogênio. A
composição era predominantemente de amônia (NH3), metano (CH4), hidrogênio (H2) e
vapor d´água (H2O).

A medida que as temperaturas na Terra foram diminuindo, o vapor de água se condensava


caía sobre a crosta e evaporava, o que favoreceu o ciclo de chuvas e ocorrência de descargas
elétricas.

A combinação entre as descargas e a radiação ultravioleta modificou as ligações químicas das


moléculas da atmosfera formando novas substâncias, como os aminoácidos (moléculas
orgânicas).

A água das chuvas arrastava estes aminoácidos para a crosta terrestre.


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As moléculas foram se unindo e formaram cadeias de aminoácidos (os proteinoides). Estas


substâncias foram se acumulando em mares primitivos, os mares primitivos viraram sopas
nutritivas, ricas em matéria orgânica e desta forma, houve uma intensa agregação de
moléculas orgânicas formando coacervatos (agregação de moléculas de grande estabilidade).

Os coacervados possuíam a capacidade de absorver materiais de meio. E durante muito


tempo houve reações químicas dentro dos coacervados por catalise via enzimas.

Provavelmente, os primeiros seres vivos surgiram a partir de sistemas organizados, como os


coacervados, a partir da reprodução e regulação interna (DAMINELI & DAMINELI, 2007).

4. Teorias de Evolução

4.1. Fixismo

Pensamento predominante no século XVIII, cada espécie teria surgido de maneira


independente e permaneceria sempre com as mesmas características (MÓDULO 2).

Figura 3: Fixismo
Fonte: http://i196.photobucket.com/albums/aa14/Inibace_2007/Fixismo.jpg;

4.2. Lamarckismo

Lamarck contrariou as ideias fixistas da época. O francês defendia que os organismos actuais
surgiram de outros mais simples e teriam uma tendência a se transformar, gradualmente, em
seres mais complexos e os seres mais simples, por sua vez, poderiam surgir por geração
espontânea e sua evolução seria guiada por necessidades internas dos organismos.
São dois mecanismos de transformação:
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Lei do uso e desuso: um órgão desenvolvia-se com o uso e atrofiavase com o desuso. Assim,
a língua comprida do tamanduá ou do camaleão, teriam se desenvolvido em resposta às suas
necessidades alimentares e de uso de órgão.
Lei da herança das características adquiridas: o carácter seria transmitido aos
descendentes. Assim, um halterofilista desenvolveria seus músculos com exercícios e essa
característica passaria a seus filhos (MÓDULO 2).

Fig. 4: Exemplo de evolução por meio da Teoria de Lamarck.


Fonte: http://gracieteoliveira.pbworks.com/f/1322687117/Sem%20T%C3%ADtulo2.jpg;

4.3. Darwinismo

Todos os organismos descendem, com modificações, de ancestrais comuns. A seleção natural


actua sobre as variações individuais, favorecendo as mais aptas.
4.3.1. Princípios básicos das idéias evolutivas por seleção natural

Os indivíduos de uma mesma população não são idênticos. Há variações em todos os


caracteres.
Mesmo que os organismos tenham grande capacidade de reprodução nem todos chegam à
fase adulta.
O tamanho das populações é constante ao longo das gerações, portanto, esta constância tem
um preço: grande disputa pela vida entre os descendentes, porque poucos alcançarão a
maturidade.
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Aquele mais adaptado às variações do ambiente tem mais chance de sobreviver e deixar
descendentes com estas adaptações.
Ao longo das gerações, a actuação da seleção natural sobre os indivíduos da população
propícia a adaptação destes ao meio e pode levar ao surgimento de novas espécies.

Fig. 5: Exemplo de evolução por meio da Teoria de Darwin.


Fonte: http://gracieteoliveira.pbworks.com/f/1322687117/Sem%20T%C3%ADtulo2.jpg;

A seleção natural deve ser entendida como um processo natural. Nem Lamarck nem Darwin
conseguiram explicar como surgiu tal variação, nem como ocorria a transmissão das
características hereditárias ao longo das gerações. Os conhecimentos de Genética eram
rudimentares na época, e, apesar do trabalho de Mendel, sobre as leis da herança terem sido
divulgados em 1865, só passou a ser considerada essencial na virada do século XX
(MÓDULO 2).

4.4. Teorias sintéticas de evolução

Segundo esta teoria, os principais factores que actuam sobre o conjunto de genes de uma
população são: mutação, migração, seleção natural e deriva genética.
Mutação: fonte primária de variabilidade. Não ocorre para adaptar o individuo ao ambiente.
Elas ocorrem ao acaso e, por seleção natural, são mantidas quando adaptativas (positivas) ou
eliminadas (quando negativas).
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Há também mutações gênicas que são neutras. As mutações podem ocorrer em células
somáticas ou em células germinativas.
Migração: corresponde aos processos de entrada (imigração) ou saída (emigração) de
indivíduos de uma população. A imigração, chegada de novos indivíduos, pode introduzir
novos genes na população, o que aumenta a variabilidade genética. Com a emigração,
normalmente há redução da variabilidade genética da população. A migração permite que se
estabeleça fluxo gênico entre populações distintas.
Seleção Natural: a seleção natural actua permanentemente sobre todas as populações.
Mesmo em ambientes estáveis e constantes, a seleção natural, que age de forma
estabilizadora, está presente eliminando os fenótipos desviantes.
A seleção actua sobre os fenótipos que resultam da interação entre genótipo e ambiente,
portanto, o ambiente não representa um sistema constante e estável, quer ao longo do tempo
quer ao longo do espaço, o que determina interações diferentes entre os organismos e o meio.
Deriva genética: a deriva é um processo totalmente ao acaso; corresponde a processos
aleatórios que reduzem a variabilidade genética de uma população sem relação com a maior
ou menor adaptabilidade de indivíduos.
Existem dois tipos de deriva genética: efeito gargalo (redução de população inicial em uma
ou mais populações pequenas); princípio fundador (Estabelecimento de uma nova
população a partir de poucos indivíduos que emigram de uma população original.
Trata-se de uma das maneiras mais comuns de dispersão de inúmeras espécies animais e
também de origem de espécies (MÓDULO 2).
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CAPITULO III:

5. Conlusão

Porque a teoria mais aceita até hoje é a de origem por evolução química pudemos concluir
que a Terra de entre as moléculas que haviam na Terra antes do aparecimento da vida (há 3
ou 4 mil milhões de anos) estavam provavelmente a água, o dióxido de carbono, o metano e a
amónia.
Em dado momento formou-se, por causas ainda obscuras (exemplo processo de Miller), uma
molécula capaz de criar cópias de si mesma: um replicador, que actuava como modelo, no
caldo rico nos blocos moleculares necessários à formação de cópias.
Surgiram entretanto vários replicadores que competiam entre si pelos tais blocos. As
variedades menos favorecidas ter-se-ão extinguido. As que sobreviveram construíram
máquinas de sobrevivência dentro das quais podem viver.
Actualmente os replicadores são os genes e as máquinas de sobrevivência somos nós!
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6. Referências Bibliográficas

DAMINELI, Augusto & DAMINELI, Daniel Santa Cruz. Origens da vida. 2007.
MÓDULO 2, ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS.
SCHRÖDINGER, E. O que é a vida? 1943.
SMITH, John Maynard & SZATHMÁRY, Eörs. The origins of life. From the Birth of Life to
the Origins of Language. Oxford University Press. 1999.

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