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AULA 01 - DEFINIÇÕES, OBJETIVOS, DIMENSÕES, MODALIDADES E GESTÃO DE PROJETOS

Este curso foi pensado por uma equipe de professores conteudistas, desenhistas e tu-
tores para atendê-los em todas as expectativas referentes aos conceitos da Bioética.

O modelo didático de seu curso baseia-se no ideal da aprendizagem colaborativa


(todos se auxiliam na construção compartilhada do saber) e nas metodologias ativas
(aprender fazendo mediante o desenvolvimento de sua autonomia intelectual). O mé-
todo é bem diferente do aprendizado tradicional (baseado na recepção passiva de
conhecimentos) e tem se mostrado altamente eficaz na busca de um aprendizado
permanente, consistente, prático e “para a vida toda”.

Nesta disciplina, conheceremos os conceitos, as ferramentas e as técnicas de Gestão


de Projetos de forma a atender as demandas das organizações contemporâneas no
alcance de seus objetivos estratégicos, bem como na implementação de escopos mais
alinhados aos interesses das partes interessadas, considerando seu prazo, custo e
qualidade.
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O conteúdo é bem simples, mas permite alto nível de aprofundamento. Para isso, você deve ler todos os artigos e livros indicados no material.

Fique atento aos prazos, regras e conteúdos em seu guia do aluno.

As avaliações semanais devem ser postadas dentro do prazo constante em seu crono-
grama.

Entre em contato com seu tutor ou com a coordenação sempre que achar necessário
(pela plataforma ou pelos ramais 902, 947 e 961).

Ao longo do curso, você encontrará alguns ícones importantes:

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Objetivos:
 Entender o que é um projeto;
 Conhecer o histórico do gerenciamento de projeto;
 Ter uma compreensão geral da atividade de gerenciamento
de projeto.
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O QUE É UM PROJETO Uma construtora pode replicar um projeto desenvolvido


em uma determinada cidade em outra. Mesmo que a
De modo geral, um projeto é um empreendimento temporário planta geral e a fachada sejam as mesmas, regras e leis
com o objetivo de criar um produto ou serviço único, o qual se- dessas cidades podem ser diferentes, o terreno pode ser
rá elaborado progressivamente. Vamos entender o que significa diferente, requerendo ajustes na estrutura, a mão-de-
cada uma destas características: obra pode ser menos ou mais qualificada. Portanto, por
mais que um projeto seja semelhante ao outro, o que
- Temporário: chamamos de singularidade, ele sempre terá suas pecu-
liaridades fazendo-o único.
Um projeto é um empreendimento com começo, meio e
fim definidos, dirigido para cumprir metas estabelecidas - Elaboração progressiva:
dentro de parâmetros de custo, tempo e qualidade. A essa
característica damos o nome de temporariedade. A elaboração de um projeto segue uma sequência de
etapas logicamente posicionadas até sua conclusão.
- Produto ou serviço único: Chamamos isso de temporariedade.

Um projeto é o desenvolvimento de algo nunca feito an- Algumas outras características são importantes para entender
tes. Mesmo que já existam milhares de edifícios residenci- um projeto:
ais, cada um tem suas peculiaridades, portanto é único.
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- O projeto será executado por pessoas: - Será planejado, executado e controlado:

Projetos não são linhas de produção automatizadas. São Todo projeto deve ter um limite claro do que o define.
eventos que requerem o trabalho intensivo de pessoas Por exemplo, uma casa que será construída tem limites
qualificadas, tanto na arte de gestão do projeto em si, co- físicos em sua especificação, como área, quantidade de
mo das características específicas do projeto, como, por quartos, banheiros, andares. Para que essa casa possa
exemplo, uma indústria química, a produção de um filme, ser construída, deve-se fazer um planejamento das ativi-
uma campanha de marketing, entre outros. dades que serão executadas visando ao seu dimensiona-
mento e programação. Feito isso, segue-se a execução
- Restringido por recursos limitados:
da obra propriamente dita. Essa obra, por mais que sim-
ples, não pode ser feita sem um controle da quantidade
Todo projeto tem um prazo determinado para ser feito, as-
de material que está sendo consumido, do tempo que os
sim já temos que o recurso tempo, é limitado. Todo proje-
operários levam para executar cada tarefa, se o tipo e as
to também apresentará um orçamento que foi aprovado
características dos materiais adquiridos correspondem
anteriormente, mostrando que os recursos financeiros
ao que fora especificado, entre outros.
também são limitados. Além disso, o tamanho da equipe
também é uma restrição importante.
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Falando mais especificadamente sobre a limitação de recursos, Eurotúnel: trajeto e foto da extremidade francesa
existe um conceito de que todo projeto tem uma tripla restrição,
ou seja, que ele sempre terá prazo, custo (ou orçamento) e es-
copo restritos.

Um bom exemplo de um projeto de grande porte é o Eurotúnel.


Trata-se de uma um túnel ferroviário duplo para transporte de
passageiros que liga a cidade de Folkeston, no leste da Ingla-
terra, à Pas-de-Calais, no norte da França. Sua extensão total
(Figura 1) é de 50,5 km, dos quais 37,9 km estão, em média,
a 45 metros sob o Canal da Mancha (Figura 2). Ele foi projeta-
do para operar com trens de alta e média velocidade, aproxi-
madamente 160 km/h.
Figura 1
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Perfil geológico Eurotúnel Sua ideia data do século XIX, mais precisamente de 1802,
quando o engenheiro francês Albert Mathieu fez uma proposta
de construção de um túnel que seria utilizado não por trens,
mas por carruagens, incluindo uma ilha artificial no centro do
percurso para troca de cavalos e ventilação.

Muito se passou e foi discutido sobre o túnel até que suas


obras começassem em 1988 com um orçamento de ₤ 2.6 bi-
lhões (₤ 7.6 bilhões em valores atuais, ou aproximadamente
R$ 29,5 bilhões). Seu prazo original era de 5 anos, mas foi
concluído em 6, ou seja, um atraso de 20%. O orçamento fi-
nal ficou em ₤ 4.6 bilhões (₤ 13 bilhões, em valores atuais ou
R$ 50 bilhões), representando um “estouro” no orçamento de
80%. No pico da obra, foram envolvidos 21.000 trabalhado-
Figura 2
res.

Este é um exemplo de um grande projeto, mas pequenos pro-


jetos fazem parte de nosso dia-a-dia, como a construção de
uma casa, o lançamento de novos produtos, ou ainda:
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Dica de vídeo:
- Desenvolver um novo produto ou serviço; Conceitos fundamentais do gerenci-
amento de projetos
- Implementar uma mudança organizacional a nível de estrutu- https://www.youtube.com/watch?
ra, de pessoas ou de estilo gerencial; v=9mCQORwPY-A

- Planejar um novo veículo de transporte;


HISTÓRIA
- Desenvolver ou adquirir um sistema de informação novo ou
As modernas ferramentas de gerenciamento de projeto tiveram
modificado;
seu desenvolvimento provocado em grande parte pela Guerra
- Construir um prédio ou instalações; Fria, período armamentista que aconteceu logo após o final
da Segunda Guerra Mundial – SGM e a Queda do Muro de
- Levar a cabo uma campanha política;
Berlin, símbolo do fim do regime socialista. Nesse período,

- Implementar um novo processo ou procedimento organizacio- houve um intenso investimento no desenvolvimento de novos e

nal. mais potentes armamentos, assim como a Corrida Espacial,


por meio da qual os Estados Unidos da América - EUA e a en-
tão União Soviética – URSS, competiam para chegar primeiro
à lua.
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As forças armadas americanas são responsáveis pela criação O CPM, Critical Path Method, ou Método do Caminho Crítico,
de diversas ferramentas de gestão, mas especificamente falando foi publicado em 1958, a DuPont® no início dos anos 1940,
de projetos, a Marinha americana, em parceria com a consulto- sendo chamado apenas de Caminho Crítico, foi importante
ria Booz Allen Hamilton, desenvolveu um método de gerencia- para o sucesso do Projeto Manhattan, projeto secreto america-
mento de atividades chamado de PERT, ou Program Evaluation no que envolveu cientistas, militares e empresas no desenvolvi-
Review Technique, enquanto desenvolvia um míssil chamado mento da bomba atômica. Após a SGM, a DuPont® e a Re-
Polaris (Figura 3) que envolvia 9.000 fornecedores de peças e mington Rand, empresas de armamentos, aprimoraram a me-
componentes e seu projeto e montagem envolviam 70.000 ta- todologia que ficou conhecida como Método do Caminho
refas a serem executadas. Crítico.
Míssil Polaris

O método PERT, publicado em 1957, O CPM consiste na atribuição de duração às atividades e, a

consistia no sequenciamento de ativida- partir da dependência entre elas, calcula-se o menor prazo

des e na conexão entre elas demons- possível para que o projeto possa ser executado.

trando a dependência que uma tinha


A partir da década de 1960, os dois métodos passaram a ser
sobre a outra, por exemplo, a monta-
usados conjuntamente gerando o que hoje conhecemos como
gem do motor (unidade de propulsão)
PERT/COM, uma fusão entre estes dois métodos de trabalho,
somente poderia ser feita após a con-
assunto que estudaremos ao longo deste curso.
clusão da estrutura. Figura 3
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GESTÃO DE PROJETOS E ESTRATÉGIA Ao visualizar a forma como a Natura funciona, você compre-

EMPRESARIAL ende parte das estratégias dessa empresa. Mas onde entra a
gestão de projetos? Cada decisão estratégica necessita ser
As empresas bem-sucedidas adotam estratégias claras que, en- implantada. Podemos citar como exemplo uma nova linha de
tre outras coisas, servem de norte para o desenvolvimento e produto ou um novo canal de venda para o cliente; uma loja

funcionamento da empresa. De forma geral, estratégia empre- virtual própria. Ao implantar essa hipotética loja virtual, a em-
presa estará gerenciando um projeto que terá um prazo para
sarial é a forma única com que a empresa desenvolve e executa
ser finalizado e recursos limitados para execução.
seu negócio. Um exemplo interessante é a empresa Natura. À
primeira vista você pode dizer que ela é uma empresa de cos- Vantagens do uso na gestão de projetos
méticos, mas pense um pouco, que tipo de cosméticos? Como
As vantagens do uso na gestão de projetos em questões estra-
é o método de venda da empresa? De que forma ela entrega
tégicas das empresas, entre outras, são:
seu produto ao cliente? Ao responder essas perguntas, você
provavelmente dirá que a Natura é uma empresa de cosméticos - Permitir rápidas respostas às mudanças de mercado e opor-
baseados em produtos naturais, os quais são vendidos pessoal- tunidades;
mente por meio de um corpo de vendas que vai diretamente ao
- Possibilitar que a organização produza mais com menos re-
cliente e, cuja entrega é feita por um sistema logístico complexo
cursos;
por envolver uma gama enorme de produtos e locais de entre-
ga. - Reduzir perdas financeiras por meio de monitoração das fa-
ses dos projetos maximizando o foco.
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- Foi completado dentro do prazo?

- Foi executado dentro do orçamento previsto e previamente


aprovado?

- Foi finalizado respeitando as normas técnicas e de qualida-


de?

- Foi finalizado respeitando tudo o que foi especificado


(escopo)?

- Alcançou as metas e objetivos a que se propôs?


FATORES DE SUCESSO OU FRACASSO EM
- Atingiu a expectativa de todos os interessados no projeto
GERENCIAMENTO DE PROJETOS
(acionistas, sociedade, colaboradores, entre outros)?
Não é simples definir o que é um projeto bem-sucedido, contu-
do, podemos elencar perguntas que induziriam às suas caracte- Olhando de outra forma, podemos encontrar alguns erros, ou
rísticas: enganos, comuns em projetos que acabam por comprometer
os resultados. Podemos citar, entre eles:
- Produziu as “entregas” (o que deveria ter sido feito) planeja-
das?
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- A não compreensão da equipe de gerenciamento quanto ao Com o passar do tempo, estas ferramentas foram difundidas
seu alinhamento com a estratégia ou com os objetivos da em- no meio empresarial criando um grande número de profissio-
presa; nais que passaram a se dedicar ao gerenciamento de projetos.
Com o surgimento dessa categoria profissional, era natural
- A falta de gerenciamento das expectativas dos interessados, ou
que surgissem entidades que os representasse e também seria
seja, não se entende o que a diretoria, os acionistas, os colabo-
natural que essas criassem métodos ou guias de ação para os
radores, entre outros, esperam como resultado do projeto;
gerentes de projeto. Foi o que aconteceu. Em resumo, surgi-
ram várias entidades que congregavam gestores de projetos
- A falta de um cronograma realista, ou seja, o projeto não po-
como o International Project Management Association (IPMA),
de ser executado no tempo desejado incialmente;
mas foi o Project Management Institute (PMI) que acabou tor-
- A não identificação dos riscos envolvidos no projeto; nando-se a principal referência para esses profissionais.

- A falta de liderança da equipe de gerenciamento do projeto. O PMI surgiu em 1969 e já em 1970 lançou sua revista o Pro-
ject Management Quarterly (PMQ) e, em sequência, seus pri-
ENTIDADES E BOAS PRÁTICAS meiros seminários sobre gerenciamento de projetos. Diante da
Voltando um pouco para a história do gerenciamento de proje- necessidade de melhor caracterizar a atuação do gerente de
tos, você se lembra de que falamos que as ferramentas clássicas projetos e de difundir o que se entendia como sendo as me-
como o PERT/CPM foram desenvolvidas a partir da década de lhores práticas, o PMI organizou uma publicação chamada
1940?
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Project Management Body of Knowledge (PMBOK), em tradu-


ção livre, Livro do conhecimento de gerenciamento de projetos.
Vídeo – entrevista
Esta publicação é atualizada periodicamente e encontra-se na
Gestão De Projetos com Professor
sua quinta (5ª) edição e teve (e ainda tem) como objetivo: Paulo Sabbag no Alma do Negócio -
JustTV - 15/09/11
- Fornecer um conjunto de conhecimentos de gerenciamento de
projetos que sejam, ao longo do tempo, reconhecidos como as
melhores práticas;

Assim, surgiu a certificação Project Management Profissional –


- Criar um vocabulário comum entre os profissionais para evitar
PMP (Profissional de gerenciamento de projetos). Empresas
que as mesmas ações sejam chamadas de diversas formas, o
que desejam contratar profissionais de gerenciamento de pro-
que dificultaria a divulgação e o aprendizado das melhores prá-
jetos, geralmente, nas características requeridas exigem, por
ticas de gerenciamento de projetos.
exemplo, “PMP desejável”, ou “PMP exigido”, demonstrando
Diante do grande número de profissionais de gerenciamento de que para aquela vaga, serão contratados preferencialmente
projetos que surgiram, o PMI entendeu que seria importante cri- profissionais certificados como PMP. Atualmente, existem mais
ar uma certificação para o profissional de gerenciamento de de 240.000 profissionais certificados em todo o mundo.
projeto que demonstrasse dominar as melhores práticas propa-
gadas pelo PMI.
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REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

Software: Open Project HELDMAN, K. Gerência de Projetos: guia para o exame oficial
do PMI. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009
https://www.openproject.org/
open-source/download/
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da
produção. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009

VARGAS, R. V. Manual prático do plano de projeto: utilizando


o PMBOK Guide. 5. ed. São Paulo: Brasport, 2014.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

BRUZZI, D. G. Gerência de Projetos. Brasília: SENAC, 2008.

HOLANDA, N. Planejamento e projetos. Rio de Janeiro: Apec,


1975.
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KRAJEWSKI, L.; MALHOTRA, M.; RITZMAN, L. Administração da


produção e operações. 8. ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2010.

MAXIMIANO, A. C. A. Administração de projetos: como trans-


formar ideias em resultados. São Paulo: Atlas, 1997. 196p.

MEREDITH, J. R.; MANTEL JUNIOR, S. J. Administração de pro-


jetos: uma abordagem gerencial. 4.ed. São Paulo: LTC, 2003.

BIBLIOTECA DIGITAL

Carvalho Júnior, Moacir Ribeiro de. Gestão de Projetos da


academia à sociedade. Curitiba: Editora Intersaberes, 2012.
ISBN: 9788582121528.

VALERIANO, DALTON. Moderno Gerenciamento de Projetos.


São Paulo: Pretence-Hall, 2005. ISBN: 9788576050391

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