Você está na página 1de 14

1

António Manuel Noronha

Filosofia Política Na Antiguidade & O debate entre Sócrates e os Sofistas

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2023
2

António Manuel Noronha

Filosofia Política Na Antiguidade & O debate entre Sócrates e os Sofistas

Curso de licenciatura em Ensino de Filosofia com Habilitações em Ética

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue ao departamento de letras e
ciências sócias na cadeira de Filosofia
política, 2˚ ano, 2˚ semestre. Orientado por:

MA. Dinis A. Gabriel

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2023
3

Índice
Introdução..........................................................................................................................4

1.A filosofia política na Antiguidade................................................................................5

1.1.Os primórdios da Filosofia Politica.............................................................................5

2.Organização Politica na Polis grega: Atenas e Esparta..................................................6

2.1. A política em Atenas..................................................................................................6

2.2.A política em Esparta..................................................................................................7

3.O debate entre Sócrates e os Sofistas sobre a Vida Politica...........................................8

3.1. A Vida Politica dos Sofistas.......................................................................................8

3.2.A Vida Politica de Sócrates (470-399 a.C).................................................................9

4.O debate entre Platão e Aristóteles sobre a essência do Estado...................................10

Conclusão........................................................................................................................13

Referencias Bibliográficas...............................................................................................14
4

Introdução

O presente trabalho fala sobre a filosofia política na Antiguidade: onde iremos


desenvolver a questão politica antiga entre Atenas e Esparta. E em seguida iremos
desenvolver a vida política de dos sofistas, Sócrates, Aristóteles e Platão. Portanto, no
que concerne a política de Atenas e Esparta, desde a origem e evolução da cidade grega
tenta precisar o curso de transformações económico-sociais e a sucessão de mudanças
políticas que possibilitaram o surgimento da democracia na Atenas clássica.
Identificadas essas condições prévias, sustenta-se, será conclusivamente exequível
propor uma reconstrução histórica e intelectual compreensiva tanto da vida material
quanto da vida cultural da pólis ateniense, a qual serviria para explicar a gestação do
movimento de pensamento reflexivo que teorizou a democracia restaurada do século IV
a. C.

Objectivo Geral:

 Conhecer em linhas gerais filosofia política da antiguidade com a respectiva


organização política da polis grega.

Objectivos específicos:

 Descrever a organização política da polis grega: Esparta e Atenas;


 Explicar a posição política dos sofistas e de Sócrates;
 Identificar as visões de Platão e Aristóteles acerca da essência do Estado.

Metodologia

A metodologia usada para a realização deste trabalho foi de consulta bibliográfica, bem
como o da internet que constitui na leitura e análise das informações de várias obras que
debruçam sobre o tema em causa.
5

1. A filosofia política na Antiguidade


1.1. Os primórdios da Filosofia Politica

Geralmente pode-se dizer que o poder político entra em questão, quando política que
estabelece como e quem tem o poder de tomar decisões, sejam justas ou não.

Segundo (Cardoso (1984, s/p), defende que a figura de Sócrates (469 a.c.-399 a.c.), é
emblemática para a história da filosofia e, sobretudo, para o que costumamos chamar de
filosofia política. Com ele, a Filosofia começará a reflectir sobre o que podemos chamar
de ‘poder do poder’, ou seja, sobre o poder da verdade que é verdadeira e da verdade
que é aparência, que é apenas admissível, que parece verdadeira mas não é, que por
extensão parece justa mas é injusta.

Entretanto, o autor acima supracitada nos dá visão de que as reflexões acerca do poder e
da justiça, no entanto, vinham de muito antes. Desde os seus primórdios, no pensamento
dos primeiros filósofos gregos, a filosofia reflectiram de alguma maneira sobre o poder
do conhecimento e da razão, sobre a relação entre o poder e a justiça.

Segundo Marcondes (2004), nos trás uma menção de Anaximandro, onde o próprio
pensador afirma que que:

[…O princípio de todos os seres é o ilimitado (ápeiron, em grego), pois é dele


que vêm os seres e para onde se corrompem segundo a justiça e a ordenação do
tempo. Assim, os seres se geram e se corrompem segundo uma justiça contrária
ao caos, à bagunça e à injustiça, motivo pelo qual os deuses são justos; ou seja,
a justiça é o padrão de relação dos deuses entre si, a justiça e o tempo se
impõem aos deuses como meio para evitar o caos, a justiça e o tempo são
poderes impostos aos deuses. Há, assim, deuses com estes poderes específicos,
Zeus (ou Júpiter) representando a justiça e Cronos (ou Saturno), como o senhor
do tempo. Por sua vez, afirmava que “o ser é, o não-ser não…], ou seja, o ser
tem o poder para ser e o não-ser não tem o poder para ser e por isso não é.
(2004, p,19).

Isso significa que desde o nascimento da filosofia, já estavam presentes reflexões acerca
do poder e da justiça. Será, no entanto, em Atenas, em meio à efervescência política da
formação histórica da democracia, que o problema político e as reflexões acerca da
natureza do poder se colocaram de forma mais premente. À medida que a reflexão sobre
o poder adquire um sentido mais propriamente político, o poder na Polis entra em
questão.
6

2. Organização Politica na Polis grega: Atenas e Esparta

Ao contrário do que temos hoje, a Grécia Antiga não chegou a formar um estado
unificado. Seu território era de fato ocupado por várias cidades autônomas. as polis,
cada uma delas com sua própria organização política. Uma das principais cidades-
estado foram Esparta, Atenas, etc.

Segundo (WIKIPÉDIA, acessada aos 30 de Agosto de 2023), nos dá uma impressão de


que a Atenas e Esparta, cada uma em seu momento, conquistaram a hegemonia do
mundo grego, mas a rivalidade entre elas levou ao enfraquecimento mútuo diante das
investidas expansionistas de outros povos, como persas e macedônios, durante o período
Clássico.

Em Atenas, mais especificamente, houve uma reformulação completa das relações


sociais, dando surgimento à democracia (“governo da maioria”), marcada pela
participação do cidadão nos negócios públicos. Enquanto isso, Esparta destacava-se por
ser uma sociedade rigidamente estratificada e por seu espírito guerreiro.

2.1. A política em Atenas

Segundo Cardoso (1984, s/p), defende que os atenienses experimentaram várias formas
de organização política. São elas:

 Monarquia: um rei é chefe de guerra, juiz e sacerdote. Seu poder é limitado por
um Conselho de aristocratas (Areópago);
 Oligarquia: composta por nove Arcontes;
 Timocracia: formada pelos mais ricos e somente donos de terra podiam
participar;
 Tirania: o chefe governava com poder ilimitado, sem perder de vista que devia
representar a vontade do povo. A nobreza perdeu o monopólio político que
detinha;
 Democracia: participavam todos os cidadãos gregos.

Neste caso pode-se dizer que as regras da partipacao dos cidadoes na vida política em
Atenas, porque a democracia ateniense era ou foi bem diferente da nossa. Neste caso,
não eram todos os habitantes da polis ateniense a particapar;
7

Devemos ter em mente que, para os gregos, o cidadão era quem estava envolvido com a
defesa militar da cidade, ou seja, os guerreiros (que possuíssem terra e,
consequentemente, pudessem arcar com os seus equipamentos);

Mulheres, crianças, escravos e estrangeiros estavam excluídos, por diferentes razões.

Se comparada com a nossa vivência de democracia, percebemos que a experiência


grega limitava bastante;

Outro aspecto diferente da democracia grega é que era direta, enquanto a nossa é
representativa.

2.2. A política em Esparta

De uma forma sistemática, salienta-se que Atenas e Esparta tinham ideias diferentes
sobre o que significava ser um cidadão e sua participação na vida política da cidade.

Na óptica de Burnet (2007) diz nos que:

[…Os espartanos eram guerreiros, valorizavam a unidade dentro de um grupo e


não toleravam a dissidência nem a individualidade. Acreditavam que os
cidadãos deviam ter as mesmas ideias, formando um grupo forte e coeso, como
uma equipe. As qualidades de um cidadão espartano eram a obediência às
regras e às ordens, a fidelidade às autoridades e a devoção ao Estado…], (p.18).

Neste caso, os requisitos para participar da Ápela, a assembleia dos cidadãos


espartanos, eram: ser homem adulto livre (a partir dos 30 anos), ter passado pela
educação espartana, participar das refeições colectivas e contribuir para essas refeições
por meio da produção obtida de um lote de terras. O lote de terras era igual para todo
cidadão espartano conhecido como (“terra cívica”).

Esparta não recebia estrangeiros. Desconfiava deles e mantinha-os longe da cidade. Os


gregos chamavam esse sentimento de aversão ao estrangeiro de xenofobia, do grego
xénos, que significa “estranho” e fobia, “medo”. Estavam excluídos da cidadania os
periecos, habitantes das cidades em torno de Esparta. Apesar de livres e submetidos ao
estado espartano, eles não eram cidadãos e eram proibidos de casar com homens ou
mulheres espartanas, (idem).

Segundo o mundo dos filósofos (s/d), Esparta teve uma única forma de governo em sua
história, uma monarquia dual ou diarquia (dois reais governada por um Conselho de
8

Anciãos, chamado Gerúsia, formado por 28 membros com mais de 60 anos de idade,
membros das famílias aristocráticas e com mandato vitalício. Era, portanto, um governo
oligárquico pois essas famílias tomavam as decisões.

Neste caso, a Gerúsia tinha funções legislativas e submetia as leis à Ápela, a assembleia
de cidadãos espartanos. Embora a assembleia pudesse modificar as propostas, isso não
acontecia já que a cultura espartana enfatizava a obediência e o respeito pelos mais
velhos. Ápela, portanto, não tinha poder decisório e se limitava a aprovar as decisões da
Gerúsia. As votações eram feitas por meio de aclamações (aplausos).

3. O debate entre Sócrates e os Sofistas sobre a Vida Politica

Em linhas gerais, Filosofia neste período passa a investigar as questões humanas,


deixando de se preocupar apenas com as questões da natureza e suas transformações.
Esse período é marcado pela presença de Sócrates (470-399 a.C), cujo pensamento
rompe com a temática central da realidade natural dos filósofos anteriores e passa a
investigar as questões éticas e políticas. Ou seja a época da democracia em Atenas, em
que o cidadão começa a exercer a cidadania, precisa opinar, discutir, falar, persuadir nas
assembleias.

3.1. A Vida Politica dos Sofistas

Os chamados sofistas, que foram contemporâneos de Sócrates e compartilharam assim


da mesma realidade histórica e, apesar das visões diferentes, tiveram o mesmo interesse
pela problemática ético-politico.

Segundo Marcondes (2004, p.40), defende que:

O período da filosofia clássica na Grécia foi certamente marcado por elementos


histórico sociais tais como o desenvolvimento do comércio, a estabilização das
cidades-estados e a criação do que se poderia chamar de um modelo político
democrático. O surgimento de tal modelo possibilitou o aprimoramento da
linguagem enquanto discurso persuasivo, uma vez que as decisões eram
tomadas a partir do convencimento da maioria. O grande instrumento de poder
passa a ser, dessa forma, os discursos.

Neste caso, é nesse contexto que se dá o aparecimento dos sofistas, que utilizavam os
discursos com objectivos instrumentais, exerciam a função de professores remunerados
que se especializavam em compor discursos persuasivos e ensiná-los a outros. A esta
técnica persuasiva foi dado o nome de retórica (ciência do bem falar).
9

A retórica passa a ser, nesse sentido, instrumento de poder e não de conhecimento, o


que se coloca em primeiro lugar é o objectivo que se quer alcançar por meio do discurso
proferido, não o conhecimento por ele mesmo.

Segundo , Kenny (1999), defende que:


O mais famoso dos sofistas foi Protágoras de Abdera, que visitou Atenas várias
vezes em meados do século V e foi contratado por Péricles para redigir a
constituição de uma colónia ateniense. A maior parte do que sabemos de
Protágoras chega-nos a partir das obras de Platão, que não gostava dos sofistas e
os considerava uma má influência para os jovens, encorajando o cepticismo, o
relativismo e o cinismo. Mesmo assim, Platão levou Protágoras a sério e
empenhou-se em dar resposta aos seus argumentos, (p. 49).

No que concerne ao sofista acima ilustrado, saliento que não é por acaso trazer esta
citação, pois Protágoras merece um destaques, principalmente quando lança a sua
celebre frase: O homem é a medida de todas as coisas», rezava a sua máxima mais
famosa, «quer das coisas que são que o são, quer das coisas que não são que o não são.
Na sua interpretação mais provável, isto significa que aquilo que, seja pela percepção,
seja pelo pensamento, parece a uma determinada pessoa ser verdade, é verdade para
essa pessoa. Logo percebe-se que Protágoras era mais Humanista.

3.2. A Vida Politica de Sócrates (470-399 a.C)


Em linhas gerais, Sócrates nasceu em Atenas e é considerado um marco divisório da
história da filosofia grega. Seu pensamento marca o nascimento da filosofia clássica,
que foi posteriormente desenvolvida por Platão e Aristóteles. É considerado o “patrono
da filosofia.

Ele pensou que poderíamos criar um conceito universal de justiça que, por ser igual para
todos, seria capaz de dissolver as divergências e discórdias nas assembleias de cidadãos.
As praças públicas eram suas salas de aula.

Como nos diz Cordi (2007, p.54), buscava conhecer a si próprio e ajudava as pessoas a
encontrar a verdade das coisas e conceitos, por meio do diálogo. Em um primeiro
momento ele interrogava (processo chamado ironia, em grego significa interrogar).
Depois ele conduzia o “aluno”ao buscar em seu interior os conceitos verdadeiros
(processo chamado de maiêutica, arte de dar a luz).
10

Ele não respondia às perguntas e sim procurava ensinar um caminho, que é origem de
método. Por isso ele sempre usava o diálogo, pois acreditava que pelo diálogo a pessoa
começa a revisar as crenças, opiniões, transformando a sua maneira de ver as coisas.

De acordo com Cordi (2007), defende que:

Sócrates desenvolveu o saber filosófico em praças conversando e mostrando


que era preciso unir a vida concreta ao pensamento. Para ele, o homem é sua
alma, a alma é o desejo da razão, e isso distingue o ser humano de todos os
outros seres da natureza. Ele dialogava com ricos e pobres, cidadãos ou
escravos e dava importância às características internas de cada pessoa. Assim,
foi considerado uma ameaça a sociedade, pois não fazia distinção de classe ou
posição social. Ele estava interessado na prática da virtude e na busca da
verdade, e contrariava os valores dogmáticos da sociedade ateniense, (p. 59).

Neste caso, Sócrates era considerado um grande sábio e contrariou os interesses de


muitos poderosos. Sócrates, em 399 a.C., é acusado de graves crimes por desrespeito às
tradições religiosas e por corrupção da juventude, mas na verdade queriam puni-lo por
suas críticas à democracia grega. Ele foi julgado por 501 cidadãos ema Atenas e não se
declarou inocente, ao contrário, permanece coerente com suas ideias. É condenado à
morte, por meio de envenenamento-cicuta.

Em suma, o pensamento de Sócrates e os Sofistas deve ser entendido dentro do contexto


histórico e sociopolítico de sua época, pois tem um compromisso bastante directo e
explicito com essa realidade. A sociedade grega está estabilizada, com a consolidação
de várias cidades-estados. Há o enriquecimento através do comércio, surge uma classe
mercantil politicamente influente. Começam a se introduzir as primeiras regras
democráticas, há quebra do poder das oligarquias, quebra da autoridade divina, é o fim
das imposições autoritárias.

4. O debate entre Platão e Aristóteles sobre a essência do Estado

 Platão ( 428 – 348 a. C.)


A filosofia de Platão desenvolve-se a partir dos ensinamentos de seu mestre Sócrates,
por meio dos diálogos socráticos. Platão nasceu em Atenas e era de família nobre. Foi
um dos maiores pensadores da história da filosofia. Após longas viagens, fundou sua
própria escola-a Academia, onde Mulheres e escravos não tinham direito a vida politica.
11

"Os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos
filósofos chegue ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma divina graça,
ponham-se a filosofar verdadeiramente." (Platão, Carta Sétima, 326).

Esta afirmação de Platão deve ser compreendida com base na teoria do conhecimento, e
lembrando que o conhecimento para Platão tem fins morais.

Todo o projecto político platónico foi traçado a partir da convicção de que a Cidade-
Estado ideal deveria ser obrigatoriamente governada por alguém dotado de uma
rigorosa formação filosófica.

Platão acreditava que existiam três espécies de virtudes baseadas na alma, que
corresponderiam aos estamentos da pólis:

 A primeira virtude era a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado, ou seja, o


governante, pois possui carácter de ouro e utiliza a razão;
 A segunda espécie de virtude é a coragem, deveria ser o peito do Estado, isto é,
os soldados ou guardiões da pólis, pois sua alma de prata é imbuída de vontade;
 A terceira virtude, a temperança, que deveria ser o baixo-ventre do Estado, ou os
trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se pelo desejo das coisas
sensíveis.
 Aristóteles (384 a.C).

Em linhas gerais, nos capítulos inicias da Ética a Nicômaco, Aristóteles aplica o termo
político a um assunto único ou seja a ciência da felicidade humana, subdividido em duas
partes; a primeira a ética e a segunda a politica propriamente dita.

Na visão de Aristóteles, A felicidade humana consistiria em uma certa maneira de viver,


e a vida de um homem é o resultado do meio em que ele existe, das leis, dos costumes e
das instituições adoptados pela comunidade a qual pertence. Neste, caso na zoologia de
Aristóteles o homem é classificado como um animal social por natureza (Cf: 1253ª,
livro I, capitulo I).

Ainda, na visão de Aristóteles, a meta da política é descobrir primeiro a maneira de


viver que leva a felicidade humana, e depois a forma de governo e as instituições sociais
capazes de assegurar aquela maneira de viver. A primeira tarefa leva ao estudo do
12

carácter (ethos), objecto da Ética a Nicômaco, a última conduz ao estudo da constituição


da cidade-estado, objecto da política. Esta, portanto, é uma sequência da Ética, e é a
segunda parte de um tratado único, embora seu título corresponda a totalidade do
assunto (Cf: Aristóteles).

Entretanto, no esquema global das ciências segundo Aristóteles, a politica pertence ao


grupo das ciências práticas, que busca o conhecimento como meio para acção, em
contraposição as ciências teóricas (metafísica e a teologia, por exemplo), cujo
conhecimento é um fim em si mesmo.
O presente artigo visa examinar a origem e evolução da cidade grega desde sua
formação no período arcaico. Para tanto, tenta precisar o curso de transformações
económico-sociais e a sucessão de mudanças políticas que possibilitaram o surgimento
da democracia na Atenas clássica. Identificadas essas condições prévias, sustenta-se,
será conclusivamente exequível propor uma reconstrução histórica e intelectual
compreensiva tanto da vida material quanto da vida cultural da pólis ateniense, a qual
serviria para explicar a gestação do movimento de pensamento reflexivo que teorizou a
democracia restaurada do século IV a. C.
13

Conclusão

Como nota conclusiva, fizemos a menção de elucidar, dai recordamos que história da
Grécia Antiga se divide em cinco períodos: Pré-Homérico, Homérico, Arcaico, Clássico
e Helenístico. O relevo montanhoso e as dificuldades de comunicação contribuíram para
impedir a unidade política da região. Assim, os gregos se desenvolveram em cidades-
estados, denominadas pólis.

E no que diz respeito as ideias politicas dos filósofos acima ilustrado, sem medo de errar
mergulhei me na epistemologia aristotélica, onde ele Aristóteles critica o dualismo
representado na teoria das ideias de Platão e vai apresentar sua concepção de real,
evitando o dualismo dos dois mundos sensível e inteligível, e desenvolve uma
concepção de realidade substancial. Com isso é imperioso realçar que a filosofia de
Aristóteles é sistemática, coerente e precisa integrada, é uma visão integrada de saber,
com diversas áreas específicas.
14

Referencias Bibliográficas

Aristóteles. (1982). Ética Nicômaco. In: Obras Completas. Madrid: Aguiar.

Cardoso, C. F. S. (1984). O Trabalho compulsório na Antiguidade: ensaio introdutório


e colectânea de fontes primárias. Rio de Janeiro: Edições Graal.

Cordi et al. (2007). Para Filosofar. São Paulo: Scipione

Burnet, J.(2007). A aurora da filosofia grega. São Paulo/ Rio de Janeiro,

Platão. (1990). A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Kenny, A. (1999). História concisa da filosofia ocidental. Lisboa: SIG Lda.

O Mundo dos Filósofos: Filósofos em Fases. São Paulo, s. s. (s.d.)

Reale, G & Antiseri, D. (1990). História da filosofia: Antiguidade e Idade Média. São
Paulo: PAULUS, (Colecção filosofia)

Marcondes. D. (2004). Iniciação da história da filosofia dos pré-socráticos a


witigestein.8ª.Ed. Rio de Janeiro.

WIKIPÉDIA, acessada aos 30 de Agosto de 2023

Você também pode gostar