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1.Introdução .................................................................................................................................... 3
1.3.Metodologia .............................................................................................................................. 3
3.Conclusão................................................................................................................................... 15
4.Bibliografia ................................................................................................................................ 16
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1.Introdução
Para serem bem-sucedidos em sua actuação profissional, os indivíduos necessitam adquirir uma
adequada competência técnica, a qual envolve conhecimentos, habilidades e atitudes específicos
da profissão. No entanto, não basta apenas tal tipo de competência, sendo importante também o
desenvolvimento da competência interpessoal. Na definição de Moscovici1, esta consiste na
“habilidade de lidar eficazmente com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de
forma adequada às necessidades de cada uma e às exigências da situação”.
1.1.objetivo geral
1.2.Objectivos específicos
1.3.Metodologia
A metodologia adoptada para este trabalho foi composta por uma abordagem mista, combinando
pesquisa teórica e prática. Revisão da literatura, uma consulta a bibliográfica e uso de internet.
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2.Competência interpessoal
Para alguns autores, a maioria de origem norte-americana, que desenvolveram seus trabalhos nos
anos 1970, 1980 e 1990, competência é o conjunto de qualificações (underlying characteristics)
que permite à pessoa uma performance superior em um trabalho ou situação, segundo Fischer,
formaram a base dos trabalhos da McBer, mais tarde Hay McBer, importante consultoria em
competência. As competências podem ser previstas e estruturadas de modo a se estabelecer um
conjunto ideal de qualificações para que a pessoa desenvolva uma performance superior em seu
trabalho.
Com essa abordagem, Ainda o autor resume o conceito de competência sendo “um cluster de
conheci mentos, skills e atitudes relacionadas que afectam a maior parte de um job (papel ou
responsabilidade), que se correlaciona com performance do job, que possa ser medido contra
parâmetros bem aceitos, e que pode ser melhorada através de treinamento e desenvolvimento”.
Segundo Dutra essa abordagem foi disseminada no Brasil nos anos 1980 e início dos anos 1990
associada à ideia de perfil de conhecimentos, habilidades e atitudes necessário para que
determinada pessoa pudesse ter uma boa performance em seu cargo.
Silva et al. (2007) aponta que toda relação interpessoal mobiliza processos psíquicos e o que se
verifica, na prática, é que a vida cotidiana é caracterizada pela vida em grupo. A todo momento o
indivíduo convive e se relaciona com outras pessoas em diferentes lugares, formam grupos por
afinidades e aproximações como família, escola, igreja e trabalho. “Os seres humanos são
essencialmente seres sociais, instintivamente motivados por uma necessidade de se relacionar. É
nessa interacção que descobrem suas próprias capacidades e as exercitam” (CARVALHO, 2009,
p. 72).
Moscovici (2013) assegura que quanto mais detalhada for a visão que uma pessoa tem de si
mesma, melhor será sua visão interpessoal e sua habilidade de lidar com situações interpessoais,
envolvendo flexibilidade perceptiva e comportamental para ver os vários ângulos existentes em
uma mesma situação e actuar de forma diferenciada e não rotineira. De acordo com a autora,
diversas ferramentas fundamentais para a gestão das organizações somente apresentarão
resultados satisfatórios se o gestor/líder e seus liderados possuírem suas competências
interpessoais bem desenvolvidas (Moscovici, 2013).
O autoconhecimento só pode ser obtido com a ajuda dos outros, por meio de feedback, o qual
precisa ser elaborado para auto-aceitação de componentes do eu cego. Se o indivíduo tem
percepção mais acurada de si, então pode, também, ter percepção acurada da situação
interpessoal, primeiro passo para poder agir de forma adequada e realística.
A habilidade de lidar com situações interpessoais engloba várias habilidades, entre as quais:
flexibilidade perceptiva e comportamental, que significa procurar ver vários ângulos ou aspectos
da mesma situação e actuar de forma diferenciada, não-rotineira, experimentando novas condutas
percebidas como alternativas de acção. Desenvolve-se, concomitantemente, a capacidade criativa
para soluções ou propostas mais originais, menos convencionais, com resultados duplamente
compensadores: da resolução dos problemas e da auto-realização pelo próprio ato de criação,
altamente gratificante para as necessidades do ego (estima), na hierarquia de Maslow. Outras
habilidades consistem em dar e receber feedback, sem o que não se constrói um relacionamento
humano autêntico, conducente ao encontro eu-tu, de pessoa a pessoa, ao invés da relação eu-isto,
de sujeito a objecto, na concepção de Martin Buber. Assim, ampliam-se a capacidade perceptiva
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Para a autora, competência interpessoal é acção contínua e evolutiva que almeja formar
liderança, dentre outros factores que proporcionam influência mútua entre o indivíduo e o social
(Moscovici, 2002).
O gerente competente é eficaz no desempenho global de seu papel organizacional e não apenas
em uma parte dele. A competência técnica é, em geral, a parcela mais cuidada nos programas de
desenvolvimento gerencial, mas insuficiente, por si só, para um desempenho total e eficaz. A
competência interpessoal é absolutamente necessária para o exercício pleno das funções de
liderança, em qualquer contexto grupal e organizacional. Entretanto, este tipo de competência
tem sido, frequentemente, menosprezado como processo essencial de qualificação profissional
para funções de liderança.
Desenvolvimento gerencial é acima de tudo um processo educativo e, como tal, sujeito aos
problemas de objectivos, tecnologia e recursos desejáveis e/ou disponíveis. Desenvolvimento de
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gerentes tem de ser considerado como investimento, de retorno seguro e incontestável a médio e
longos prazos, mostrando, então, os acertos e desacertos de sua filosofia, planeamento e
implementação. Um frequente equívoco tem sido a visão curta (ou míope) de desenvolvimento
gerencial, com expectativas e desejos de resultados concretos e imediatos.
2.2.Participação no grupo
“Trabalhar é meio de prover sustento para o corpo e para a alma. No trabalho passamos a vida,
desenvolvemos nossa identidade, experimentamos situações, construímos relações, realizamos
nosso espírito criativo” (RIOS, 2008, p.1).
É no trabalho que as pessoas dispendem grande parte de suas vidas, por isso ocupa grande
importância individual e colectiva. “O trabalho, como parte do mundo externo ao sujeito e do seu
próprio corpo e relações sociais, representa uma fonte de prazer ou de sofrimento, desde que as
condições externas oferecidas atendam ou não à satisfação dos desejos inconscientes”
(MENDES, 1995, p.2). O homem está sempre em busca de sua satisfação, no ambiente
profissional não é diferente.
Uma participação eficaz no grupo vai além de simplesmente estar presente ou realizar tarefas
atribuídas. Envolve contribuir activamente para as discussões e actividades do grupo,
demonstrando engajamento, interesse e comprometimento.
Hunter (2006) destaca que liderar consiste em conquistar pessoas, envolvê-las para que
coloquem sua mente, coração, criatividade e excelência para alcançar um objectivo, fazendo
ainda que se comprometam ao máximo nessa missão.
Segundo Bergamini (1994), dois elementos são comuns a todas as definições de liderança. A
primeira é que a liderança está ligada a fenómeno grupal, envolvendo duas ou mais pessoas. Em
segundo lugar, torna-se claro que liderança se trata de um processo de influência exercido.
Cada vez mais o cliente apresenta expectativas crescentes sobre a forma pela qual deseja ser
atendido e respeitado como pessoa. Cada vez mais os Líderes necessitam obter o
comprometimento dos seus liderados. Tudo isso só é possível por meio dos relacionamentos. O
que torna os relacionamentos difíceis é a incapacidade das partes evoluírem do conflito para o
consenso.
O conflito é na maioria das vezes inevitável, pois resulta das diferenças entre as pessoas.
Referimo-nos não só das diferenças de conhecimento, mas principalmente de características
pessoais, valores e crenças. Na maioria das vezes não conseguimos sair do conflito, pois
encaramos o comportamento do nosso interlocutor como sendo uma ameaça, pelo simples fato
de ser diferente do nosso.
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Pessoas mais racionais são vistas como frias e impessoais. Pessoas mais emotivas, como sendo
fracas e de coração mole. Pessoas precavidas e meticulosas como sendo medrosas e inseguras.
Pessoas arrojadas como sendo afoitas e precipitadas. Somos rápidos em rotular negativamente
pessoas cujos comportamentos são apenas diferentes dos nossos. Somos rápidos em nos defender
e atacar aqueles que simplesmente pensam diferente de nós. Esquecemo-nos de que ser humano
é ser diferente.
MOSCOVICI (1985, p. 77), relata que no momento em que as relações interpessoais são
marcadas pela incompreensão, geram brechas para desconfianças e desentendimentos,
provocando ira e fobia nos sujeitos, e a repulsa leva ao abandono e à desarmonia, ocasionando
baixa produtividade, e os conflitos de vínculos mais duradouros possuem intensa perda emotiva.
Para lidarmos eficazmente com as relações interpessoais no ambiente corporativo, devemos nos
valer de três critérios:
Muitos estímulos provenientes do mundo externo chegam até nós através dos órgãos dos
sentidos: visão, audição, tato, olfacto, paladar. O que fazemos com essa quantidade de
estímulos? Organizamos, interpretamos, damos significação a eles, a partir de um
processo chamado percepção.
Nossa tendência natural é não vermos as coisas como elas são, mas através do que elas
significam para nós e, é por isso, que duas pessoas chegam a “ver” coisas diferentes
diante de uma mesma situação.
Existem vários factores que influenciam a percepção da realidade:
Autoconceito é a maneira como vemos a nós mesmos. De forma consciente ou
não, cada um de nós faz uma imagem de si mesmo que influência em tudo que
dizemos, fazemos e percebemos em relação ao mundo, o autoconceito reflecte a
maneira muito pessoal de como uma pessoa organiza suas metas pessoais,
crenças, competências e valores.
2. Habilidade de resolver os problemas interpessoais, evitando regressões;
3. Solução alcançada e as pessoas envolvidas trabalhando juntas eficientemente e em
harmonia.
3.Conclusão
Ao longo deste estudo, ficou claro que a competência interpessoal é essencial para o sucesso
pessoal e profissional. A capacidade de se comunicar efectivamente, demonstrar empatia,
resolver conflitos de maneira construtiva e liderar com sensibilidade são habilidades que podem
influenciar significativamente a qualidade dos relacionamentos e o desempenho em equipe.
Além disso, identificamos várias estratégias e práticas que podem contribuir para o
desenvolvimento e aprimoramento da competência interpessoal. Isso inclui o investimento em
treinamento e desenvolvimento pessoal, a criação de ambientes de trabalho inclusivos e
colaborativos, e o cultivo de uma cultura organizacional que valorize a comunicação aberta, o
respeito mútuo e a diversidade.
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4.Bibliografia
CARVALHO, C. A & Vieira, M. M. F.(2007). O poder nas organizações. São Paulo: Thomson
Learning.
Hersey, P. & Duldt, B.W. (1989). Situational leadership in nursing. Califórnia: Appleton &
Lange. Hunter, J. C. (2006). O monge e o executivo. Rio de Janeiro: Sextante.