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1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1
1.1 EMENTA 1
1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL 1
1.3 OBJETIVOS 1
1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2
1.5 METODOLOGIA 2
1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2
1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 3
CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR 3
2.1 INTRODUÇÃO 4
2.2 COMUNICAÇÃO 5
2.2.1 COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL E INTRAPESSOAL 5
2.2.2 PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 5
2.2.3 COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO-VERBAL 7
2.2.4 COMUNICAÇÃO FORMAL E INFORMAL 8
2.2.5 GERENCIAMENTO DA COMUNICAÇÃO 8
2.2.6 BARREIRAS À COMUNICAÇÃO EFICAZ 12
2.3 APRESENTAÇÕES – FALANDO EM PÚBLICO 14
2.3.1 MEDO DE FALAR EM PÚBLICO 14
2.3.3 LIDANDO COM O MEDO 16
2.3.4 REALIZANDO UMA APRESENTAÇÃO 16
2.4 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 20
2.4.2 O QUE É INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 21
2.4.3 APLICANDO A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 21
2.5 CONCLUSÃO 22
2.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23
3. MATERIAL COMPLEMENTAR 24
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1. Programa da Disciplina
1.1 Ementa
1.3 Objetivos
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INTRODUÇÃO
CONCLUSÃO
1.5 Metodologia
O grau total que pode ser atribuído ao aluno obedecerá à seguinte ponderação:
. 40% referentes às atividades realizadas em sala de aula e trabalhos em grupo;
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. 60% referentes à avaliação individual, sob a forma de prova, a ser realizada após o
término do módulo.
MACEDO, Ivanildo I., Rodrigues, Denize F., Johann, Maria Elizabeth P., Cunha, Neisa
M. M. Aspectos comportamentais da gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Editora FGV,
9ª ed., 2007.
POLITO, Reinaldo. Assim é que se fala: como organizar a fala e transmitir idéias, São
Paulo: Saraiva, 1999.
. Vença o medo de falar em público. Rio de Janeiro: Saraiva, 5ª ed.,
1998.
VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Editora Atlas, 4ª ed.,
2005.
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2.1 Introdução
Gestores das mais diversas áreas, investem boa parte do seu tempo, nas relações
interpessoais, na troca de informações, no compartilhamento de experiências, e na
permanente relação de ensino e aprendizagem, uns com os outros e com a equipe.
Procuram ainda, anteciparem-se às expectativas e necessidades de seus colaboradores,
esforçando-se, ao máximo, para ter à sua volta pessoas motivadas e felizes. Precisam
manter e estimular o equilíbrio e o autocontrole para, rapidamente, construir as
respostas mais adequadas às demandas situacionais.
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2.2 Comunicação
O processo de comunicação tem início na fonte, que elabora uma mensagem e, através
de um determinado canal, transmite ao receptor. O processo se consolida quando o
receptor recebe, decodifica e transforma a mensagem em algo útil, retornando com um
feedback ao emitente (fonte). Todo o processo, contudo, está sujeito a variáveis
1
MACEDO, Ivanildo I., RODRIGUES, Denize F., JOHANN, Maria Elizabeth P., CUNHA, Neisa M.
M. Aspectos comportamentais da gestão de pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 7ª ed., 2006, p. 73.
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intervenientes como ruídos, valores pessoais dos atores envolvidos, grupos, clima e
cultura organizacional.
Figura 01
Elementos do processo de comunicação
valores pessoais
Interesse no
assunto
canal
Influência
Blá..
(ruídos) Bléim.. dos grupos
blá.. bléim...
blá... bléim!!!
FONTE
FONTE
FEEDBACK
meio
Micro-culturas/
ambiente
Cultura etnias
organizacional
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de Apresentação pessoal
Objetos
Ações
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Ö reuniões presenciais
Segundo Macedo et al., op. cit., para que o desempenho de grupos e equipes, durante
reuniões, seja maximizado, além da definição do conteúdo - problemas, objetivos, etc. -
há um conjunto de processos ou funções que nada mais são que um exercício de
comunicação.
Essas funções ou processos - cuja base deve estar toda centrada na comunicação -
relacionam-se com a forma pela qual as discussões serão conduzidas pelo grupo, e
estão reunidas em dois níveis: tarefas e relacionamentos, discriminados a seguir:
a) Ênfase em Tarefas:
são ações assertivas, voltadas a atingir eficientemente os objetivos da reunião.
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b) Funções de Relacionamento:
são ações que se destinam a manter relacionamentos contributivos entre todos.
estabelecer e manter padrões - sugerir regras, retomar itens da agenda, chamar atenção
para violações;
dar feedback - apontar desvios, mostrar como o comportamento de alguns pode estar
afetando o andamento do trabalho, enumerar fatos, e não percepções;
Uma vez mais adaptamos de Macedo et al., op. cit., sua contribuição sobre a
comunicação eletrônica. Segundo os autores, “com os avanços da Tecnologia da
Informação, vários conceitos, práticas e paradigmas relacionados à comunicação entre
pessoas e grupos tiveram de ser drasticamente reformulados. Figuras como a do
mensageiro - que coletava e distribuía envelopes tipo “vai-e-vem” pelas bandejas de
entrada-e-saída de correspondência existentes em nas mesas de trabalho - e da
secretaria-estenógrafa, que datilografava as cartas e memorandos ditados pelo chefe,
perderam-se nas brumas do tempo. Nessa época, era mais rápido levantar da própria
mesa e trocar idéias face a face com a outra pessoa, ou telefonar-lhe, do que se adequar
à rotina estabelecida dos “vai-e-nunca vem”, apelido que os folclóricos boys também
detinham, sabe-se bem por quê.
Curiosamente, em meio aos aparatos tecnológicos que hoje permitem uma comunicação
em tempo real, as pessoas continuam se queixando, só que da avalanche de e-mails para
ler, responder e deletar, e também da solidão. Assim, a cultura do e-mail, se por um lado
facilita a comunicação à distância, por outro condiciona uma certa pressão constante
sobre o indivíduo, um afastamento entre pessoas e também pode vir a se tornar uma
grande fonte de mal-entendidos. Para piorar, uma mensagem pode acabar
“destrossando” - ou será “destrosçando”? - uma carreira. E com direito a cópias!
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spams e bobagens:
pessoas que insistem em ser lembradas através de sucessivas mensagens sem
importância ou fora do contexto, por exemplo, envio de piadas, podem promover danos
irreparáveis à sua própria imagem profissional;
agressividade potencial:
mesmo sem intenção, a palavra escrita tem um poder de magoar as pessoas bem maior
que a palavra oral. Portanto, cuidado com os “punhais escritos”;
ansiedade pela resposta: ao contrário do Japão, onde a ausência de resposta demonstra
concordância com a mensagem, aqui é considerado falta de interesse, menosprezo;
privacidade zero:
tal como a mensagem num cartão postal, o correio eletrônico pode ser facilmente
devassado por terceiros. Hoje, as empresas já colocam cláusulas de concordância nos
contratos de trabalho, bem como empregam softwares que rastreiam palavras-chave, tais
como, sexo, pedofilia, e outras.
fofocas e sarcasmos:
é bom lembrar que a mensagem pode ser indevidamente encaminhada para terceiros que
não apreciam o seu conteúdo.
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Uma habilidade cada vez mais necessária aos líderes (e isso inclui profissionais das
mais diversas áreas do conhecimento), é a capacidade de falar em público. Em outras
palavras, significa “comunicar algo a um grupo de pessoas que pode ir de umas poucas
pessoas até uma multidão”.
Segundo Reinaldo Polito2, alguns dos sintomas mais usualmente associados ao medo de
falar em público são:
Ainda na visão de Reinaldo Polito (op. cit.), algumas situações podem provocar o medo
quando falamos em público. Dentre elas, destacamos:
2
POLITO, Reinaldo. Vença o medo de falar em público. Rio de Janeiro: Saraiva, 5ª. ed., 1998, p.42.
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Quando não dominamos o assunto que vamos expor, sabemos que, durante a
apresentação, estaremos caminhando por um terreno desconhecido e sempre haverá
possibilidade de encontrarmos algum obstáculo que nos atrapalhe. Eis algumas
dificuldades que podemos encontrar:
Desenvolver uma atividade que não dominamos, coloca-nos diante de uma situação
desconhecida da qual não podemos ter certeza se nos sairemos bem ou em que
imaginamos, o que é mais comum, que iremos fracassar como oradores. Ocorre-nos a
possibilidade de surgir alguns destes fatos:
Ö Não se conhecer
Quem somos?
Como somos?
Como é a nossa voz?
Como reage a nossa fisionomia quando nos deparamos com um auditório?
Como nos posicionamos diante do público?
Se nós não nos conhecemos bem, como poderemos ficar tranqüilos e seguros no
momento de fazer uma apresentação?
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É importante fazer uma reflexão acerca das possíveis causas do medo. Recapitular as
experiências anteriores, identificando fatores que possam ter influenciado o nosso
trabalho, será de grande ajuda na busca de mecanismos que possam abrandar o temor
diante daquilo que se irá vivenciar.
Não existem fórmulas mágicas, mas algumas recomendações podem ajudar, como:
Ö Gestos e postura
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Mãos atrás das costas o tempo todo, braços cruzados, mãos nos bolsos, não passam
segurança e descontração.
O volume deve ser dosado, de acordo com a duração, o ambiente e o tipo de público
para quem se fala. É importante modular a voz, para que não seja alta ou baixa demais,
muito grave ou estridente, que possa transmitir estresse ou rudez aos ouvintes. Vale
destacar que, variar o ritmo e a intensidade da voz detém a atenção do público e torna a
apresentação mais atraente.
Eunice Mendes3 formula algumas sugestões para uma preparação pessoal adequada, a
serem utilizadas no dia-a-dia, das quais destacamos:
3
MENDES, Eunice. Falar em público: prazer ou ameaça? Rio de Janeiro: Qualitymark, 2ª ed., 1999,
p.74.
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Sempre que puder, estimule seu lado ator: leia em voz alta, olhando-se no espelho,
exercitando sua voz e seu corpo, liberando suas energias. Não se encolha.
Escolha textos e poemas que lhe agradem e dê-lhes nuanças e sentimentos diversos
durante a leitura.
Quando filmar suas apresentações, interrompa as partes das quais não gostou e
reproduza-as de forma mais convincente.
Pense, pense, pense! Faça do raciocínio um aliado estimulante, que o leve a viagens
criativas e prazerosas.
Aproveite todas as chances para se apresentar em público e cuide, desde já, de sua
postura e voz.
Estabeleça metas de curto, médio e longo prazos, para a busca da excelência em sua
comunicação.
Outra contribuição acerca da postura ao falar em público vem de Macedo et al. (op. cit),
onde se recomenda que se as mensagens não-verbais forem apropriadamente usadas,
enriquecerão o conteúdo do contato interpessoal, dando-lhe credibilidade. E ao
concentrar a atenção no envio de mensagens positivas, o emissor causará uma boa
impressão, parecendo mais confiante, animado e relaxado, através da harmonia entre a
sua expressão facial, contato visual, postura e gesticulação física. Na Figura 03 a seguir,
apresenta-se uma lista de mensagens não-verbais positivas e negativas, recomendadas
pelos autores em questão:
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Figura 02
Mensagens não verbais durante apresentações
Mensagens
positivas negativas
Mensagens
FACIAL: positivas negativas
Sorriso.......................................... Lábios apertados
Boca relaxada........Músculos da bochecha apertados POSIÇÃO DO CORPO:
Alerta..................................................Sorriso formal Braços abertos.................................braços
cruzados
Pronto para ouvir............... Sobrancelhas levantadas Ereto.................. pernas cruzadas
inadequadamente
Para a frente...................................... ombros
caídos
OLHOS:
Pupilas dilatadas........................... Olhar para baixo
Bom contato visual...............Falta de contato visual GESTICULAÇÃO DAS MÃOS:
Olhos bem abertos........................... Olhos apertado Mãos abertas ........................ ...tamborilar os
dedos
Erguidas ..........................................esconder a
boca
CABEÇA: Mão no peito ...................................estalar os
dedos
Reta.......................Balançar para a frente e para trás Toques.............................................punhos
cerrados
Afirmar com a cabeça..............Cabeça caída, curva
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Emoção significa – ato de mover (moralmente); abalo moral; comoção; reação intensa
e breve do organismo a um lance inesperado, a qual se acompanha de um estado afetivo
de conotação penosa ou agradável.
Ao contrário dos testes conhecidos de QI, não há nenhum formulário único de teste com
papel e lápis que produza uma contagem de inteligência emocional, e talvez jamais
venha a haver. Assim, ainda não é possível aferir o QE – quociente emocional.
4
GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.
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A maturidade emocional de pessoas e equipes pode ser de grande valia no dia a dia e
nos processos de mudança organizacional. Ela acena com inúmeros benefícios, como
os que seguem:
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2.5 Conclusão
b) Educação e aprendizagem
c) Motivação da equipe
d) Criatividade
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23
POLITO, Reinaldo. Vença o medo de falar em público. Rio de Janeiro: Saraiva, 5ª ed.,
1998.
__________. Assim é que se fala: como organizar a fala e transmitir idéias, São Paulo:
Saraiva, 1999.
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3. Material Complementar
Serão a seguir anexados 3 (três) cases, e um conjunto de textos que poderão ser
discutidos em classe, ou servirem como referência à prova final da disciplina. São eles:
Outros documentos que podem ser utilizados como leitura complementar, estão
disponíveis no site de conteúdo:
www.mbagp.fgv.br
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RAUL HIGUCHI*
A Sensormatic é um Case Study desde o seu surgimento em 1987. Nasceu como Plastron
Eletrônica Ltda., através da ousadia de dois jovens, Ruy e Ricardo, que deixaram de lado as
promissoras carreiras de engenheiros e consultores de empresas multinacionais. Decidiram
desafiar um provérbio muito popular: “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.”
Trocaram suas carreiras seguras e ascendentes pelo sonho de construir e desenvolver o seu
negócio próprio, único. Com o entusiasmo de quem acredita em suas “loucuras” conseguiram a
adesão de outros “loucos” acionistas para o empreendimento: Heitor, Zanella e Oliva.
Começou em “fundo de quintal” num bairro de periferia da Zona Leste de São Paulo. Já em
Santo André, foi criada uma joint-venture Plastron/Sensormatic (líder mundial no setor de
segurança eletrônica), originando a Sensormatic do Brasil Eletrônica Ltda. Desde o seu início
leva a sério um conjunto de compromissos que vai muito além de obter lucros. Junto com a
idéia de produzir e comercializar sistemas de segurança eletrônica no Brasil, veio forte a
vontade de criar uma empresa diferente, visionária, que realmente fizesse uma grande diferença
para os clientes, fornecedores, funcionários, acionistas e comunidade, sem os vícios, falhas e
distorções existentes na maioria das organizações, mesmo nas bem-sucedidas.
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Em sua trajetória, a Sensormatic tem vencido os desafios que ela mesma se impõe ou os que
naturalmente surgem pela frente. Para evoluir de 250 mil dólares em 1987/1988 para 20
milhões em 1995, foi necessário desenvolver uma nova cultura para aproveitar bem a
competência e talento de cada funcionário. O brilho nos olhos e os resultados são
conseqüências dessa escolha.
Longe de ser uma empresa perfeita, a Sensormatic tem consciência do quanto avançou e dos
riscos que sempre rondam e que podem causar retrocessos. Tem a vantagem de ter em seus
funcionários os maiores aliados, todos com experiências de outras empresas onde o brilho nos
olhos não era prioritário. Estão podendo provar que trabalho e prazer podem viver juntos.
Seus dirigentes estão conscientes de que não há desenvolvimento sem aprendizagem e muita
reaprendizagem. E que a aprendizagem é um grande retorno de investimento para cada acerto
ou falha cometida, consciente ou acidentalmente.
Seus dirigentes e funcionários não ficam contando os dias para se aposentar. É menor a briga
por privilégios, cargos e símbolos de status. Brigam mais para melhor atender os clientes, obter
melhores resultados e recompensas. Combatem práticas comuns de manipulação, fofocas,
busca de culpados e esconde-esconde de informações, trocando-as por relações autênticas, com
verdade, compartilhamento de informações e atitudes de apoio.
Por essas e outras a Sensormatic tem um brilho especial nos olhos e sendo um Case 100% Made
in Brasil, merece ser compartilhado.
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Minutos depois o problema do cliente estava resolvido. A partir daquele dia a Dona Ivanda
passou a representar para aquele senhor A PRESIDENTE que resolve as coisas na Sensormatic.
Ivanda contou depois ao gerente o episódio e queria saber dele se agiu bem. Foi elogiada e
reconhecida pela atitude coerente com os valores Sensormatic, sendo que o caso foi comentado
na empresa toda.
Por isso, quando as coisas não acontecem como gostaríamos, ouvimos com freqüência:
“enquanto não mudar a cultura da empresa, não tem jeito.” Peter Block, um estudioso de
organizações, afirmou em seu livro Gerentes Poderosos, que as pessoas têm uma enorme
tendência de apontar a cultura da empresa como a maior responsável pelos insucessos e
frustrações. A cultura da empresa é sempre a grande vilã, culpada de tudo. São poucos os
dirigentes que percebem que a cultura da empresa pode sair da condição de grande bandida para
ser uma grande ajuda para o sucesso, realizações, conquistas, desenvolvimento, aprendizagem,
etc.
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Os dirigentes Sensormatic levam isso a sério. Levam a sério o momento de refletir e de projetar
a organização que faz sentido. Estabelecem com muita clareza uma visão antecipada da
empresa que querem construir. Todos precisam ser visionários para construírem uma empresa
também visionária. Está muito claro para esses dirigentes quais são seus valores pessoais e
quais deles estão dispostos a fazer acontecer também na empresa toda.
De tempos em tempos voltam a refletir não só entre eles. Participam também os demais
funcionários em reflexões como:
- Por quais qualidades queremos ver a Sensormatic sendo reconhecida pelos clientes?
- Quais adjetivos jamais gostaríamos de ver os clientes aplicarem à Sensormatic?
- E os fornecedores?
- E os acionistas?
- O que gostaríamos de ouvir dos funcionários sobre a Sensormatic?
- O que gostaríamos de ouvir de funcionários quando um dia saírem da Sensormatic?
- O que todos devem combater, evitar, eliminar na Sensormatic?
- O que todos devem encorajar, apoiar e incentivar na Sensormatic?
Essas reflexões encorajam a todos a trabalhar e mudar a tal de cultura da empresa, contribuindo
em cada oportunidade para que ela seja como achamos que deve ser, para atuar e conspirar a
favor de todos.
Cada vez que isso é feito diminui o número de pessoas que acham tudo besteira ou um mero
quadro demagógico. Quando se avalia o que já avançou, aumenta a vontade de ir adiante e
fazer uma empresa diferente.
“Quando revitalizamos nossos sonhos através dessas reflexões, formamos um campo magnético
de força extraordinária, que nos mantém com a disposição necessária para enfrentar os desafios,
reerguer de insucessos, recuperar o fôlego e retomar o caminho dos sonhos.”
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Certo dia algumas pessoas dos mais diversos departamentos, funções e cargos receberam uma
convocação para participar de uma reunião sobre problemas relacionados a informações de
estoque, determinado dia, determinada hora, determinado local. Não mencionava o nome de
quem convocava a reunião.
As reações foram aquelas de costume em relação a reuniões empresariais: Mais uma? Com
tanto serviço acumulado? Mas que dia ruim para marcar reunião!
No dia e hora marcados começaram a chegar os participantes da reunião. Tinha gente da área
financeira, da administração, da produção, da expedição, da engenharia, etc. Entre eles estavam
o Ruy e o Ricardo, os diretores “donos” da Sensormatic. Enquanto ainda sobravam alguns
minutos e a reunião não começava predominavam as tradicionais conversas amistosas. Aos
poucos as pessoas foram se silenciando, aguardando que um dos dois diretores assumisse o
comando da reunião.
- Não sei porque todos estão olhando pra mim. Eu também fui convocado e estou aqui, disse
o Ricardo.
- Eu também não convoquei esta reunião. Fui convocado, falou o Ruy.
- Então quem convocou esta reunião? Perguntou um surpreso gerente, também convocado.
- Pessoal, fui eu quem convoquei esta reunião!
Todos, sem exceção, ficaram com uma cara de “não acredito no que estou vendo”, olhando para
aquele jovem de 25 anos, o Ricardinho, analista de custos, com menos de um mês na empresa,
que continuou:
- Achei que era importante estarem todos vocês aqui para resolvermos um problema sério
para a Sensormatic que eu sozinho não consigo resolver. Todos estão sendo prejudicados
pela falta de confiabilidade nas informações de estoque que não batem com o real. O
Marcelo do Recebimento e Expedição é o que mais sofre, pois todo mundo “cai de pau” em
cima dele, mas o problema é de todos aqui. Chamei o Ruy (Diretor) porque a área
comercial também contribui para o problema, principalmente nos casos de devoluções de
equipamentos alugados.
Ruy e Ricardo se entreolharam com um sorriso maroto que denunciava o pensamento: Esse
rapaz está saindo melhor que a encomenda. Isso aqui está ficando muito bom. A Sensormatic
desejada está acontecendo.
Já fez mais reuniões como essa, agora bastante apoiado pelo seu gerente Domingos que, no
início, também novo na empresa e acostumado às regras e padrões tradicionais nas empresas
anteriores, estranhou a iniciativa. Domingos, que não participou daquela reunião por estar
viajando, reconhecer mais tarde que se não estivesse fora não teria permitido tal “atrevimento”.
Ricardinho já entrou diversas vezes na sala dos diretores para obter mais informações para
assegurar maior consistência nos seus trabalhos, para manter uma boa administração dos custos
da empresa.
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Assim como muitas outras pessoas, Ricardinho levou a sério as palavras que ouviu da direção
assim que entrou na Sensormatic. Você foi contratado para mostrar e usar o seu talento e poder
pessoal para atender bem os clientes, fazer da Sensormatic uma empresa especial, apropriar-se
dela, crescer com ela e com outras pessoas também muito especiais.
Um dos maiores desafios que todos enfrentam nas empresas (e isso não é privilégio só
da Sensormatic) é mudar algumas crenças fortemente sedimentadas pelas pessoas:
Na Sensormatic já se conversou muito sobre as décadas e séculos em que vivemos sob regime
patriarcal, monarquias e ditaduras. Aprendemos a não questionar ordens, mesmo que absurdas.
Ficamos dependentes de ordens, soluções e direções.
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cima tem um apito gigante, depois um menor, depois um apito menor ainda, até chegar em mim,
que não apito porcaria nenhuma.”
Esse é o modelo mental que predomina na maioria das pessoas e o maior desafio na
Sensormatic é modificar esse modelo chamando a atenção exaustivamente no dia a dia para o
próprio poder. Na Sensormatic, todos precisam apitar.
Quando acontecem situações em que alguém ficou aguardando a posição da chefia ou repassou
a ela algum problema que poderia ser perfeitamente tratado sem o envolvimento dela, provoca-
se uma conversa para debater o assunto e incentivar essa pessoa a assumir mais sua própria
autonomia e diminuir a dependência. É encorajada a retornar para o ciclo Positivo (da
Confiança) e sair do ciclo Negativo (da Desconfiança).
O que é isso?
São os ciclos pelos quais todos nós transitamos, ora num, ora noutro, sem nos darmos conta na
maioria das vezes, com conseqüências positivas ou negativas. Os esquemas apresentados
anteriormente, mostram como os ciclos surgem.
Comunicação Interpessoal
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Atração fatal
O ciclo Negativo exerce um incrível poder de atração sobre nós. Numa reunião, por exemplo,
podemos estar ótimos conversando e discutindo problemas e soluções num ambiente de ciclo
positivo. De uma hora para outra, alguém faz uma crítica a uma decisão sua ou por uma falha
do seu setor. Poucos têm tranqüilidade de entender as críticas como ajuda para melhorar.
Partimos para reações de ataque e defesa típicas do ciclo negativo. Toda situação de pressão é
um convite para escorregarmos de volta para o ciclo negativo. Não podemos esquecer que
crescemos em meio a uma cultura onde predomina a desconfiança.
Por essas razões os exemplos citados da Ivanda e do Ricardinho foram importantes exemplos de
Ciclo Positivo. Tinham tudo para caírem no confortável Ciclo Negativo e repassarem os
problemas para a chefia.
Situação 3 – O PROJETO R = R
A participação dos funcionários nos resultados da Sensormatic foi uma decisão da direção. Foi
uma questão de coerência aos princípios e valores inerentes à Visão Sensormatic. Seus
dirigentes decidiram destinar 7% do lucro líquido da empresa, após a provisão para imposto de
renda, para o Projeto R = R. Assim, o seu anúncio aos funcionários trouxe alegria, não
surpresa.
Uma das premissas que norteia a decisão é que deve-se valorizar e premiar Resultados obtidos e
não apenas o esforço, já que somente o esforço não garante a obtenção dos Resultados.
Neste aspecto, Posturas e Atitudes, cada funcionário faz a sua própria avaliação, preenchendo
um formulário chamado “Espelho, Espelho Meu”. Faz sua auto-análise bimestral em
relação a 20 itens. Para cada um dos 10 itens, tem 3 colunas para escolher:
Depois de se auto-avaliar o funcionário tem que obter a concordância dos colegas da equipe e da
chefia, elevando a responsabilidade de todos e o crescimento do grupo.
A subjetividade, o paternalismo ou a chamada “média” são minimizados por ser necessário citar
exemplos reais acontecidos que justifiquem a avaliação. É um valioso exercício de sinceridade
e coragem, fortalecendo a confiança. Força também as lideranças mais tradicionais a saírem das
suas mesas e estarem mais próximas das respectivas equipes. Na próxima página, mostramos o
instrumento “Espelho, Espelho Meu.
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Comentei em “off” com Ruy e Ricardo o que provavelmente iria acontecer nos depoimentos: só
elogios e ninguém com coragem de apontar pontos de que não gostaram. Certamente, de alguns
pontos não gostaram ou tinham dúvidas. Bastava perceber algumas expressões e gestos de
discordância de algumas pessoas, mesmo caladas.
Mas por que não se manifestariam? Por que não falariam do que não gostaram, se é para isso
que estamos aqui? Quiseram saber os dois.
Expliquei que é natural, é humano o medo de se expor e correr o risco de ficar com a imagem de
“do contra”. Ainda mais diante do entusiasmo e assertividade da dupla de diretores-
proprietários com a proposta. Preferem optar pelo “isso é um detalhe de pouca importância.
Não merece ser citado agora. Não quero ser um estraga-prazer”. Sabendo desses prováveis
comportamentos, as lideranças precisam aprender a “ouvir a flauta não-soprada” antes de cobrar
coragem do seu pessoal.
Não deu outra coisa. Terminado o tempo de discussão e conduzidas pelos respectivos gerentes,
as opiniões finais variavam em torno de: sensacional; muito bom; todos gostaram;
maravilha; é mais uma prova de que a Sensormatic é uma empresa especial, etc., etc.
Ao invés de abrir uma discussão sobre se foi ou não falado tudo, coloquei a seguinte situação
para o grupo:
“Vou fazer o papel de um funcionário que não participou deste encontro e vou pedir para um de
vocês que estiveram no Seminário me contar o que é o Projeto R = R. Mas vou começar
pedindo a vocês uma Nota para o Projeto, de zero a dez. Zero se for uma completa droga; dez
se for uma proposta extraordinária, sem nenhum reparo a fazer.”
Pedi um voluntário que logo se apresentou e atribuiu 10, explicando entusiasmado o
porquê. Escolhi outra pessoa que eu percebi não estar confortável com a proposta toda. Nota 8.
Perguntei o que faltou para ser Nota 10. Daí sim, apontou os pontos de discordância,
principalmente em relação ao critério Assiduidade/Faltas. Isso bastou para outras pessoas
entrarem nas discussões, também apontando essa questão como a mais polêmica e em certos
aspectos até injusta. A maioria deu Nota 10 mas surgiram diversos 9, 8, 7 e até alguns 6. Os
próprios participantes fizeram uma reflexão sobre as razões da não-manifestação dos pontos de
discordância sobre o Projeto. Esse foi outro grande momento do Seminário, pois fortaleceu
ainda mais o comprometimento para o sucesso do Projeto.
Assim, nos dois meses seguintes o Projeto R = R foi revisto, e finalmente aprovado e assinado
por representantes da diretoria e dos Funcionários o Contrato Coletivo de Participação nos
Resultados, com um churrasco de comemoração.
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Este formulário é para você refletir sobre si mesmo, a respeito de inúmeros aspectos,
sobre como você reage, como se posiciona, como age no seu trabalho, com seus colegas
ou com quem você se relaciona no dia a dia da Sensormatic. Marque com um “x” na
coluna que você considera ser o seu caso, para cada item. Converse com você mesmo e
procure imaginar se seus colegas dariam a mesma avaliação para você. Aqui, o mais
importante é sua sinceridade. Seja justo com você mesmo!
Período de avaliação:
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10. Sou uma pessoa muito apoiadora. Sempre que vejo alguém
desmotivado, desinteressado, revoltado ou em dificuldades no seu
trabalho, ou ainda em apuros numa discussão qualquer, eu procuro
compreender a sua situação e tomo a iniciativa de ajudar.
Meu nome:
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A gente fala e ouve repetidas vezes: “Temos que ser sinceros uns com os outros.” Só que,
quando chega a minha vez de dizer o que realmente estou pensando ou sentindo, eu penso uma,
duas, três vezes, até a oportunidade passar e ficar arrependido e lamentando a minha falta de
coragem. Isso também é conseqüência das nossas crenças típicas de ciclo negativo e do
ambiente onde estamos. Medo de me expor, medo de ser mal interpretado, medo de conflitos,
medo de prejudicar a imagem, medo das reações dos outros. Por isso para mim foi difícil, quase
impossível:
- levantar a mão para dizer à professora que não entendi a explicação. Fico esperando que
algum valente o faça.
- Interromper uma reunião conduzida pelo diretor e apontar que está se arrastando sem
objetividade, sem interesse e que tenho outros assuntos prioritários.
- Dizer que discordo de algum ponto de uma proposta apresentada com entusiasmo e orgulho
pela diretoria, e me perguntaram se concordo com a proposta (Aceno afirmativamente com
a cabeça e faço hum hum.). Todos percebem que não existiu a menor firmeza, muito menos
sinceridade. Mas nem eu nem ninguém diz nada e bola pra frente.
Os dirigentes da Sensormatic sabem que isso ainda vai acontecer mais vezes e provocado pelas
próprias lideranças, que conduzem discussões de tal forma que não dá muito espaço para
opiniões contrárias. Sem perceber, fazem perguntas de um jeito que as pessoas vão responder
exatamente aquilo que esperam ouvir, igual ao professor que pergunta:
“Todos entenderam?”
O professor vê e ouve grunhidos e gestos com a cabeça parecidos com sim. Diz OK, muito bem
e bola pra frente. Na verdade, nesse momento o professor está mais preocupado em receber
aplausos pelo seu bom desempenho ou não sair do roteiro de aula, do que em verificar se tem
alguém com dúvidas, dar-lhe a atenção devida, cumprir sua missão.
Para evitar cair nessas armadilhas, as lideranças procuram ouvir de cada um da equipe e dos
colegas “o que gostaram, o que não gostaram, com que concordam, com que não concordam.”
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Ruy e Ricardo sabem que têm que desempenhar outros papéis fundamentais, além de diretores
executivos. Como no mercado não existem profissionais já prontinhos em termos de Cultura
Sensormatic, ou seja, pessoas que operam predominantemente no ciclo da Confiança, é
necessário formá-los e desenvolvê-los dentro da empresa. Isso exige dos dois diretores outros
papéis como orientador, professor, aluno, etc.
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O crescimento vertiginoso da Sensormatic fez com que em pouco tempo as instalações originais
na zona Leste em São Paulo se tornassem pequenas demais para comportar futuras expansões,
conforme se previa. Na época, decidiu-se mudar para Santo André, saltando de uma área de
250 metros quadrados para 1.800 metros. Passados 5 anos e com o crescimento projetado para
os próximos anos, ficou decidido que seria necessário encontrar um local maior. Onde?
Após análise das mais diversas alternativas a direção optou por Alphaville, tendo em vista o
valor da locação do novo imóvel, com 3.200 metros quadrados, ser mais vantajoso. A distância
entre os dois locais era de aproximadamente 60 quilômetros.
Com seis meses de antecedência, a direção decidiu anunciar que estava procurando outro local
que, inclusive, poderia ser outra cidade vizinha de São Paulo.
Assim que o contrato foi assinado, foi realizada uma visita às futuras instalações, possibilitando
que cada funcionário visse por si mesmo que mudança deveria acontecer em sua rotina.
Anunciou também o que poderia oferecer aos funcionários para facilitar a mudança.
Esses cuidados mostraram-se positivos e coerentes com os valores que se busca fortalecer na
Sensormatic e o fato é que, mesmo depois de 2 meses após a visita dos funcionários às futuras
instalações, não houve nenhum pedido de desligamento. Mesmo sabendo das dificuldades que
enfrentariam e preocupados em saber se conseguiriam ou não se adaptar às novas rotinas e ao
tempo de deslocamento elevado, os funcionários continuaram cumprindo com muito empenho
as suas funções e responsabilidades.
Seus dirigentes sabem que as pessoas necessitam se sentir bem-informadas. Sentindo-se bem-
informadas tomam decisões com maior confiança. Recebendo feedback sobre a qualidade das
suas decisões aumentam mais a segurança e competência, gerando mais decisões de qualidade.
As eventuais falhas e precipitações proporcionam novos ciclos de aprendizagem.
Por essas razões são estimuladas as reuniões, os seminários, treinamentos, viagens, leituras.
Essa filosofia norteou decisões como:
- implantar sistemas integrados de informações por computador, que atendam às necessidades
administrativas, financeiras, contábeis, industriais, comerciais e de assistência aos clientes.
- Todos os funcionários administrativos têm um computador em suas mesas para acesso às
informações e atualização da rede. Investe-se em informática ao invés de carpetes e
ambientes luxuosos.
- Implantar quadros de avisos livres, sem vidros e cadeados para qualquer pessoa informar o
que quiser.
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- Criar o informativo “antena” sem periodicidade definida, sendo emitido toda vez que têm
alguma informação que todos precisam saber rapidamente (qualquer pessoa pode gerar um
“Antena”, mesmo escrito à mão, sem precisar pedir autorização para os gerentes).
- A filial Sul, em Porto Alegre, criou o “Antchêna”; a área comercial criou o
“Sensornews”(decisão autônoma da área), trazendo informações sobre Vendas e Clientes,
para circulação interna.
- Criar o painel “Alugômetro” (decisão espontânea de funcionários) com informações
semanalmente atualizadas, de fácil visualização para acompanhamento dos resultados e
objetivos por todos os funcionários.
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- Seu Tito. Você tem muitas qualidades que eu gostaria que nunca perdesse. Gosto muito da
sua disposição para ensinar e disposição para resolver problemas e enfrentar desafios,
sempre com bom humor. Está sempre ajudando a gente quando vê que estamos apertados.
Nem precisamos pedir socorro e já está botando a mão na massa.
Foi isso que o Seu Tito, com sua experiência de vida que já lhe clareou os cabelos, teve que
ouvir e engolir a seco de um dos funcionários da produção na área das Injetoras de Plástico.
Seu Tito não teve direito de resposta. Seus olhos então responderam equilibrando uma gota que
ameaçava deslizar rosto abaixo.
Este episódio aconteceu em uma das muitas reuniões de equipes para dar e receber feedback,
sendo reconhecidos em cada um os seus aspectos positivos e qualidades que não devem perder
nunca.
Todos foram unânimes em dizer que isso é algo simples, muito positivo e engrandecedor para
todos. Ao mesmo tempo, tiveram a coragem de admitir que todos dedicam mais tempo para
“malhar”, apontar defeitos e falhas de uma pessoa. Elogiar? Reconhecer qualidades? Na nossa
cultura tradicional não se abre espaço para isso.
Aprendizagem
Reconhecer de viva voz, cara a cara, as qualidades e virtudes das pessoas enquanto vivemos
com elas, requer coragem e humildade. Depois que vão embora ou morrem, é tarde para
reconhecer:
Todo e qualquer avanço ou resultado obtido, mesmo que abaixo da expectativa, é conseqüência
direta das qualidades e virtudes de alguém ou de um grupo.
O que faltou, o que não avançou, isto sim, é conseqüência de falhas, defeitos, descuidos.
Portanto, por uma questão de justiça, reconheça as duas coisas: Pontos Positivos e Pontos
Negativos.
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Na Sensormatic este dito popular também é verdade. Obteve resultados expressivos ao longo
destes anos, enfrentando os mesmos desafios e dificuldades das demais empresas: recessão,
inflação, planos econômicos, abertura à importação, globalização, etc.
Jamais a Sensormatic teria alcançado tanto sucesso se apenas Ruy e Ricardo fossem os únicos
donos. O sentimento de propriedade que grande parte dos funcionários tem em relação à
Sensormatic é o que mais contribui para “engordar o boi”, e esse sentimento decorre da
concordância e comprometimento com valores como:
Essa é a base de valores que todos buscam fortalecer através de exemplos e não com discursos.
Cada vez que acontecem tais exemplos, as pessoas são reconhecidas e valorizadas, servindo
como um sinal para todos de que são esses os valores e que é essa a Cultura Sensormatic que faz
sentido**.
**
Raul Higuchi é graduado em Administração de Empresas pelo Instituto de Ensino Superior Senador
Flaquer e pós-graduado em Administração Pública pela EBAP e FGV. Durante 18 anos dedicou-se à área
de Processamento de Dados, trabalhando em empresas como Serpro, Banco Econômico, Unibanco e
Philips, em todas as funções e cargos da carreira de informática. A partir de 1985 passou a dedicar-se à
área de Desenvolvimento de Organizações e Recursos Humanos. Por ocasião do presente trabalho atuava
como consultor da Always RH Consulting, Desenvolvimento de Lideranças e Empresas Especiais Ltda.
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cumprimentem o público;
(*) façam uma introdução, que seja a mais apropriada para a ocasião;
contem sobre o que irão falar;
levantem uma necessidade a ser atendida;
apresentem o Projeto;
(**) concluam, indicando prazos e condições, se couber.
5
POLITO, Reinaldo. Assim é que se fala: como organizar a fala e transmitir idéias, São Paulo: Saraiva,
1999, p. 188-190 (adaptação parcial)
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1. Sr. Rey (34 anos), visitante de clínicas. Durante seus “bons tempos” cursou
Odontologia. Não terminou os estudos e começou a trabalhar no setor de
produtos farmacêuticos, onde está há dez anos com excelentes resultados.
O Sr. Rey tem duas características especiais: é muito inteligente e possui um afã
de cultura inesgotável. Não há médico que possa vencê-lo em uma discussão,
porque é tão hábil em suas discussões que os médicos não se dão conta de sua
inferioridade. Contudo, Rey faz valer essa “superioridade” diante dos colegas,
perante os quais mantém comportamento arrogante.
2. O Sr. Seco (26 anos) fez curso de Técnico em Farmácia e trabalha na Pharma S.
A. há cinco anos. Somente visita médicos de consulta particular e consegue
excelentes resultados, comprovados por suas vendas crescentes. O ponto forte de
Seco é sua compreensão das pessoas e sua conseqüente capacidade de
comunicação. Os médicos têm a impressão, quando falam com ele, de que é um
interlocutor que compreende efetivamente seus problemas. Seco usa trajes
simples e decentes, o que acentua eficazmente seu aspecto modesto. Seu único
handicap (desvantagem) é um complexo de inferioridade porque “só tem os
estudos básicos”. Por isso, usa a maior parte de seu tempo livre para se
aperfeiçoar de acordo com os objetivos determinados.
O Sr. Kanzler, que não é muito bom líder e que gosta de deixar as rédeas soltas,
acostumou-se a esses conflitos e tenta solucionar as tensões do seu grupo da melhor
6
SOTO, Eduardo. Comportamento Organizacional: o impacto das emoções. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2002, p. 114-116.
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forma possível. Porém, tendo em vista que a direção comercial tomou uma nova
decisão, a situação de conflito ameaça chegar a um ponto em que Kanzler terá de
intervir.
Rey e Seco terão de realizar essas sessões em conjunto em sua região, sendo Seco o
principal responsável pela técnica de vídeo, enquanto Rey ficará na entrada da sala,
recebendo os médicos e atuando na seqüência como moderador. O grupo, enquanto isso,
informou a Kanzler que Vivas abalou Rey dizendo-lhe que poderia humilhar Seco
diante dos médicos tratando-o como um “simples técnico”.
Kanzler recebeu essa informação de uma funcionária que é muito sensível e que sofre
por causa dessas disputas permanentes. Sua simpatia é pelo Sr. Seco; diz que o grupo
também está ao lado de Seco. Ninguém podia suportar o “dandy” arrogante e inclusive
seu sorriso havia perdido o seu efeito nos últimos tempos. Contudo, ninguém se atrevia
a se opor frontalmente a Rey.
Kanzler está confuso com o aumento dessas tensões. Por outro lado, Seco, ao receber as
instruções relacionadas ao funcionamento dos aparelhos de vídeo, manifestou extrema
boa vontade, e Rey está predestinado como ninguém a se responsabilizar pela
moderação, porque domina inclusive as discussões mais difíceis. Desse ponto de vista,
ambos constituiriam a dupla ideal.
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Texto de leitura:
AS FRASES ERRÔNEAS TANTAS VEZES REPETIDAS QUE A GENTE JÁ
SE ACOSTUMOU
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46
Comunicação
Interpessoal
COMUNICAÇÃO
Comunicaç
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47
Denize F. Rodrigues
Comunicaç
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COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL
Comunicação com outras pessoas,
através do relacionamento
interpessoal.
COMUNICAÇÃO INTRAPESSOAL
Comunicação da pessoa consigo mesma,
através do autoconhecimento e do
autocontrole.
Comunicaç
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to valores pessoais
ssun
no a
te r esse
in
canal In fl u
ênc
dos ia
grup
(ruí
(ruídos) os
FONTE
RECEPTOR
FONTE
TRANSMISSÃO RECUPERAÇ
RECUPERAÇÃO Boatos
FEEDBACK
meio
ambiente Micro-culturas/
Cultura etnias
organiza
cional
COMUNICAÇÃO VERBAL
Oral
Escrita
Sinais
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Linguagem paralingüística
(pausas, tom de voz)
Objetos
Ações
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COMUNICAÇÃO FORMAL
Diretrizes, padrões e normas
COMUNICAÇÃO INFORMAL
O ser humano, na busca de satisfação de
necessidades de:
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GERENCIAMENTO DA COMUNICAÇÃO
Alguns métodos:
Reuniões presenciais
Reuniões por videoconferências
Comunicação impressa
Comunicação eletrônica
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REUNIÕES EFICAZES
Iniciar
buscar e dar informações e opiniões
esclarecer, elaborar idéias, resumir
avaliar e medir o progresso
testar pelo consenso
controlar a participação
ouvir atentamente
estabelecer padrões e harmonizar
encorajar a participação
dar e receber feedback
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Simplicidade,
Destinatários,
Mau uso,
Linguagem,
Ansiedade,
Privacidade.
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linguagem e símbolos
características pessoais
tom de voz
má comunicação não-verbal
inadequação do momento
suposição de conhecimento do receptor
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pouco tempo
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inadequação
do canal
ruídos
interrupções
layout do
ambiente
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FALANDO EM PÚBLICO
“VENDENDO” o Projeto
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FAMILIARIZE-SE!
RELAXE!
PENSE POSITIVAMENTE!
MEDO
VENÇA O DE FALAR EM PÚBLICO!
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GESTOS E POSTURAS
Mãos
Movimentos da cabeça
Comunicação visual
VOZ E VÍCIOS DE
LINGUAGEM
Pausas
Volume
Ritmo
Vícios
A PERCEPÇÃO
Percepção é o processo
pelo qual as pessoas tomam
conhecimento de si, dos outros
e do mundo a sua volta.
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IMPORTÂNCIA DO AUTOCONHECIMENTO
AUTOCONTROLE EQUILÍBRIO
Surge a
IE - Inteligência Emocional:
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CONCLUSÃO
EDUCAÇÃO E APRENDIZAGEM
MOTIVAÇÃO
CRIATIVIDADE
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