Você está na página 1de 2

Vejamos o caso do homem que excedia a velocidade, mas que depois passa à velocidade

permitida. E na velocidade correta provoca um problema. Podíamos dizer eu não haverá nada
de errado (era um risco permitido, pois andava ao valor permitido, não teria interesse para o
DP. Porém, a decisão foi de que houve a criação de um risco anterior, e só esteve naquele local
pois ates estava veloz. O sentido da limitação é o de evitar a lesão a bens jurídicos enquanto SE
ESTÁ na atuação desse momento.

Dentro deste processo de imputação temos de ter atenção; quer no âmbito da criação do risco
não permitido; e outras que excluem esta contestação do risco em questão. Por vezes o risco
é permitido por uma margem de tolerância para que a vida em comunidade seja possível, e
nesse caso, a nossa análise encerra-se. Se não há risco não permitido, nem avançamos pois
não há base para um crime tentado ou negligente. Aqui a questão fica respondida: análise
termina.

Caso contrário, aqui temos de considerar o passo seguinte: hipótese de punir por tentativa.

--> Na parte da criação de risco temos de avaliar a situação de conhecimento do sujeito (e


fazemos essa análise tendo em conta a prognose póstuma objetiva: avaliamos a situação,
sabendo o que aconteceu, porém colocando no lugar do agente um cidadão prudente e do
meio em que este se inseria). Alguns conhecimentos especiais que o agente possa ter, pelo
papel social que exercer, pode ser relevante para avaliar esta questão do risco. Estes
conhecimentos, no momento da ação, permite-nos chegar uma ação não permitida a este
bem. Este caso passa a ser relevante, quando, pelo conhecimento, permite antever esta
situação.

Imagine-se que tenho um conhecimento e vejo que há uma falha no avião e como quero me
livrar de B não digo ( neste caso, se não tivesse o conhecimento concreto, mesmo que
tivéssemos essa vontade, não teria relevo). Aqui o que vai importar é o facto do agente ser
capaz de entender que aquilo aconteceria.

REALIZAÇÃO DO RISCO NO RESULTADO

Temos de criar uma conexão do risco ao resultado (aquele horário, aquela morte; NUNCA SERI
AUMA MORTE EM ABSTRATO; não se incluí aqui curso hipotéticos, mesmo que p.e
percebessemos que aquela pessoa ia morrer 2 minutos depois por ter doença rara).
Conectamos resultado a ação. Será este resultante do risco não permitido? Ou na verdade
fruto de uma terceira pessoa ou o azar (infortúnio), ou até colaboração da vítima.

A tendência nas transmissões de vírus é a que há uma heterocolocação. Relembrar sempre do


domínio do facto (quem controlou?).

Os casos de autocolocação em perigo são os mais morosos e que mais saiem. Mas temos
outras situações: caso de comportamento lícito alternativos.

--> tema oral: ações de salvamento e danos tardios/resultantes de um choque: por vezes há
criação de um risco não permitido criado que se materializa no resultado (imagine-se incendiar
faculdade); porém este autor não quer ferir ninguém e por isso faz no domingo (dia em que
ninguém está lá), acontece que, como é natural, alguém ligou aos bombeiros:
1. Bombeiro que quer conter incendio morra; sim, o risco era um risco à coisa mas
também à vida de todos aqueles que tendo um dever jurídico de atuação, se
lesionassem/morressem . Imputa-se homicídio negligente
2. Professor estava próximo do prédio e corre para a faculdade para buscar livros,
morrendo; Contudo, o terceiro que decida fazer, interrompe o nexo de causalidade;
autocoloca-se

Houve uma extensão do risco criado (difuso, pois pessoas vão tentar aplacar o risco inicial, e ao
fazer isso, vejam os seus bens danificados). Podemos imputar as mortes?
A doutrina entende que se houver um dever jurídico de salvamento a determinadas pessoas,
essa morte pode ser imputada ao causador.

DANOS TARDIOS ( a lesão esgota-se num golpe de cabeça que deixa lesão, 15 anos e depois cai
e morre por causa da lesão). E depois da morte, podemos provar. Podemos quem criou esse
dano um "eterno possível imputado"?

EM RAZÃO DE CHOQUE: Alguém precisa de dar uma notícia a uma pessoa. Imagine-se uma
senhora de 90 anos, e essa senhora ao ter um mal estar, morre. À partir dar uma noticia não
causa morte, por outro lado temos de ter em conta as características do agente. Imagine-se
dar a noticia da pior forma.

Antes eram considerados problema de dolo, mas e a negligência?

Você também pode gostar