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São Paulo, 21 de Março de 2024.

RELATÓRIO INFORMATIVO

DADOS PESSOAIS DO PACIENTE


Nome: Miguel de Abreu Lima
Idade: 3 Anos Data de Nascimento: 13/12/2020
Solicitante:
DESCRIÇÃO DAS ÁREAS EVOLUÍDAS
Foi trabalhado durante as sessões de forma estruturada e semiestruturada as seguintes áreas:
I. Mando: Por definição, este repertório é definido como um operante verbal que constitui uma
relação funcional onde a forma da resposta é definida por uma consequência específica (Córdova,
2008), ou seja, quando alguém solicita por `água` ele deseja receber `água` e não `suco`. Nessa
área avaliou-se pedidos de diferentes formas, como: pedir reforçadores desejados, pedir itens para
realizar uma tarefa, solicitar retirada de itens não-desejados, dentre outros.
II. Tato: Este repertório é definido como um operante verbal que constitui uma relação funcional
onde a forma da resposta é controlada por um estímulo antecedente não-verbal (Córdova, 2008),
ou seja, diante da presença de um carrinho o sujeito diz `carrinho`. Nesse campo, avaliou-se desde
descrições simples até descrições mais complexas, como relatar acontecimentos.
III. Responder de ouvinte: Essa área pode ser descrita como uma determinada resposta é feita a partir
de um determinado antecedente (Costa & Souza, 2015), diante disso foram verificadas as
habilidades de seguimento de instruções, escolha, seleção e localização – em diferentes níveis.
IV. Performance visual e emparelhamento com o modelo: Esse repertório define-se como a
capacidade do indivíduo de perceber os estímulos e situações do ambiente e estas direcionar suas
ações (Souza & Capellini, 2011), contendo seções relativas a tarefas de discriminação visual, como
quebra-cabeças, desenhos, padrões, sequências e emparelhamento com o modelo.
V. Brincar independente: Brincadeira independente envolve engajamento espontâneo em
comportamentos que são automaticamente reforçadores (Vaughan & Michael, 1982 citado em
Martone, M. 2017). Ou seja, avalia a capacidade da criança de sentir motivação no próprio brincar,
sem mediação social.
VI. Comportamento social e brincar: Refere-se ao conjunto de capacidades comportamentais
aprendidas que envolvem o contato com outra pessoa (Caballo, 1995; Del Prette & Del Prette, 1999
citado em Bolsoni-Silva, 2002), principalmente no que se refere a comportamentos verbais
mediante a uma dinâmica de brincar, as quais foram avaliadas em diferentes formas.
VII. Imitação motora: A imitação motora pode ter as mesmas propriedades verbais que as do
comportamento ecóico, e isso pode ser observado pela sua importância na aquisição da linguagem
de sinais de crianças surdas (Martone, 2017), nesse repertório avaliou-se essa habilidade em
diferentes formas e contextos, principalmente no que se refere a habilidade de adquirir novos
comportamentos por esse repertório.
VIII. Ecoico: Tecnicamente falando, o ecoico é controlado por um SD verbal que se iguala
(correspondência ponto a ponto) com a resposta, ou seja, é um tipo de linguagem em que se iguala
(correspondência ponto a ponto) com a resposta, ou seja, é um tipo de linguagem em que o
falante repete sons, palavras e frases de um outro falante (ou dele mesmo). Por exemplo, uma
criança que fala “gatinho” depois de ouvir sua mãe dizer “gatinho” demonstra comportamento
ecóico (Martone, 2017). Foram avaliadas diferentes topografias de ecóico, desde vogais até frases
com entonação.
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IX. Comportamento verbal espontâneo: Balbuciar fortalece os músculos vocais e torna possível o
controle dos músculos para a criança, além de fortalecer a emissão de sons específicos, que
eventualmente, irão se transformar em palavras (Martone, 2017), esse repertório foi avaliado
seguindo os dados dos demais repertórios, principalmente.
X. Responder de ouvinte por função, classe e característica: A avaliação das habilidades LRFFC exige
uma lista de estímulos verbais progressivamente mais complexos e uma série visual também mais
complexa. O objetivo é determinar até que ponto as perguntas se tornam muito difíceis e/ou a série
muito complexa (Martone, 2017) para isso, foram precisos estímulos visuais para verificar a atual
habilidade.
XI. Rotinas de classe e habilidades de grupo: Esse repertório abrange tantos outros repertórios
importantes para a convivência em grupo (como imitação e linguagem receptiva) quanto a
habilidade do indivíduo em aprender dentro do próprio grupo social, sem um ensino propriamente
individual.
XII. Intraverbal: Tal área é definida como operante verbal controlado, ou melhor, evocado, por estímulo
discriminativo verbal, que pode ser tanto vocal quanto escrito (Santos e Andery, 2007), ou seja, é a
habilidade de responder perguntas e completar sentença, base fundamental para a conversação, ou
seja, dizer, “sapatos”, pois alguém disse, “o que você usa nos seus pés?”
XIII. Estrutura linguística: Nesse repertório, avalia-se não somente a aquisição da linguagem, mas a
articulação verbal, tamanho do vocabulário e quantidade de morfemas nas sentenças (Extensão
Média do Enunciado – EME), sintaxe apropriada, uso correto de modificadores verbais e nominais
(adjetivos, preposições, advérbios), tipos de inflexões (afixos do plural e marcadores verbais) etc.
XIV. Fonologia: Instalar fonemas ausentes no inventário fonético da criança;
XV. Semântica: Ampliar o vocabulário do paciente;
XVI. Pragmática: Desenvolver o uso funcional da linguagem;
XVII. Morfossintaxe: Desenvolver as formas e os tempos verbais das preposições, das conjunções , dos
pronomes ou de outros itens funcionais da linguística.

CONCLUSÃO

REFERÊNCIA

Martone, M. C. C. (2017). Tradução e adaptação do Verbal Behavior Milestones Assessment and Placement Program (VB-MAPP)
para a língua portuguesa e a efetividade do treino de habilidades comportamentais para qualificar profissionais.

Córdova, L. F. (2008). Efeito de treino sucessivo sobre o comportamento de transposição entre os operantes verbais mando e
tato.

Oliveira Costa, G., & Barbosa Alves de Souza, C. (2015). Ensino de linguagem receptiva para crianças com autismo: comparando
dois procedimentos. Acta Colombiana de Psicología, Vol. 18, no. 2 (jul.-dic. 2015); p. 41-50.

Souza, A. V. D., & Capellini, S. A. (2011). Percepção visual de escolares com distúrbios de aprendizagem. Revista Psicopedagogia,
28(87), 256-261.

Bolsoni-Silva, A. T. (2002). Habilidades sociais: breve análise da teoria e da prática à luz da análise do comportamento. Interação

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em psicologia, 6(2).

Santos, M. R. M., & Andery, M. A. P. A. (2012). Comportamento intraverbal: aquisição, reversibilidade e controle múltiplo de
variáveis. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, 3(2).

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