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FORMADOR/A DATA
Filipe Lourenço janeiro de 2022
CEFCO_P206_v1
RECEPÇÃO DE MERCADORIAS
Índice
1. Análise e planeamento da receção de mercadorias ...........................................................................................2
1.1 Planeamento da receção ...............................................................................................................................2
1.2 Identificação e entrada do veículo .................................................................................................................3
1.3 Equipamentos necessários.............................................................................................................................4
2. Conferência e análise das não conformidades .....................................................................................................6
3. Registo da receção e saída do veículo..................................................................................................................7
4.Sistemas de apoio à encomenda ..........................................................................................................................8
Bibliografia .............................................................................................................................................................10
Pode-se dizer que a receção é, regra geral, um processo aparentemente, muito simples na maior parte
das instalações, pois assume-se que a separação, preparação de pedidos e expedição são atividades
mais exigentes em mão de obra no armazém e, desta forma, irão receber mais atenção do que a receção.
A ocorrência de um erro na receção, no entanto, pode causar tantos problemas como os erros na
satisfação de pedidos e expedição. As atividades necessárias para a receção são:
➢ Contacto do condutor da transportadora com o armazém para marcação de uma hora para a
entrega do material e fornecimento de informação sobre o material transportado;
➢ Verificação do funcionário encarregue das receções no armazém do aviso de entrega e
confirmação da informação recebida do condutor da transportadora;
➢ Atribuição um lugar especifico ao veículo para a descarga;
➢ Bloqueio as rodas do veículo para assegurar a sua imobilização;
➢ Verificação do selo do veículo e remoção do mesmo na presença de um representante da
transportadora;
➢ Inspeção da carga para aprovação ou rejeição;
➢ Descarregado material paletizado do veículo;
➢ Descarregado material não-paletizado e solto do veículo;
➢ O material recebido é disposto no chão e preparado para contagem e inspeção final;
➢ Remoção dos artigos danificados;
➢ Armazenagem das mercadorias nas zonas indicadas.
➢ Os requisitos do armazém para a receção são:
➢ Área suficiente para manobrar e encontrar os veículos;
➢ Existência de niveladores de cais e ganchos para facilitar a descarrega;
➢ Área de preparação para paletizar ou contentorizar as mercadorias;
➢ Área suficiente para colocar as mercadorias antes de serem despachadas;
➢ Acesso a um sistema informático para o registo eletrónico das encomendas e produção de
relatórios;
➢ Escritório para guardar documentos e elaborar relatórios.
O controlo exato deverá ser feito em contacto direto com as chefias operacionais do armazém.
Procedimento
• O motorista da viatura chegada deve dirigir-se à portaria para notificar a sua chegada;
• Estradas de serviço bidirecionais deverão ter pelo menos 7.3152 metros de largura;
• Estradas de serviço unidirecionais deverão ter pelo menos 3.6576 metros de largura;
• Caso exista uma via pedonal na estrada de serviço deverá ter pelo menos 1.2192 metros de largura
e terá ser separada da estrada de serviço;
• Abertura de portões em caminhos bidirecionais deverá ter pelo menos 8.5344 metros de largura;
• Abertura de portões em caminhos unidirecionais deverá ter pelo menos 4.8768 metros de largura;
• Abertura de portões deverá ter pelo menos 1.8288 metros de largura se os peões também usarem
o portão;
• Se houver possibilidade, todo o tráfego de viaturas deverá ser no sentido contrário ao dos ponteiros
do relógio;
• As áreas de espera das transportadoras deverão ser atribuídas na extensão das áreas de
carregamento do cais e deverão ser suficientemente grandes para se necessário carregarem o
máximo número possível de transportadoras em qualquer altura.
Determinação dos requisitos do espaço exterior das instalações para a movimentação das
transportadoras através dos seguintes passos:
Imediatamente a seguir, faz a impressão das ordens de arrumação dos materiais (documento onde
consta os locais de stock dos materiais que acabaram de chegar) por consulta da transação e imprime
igualmente outro documento onde constam as referências em corte. O processo acaba quando o
colaborador entrega estes documentos no cesto dedicado a este fim (v. figura – Etapa A).
Para os materiais que serão armazenados o colaborador escreve o local de stock no próprio material (v.
figura – Etapa B). No processo de arrumação de materiais são utilizados dois carros. Enquanto os
materiais de um dos carros estão a ser armazenados o outro carro está na receção a receber material.
Após concluir a arrumação correspondente a um carro, o colaborador responsável coloca o carro vazio
na posição definida na receção e pega num outro carro cheio de material (v. figura – Etapa C).
Estas duas técnicas juntas permitem eliminar os erros associados ao Homem quando escreve ou lê e
aumentar a produtividade, a velocidade de leitura é instantânea e a disponibilização da informação no
sistema informático é imediata.
Por último, se a receção seguir o modelo de JIT, a conferência da mercadoria – pelo menos a quantitativa
e logística – ficam feitas. Nesse caso, este procedimento seria embutido no procedimento. A conferência
qualitativa deverá ocorrer concomitantemente com a conferência quantitativa, se tal for possível. Se
não for possível o operador deverá despoletar o processo de conferência qualitativa;
c) Composição do artigo;
d) Especificações técnicas.
A verificação pode realizar-se através de inspeções, testes e ensaios ou pela aceitação de certificados
de conformidade (de garantia da qualidade) emitidos por entidades acreditadas para o efeito. Podem
seguir-se neste processo diversos procedimentos de verificação de conformidade:
Exemplos
➢ Na receção e um equipamento deve verificar-se, através de ensaios, se estão satisfeitas as
exigências técnicas ou requisitos essenciais impostos pelas diretivas comunitárias e
regulamentação aplicável, nomeadamente, os atributos relativos à segurança e preservação
ambiental, e se o equipamento cumpre as funções e utilidades com o rigor especificado na
respetiva encomenda;
➢ Na receção de um produto químico deve verificar-se, através de testes e ensaios laboratoriais,
se a composição respeita os requisitos da especificação técnica e a legislação e regulamentação
aplicáveis.
Exemplos:
➢ Verificação dos certificados enviados pelo fornecedor a fim de concluir sobre a validade da
conformidade com os requisitos exigidos;
➢ Verificação das garantias a fim de concluir sobre os prazos de validade e/ou condições de
utilização.
A conferência qualitativa pode implicar uma quarenta de espera para os artigos, por forma a garantir
que a sua qualidade está conforme as normas ou leis aplicáveis. Este facto pode levar ao
armazenamento de artigos bloqueados para movimentação.
➢ Por completo, toda a mercadoria é verificada. Esta abordagem é pouco apropriada a grandes
volumes de mercadoria;
➢ Por amostragem, só parte da mercadoria é verificada. Esta amostragem é adequada a grandes
volumes, pode ser apoiada em contratos logísticos e complementada com verificações à
posteriori;
É neste processo de receção que são determinadas as faltas, as trocas de artigos e os excessos, os
eventuais danos ocorridos no transporte, que devem ser comunicados (em princípio via Compras) aos
fornecedores e/ou transportadores a fim de se repor o que foi encomendado. É, ainda, neste processo
que deve verificar-se se os rótulos das embalagens cumprem a legislação e regulamentos aplicáveis,
para se poder aceitar o fornecimento.
Conferência assistida
➢ O operador de conferência conta o número total de paletes e o número total de unidades para
cada artigo rececionado. Poderá fazer a contagem por palete rececionada, ficando a informação
de receção detalhada à palete;
➢ Vigilância do prazo de entrega
➢ Entrada do artigo em armazém
➢ Receção e verificação da fatura
➢ Emissão da ordem de pagamento
A compra pressupõe sempre um suporte documental, isto é, um conjunto de documentos que fornecem
as informações necessárias à sua realização.
Deve observar-se a regra: “nenhum material deve ser entregue ao Armazém ou ao circuito produtivo,
sem que tenha sido objeto de aceitação, sendo então acompanhado por guia de entrada definitiva”. Só
a partir do processamento das guias de entrada definitivas, é que os materiais ficarão a integrar o stock
da empresa e estará atualizado.
Este procedimento poderá ficar completamente esvaziado de conteúdo, sendo aglutinado à descarga
do veículo – procedimento quando é adotado o método JIT, com as tecnologias associadas. As áreas de
desenvolvimento que têm impacto sobre o desenrolar deste procedimento são as seguintes:
➢ Tecnologia de rádio-terminais e leitura de código de barras: com esta tecnologia, esta função
fica praticamente vazia de conteúdo.
➢ EDI: com a mensagem de aviso de expedição, o registo informático do documento do fornecedor
é automático, esvaziando também esta vertente desta função.
As tecnologias de informação são utilizadas de forma a permitirem uma comunicação rápida entre duas
empresas. A troca eletrónica de dados, também conhecida por Electronic Data Interchange (EDI),
possibilita a troca de informação entre os computadores das duas empresas. As encomendas podem ser
enviadas diretamente para o computador do fornecedor, o que permite uma maior rapidez na resposta
e evita a ocorrência de erros devidos a múltiplas entradas de dados.
As empresas clientes enviam os seus programas de produção aos fornecedores para que estes possam
planear o seu próprio trabalho em sincronização com os clientes. Em alguns casos, os contratos de longo
prazo não definem as quantidades exatas de fornecimento. As empresas clientes comprometem-se a
adquirir parte da capacidade de produção do fornecedor. As quantidades e os planos de entregas são
definidos posteriormente em função do plano de produção do cliente.
O sistema de informação logístico permite a construção total do caminho de uma encomenda: desde o
registo de material, passando pela geração de listas de mercadoria previstas à chegada, até à criação de
guias de recepção e listas de arrumação (put awaylists). Para o correcto aprovisionamento de
mercadorias, permite:
Como funciona
Em cada momento e em cada documento, pode saber a quantidade encomendada, a quantidade que o
fornecedor informa que vai chegar e a quantidade efectivamente recepcionada. O módulo permite que
toda a gestão (após o planeamento inicial dos circuitos base) não seja dependente da ordem de chegada
dos documentos. Como, por exemplo, a factura pode ser o primeiro ou o último documento a chegar.
Um armazém pode receber pedidos das mais variadas origens, desde encomendas de Clientes, até
pedidos de aprovisionamento de uma filial ou de outro armazém. Para uma correcta optimização do
tempo na satisfação de encomendas, o sistema de informação logístico dá-lhe a possibilidade de:
Bibliografia
✓ AA VV. Gestão dos aprovisionamentos, Ed. IAPMEI,. Col. O Gestor/ Área da produção, 1994
✓ Carvalho, J. et al., Logística e gestão da cadeia de abastecimento , Ed. Sílabo, 2010
✓ Costa, J., Definição de Requisitos para a Implementação de um Sistema de Gestão de
✓ Armazém, Dissertação de Mestrado, Universidade do Porto, 2011
✓ Ferreira, A., Documentação comercial – Guia do formando, ISG/ IEFP, 2004
✓ Figueira, M., Logística industrial: Guia do formando, Ed. ISQ/ IEFP, 1996
✓ Marques. A; Vieira, P., Logística Operacional: Manual do formando, Ed. Companhia própria,
✓ 2004
✓ Tompkins, J. et al., Facilities planning, Ed. John Wiley & Sons, 2003
✓ Veludo, M., Aprovisionamento e gestão de Stocks: Guia do formando, Ed. ISG/ IEFP, 2004
Sites Consultados
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