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9 Neuropsicoédagogia e As Necessidades Educacionais Especiais 3
9 Neuropsicoédagogia e As Necessidades Educacionais Especiais 3
AS NECESSIDADES
NEUROPSICOÉDAGOGIA E AS NECESSIDADES
EDUCACIONAIS ESPECIAIS
EDUCACIONAIS ESPECIAIS
Sumário
REFERÊNCIAS .................................................................................... 34
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FACULESTE
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Neuropsicopedagogia, Psicopedagogia e Educação
Inclusiva
De acordo com Elaine Andrade Gomes, pedagoga com especialização
em Neuropsicopedagogia com ênfase na educação inclusiva, a
Neuropsicopedagogia tem sua análise inserida no contexto em que se
desenvolve o processo de aprendizagem, a leitura dos problemas que emergem
da e na interação social voltada para o sujeito que aprende, buscando
compreender os fatores que intervêm nos problemas, discriminando o particular
e o geral, o específico e o universal, na busca de alternativas de ação para uma
mudança significativa nas posturas frente ao ensinar e ao aprender, pautada em
uma essência específica e diferenciada da Psicopedagogia.
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atender apenas a parcela da população considerada ‘normal’, excluindo os
alunos que necessitam de uma atenção diferenciada.”
Síndrome ou deficiência
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cada professor. Não existe formação dissociada da prática, estamos aprendendo
ao fazer”.
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A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO CONTEXTO DA
SOCIEDADE INCLUSIVA
A escola da contemporaneidade é o espaço da diferença e da confluência
de culturas e da diversidade. Diante desse quadro social, emerge a necessidade
de ampliação e redimensão dos saberes e das práticas educativas, afim de que
esta escola se constitua como um espaço de reconhecimento e valorização
dessas diferenças, conforme os argumentos que sustentam o discurso da
inclusão social, como princípio básico de garantia dos direitos do cidadão.
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iv) a Declaração de Salamanca, resultante da Conferência Mundial sobre
Necessidades Educativas, realizada em Salamanca, Espanha, de 07 a 10 de
junho de 1994;
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num passe de mágica. Muito mais do que isso, pretende-se, a partir da análise
de como tem funcionado o nosso sistema educacional, identificar as barreiras
existentes para a aprendizagem dos alunos, com vista às providências políticas,
técnicas e administrativas que permitam enfrentá-las e removê-las. Pretende-se
identificar processos que aumentem a participação de todos os alunos,
reduzindo-lhes a exclusão na escola e garantindo-lhes sucesso em sua
aprendizagem, além do desenvolvimento da autoestima (CARVALHO, 2003, p.
149).
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bibliográfico, com o objetivo de discutir sobre a modalidade Educação Especial
no contexto da educação inclusiva, apontando para possibilidades de
articulações pedagógicas no ensino e aprendizagem de crianças com
deficiências.
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uma proposta pedagógica, que visa assegurar um conjunto de recursos e
serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar,
complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços
educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o
desenvolvimento das potencialidades dos educando. De tal modo, para Ferreira,
pode-se considerar que a Educação Especial:
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Educação Especial não é destinada somente para aqueles que apresentam
dificuldades, diminuindo assim, parte dos preconceitos e discriminações.
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falta de acessibilidade aos espaços sociais; vivenciadas pela criança,
adolescente ou adulto durante o processo de construção do conhecimento.
Essas dificuldades, muitas vezes, podem ser superadas com metodologias
adequadas utilizadas pelos professores, outras vezes não, necessitando da
ajuda de outros profissionais tanto da área da educação, como da saúde,
constituindo assim, um campo interdisciplinar no processo de intervenção
pedagógica, onde se situam, pedagogos, psicopedagogos,
neuropsicopedagogos, psicólogos, assistentes sociais, médicos, fonoaudiólogos
etc.
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Detectar a causa que interfere no desempenho escolar, principalmente da
criança, é fundamental para o seu bom rendimento escolar, desde que as causas
sejam trabalhadas. Existem várias maneiras para se constatar uma dificuldade
da criança em aprender, mas o ponto de partida é o próprio desempenho do
aluno, uma vez que as dificuldades da aprendizagem apresentam características
próprias, que requerem um estudo e intervenção, a fim de compreender as
causas, as “raízes” do problema, que desvelarão os rumos e as prioridades de
ações a serem tomadas para, então, melhorar o processo de ensino e
aprendizagem, partindo do nível de aprendizagem em que o aluno está e
lançando desafios que oportunizem condições para o seu desenvolvimento
social e intelectual.
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Constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as
diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando
que existem grupos humanos dotados de especificidades naturalmente
irredutíveis. As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos
olhos, quanto ao gênero e à sua orientação sexual, com referência às origens
familiares e regionais, nos hábitos e gostos, no tocante ao estilo. Em resumo, os
seres humanos são diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e
desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes de direito. É o
chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente (FERREIRA;
GUIMARÃES, 2003, p. 37).
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em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às
necessidades educacionais especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos
de escolas próximas, nas quais ainda não exista esse atendimento. Pode ser
realizado individualmente ou em pequenos grupos, para alunos que
apresentarem necessidades educacionais semelhantes, em horário diferente
daquele em que frequentam a classe comum.
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Para a realização desse continuum interacional presente no ensino, é
importante que todos os professores de Educação Especial e os que atuam em
classes comuns tenham formação para as respectivas funções, principalmente
os que atuam em serviços de apoio pedagógico especializado. De acordo com
Batista:
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denominado Sala de Recursos Multifuncionais. Portanto, é parte integrante do
projeto político pedagógico da escola (ROPOLI, 2010, p. 17).
Importante esclarecer ainda, que o apoio proposto nas salas de AEE não
constitui um reforço escolar, mas um serviço de educação especial, que
“identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que
eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas
necessidades específicas” (SEESP/MEC, 2008, p. 15), desenvolvido a partir das
habilidades dos alunos, portanto não há a obrigatoriedade de tarefas específicas.
No intuito de compreender as principais dificuldades dos alunos, com as quais a
escola se depara, o AEE, pode ser compreendido ainda, conforme Batista como:
[...] uma nova proposta, que marca uma grande virada no entendimento
que a educação Especial propiciará em favor da inclusão, em todos os níveis de
ensino. [...] garante a inclusão escolar de alunos com deficiência, na medida em
que lhes oferece o aprendizado de conhecimentos, técnicas, utilização de
recursos informatizados, enfim tudo que difere dos currículos acadêmicos que
ele aprenderá nas salas de aula das escolas comuns. Ele é necessário e mesmo
imprescindível, para que sejam ultrapassadas as barreiras que certos
conhecimentos, linguagens, recursos representam para que os alunos com
deficiência possam aprender nas salas de aulas comuns do ensino regular.
Portanto, esse atendimento não é facilitado, mas facilitador, não é adaptado, mas
permite ao aluno adaptar-se às exigências do ensino comum, não é substitutivo,
mas complementar ao ensino regular (BATISTA, 2006, p. 26).
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COMO A NEUROPSICOPEDAGOGIA APERFEIÇOA
Á APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Neste século novas mudanças e desafios sobre educação nos levam a ter
um olhar bem diferenciado para o indivíduo, desenvolvendo práticas de ensino
utilizado pelo professor afinal todos nós somos capazes de aprender
independentemente de suas limitações. Faz-se necessário uma cultura de
aprendizado que gere conhecimento.
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Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de
informações. A aquisição é também chamada de aprendizagem só se “grava”
aquilo que foi aprendido, a evocação é também chamada recordações,
lembranças, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos aquilo que foi
aprendido. (IZQUIERDO, 2002. p. 9).
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A aprendizagem humana necessita de diferentes olhares da escola para
o sujeito cognoscente, pois, cada indivíduo tem maturação biológica diferentes
estratégias para facilitar o raciocínio.
A língua é um código que tem que ser decifrado por alunos com
dificuldades, investigar e trabalhar alternativas metodológicas na aquisição da
leitura e escrita entrelaçadas a habilidades psicomotoras, memória letra
espelhada e aglutinação de palavras, dificuldades em separação silábica e
coordenação motora com movimentos de pinçar que permite a coordenação
motora fina, troca de dominância manual visão contralateral.
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• Em 2001 – As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial - Na
Educação Básica propõe mudanças através da CNE/CEB nº 2/2001,
determinando no artigo 2º. Os sistemas de ensino devem matricular todos os
alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos
com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições
necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MINISTERIO DA
EDUCAÇÃO E CULTURA, 2001)
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5. Efetivas medidas individualizadas de apoio sejam adotadas em
ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, compatível
com a meta de inclusão plena.
Consta ainda neste decreto, as ações que serão realizadas pelo Ministério
da Educação para o Atendimento Educacional Especializado. Dentre essas
ações estão a implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, a formação de
professores para o AEE, a formação de gestores e professores para a educação
inclusiva, as adaptações arquitetônicas das escolas, a produção e distribuição
de recursos para a acessibilidade.
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educacionais na organização e oferta de recursos e serviços da educação
especial de forma complementar.
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crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população
nômade, crianças pertencentes à minorias linguísticas, étnicas ou culturais e
crianças de outros grupos em desvantagem ou marginalizados [...] No contexto
destas Linhas de Ação o termo “necessidades educacionais especiais” refere-se
a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades se originam em função
de deficiências ou dificuldades de aprendizagem. CARVALHO (1997, apud
Mendes, pag. 21, 2011).
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comuns, de que precisam fazer cumprir o que nosso ordenamento jurídico
prescreve quando se trata do direito à educação”.
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personalizados para cada indivíduo respeitando seus modos e canais de
aprendizagem e colaborando com a crescente autonomia cognitiva do
neuroaprendiz no exercício do pensar, refletir, atentar, memorizar, associar
ideias, despertar a curiosidades, a criatividade.
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alunos durante o processo de aprendizagem e, em especial, os provenientes de
uma trajetória marcada pelo insucesso escolar ou por algumas deficiências.
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A avaliação neuropsicopedagogica envolve:
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testes para avaliação do desenvolvimento, áreas de competência e dificuldades
apresentadas. Durante a avaliação podem ser realizadas atividades
matemáticas, provas de avaliação do nível de pensamento e outras funções
cognitivas, leitura, escrita, desenhos e jogos.
METODOLOGIA
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de seu livro (1994, p. 7)" (...) existem evidências persuasivas para a existência
de diversas competências intelectuais humana relativamente autônomas
abreviadas daqui em diante como 'inteligências humanas'. Estas são as
'estruturas da mente' do meu título. A exata natureza e extensão de cada
'estrutura individual não é até o momento satisfatoriamente determinada, nem o
número preciso de inteligências foi estabelecido. Parece-me, porém, estar cada
vez mais difícil negar a convicção de que há pelo menos algumas inteligências,
que estas são relativamente independentes umas das outras e que podem ser
modeladas e combinadas numa multiplicidade de maneiras adaptativas por
indivíduos e culturas. (GARDNER 1994).
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Frente a está posição a deficiência de um aluno não é motivo para que o
professor deixe de proporcionar o melhor de sua prática de ensino, professor
dono do saber! Hoje já não funciona mais. Diante da transição de educação que
busca o professor mediador fazendo a diferença indo à busca do conhecimento
e trabalhando no contexto do cotidiano do aluno proporcionando a liberdade e
troca de saberes com seus pares permitindo ao docente aprenderem juntos com
a prática, pois, com a constituição de 1988, esse aluno tem direito a educação
como todos os demais colegas sem deficiência e também a educação especial
como modalidade de ensino que é transversal a todos os níveis e modalidades.
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dificuldade ou distúrbio de aprendizagem. Pensando nessa problemática está
também o professor que é ator principal e mediador facilitador da aprendizagem.
Apesar de estar diante de problemas inerentes a sala de aula como situação de
risco do aluno, psicológicas, sociais e de aprendizagem que ocorre no dia-a-dia.
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garantidos e efetivados. Visto que estão em Lei seus direitos, trabalhar a pessoa
especial ou dita normal é transformar, fazer a diferença.
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REFERÊNCIAS
BOSSA, Nádia Aparecida. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a
partir da prática. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
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http://www.catolicaonline.com.br/semanapedagogia/trabalhos_completos
/EDUCA%C3%87%C3%83O%20ESPECIAL%20E%20EDUCA%C3%87%C3%
83O%20INCLUSIVA-
%20APROXIMA%C3%87%C3%95ES%20E%20CONVERG%C3%8ANC
IAS.pdf > Acesso em: 04 abr. 2014.
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