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NEUROPSICOÉDAGOGIA E

AS NECESSIDADES
NEUROPSICOÉDAGOGIA E AS NECESSIDADES
EDUCACIONAIS ESPECIAIS
EDUCACIONAIS ESPECIAIS
Sumário

Neuropsicopedagogia, Psicopedagogia e Educação Inclusiva .......................... 3

A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO CONTEXTO DA SOCIEDADE INCLUSIVA ...... 6

A Educação Especial na sociedade inclusiva: uma breve apresentação do tema


.......................................................................................................................... 9
Construção uma sala inclusiva: intervenção pedagógica e estratégias
metodológicas no atendimento a crianças com NEE....................................... 13
COMO A NEUROPSICOPEDAGOGIA APERFEIÇOA Á APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO ESPECIAL ................................................................................. 18

REFERÊNCIAS .................................................................................... 34

1
FACULESTE

A história do Instituto Faculeste, inicia com a realização do sonho de um


grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos
de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Faculeste, como entidade
oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A Faculeste tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Neuropsicopedagogia, Psicopedagogia e Educação
Inclusiva
De acordo com Elaine Andrade Gomes, pedagoga com especialização
em Neuropsicopedagogia com ênfase na educação inclusiva, a
Neuropsicopedagogia tem sua análise inserida no contexto em que se
desenvolve o processo de aprendizagem, a leitura dos problemas que emergem
da e na interação social voltada para o sujeito que aprende, buscando
compreender os fatores que intervêm nos problemas, discriminando o particular
e o geral, o específico e o universal, na busca de alternativas de ação para uma
mudança significativa nas posturas frente ao ensinar e ao aprender, pautada em
uma essência específica e diferenciada da Psicopedagogia.

A Psicopedagogia, portanto, é a área de estudo da Neuropsicologia que


avalia, diagnostica, estuda e intervenciona frente à aprendizagem humana e
suas intercorrências considerando a compreensão do sujeito enquanto aprendiz,
dotado de complexidades, peculiaridades e inseguranças, sendo obrigado a
tomar decisões avaliativas além ou aquém de sua realidade cognitiva.

A nova política nacional para a Educação Especial determina que todas


as crianças e jovens com necessidades especiais devem estudar na escola
regular. Por isso, a importância de valorizar a Formação Continuada, reuniões
periódicas com troca de experiência entre os professores, e a necessidade de
mudanças em toda sociedade reforçando a importância do respeito e da
valorização das diferenças.

Nesta perspectiva, Elaine afirma que a formação de professores precisa


remodelar-se para atingir os objetivos de um ensino especializado em todos os
alunos: “A qualificação profissional deve ser feita através da adaptação de
currículos dos cursos de licenciatura, que atualmente estão estruturados para

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atender apenas a parcela da população considerada ‘normal’, excluindo os
alunos que necessitam de uma atenção diferenciada.”

Segundo a educadora, os professores só poderão adotar este


comportamento se forem convenientemente equipados com recursos
pedagógicos, se a sua formação for melhorada, se lhes forem dados meios de
avaliar seus alunos e elaborar objetivos específicos, se estiverem
instrumentados para analisar a eficiência dos programas pedagógicos,
preparados para a superação dos medos e superstições e contarem com uma
orientação eficiente nesta mudança de postura para buscar novas aquisições e
competências.

De acordo com a pedagoga, as universidades estão proporcionando


cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação nesta área, com destaque para a
Neuropsicopedagogia, que vem formando profissionais para ajudar na inclusão
e no ensino aprendizado das crianças com deficiências. Porém, Elaine alerta que
estes profissionais não podem diagnosticar distúrbios, somente quem pode fazê-
lo são os médicos, que são habilitados para tal.

Síndrome ou deficiência

Deficiência é um desenvolvimento insuficiente, em termos globais ou


específicos, ou um déficit intelectual, físico, visual, auditivo ou múltiplo (quando
atinge duas ou mais dessas áreas).

Síndrome é o nome que se dá a uma série de sinais e sintomas que


juntos evidenciam uma condição particular. Na opinião de Elaine, o professor
que leciona para alguém com diagnóstico que se encaixa nesse quadro precisa
saber que é possível ensiná-lo: “O educador não precisa saber tudo sobre todas
as síndromes e deficiências. Vai se atualizar e aprender conforme o caso. A
inclusão na sala de aula está sendo aprendida no dia a dia, com experiências de

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cada professor. Não existe formação dissociada da prática, estamos aprendendo
ao fazer”.

A deficiência existe e é preciso levá-la em consideração. Neste sentido,


torna-se de grande importância não subestimar as possibilidades, nem as
dificuldades. As pessoas vivem suas vidas em um constante processo de
aprendizagem, e o papel da escola é ensinar para a vida, o processo ensino-
aprendizagem permite tanto ao educador quanto ao educando trocar
experiências, ocasionando assim um constante aprendizado, considerando a
escola o melhor ambiente para as pessoas projetarem seu futuro.

Não existe inclusão sem colaboração

Elaine entende a colaboração como trabalho em conjunto uma tarefa


coletiva que não se constrói por lei ou por decreto, mas pela ação colaborativa
do governo, de profissionais da saúde e da educação em conjunto com as
próprias pessoas com necessidades especiais.

Dentro da escola, torna-se necessário o envolvimento de todos os


membros da equipe escolar no planejamento de ações e programas voltados à
temática. Docentes, diretores e funcionários apresentam papéis específicos,
mas precisam agir coletivamente para que a inclusão escolar seja efetivada nas
escolas. Com base nessas informações, pode-se perceber que são necessárias
mudanças profundas no sistema educacional vigente a fim de garantir o
cumprimento dos objetivos da inclusão.

De acordo com Elaine, na escola inclusiva o ideal é o professor não fingir


que as diferenças não existem, mas trabalhar o respeito, a cooperação e a
solidariedade na sala de aula. Quando o aluno é aceito e respeitado
independente de suas limitações, ele passa a ter mais tranquilidade e segurança
para pedir ajuda e cometer erros, onde ocorre o aprendizado.

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A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO CONTEXTO DA
SOCIEDADE INCLUSIVA
A escola da contemporaneidade é o espaço da diferença e da confluência
de culturas e da diversidade. Diante desse quadro social, emerge a necessidade
de ampliação e redimensão dos saberes e das práticas educativas, afim de que
esta escola se constitua como um espaço de reconhecimento e valorização
dessas diferenças, conforme os argumentos que sustentam o discurso da
inclusão social, como princípio básico de garantia dos direitos do cidadão.

No cenário nacional existem diversas leis que arregimentam essas


propostas. Dentre elas, destaca-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, LDB 9.394/96 desenvolvidas sob as normas da Lei Maior (Constituição
da República Federativa do Brasil, de 1988) e que destaca o direito de educação
para todos. Há também organismos internacionais, que por meio de
Conferências Internacionais, onde se reúnem vários países, têm por objetivo de
reforçar a ideia de inclusão social e, portanto, educacional.

Ilustramos essa questão, listando, por exemplo:

i) a Convenção dos Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral


nas Nações

Unidas em 20 de novembro de 1989 e ratificada por Portugal em 21 de


setembro de 1990;

ii) a Declaração de Jomtien, elaborada no Conferência Mundial sobre


Educação para Todos, realizada na cidade de Jomtien, na Tailândia, em 1990;

iii) a Cúpula Mundial das Crianças, ocorrida nos dias 29 e 30 de setembro


de 1990, em Nova York;

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iv) a Declaração de Salamanca, resultante da Conferência Mundial sobre
Necessidades Educativas, realizada em Salamanca, Espanha, de 07 a 10 de
junho de 1994;

v) a Carta para o Terceiro Milênio, escrita e aprovada no dia 9 de setembro


de 1999, em Londres - Grã-Bretanha;

vi) a Convenção de Guatemala, resultante da Convenção Interamericana


para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas
Portadoras de Deficiência, aprovada pelo Conselho Permanente na sessão
realizada em de 28 de maio de 1999;

vii) a Declaração Internacional de Montreal, aprovada em 5 de junho de


2001 pelo Congresso Internacional e Sociedade Inclusiva, realizado em
Montreal, Quebec, Canadá.

Esses e muitos outros documentos têm fundamentado as discussões e


concepções que orientam as práticas educativas, alicerçado a ideia de que todos
possuem o mesmo direito: o de frequentar a mesma escola, independente de
raça, cor, religião, sexo ou qualquer tipo de deficiência. Essas orientações
constituem-se como “substância visível da política” (MULLER; SUREL, 2002, p.
14), constituindo um movimento social que busca transcender os limites da teoria
e materializar ações que promovam a inclusão social.

Mediante esse contexto, a escola deve desenvolver, a partir dessa


legislação vigente, condições de acesso e permanência do aluno na escola,
através de propostas pedagógicas que promovam a interação entre os alunos e
o contexto social, o que pressupõe uma ressignificação das concepções de
currículo, gestão e metodologias de ensino que efetivamente, promovam a
inclusão do aluno. Segundo Carvalho:

A proposta da educação inclusiva não representa um fim em si mesmo,


como se, estabelecidas certas diretrizes organizacionais, a escola melhorasse,

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num passe de mágica. Muito mais do que isso, pretende-se, a partir da análise
de como tem funcionado o nosso sistema educacional, identificar as barreiras
existentes para a aprendizagem dos alunos, com vista às providências políticas,
técnicas e administrativas que permitam enfrentá-las e removê-las. Pretende-se
identificar processos que aumentem a participação de todos os alunos,
reduzindo-lhes a exclusão na escola e garantindo-lhes sucesso em sua
aprendizagem, além do desenvolvimento da autoestima (CARVALHO, 2003, p.
149).

Diante dessa abordagem, percebe-se que um dos principais objetivos da


escola inclusiva é reduzir a exclusão social através dos seus mecanismos,
oferecendo uma educação de qualidade a todos, transformando cada vez mais
a realidade da comunidade ao seu redor. É nesta perspectiva, portanto, que se
situa a modalidade Educação Especial, que dentro de um contexto de sociedade
inclusiva busca organizar ambientes favoráveis para o desenvolvimento de
práticas pedagógicas que reconheçam, compreendam e valorize os diferentes
ritmos de aprendizagem dos sujeitos, que se expressam de maneira singular
devido a fatores biológicos, culturais e socioeconômicos, exigindo do professor,
a necessidade de envolver a todos no processo ensino aprendizagem.

Considerando essa proposta, discutimos sobre as possibilidades de


realização de práticas pedagógicas neste sentido, que propiciem o bem estar e
o desenvolvimento dos alunos, construindo assim, uma aprendizagem mais
significativa, em que os educandos com necessidades especiais aprendam a
observar, analisar, comparar, dialogar, raciocinar, sintetizar e questionar,
ampliando seu desenvolvimento cognitivo, e criando possibilidades para a
libertação das amarras sociais impostas pela lógica estrutural da sociedade
excludente.

Apresentada a proposta, buscamos desenvolvê-la a partir de uma


abordagem qualitativa no tratamento da questão, por meio de um estudo

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bibliográfico, com o objetivo de discutir sobre a modalidade Educação Especial
no contexto da educação inclusiva, apontando para possibilidades de
articulações pedagógicas no ensino e aprendizagem de crianças com
deficiências.

A Educação Especial na sociedade inclusiva: uma breve


apresentação do tema
Um dos pressupostos básicos para que a escola promova um ensino
inclusivo, baseado em concepções e paradigmas que valorizem e respeitem as
singularidades dos sujeitos da aprendizagem é o entendimento do que significa
Educação Especial e Educação Inclusiva, considerando-se as principais
relações, diferenças e articulações que esses termos assumem dentro do campo
teórico-conceitual em que estão imersos; e considerando-se ainda, que
“mudanças na terminologia são necessárias para refletir as mudanças políticas
e práticas; - um exemplo específico é a mudança de “especial” para “inclusiva””,
conforme propõe a Declaração de Salamanca (1994, p. 32).

No âmbito legal e pedagógico, para que se entenda melhor o significado


da Educação Especial, é necessário situar os níveis e modalidades de educação
escolar. Na estrutura do sistema educacional brasileiro, conforme a LDB,
compreendem-se como níveis, a Educação Básica e o Ensino Superior; e a
modalidade é como o indivíduo poderá receber a formação dentro da Educação
Básica, que se subdivide em: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino
Médio. “Ela pode ser oferecida no ensino regular e nas modalidades de
educação de jovens e adultos, educação especial e educação profissional,
sendo que esta última pode ser também uma modalidade da educação superior”
(OEI, s/d, p. 35).

De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na


Educação Básica (2001), essas modalidades educacionais devem se organizar
no espaço escolar por meio de processos educacionais próprios, definidos em

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uma proposta pedagógica, que visa assegurar um conjunto de recursos e
serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar,
complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços
educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o
desenvolvimento das potencialidades dos educando. De tal modo, para Ferreira,
pode-se considerar que a Educação Especial:

[...] abrange, como princípio, o conjunto de serviços educacionais não


disponível nos ambientes sócio educacionais “normais” ou “regulares”. Ela
visaria o atendimento e a promoção do desenvolvimento de indivíduos que não
se beneficiariam significativamente de situações tradicionais de educação, por
limitações ou peculiaridades de diferentes naturezas (FERREIRA, 1993, p. 17)

As crianças com deficiências a serem atendidos durante o processo


educativo deverão ser aqueles que aparentemente apresentarem dificuldades e
limitações durante os processos de aprendizagem propiciados pela escola.
Quando se observar que esse sujeito não está acompanhando as atividades
curriculares, como os demais alunos, é necessário averiguar as causas. Estas
podem não estar vinculadas às causas orgânicas específicas, podem estar
relacionadas às condições sociais e culturais do contexto, que algumas vezes
limitam o aluno.

Este poderá ter dificuldade no aprendizado em função da comunicação ou


mesmo por outros fatores.

Há de considerar ainda nesse processo, os alunos que apresentam


elevado grau de facilidade e desenvoltura no aprendizado, maior que os demais
alunos, como são os casos dos alunos superdotados e com altas habilidades,
para os quais também deverá haver ensino especial. Questão que a LDB foi
muito nobre em acrescentar à Educação Especial, pois reconhece que a

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Educação Especial não é destinada somente para aqueles que apresentam
dificuldades, diminuindo assim, parte dos preconceitos e discriminações.

Este é o verdadeiro significado da Educação Especial compreendida


dentro da Educação Nacional, oportunizando condições para que todos os
alunos tenham oportunidade de superar as barreiras sociais que muitas vezes,
os impedem de ter acesso aos direitos sociais que assegurem sua cidadania e
dignidade plena, em conformidade com o artigo 22 da LDB: “A educação básica
tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação
comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

Desse modo, muito mais que direito a exercer a cidadania; a Educação


Especial está hoje presente em todas as Leis3 que estruturam a organização
social do país e todos podem ter acesso a essas Leis, cumpri-las e fazê-las
cumprir, com o intuito de superar os fatores que dificultam a aprendizagem e a
inclusão dos alunos com NEE no contexto da escola regular.

Fatores que dificultam o aprendizado do aluno com necessidade


especial

Um questionamento bastante discutido é: Todos os alunos com


dificuldades no aprendizado seriam considerados deficientes? Essa visão
positivista de homem, do mundo e da sociedade está ainda muito presente na
educação atual, como consequência de teorias conservadoras, cujos princípios
ligam-se a manutenção desse modelo de sociedade na qual estamos inseridos
que selecionam as pessoas para excluí-las, uma vez que nossa sociedade
funciona através de mecanismos discriminatórios de “coerção normalizadora e
fabricação ininterrupta de desviantes” (WANDERLEY, 1999, p. 08).

A dificuldade em aprender refere-se às situações difíceis, ocasionadas por


fatores individuais, como limitação física ou cognitiva; ou fatores sociais, como

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falta de acessibilidade aos espaços sociais; vivenciadas pela criança,
adolescente ou adulto durante o processo de construção do conhecimento.
Essas dificuldades, muitas vezes, podem ser superadas com metodologias
adequadas utilizadas pelos professores, outras vezes não, necessitando da
ajuda de outros profissionais tanto da área da educação, como da saúde,
constituindo assim, um campo interdisciplinar no processo de intervenção
pedagógica, onde se situam, pedagogos, psicopedagogos,
neuropsicopedagogos, psicólogos, assistentes sociais, médicos, fonoaudiólogos
etc.

Essas dificuldades de aprendizagem são consideradas os “sintomas” e


comportamentos específicos apresentados pelos sujeitos, e, portanto, é pela
intensidade com que eles se apresentam e pela duração que eles têm na vida
escolar que se faz necessária a busca das possíveis causas. Existem segundo
Oliveira, vários fatores que podem desencadear as dificuldades de
aprendizagem:

Orgânicas: cardiopatias, encefalopatias, diferenças sensórias motoras,


intelectuais, disfunção cerebral e outras enfermidades de longa duração.
Psicológicas: desajustes emocionais provocados pela dificuldade que a criança
tem de aprender, o que gera ansiedade, insegurança e autoconceito negativo.
Pedagógicas: métodos inadequados de ensino, falta de estimulação pela pré-
escola dos pré-requisitos à leitura e a escrita, falta de percepção, por parte da
escola, do nível de maturidade da criança, iniciando uma alfabetização precoce;
relacionamento professor/aluno deficiente; não domínio do conteúdo e do
método por parte do professor, atendimento precário das crianças devido à
superlotação das classes. Socioculturais: falta de estimulação (criança que não
faz a pré-escola e também não é estimulada no lar), desnutrição, privação
cultural do meio, marginalização com dificuldades de aprendizagem pelo sistema
de ensino comum (OLIVEIRA, 2013, p. 25).

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Detectar a causa que interfere no desempenho escolar, principalmente da
criança, é fundamental para o seu bom rendimento escolar, desde que as causas
sejam trabalhadas. Existem várias maneiras para se constatar uma dificuldade
da criança em aprender, mas o ponto de partida é o próprio desempenho do
aluno, uma vez que as dificuldades da aprendizagem apresentam características
próprias, que requerem um estudo e intervenção, a fim de compreender as
causas, as “raízes” do problema, que desvelarão os rumos e as prioridades de
ações a serem tomadas para, então, melhorar o processo de ensino e
aprendizagem, partindo do nível de aprendizagem em que o aluno está e
lançando desafios que oportunizem condições para o seu desenvolvimento
social e intelectual.

Construção uma sala inclusiva: intervenção pedagógica e


estratégias metodológicas no atendimento a crianças com NEE
Depois de identificadas as dificuldades enfrentadas pela criança na
escola, uma intervenção pedagógica deve ter como objetivos: prevenir e
minimizá-las. Para tanto, é necessário que o professor tenha o conhecimento e
domínio de diferentes métodos e formas de ensinar, levando em consideração
as múltiplas dificuldades apresentadas em uma sala de aula heterogênea, em
que cada criança já traz consigo uma convivência de mundo; - mundos
diferentes.

A ação docente deve ser a mais dinâmica e próxima da realidade, fazendo


com que teoria e prática se firmem e tenha sentido para a criança, de maneira
articulada e simultânea, buscando através da exploração de diferentes
atividades, desenvolver as habilidades necessárias, promovendo a descoberta
e a inserção da criança no mundo, sem que sofra alguma marginalização social,
tendo em vista que, a ideia de um ensino inclusivo em nossas escolas, parte, de
imediato, do pressuposto de que:

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Constitui verdade inquestionável o fato de que, a todo momento, as
diferenças entre os homens fazem-se presentes, mostrando e demonstrando
que existem grupos humanos dotados de especificidades naturalmente
irredutíveis. As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos
olhos, quanto ao gênero e à sua orientação sexual, com referência às origens
familiares e regionais, nos hábitos e gostos, no tocante ao estilo. Em resumo, os
seres humanos são diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e
desenvolvem-se em culturas distintas. São então diferentes de direito. É o
chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente (FERREIRA;
GUIMARÃES, 2003, p. 37).

A escola regular, de qualquer nível ou modalidade de ensino, ao viabilizar


a inclusão de alunos com necessidades especiais, deverá promover a
organização de classes comuns e de serviços de apoio pedagógico
especializados. Extraordinariamente, poderá promover a organização de classes
especiais, para atendimento em caráter transitório.

Seguiremos agora com a definição dos serviços de apoio pedagógico


especializados, que de acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica (2001) são:

Classes comuns: Serviço que se efetiva por meio do trabalho de equipe,


abrangendo professores de classe comum e da educação especial, para o
atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos durante o
processo de ensino e aprendizagem. Pode contar com a colaboração de outros
profissionais, como psicólogos escolares, por exemplo.

Salas de Recursos: serviço de natureza pedagógica, conduzido por


professor especializado, que suplementa (no caso dos superdotados) e
complementa (para os demais alunos) o atendimento educacional realizado em
classes comuns da rede regular de ensino. Esse serviço realiza-se em escolas,

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em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às
necessidades educacionais especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos
de escolas próximas, nas quais ainda não exista esse atendimento. Pode ser
realizado individualmente ou em pequenos grupos, para alunos que
apresentarem necessidades educacionais semelhantes, em horário diferente
daquele em que frequentam a classe comum.

Itinerância: serviço de orientação e supervisão pedagógica desenvolvida


por professores especializados que fazem visitas periódicas às escolas para
trabalhar com alunos que apresentem necessidades educacionais especiais e
com seus respectivos professores de classe comum da rede regular de ensino.

Professores-intérpretes: são profissionais especializados para apoiar


surdos, surdo-cegos e outros que apresentem sérios comprometimentos de
comunicação e sinalização. (MEC/SEESP, 2001, p. 50)

Seguindo-se essas orientações, a escola será, efetivamente, um lugar


certo para que a inclusão possa acontecer na vida do aluno, imprimindo um
caráter valorativo e cidadão em seu processo de desenvolvimento social. Pela
conjectura proposta, os alunos serão integrados às propostas pedagógicas do
currículo básico, assistidos quando necessário pelo professor da educação
especial e outros profissionais capacitados. Por isso, é fundamental também,
que não somente o professor, mas toda a equipe da escola seja capacitada para
promover situações que sejam favoráveis à valorização das identidades, das
diferenças e por fim, de aprendizagens significativas, considerando-se que:

A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em


classes comuns de ensino regular, como meta das políticas de educação, exige
interação constante entre professor da classe comum e os de serviços de apoio
pedagógico especializado, sob pena de alguns educandos não atingirem
rendimento escolar satisfatório (MEC/SEESP, 2001, p. 51).

15
Para a realização desse continuum interacional presente no ensino, é
importante que todos os professores de Educação Especial e os que atuam em
classes comuns tenham formação para as respectivas funções, principalmente
os que atuam em serviços de apoio pedagógico especializado. De acordo com
Batista:

A formação continuada de professores é mais uma estratégia fundamental


para atualização e aprofundamento do conhecimento pedagógico comum e
especializado. Esta formação, preferencialmente acontecerá, a partir dos
próprios casos de atendimento, pois esse é um material vivo, que propicia uma
visão subjetiva que o professor responsável pela sala de aula ou por esse
atendimento terá para dar conta da complexidade dos alunos e do seu processo
de aprendizagem (BATISTA, 2006, p. 27).

No cerne da efetivação dessas práticas, situa-se Atendimento


Educacional Especializado (AEE), como uma proposta de legitimação da
inclusão na escola. As atividades desenvolvidas no espaço objetivam orientar a
aprendizagem, por meio da ratificação, elaboração e organização de recursos
que eliminam as barreiras para a plena participação dos alunos, e desenvolva
autonomia e independência escolar e fora dela. É uma oferta obrigatória pelos
sistemas de ensino e deve ser realizado obrigatoriamente em turno inverso ao
da classe comum que o aluno está matriculado.

Conta-se nesse trabalho, com diferentes recursos multifuncionais,


aproveitando-se de suas funcionalidades pedagógicas, uma vez que são
essencialmente mediadores do conhecimento, possibilitando uma efetiva
relação pedagógica de ensino e aprendizagem. Para Ropoli:

O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua


autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas
de ensino. É realizado, de preferência, nas escolas comuns, em um espaço físico

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denominado Sala de Recursos Multifuncionais. Portanto, é parte integrante do
projeto político pedagógico da escola (ROPOLI, 2010, p. 17).

Importante esclarecer ainda, que o apoio proposto nas salas de AEE não
constitui um reforço escolar, mas um serviço de educação especial, que
“identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que
eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas
necessidades específicas” (SEESP/MEC, 2008, p. 15), desenvolvido a partir das
habilidades dos alunos, portanto não há a obrigatoriedade de tarefas específicas.
No intuito de compreender as principais dificuldades dos alunos, com as quais a
escola se depara, o AEE, pode ser compreendido ainda, conforme Batista como:

[...] uma nova proposta, que marca uma grande virada no entendimento
que a educação Especial propiciará em favor da inclusão, em todos os níveis de
ensino. [...] garante a inclusão escolar de alunos com deficiência, na medida em
que lhes oferece o aprendizado de conhecimentos, técnicas, utilização de
recursos informatizados, enfim tudo que difere dos currículos acadêmicos que
ele aprenderá nas salas de aula das escolas comuns. Ele é necessário e mesmo
imprescindível, para que sejam ultrapassadas as barreiras que certos
conhecimentos, linguagens, recursos representam para que os alunos com
deficiência possam aprender nas salas de aulas comuns do ensino regular.
Portanto, esse atendimento não é facilitado, mas facilitador, não é adaptado, mas
permite ao aluno adaptar-se às exigências do ensino comum, não é substitutivo,
mas complementar ao ensino regular (BATISTA, 2006, p. 26).

Dessa forma, a inclusão escolar refere-se ao processo de educar/ensinar,


no mesmo grupo, crianças com ou sem NEE, durante parte ou totalidade do
tempo. A proposta do AEE age no sentido de assegurar um ensino de qualidade,
garantindo o acesso e a permanência dos alunos na escola, formando cidadãos
críticos capazes de agir na transformação da sociedade

17
COMO A NEUROPSICOPEDAGOGIA APERFEIÇOA
Á APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Neste século novas mudanças e desafios sobre educação nos levam a ter
um olhar bem diferenciado para o indivíduo, desenvolvendo práticas de ensino
utilizado pelo professor afinal todos nós somos capazes de aprender
independentemente de suas limitações. Faz-se necessário uma cultura de
aprendizado que gere conhecimento.

Segundo Demo (2001), Assmann (2001), Morin (2002), cabe ao educador


adotar um trabalho de parceria, instaurando condições indispensáveis para que
o aprendiz desenvolva a inteligência e não simplesmente a memorização. A
busca por uma aprendizagem com eficiência dispõe de mecanismos inovadores
através da neurociência.

Diante deste pressuposto o artigo trata, no primeiro momento em que


descreve o contexto geral da pesquisa, introduzindo a importância da
neuropsicopedagogia como ferramenta de ensino, revelando o problema de
pesquisa, justificativa e sua importância como estudo. O segundo momento
destina-se ao professor como ator participe do processo de aquisição dos
conhecimentos, bem como a legislação vigente. O terceiro momento caracteriza-
se de uma revisão bibliográfica abordando questões consideradas relevantes
para o escopo da pesquisa. O quarto momento explica como o trabalho foi
desenvolvido e, por fim no quinto momento traz-se para a discussão o professor
e o seu papel dentro da inclusão, tornando-se peça primordial nesse processo

Nesse sentido as ciências do cérebro, que avançam adicionando


informações científicas essenciais para a melhor compreensão do aprendizado
como fenômeno complexo contemporâneo das ações educacionais. O homem
percebe o mundo através dos seus sentidos percepção e sua memória.

18
Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de
informações. A aquisição é também chamada de aprendizagem só se “grava”
aquilo que foi aprendido, a evocação é também chamada recordações,
lembranças, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos aquilo que foi
aprendido. (IZQUIERDO, 2002. p. 9).

A citação acima apresenta um dos papéis da Neuropsicopedagogia


segundo Emília Ferreiro e Ana Teberosky, as crianças elaboram conhecimentos
sobre a leitura e escrita passando por diferentes hipóteses, baseada em
conhecimentos prévios, assimilações e generalizações que dependem das
interações delas com seus pares. Desse modo a aprendizagem e neurociência
interagem em conjunto corpo e mente O processo de aprendizagem permite uma
compreensão mais adequada do aprender e do ensinar, superando as
dificuldades tanto do aprendiz quanto daquele que ensina buscando otimizar a
adoção de condutas de ensino e de aprendizagem.

Segundo Paulo Freire, (1996.): O Professor que realmente ensina, quer


dizer,

que trabalha os conteúdos no quadro da rigorosidade do pensar certo,


nega como falsa a fórmula farisaica do ¨faça o que eu mando e não o que eu
faço¨. Diante de tal afirmação a adoção de condutas de ensino e de
aprendizagem requer uma ação interventiva, pois, como pode o educando com
dificuldade, trabalhar conteúdos que outrora nunca vistos se tornando
desinteressante a ponto de uma formiga no canto superior da sala fazer toda a
diferença em uma aula expositiva e sem valor algum para seu aprendizado.

Segundo as considerações acima é possível afirmar que o ato de


aprender é um ato complexo, não envolve somente a questão de memorizar os
conteúdos, é muito mais do que isso; aprender envolve emoção, interação,
alimentação, descanso, motivação entre outros. Permite um melhor
entendimento da aprendizagem e consequente aprimoramento da didática.

19
A aprendizagem humana necessita de diferentes olhares da escola para
o sujeito cognoscente, pois, cada indivíduo tem maturação biológica diferentes
estratégias para facilitar o raciocínio.

A língua é um código que tem que ser decifrado por alunos com
dificuldades, investigar e trabalhar alternativas metodológicas na aquisição da
leitura e escrita entrelaçadas a habilidades psicomotoras, memória letra
espelhada e aglutinação de palavras, dificuldades em separação silábica e
coordenação motora com movimentos de pinçar que permite a coordenação
motora fina, troca de dominância manual visão contralateral.

As ferramentas utilizadas para o desenvolvimento da criança fazem toda


diferença no ato de aprender ter conhecimentos sobre as dificuldades de
aprendizagem pode ajudar o professor a distinguir as diferenças e permite traçar
o processo de intervenção sabendo diferir os rótulos, estigmas até exclusão
proporcionando novas relações entre o aprender, o aluno e a escola.

Ninguém se forma no vazio. Formar-se supõe troca, experiência,


interações sociais, aprendizagem, um sem fim de relações. Ter acesso ao modo
como cada pessoa se forma é ter em conta a singularidade da sua história e,
sobretudo, o modo singular como age, reage e interage com os seus contextos.
Um percurso de vida é assim um percurso de formação, no sentido em que é um
processo de formação (MOTA, 1992, p.115).

O neuropsicopedagogo como mediador deverá promover um ensino


igualitário e sem desigualdade, já que quando se fala em aprendizagem não
podemos esquecer da inclusão, não estamos falando só dos deficientes e sim
da escola também, onde a diversidade se destaca por sua singularidade,
formando cidadãos para a sociedade. Diante desse exposto destaco algumas
discussões que trouxeram benefícios ao atendimento educacional especializado:

20
• Em 2001 – As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial - Na
Educação Básica propõe mudanças através da CNE/CEB nº 2/2001,
determinando no artigo 2º. Os sistemas de ensino devem matricular todos os
alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos
com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições
necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MINISTERIO DA
EDUCAÇÃO E CULTURA, 2001)

• Plano Nacional de Educação - PNE, Lei nº 10.172/2001 - Destaca


que o grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a
construção de uma escola inclusiva que garanta atendimento à diversidade
humana. (MINISTERIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA, 2001)

• Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006)


- O Artigo 24 dessa Convenção reconhece o direito à educação sem
discriminação e com igualdade de oportunidades das pessoas com deficiência.
Deverão assegurar que:

1. As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema


educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência
não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob
alegação de deficiência;

2. As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino


fundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com
as demais pessoas na comunidade em que vivem;

3. Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais


sejam providenciadas;

4. As pessoas com deficiência recebem o apoio necessário, no âmbito


do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação;

21
5. Efetivas medidas individualizadas de apoio sejam adotadas em
ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, compatível
com a meta de inclusão plena.

Decreto nº 6.571/2008- Dispõe sobre o atendimento educacional


especializado, consolida diretrizes e ações já existentes, voltadas à educação
especial na perspectiva da educação inclusiva. Ele regulamenta o parágrafo
único do art. 60 da Lei nº 9394/1996, destinando recursos do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) ao atendimento educacional
especializado de alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação matriculados na rede pública
de ensino regular.

Consta ainda neste decreto, as ações que serão realizadas pelo Ministério
da Educação para o Atendimento Educacional Especializado. Dentre essas
ações estão a implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, a formação de
professores para o AEE, a formação de gestores e professores para a educação
inclusiva, as adaptações arquitetônicas das escolas, a produção e distribuição
de recursos para a acessibilidade.

Parecer nº 13/2009- homologado no dia 23 de setembro, pelo ministro da


Educação, Fernando Haddad, que trata das diretrizes operacionais para o
atendimento educacional especializado para os alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação
matriculados em classes regulares e no atendimento educacional especializado.

O objetivo desse parecer é garantir recursos de acessibilidade, bem como


estratégias de desenvolvimento da aprendizagem, previstos no projeto político-
pedagógico da escola. A ação vai ao encontro da Política Nacional de Educação
Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, que orienta os sistemas

22
educacionais na organização e oferta de recursos e serviços da educação
especial de forma complementar.

Fica evidente que a preocupação com a inclusão vem sendo algo


propagado em grande escala não apenas com a população, mas com as
entidades governamentais e sociedade em geral, o que vem a contribuir na
melhoria de vida dessas crianças e adolescentes.

A família é peça fundamental e primordial na vida de qualquer criança. Em


se tratando de uma criança especial é também fonte de conhecimento no que
diz respeito à aprendizagem das questões sociais básicas. No início da infância,
as interações ocorridas exercem uma ação importante no desenvolvimento
social das crianças, estudos divulgam que a voz dos pais é capaz de ser
compensada com outros estímulos: como o sorriso, demonstrações de carinho
e carícias.

Em relação à interação dos pais de crianças portadoras de necessidades


especiais no sentido de promover a inclusão, a Declaração de Salamanca é bem
clara: “Pais constituem parceiros privilegiados no que concerne as necessidades
especiais de suas crianças, e desta maneira eles deveriam, o máximo possível,
ter a chance de poder escolher o tipo de provisão educacional que eles desejam
para suas crianças” (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p.14).

Na escola, o aluno com necessidades especiais é de responsabilidade de


toda a unidade escolar, ao contrário do que muitos pensam, de que esta
responsabilidade é só do professor. Todos devem estar envolvidos e auxiliar
esses alunos, pois muitos estão entrando nas escolas e precisam ter
compreensão da mesma, sobre o que é ensinar. Carvalho (1997) afirma:

Todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças


independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais,
linguísticas ou outras. Deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas,

23
crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população
nômade, crianças pertencentes à minorias linguísticas, étnicas ou culturais e
crianças de outros grupos em desvantagem ou marginalizados [...] No contexto
destas Linhas de Ação o termo “necessidades educacionais especiais” refere-se
a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades se originam em função
de deficiências ou dificuldades de aprendizagem. CARVALHO (1997, apud
Mendes, pag. 21, 2011).

Contudo, a efetivação de uma prática educacional inclusiva não será


garantida somente por meio de leis, decretos ou portarias, ou seja, é necessário
que a escola esteja preparada para trabalhar com os alunos com necessidades
educacionais especiais, independentemente de suas diferenças ou
características individuais. Em lei, muitas conquistas foram alcançadas.

Entretanto, precisamos garantir que essas conquistas, expressas nas leis,


realmente possam ser efetivadas na prática do cotidiano escolar, pois o governo
não tem conseguido garantir a democratização do ensino, permitindo o acesso,
a permanência e sucesso de todos os alunos do ensino especial na escola.
(MIRANDA, 2003, p.06).

Com a inclusão, a preocupação é de preparar a criança para estar na


escola, ajudando-a a adquirir as habilidades que precisa. Não há preocupação
de mudanças na escola. Prepara-se a criança para estar na escola, como ela é
(MARTINO, 1999).

Porém, segundo Mantoan (2006, apud Mendes, pág.26, 2011), pais de


crianças com necessidades especiais e alguns educadores brasileiros não são
favoráveis à educação inclusiva, chegando ao ponto de sugerirem que se faça a
“inclusão às avessas”, trazendo crianças sem “deficiência” para estudarem nos
institutos que promovem educação especial. “O desafio maior que temos hoje é
convencer os pais, especialmente os que têm filhos excluídos das escolas

24
comuns, de que precisam fazer cumprir o que nosso ordenamento jurídico
prescreve quando se trata do direito à educação”.

A escola tem papel fundamental para a aprendizagem e facilitando da


inclusão, quer fornecendo material didático adaptados, quer oferecendo cursos
aos educadores com a finalidade de conhecer novas práticas de ensino e
adaptando o currículo escolar e a própria escola para atender a individualidade
de cada educando. Para isto, há a necessidade de currículos apropriados e
adaptados para cada necessidade, mudanças organizacionais, estratégias de
ensino e uso de recursos diferenciados, pessoal preparado, todo um suporte
pedagógico, estrutural e material.

A escola tem o dever de fornecer os serviços de apoio pedagógico


especializado, ou outras alternativas encontradas, em comum acordo com a
família.

A escola para ser inclusiva precisa, segundo Stainback (1999),


reconhecer e responder às necessidades diversificadas de seus alunos,
acomodando os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando
educação de qualidade para todos.

Nesta atual conjuntura o neuropsicopedagogo é de grande importância,


pois, está assegurando as perspectivas inferidas em lei trabalha no cerne
cognitivo, no desejo e na vontade de aprender melhorando e ampliando
habilidades e talentos latentes, desenvolve o atendimento e avaliação que
objetivam identificar as dificuldades que estão prejudicando o aprendizado
fluindo sem entraves, oferecendo ferramentas de auto superação cognitiva,
intelectual e emocional contribuindo com a crescente autoconfiança e motivação
para o aprendizado.

Sendo assim intermédia, ajuda e auxilia na motivação da criança ou


adolescente para o estudo, através de estímulos e métodos apropriados e

25
personalizados para cada indivíduo respeitando seus modos e canais de
aprendizagem e colaborando com a crescente autonomia cognitiva do
neuroaprendiz no exercício do pensar, refletir, atentar, memorizar, associar
ideias, despertar a curiosidades, a criatividade.

São focos permanentes do trabalho de um profissional da


neuropsicopedagogia que também emprega como recurso principal a realização
de entrevista operativas dedicadas a expressão e comportamentos na busca de
um diagnóstico. A opinião de Barbosa2 é clara quando argumenta que:

"Transformar a aprendizagem em prazer não significa realizar uma


atividade prazerosa, e sim descobrir o prazer no ato de: construir ou de
desconstruir o conhecimento; transformar ou ampliar o que se sabe; relacionar
conhecimentos entre si e com vida; ser co-autor ou autor do conhecimento;
permitir-se experimentar diante de hipóteses; partir de um contexto para a
descontextualização e vice-versa; operar sobre o conhecimento já existente;
buscar o saber a partir do não saber; compartilhar suas descobertas; integrar
ação, emoção e cognição; usar a reflexão sobre o conhecimento e a realidade;
conhecer a história para criar novas possibilidades".

Este processo consiste em romper de vez com dogmas tradicionalista,


haja vista que hoje temos ferramentas importantes que nos fornece parâmetros
para uma educação diferenciada e não excludente que torna a educação no
atendimento especializado pragmático e real, afirmando que todos têm direito á
educação.

A partir dessa realidade vivida, é que surgiu a proposta de se investigar a


seguinte problemática: de que forma as Neurociências pode contribuir ou
interferir na formação e no exercício da prática neuropsicopedagógica, ou seja,
de que forma as Neurociências pode influenciar no desempenho efetivo do
neuropsicopedagogo ao lidar com os obstáculos e desafios enfrentados pelos

26
alunos durante o processo de aprendizagem e, em especial, os provenientes de
uma trajetória marcada pelo insucesso escolar ou por algumas deficiências.

Nesse sentido, ao trilhar os caminhos da docência, tanto na sala de aula


quanto na equipe de triagem da educação especial do município de Marabá,
trabalhando com crianças na sala de recurso multifuncional, está mesma
realidade ainda era sentida profundamente, ou seja, que o fracasso escolar era
um grande desafio a ser superado. Só que dessa vez, em um papel oposto, ou
seja, como neuropsicopedagoga e assim deveria, então, exercer uma prática
pedagógica de forma consciente e eficaz e, conforme as metas educacionais
estabelecidas teriam como missão.

A avaliação que complementa suas impressões e achados junto a equipe


multiprofissional que é composta por psicólogo, assistente social, terapeuta
ocupacional, fonoaudiólogo e professor de educação física. Visando aprofundar
tal investigação para realizá-la o diagnóstico clínico. É um dos componentes
críticos da avaliação e intervenção, pois nela se fundamenta as decisões
voltadas à prevenção e solução das possíveis dificuldades dos alunos,
promovendo melhores condições para o seu desenvolvimento.

Ela é um processo compartilhado de coleta e análise de informações


relevantes acerca dos vários elementos que intervêm no processo de ensino e
aprendizagem, visando identificar as necessidades educativas de determinados
alunos ou alunas que apresentem dificuldades em seu desenvolvimento pessoal
ou desajustes com respeito ao currículo escolar por causas diversas, e a
fundamentar as decisões a respeito da proposta curricular e do tipo de suportes
necessários para avançar no desenvolvimento das várias capacidades e para o
desenvolvimento da instituição (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2007, p. 279).

27
A avaliação neuropsicopedagogica envolve:

1. A identificação dos principais fatores responsáveis pelas


dificuldades da criança. Precisamos determinar se se trata de um distúrbio de
aprendizagem ou de uma dificuldade provocada por outros fatores (emocionais,
cognitivos, sociais...). Isto requerer que sejam coletados dados referentes à
natureza da dificuldade apresentada pela criança, bem como que se investigue
a existência de quadros neuropsiquiátricos, condições familiares, ambiente
escolar e oportunidades de estimulação oferecidas pelo meio a que a criança
pertence;

2. O levantamento do repertório infantil relativo as habilidades


acadêmicas e cognitivas relevantes para a dificuldade de aprendizagem
apresentada, o que inclui: conhecimento, pelo profissional, do conteúdo
acadêmico e da proposta pedagógica, à qual a criança está submetida;
investigação de repertórios relevantes para a aprendizagem, como a atenção,
hábitos de estudos, solução de problemas, desenvolvimento psicomotor,
linguístico, etc.; avaliação de pré-requisitos e/ou condições que facilitem a
aprendizagem dos conteúdos; identificação de padrões de raciocínio utilizados
pela criança ao abordar situações e tarefas acadêmicas, bem como déficits e
preferências nas modalidades percentuais etc.;

3. A identificação de características emocionais da criança, estímulos


e esquemas de reforçamento aos quais responde e sua interação com as
exigências escolares propriamente ditas. Ela deve ser um processo dinâmico,
pois é nela que são tomadas decisões sobre a necessidade ou não de
intervenção neurosicopedagógica. Se é demanda de fonoaudiologia, psiquiatria
e neurologia e outros. Ela é a investigação do processo de aprendizagem do
indivíduo visando entender a origem da dificuldade e/ou distúrbio apresentado.
Inclui entrevista inicial com os pais ou responsáveis pela criança, análise do
material escolar, aplicação de diferentes modalidades de atividades e uso de

28
testes para avaliação do desenvolvimento, áreas de competência e dificuldades
apresentadas. Durante a avaliação podem ser realizadas atividades
matemáticas, provas de avaliação do nível de pensamento e outras funções
cognitivas, leitura, escrita, desenhos e jogos.

Diagnóstico não deverá somente fundamentar uma deficiência, mas


apontar as potencialidades do indivíduo. Não é simplesmente o que este tem,
mas o que pode ser e como poderá se desenvolver. É de extrema relevância
detectarmos, através do diagnóstico, o momento da vida da criança em que se
iniciam os problemas de aprendizagem. Do ponto de vista da intervenção, faz
muita diferença constatarmos que as dificuldades de aprendizagem se iniciam
com o ingresso na escola, pois pode ser um forte indício de que a problemática
tinha como causa fatores intraescolares (BOSSA, 2000, p. 101).

METODOLOGIA

O presente artigo busca analisar a temática proposta sobre o processo de


aquisição e desenvolvimento das habilidades escolares dos alunos de marabá
no departamento de educação especial, será pautado na investigação
bibliográfica a respeito do tema proposto de forma a atingir a maior veracidade
possível no processo de aprendizagem através do processo
Neuropsicopedagógico. Faz-se necessário destacar que a neurociência pode
ajudar muito a todos os indivíduos, mas especialmente aqueles com transtornos,
síndromes e dificuldades de aprendizagem uma vez que tem o entendimento da
plasticidade cerebral, da busca de novos caminhos para aprendê-lo das
múltiplas inteligências proposta por Gardner. Para abarcar adequadamente o
campo da cognição humana, Gardner considera que é necessário:

[...] “Incluir um conjunto muito mais amplo e mais universal de


competências do que comumente se considerou". Nesta direção, autor define
inteligência como "a capacidade de resolver problemas ou de criar produtos que
sejam valorizados dentro de um ou mais cenários culturais. “Gardner diz no início

29
de seu livro (1994, p. 7)" (...) existem evidências persuasivas para a existência
de diversas competências intelectuais humana relativamente autônomas
abreviadas daqui em diante como 'inteligências humanas'. Estas são as
'estruturas da mente' do meu título. A exata natureza e extensão de cada
'estrutura individual não é até o momento satisfatoriamente determinada, nem o
número preciso de inteligências foi estabelecido. Parece-me, porém, estar cada
vez mais difícil negar a convicção de que há pelo menos algumas inteligências,
que estas são relativamente independentes umas das outras e que podem ser
modeladas e combinadas numa multiplicidade de maneiras adaptativas por
indivíduos e culturas. (GARDNER 1994).

Haja vista que entender a conexão cérebro x aprendizagem é um dos


grandes desafios educativos. Considerando que a neurociência é uma ciência
nova, pode-se dizer que através dos conhecimentos neuropsicopedagógicos
existe a possibilidade de entender como se processa o desenvolvimento de
aprendizagem de cada indivíduo, proporcionando-lhe melhorias nas
perspectivas educacionais e dessa forma desmistificar a ideia de que a
aprendizagem não ocorre para alguns; na verdade sempre acontecerá a
aprendizagem, entretanto para alguns ela vem acompanhada de muita
estimulação, atividades diferenciadas, respeitando o ritmo de desenvolvimento
do indivíduo. Dentro desta perspectiva o contexto educativo deve estar pautado
em formas diferentes de aprendizagem, pois, as atividades são exploradas
segundo as possibilidades e interesses dos alunos, após serem livremente
escolhidos por eles e também através de observações como: debates,
pesquisas, registros escritos, falados e vivências. São alguns dos processos
pedagógicos indicados para a realização de atividades dessa natureza. Por meio
desses e de outros processos pedagógicos, os conteúdos das disciplinas vão
sendo espontaneamente chamados para melhor esclarecer os temas, assuntos
em estudos.

30
Frente a está posição a deficiência de um aluno não é motivo para que o
professor deixe de proporcionar o melhor de sua prática de ensino, professor
dono do saber! Hoje já não funciona mais. Diante da transição de educação que
busca o professor mediador fazendo a diferença indo à busca do conhecimento
e trabalhando no contexto do cotidiano do aluno proporcionando a liberdade e
troca de saberes com seus pares permitindo ao docente aprenderem juntos com
a prática, pois, com a constituição de 1988, esse aluno tem direito a educação
como todos os demais colegas sem deficiência e também a educação especial
como modalidade de ensino que é transversal a todos os níveis e modalidades.

Portanto é importante superar as dificuldades de cada educando,


diminuindo as barreiras das diferenças, sem se esquecer de valorizar as
potencialidades individuais. Afinal, todos nós temos qualidades. Ter
conhecimento sobre dificuldades ou distúrbio de aprendizagem pode ajudar o
professor na análise que possibilite distinguir as diferenças e permitir traçar o
processo de intervenção, pois, a investigação é um trabalho através de
metodologias alternativas que vise o aprimoramento das habilidades
psicomotoras, aglutinação das palavras, a partir de um dado estimulo sensorial
ou ambiental, o dia-a-dia tanto na escola com seus pares quanto com a família
de forma que a ação do aprender influencie novos comportamentos, atitudes e
conhecimento que comecem a perceber o mundo não só através dos olhos.

Porém com conquistas ampliando as possibilidades de controle de suas


atividades e observações feitas no momento, que significa o ato de aprender, o
professor não é somente o facilitador, e sim o observador de uma aprendizagem
significativa e relevante para o processo de ensino e aprendizagem.

O contexto educacional deve estar embasado em formas diferentes de


aprendizagem. Nessa perspectiva instaurar um processo inovador através da
neurociência, não seria ousar demais, pois, os estudos apontam o avanço e as
técnicas que permitem traçar a intervenção adequada para cada criança com

31
dificuldade ou distúrbio de aprendizagem. Pensando nessa problemática está
também o professor que é ator principal e mediador facilitador da aprendizagem.
Apesar de estar diante de problemas inerentes a sala de aula como situação de
risco do aluno, psicológicas, sociais e de aprendizagem que ocorre no dia-a-dia.

Essa queixa é frequente. Porém observamos que esses profissionais


comentam em seus relatórios de observação as deficiências e as dificuldades da
criança, fazendo comparações com as outras ditas normais. Esquecendo que o
aprender perpassa por vários estágios e o potencializador do raciocínio lógico e
da aprendizagem é trabalhar os quatro campos funcionais: o movimento, a
emoção, inteligência e afetividade que está inserida no meio, dentro deste novo
paradigma, ou seja, pressuposto educacional o trabalho e a visão do professor
está diante de seus olhos que não podem enxergar somente o que está a sua
frente, porém o que está por trás deste aluno, olhares que farão toda a diferença
tanto em suas atividades da vida diária quanto na compreensão e capacidade
de aprender, passando a enxergar este discente como indivíduo capaz de se
relacionar com seus pares e participar da educação de forma que o ensino seja
efetivamente para todos.

Para enriquecer as funções cognitivas, conativas e executivas, a interação


do professor-aluno tem que ser mais intensa e intencional, o processo ensino-
aprendizagem tem que ser mais midiatizado e com uma acessibilidade
aumentada para todos, onde seja possível focar mais a colocação de perguntas
ou questões de desafio cognitivo, conativo e executivo, onde os alunos tenham
que pensar mais antes de responder, onde as várias funções sejam diretamente
treinadas e onde as estratégias meta cognitivas sejam mais trabalhadas.

Não está em jogo o enriquecimento curricular, está mais em jogo o


enriquecimento do potencial de aprendizagem dos alunos. Visto que a inclusão
está em todos os campos necessários para o indivíduo em sociedade, sem
precisar viver a mercê de ministério público para que seus direitos sejam

32
garantidos e efetivados. Visto que estão em Lei seus direitos, trabalhar a pessoa
especial ou dita normal é transformar, fazer a diferença.

Para vermos construídos nosso lego de encaixe da vida, onde


procuramos várias formas e posições de encaixe e depois podemos estabelecer
a melhor forma do aprendente acomodar seus conhecimentos para absorver a
aprendizagem, isto demonstra que somos capazes de mudar a realidade do ser
humano com dificuldades ou distúrbios de aprendizagem e/ou somente ajudar
no ajuste do aprender do aluno dito normal, sabemos que não é fácil, pois são
grandes os desafios para uma educação de qualidade no município de Marabá.

Tendo em vista que o processo e longo tentamos otimizar o serviço para


que nosso alunado não seja prejudicado fazemos parcerias com a APAE,
CREAS, CRAS, conselho da pessoa com deficiência, conselho tutelar,
unifesspa, capes e outros. Para que flua melhor o atendimento clínico para
aqueles que estão aguardando laudos.

Portanto faz-se necessário que todos os envolvidos no processo de


ensino e aprendizagem sejam leitores e pesquisadores de problemas de
aprendizagem para que possa os possibilitá-los a entender melhor como se dá
a aprendizagem de forma significativa, não é uma tarefa fácil conhecer o cérebro,
influência de fatores intra e extras escolares e como podem ser trabalhados de
forma a minimizar problemas de aprendizagens no dia-a-dia da escola.

33
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35

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