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T. Saude P.
T. Saude P.
Beira
2023
Cláudia Sarneta Murrombe
Maria Jó jone Ussene
Mateus Joaquim
Sandra Inácio Mascote
Beira
2023
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 3
2. Conceitos ................................................................................................................................ 5
3. Conclusão ............................................................................................................................. 15
1. Introdução
E nas organizações onde grande parcela das pessoas passa a maior parte de seu tempo,
é preciso utilizar tais locais como meio para investimento em programas de promoção da
saúde. Porém, percebe-se que tal assunto não tem recebido a merecida atenção das próprias
empresas que não preparam os futuros profissionais da área de saúde para exercerem suas
funções em tais locais. Também vale ressaltar os benefícios e reflexos que podem ser
adquiridos na população em geral, na empresa, no sistema de saúde seja ele público ou
privado. Saúde ocupacional é um tema amplo, tendo carácter na promoção de condições de
trabalhos, procurando contudo, garantir o grau de qualidade de vida no trabalho através da
protecção dos trabalhadores com intuito de promover o bem-estar físico, mental e social,
prevenindo e controlando os acidentes e as doenças através da redução das condições de risco.
Assim sendo, o foco seria a questão das doenças ocupacionais no ambiente escolar, prevenção
dos riscos ocupacionais, e por fim desenvolver-se a ideia daquilo que é a situação actual da
saúde ocupacional no contexto moçambicano.
1.1. OBJETIVOS
1.2. METODOLOGIA
1.2.1. MÉTODO
É o caminho pelo qual se chega a um determinado resultado, ainda que esse caminho
não tenha sido focado ou concretizado. Para realizar este trabalho baseei-me no método
bibliográfico que é efectivada na base dos livros e uma gama de fenómenos muito amplos.
2. Conceitos
O conceito de saúde foi definido em 1946 pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
como, “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de
doença ou enfermidade”. No entanto, a sua definição pelos peritos está longe de ser uma
tarefa fácil, porque tanto o conceito de saúde como o conceito de doença diferem de pessoa
para pessoa consoante o seu projecto pessoal de vida e da elaboração do que são as suas
próprias experiências de saúde-doença-cuidado (Ayres, 2007).
Robalo (2009):
por sua vez, é outro autor que discute o estado de saúde, apontando que são
múltiplos os determinantes que atuam no mesmo, tais como, individuais, genéticos,
biológicos, e também, os que se relacionam aos estilos de vida.
A promoção da saúde (PS) foi definida pela OMS em 1984 como, “o processo de
capacitação das pessoas para aumentar o seu controle sobre a saúde para que possam com
recursos próprios melhorá-la” (Green & Tones, 2010, p.18). A EPS como elemento integrador
da PS, foi definida pela OMS em 1998 como as “oportunidades de aprendizagem
conscientemente construídas que envolvem comunicação destinada a melhorar a literacia em
saúde, incluindo a melhoria do conhecimento e desenvolvimento de habilidades para a vida
que favoreçam a saúde individual e da comunidade” (Fernandes, 2010, p.31). Estes dois
conceitos devem ser encarados como uma questão de cidadania, havendo necessidade da
participação de todos os cidadãos.
O conceito de promoção a saúde segundo Czeresnia (2004) foi definido por Leavell &
Clarck em 1976, constituindo um dos elementos do nível primário de atenção no que tange à
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medicina preventiva, todavia hoje este significado se alterou para um enfoque mais político
(Buss, 2003).
Muitos componentes da vida social colaboram para uma vida com qualidade, estes são
essenciais para que indivíduos e populações obtenham um perfil elevado de saúde. Mais do
que o acesso a serviços médico-assistenciais de qualidade, é indispensável enfrentar os
determinantes da saúde em toda a sua amplitude, o que demanda políticas públicas saudáveis,
uma efectiva articulação intersectorial do poder público e a mobilização da população (BUSS,
2000).
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Sendo assim, a Política Nacional de Promoção da Saúde guarda relação directa entre
as práticas de promoção da saúde e as condições/relações de trabalho, pois esse último é
entendido como eixo temático no qual se deve intervir na busca por condições de vida mais
dignas e pelo exercício pleno da cidadania (CAMPOS; BARROS; CASTRO, 2004).
Dentre os componentes da vida social que colaboram para uma vida digna e com
qualidade destaca-se o trabalho que, particularmente, causa grande impacto no quotidiano do
ser humano, uma vez que grande parte da sua vida se passa no ambiente laboral. Além disso,
o trabalho pode influenciar comportamentos e oferecer condições de risco que podem afectar
o processo saúde-doença, conduzindo a pessoa à doença (SANTOS; LIMA, 2008).
Devido à ligação que existe entre condições adequadas para realização de um trabalho
e a produtividade, a qualidade de vida no trabalho vem se tornando cada vez mais uma
preocupação para as empresas, ou seja, se a empresa não oferecer boas condições aos seus
trabalhadores, com certeza terá funcionários desmotivados, e como consequência não
conseguirá atingir os objectivos por ela definidos, diminuindo a produtividade (BOSSARDI et
al., 2011). Davis et al. (2009) e Harris; Lichiello e Hannon (2009) concluíram em seus estudos
que as acções de promoção da saúde são eficazes e de baixo custo, além de levar à redução
nos custos associados com o cuidado à saúde e absenteísmo reflectindo na produtividade e na
rotatividade de empregados.
Bossardi et al. (2011) destacou que o sucesso de uma empresa depende de seus
colaboradores e funcionários, assim, para uma empresa alcançar o sucesso, é imprescindível
que esta se preocupe com a qualidade de vida dos mesmos no trabalho.
Diante do que foi posto, vale ressaltar a pertinência da promoção da saúde a partir das
situações de trabalho, em que Silva et al. (2009) defende sua importância por contribuir para a
apreensão dos determinantes múltiplos da saúde, não enfocando somente a doença, nem
unicamente os riscos clássicos do trabalho. Deve, portanto, ter uma perspectiva de
continuidade com participação directa e efectiva dos trabalhadores, com comprometimento, a
fim de, a partir dos locais de trabalho, monitorar a organização e as condições de trabalho
para actuar de forma preventiva e prepositivamente nas fontes potencialmente causadoras de
danos à saúde, dando condições necessárias para compreender e transformar positivamente as
situações de trabalho.
Como já foi levantado por Cavalcante et al. (2008), a articulação entre promoção da
saúde e trabalho, além de viável é extremamente importante no processo de implementação de
uma política de saúde do trabalhador que o considere como sujeito activo e participativo,
afinal, a abordagem participativa é uma ferramenta eficaz para promover a segurança e
incentivar os trabalhadores a voluntariamente melhorar a qualidade de suas próprias vidas, é o
que disse Manothum e Rukijkanpanich (2010).
Importante ressaltar que ao ter como foco as acções sobre os determinantes dos
problemas de saúde, a operacionalização da promoção requer um trabalho com os múltiplos
setores, sendo, portanto, a intersetorialidade um princípio essencial (SICOLI;
NASCIMENTO, 2003).
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O ideal seria que os profissionais, desde sua formação acadêmica, sejam estimulados a
esta visão. Azambuja, Kerber e Kirchhof (2007) afirmaram a necessidade de que a temática
Saúde do Trabalhador faça parte do currículo das escolas de enfermagem, para que os
académicos sejam estimulados a pensar sobre este aspecto desde o início da vida académica.
Assim, estimulados, é possível que incorporem acções de protecção de saúde no cotidiano de
seu trabalho.
Aspecto este também encontrado nesta revisão, levantado por Gonçalves et al. (2008)
que ressalta a importância da realização destes tipos de trabalho, tanto para os estudantes
quanto para os trabalhadores, afinal constataram a necessidade de propagar e executar acções
educativas de saúde voltadas para o trabalhador, a carência de informação e o grande interesse
dos trabalhadores pelos mais variados temas relacionados à saúde, através das sugestões, da
participação e dos questionamentos.
O despertar da saúde ocupacional, de acordo com Farias (2009), surge através dos
Papiros e Egípcios, mas, falando com evidência, o processo inicia nos anos 460 a.C. isto com
influência de Hipócrates no âmbito do Sartunismo1 uma doença que atacava os mineiros
devido a inalação do chumbo.
Riscos Físicos: Referem-se aos ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes
(temperaturas extremas, pressões anormais e unidades, iluminação inadequada e exposição á
incêndios e choques eléctricos) ainda calor, imunidades, pressões;
Incentivar e manter o mais elevado nível de bem-estar físico, mental e social dos
trabalhadores em todas as profissões;
Prevenir todo o prejuízo causado à saúde destes e pelas condições de seu trabalho;
Protegê-los em seu serviço contra os riscos resultantes da presença de agentes
prejudiciais à sua saúde; e
Colocar e manter o trabalhador em um emprego que convenha às suas aptidões
fisiológicas e psicológicas
3. Conclusão
Referência bibliográfica
BUSS, Paulo Marchiori. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciênc. saúde coletiva, Rio
de Janeiro, v. 5, n. 1, 2000. Disponível em: . Acesso em: 5 dez. 2011.
BOSSARDI, Andréa de Lima et al.. Qualidade de vida no trabalho. Disponível em: . Acesso
em: 5 dez. 2011.
CAMPOS, Gastão Wagner; BARROS, Regina Benevides de; CASTRO, Adriana Miranda de.
Avaliação de política nacional de promoção da saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro,
v. 9, n. 3, 2004. Disponível em: . Acesso em: 01 dez. 2011.
SANTOS, Zélia Maria de Sousa Araújo; LIMA, Helder de Pádua. Tecnologia educativa em
saúde na prevenção da hipertensão arterial em trabalhadores: análise das mudanças no estilo
de vida. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, v. 17, n. 1, p. 90-7, 2008.
Ayres, José Ricardo C. M. (2007). Uma concepção hermenёutica de saúde in Physis: Revista
de Saúde Colectiva, nº 17, p. 43-62. Acedido a 23 Abril 2011em:
http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a04.pdf