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Trabalho de PP2
Trabalho de PP2
Código: 708239459
Ano : 2° , Turma - H
①
Índice
Introdução..............................................................................................3
Resumo..................................................................................................4
Problematização ..................................................................................5
Metodologia...........................................................................................7
Conclusão.............................................................................................14
Sugestões.............................................................................................15
Referências Bibliográficas...................................................................16
②
Introdução
O papel dos Pais e/Encarregados de Educação é visto como uma forma de partilha de
poder e de autoridade, no seio da organização escolar e como pressão para influenciar
as decisões para um funcionamento transparente da gestão escolar.
Ainda nesta linha de análise do papel dos Pais e Encarregados de Educação na gestão
escolar, REGEB (2003), postula que a democratização da escola e da respectiva gestão,
tem-se concentrado em três vectores, nomeadamente: (i)
③
Resumo
④
Problematização
Durante muitos anos,a responsabilidade da educação não era partilhada entre a família
e a escola, sendo que cada parte assumia, unilateralmente, o seu papel, num total
alheamento uma da outra e raramente, encontravam-se para o debate aceso sobre o
funcionamento da escola e sobre a gestão da aprendizagem dos alunos.
A escola, por sua vez, limitava-se a transmitir conhecimentos, a informar a família sobre
os resultados obtidos e sobre o comportamento dos alunos. Lentamente, esta situação
tem vindo a modificar-se e assiste-se a uma maior aproximação entre família e escola,
apesar de muito longe do nível desejado, uma vez que ainda hoje se culpabilizam
mutuamente pela fraca participação da família na vida da escola.
Martins (op.cit) aprofunda esta discussão da relação família – escola, explicando que
inquietação dos pais e encarregados de educação tem que ver com uma elevada taxa
de insucesso na aprendizagem dos alunos que se revela pela crescente incapacidade
na demonstração das habilidades básicas adquiridas durante a aprendizagem, os pais
e encarregados, sempre atribuíram a culpa à escola e ao conselho da escola pela falta
de pesquisa negociada das diversas visões da comunidade.
⑤
Definição dos Objectivos
Objectivo Geral
Para KERLINGER (1980: 38) apud MARCONI e LAKATOS (2009: 137), “uma hipótese é
uma proposição, condição ou princípio, que é aceite-provisoriamente-para obter
consequências lógicas e, por intermediário de um método, comprovar o seu acordo
com os factos conhecidos ou com aqueles que podem ser determinados”.14
Objectivos Específicos
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Metodologia
Tipo de pesquisa
Para a realização desta pesquisa, realizou-se uma pesquisa qualitativa3 que postula
que uma investigação educacional deve pautar pela sistematização, rigor científico e
adequação ao objecto de estudo. Na perspectiva deste estudo, procurou-se investigar
as acções, as estratégias e os mecanismos de participação dos pais e/encarregados
de educação na gestão participativa da escola, no caso da Escola Primária de Kachane
para a melhoria da qualidade institucional e da aprendizagem.
No percurso deste estudo, faz-se uma análise reflexiva de uma realidade concreta
gestão da escola: a articulação entre os pais e/encarregados de educação e a escola
para a troca de experiências na busca de soluções dos problemas que a escola
enfrenta.
Método de Abordagem
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Esta pesquisa aglutina as percepções dos professores, encarregados de educação e a
direcção da escola para a construção das conclusões gerais sobre o papel dos
pais/encarregados de educação na gestão democrática da escola.
Questionários
De acordo com Yin (2009), “é um método mais apropriado para temas sobre os quais o
pesquisador tem pouco controlo e com enfoque em algum fenómeno contemporâneo”.
Assim, este autor define estudo de caso como “uma investigação empírica que estuda
um fenómeno contemporâneo dentro do seu contexto real, principalmente, quando os
limites do fenómeno e do seu contexto não estão claramente evidentes”. Na
perspectiva de Marconi e Lakatos (2009), a abordagem indutiva permite descrever a)
pertinência teórica (em relação aos objectivos propostos na pesquisa), b) pertinência
prática que se traduz na possibilidade de aprender-se com as informações e as
experiências do caso bem como, a sua acessibilidade para a investigação; c) o
interesse do pesquisador na realização de uma pesquisa voltada para a compreensão
das novas práticas que solucionam o problema.
⑧
definindo-se claramente o foco da investigação e a sua configuração espácio-temporal.
Os instrumentos da investigação a que o observador pode recorrer no processo de
compreensão e interpretação do fenómeno estudado são: a entrevista, o questionário,
o inquérito”. Ludke & André (1986:25),
Análise documental
Para a presente pesquisa, aplicou-se a técnica de análise do conteúdo que sustenta nos
conceitos, indicadores e dimensões que permitem descrever os dados recolhidos.
Por sua vez, Lima (2008), no contexto da participação democrática, distingue (i) a
participação consagrada (ii) da participação instituída. A participação formal ou
decretada constitui aquela que é instituída e regulamentada formalmente através de
documentos legais e formais como as leis e decretos-leis produzidos fora da
organização e que permitem aos professores, pais, alunos intervir na gestão e
⑨
organização da escola.
Ministerial nº 46/2008 estabelece que, para escolas com mais de 1500 alunos, o
Conselho de Escola deve ser constituído por 19 membros, de 500 até 1500 alunos por
16 e até 500 alunos por 13 membros.
⑩
Contudo, o mesmo diploma abre espaço para o Conselho de Escola funcionar abaixo
do nº estipulado, desde que seja respeitada a proporcionalidade dos membros, que
devem ser eleitos por voto secreto. Dos membros do Conselho de Escola, o director e o
representante dos alunos não podem ser eleitos presidente do conselho de escola.
De acordo com MEC (2005:91), o Conselho de Escola deve estruturar-se por um mínimo
de quatro comissões, nomeadamente: “comissão de HIV/SIDA, saneamento e saúde
escolar; comissão de finanças, construção e produção escolar; comissão de género,
alunos órfãos e vulneráveis e comissão de cultura e desporto escolar”. Essas
comissões ocupam-se da análise e acompanhamento do decurso das actividades
específicas que lhes são atribuídas, mobilizar recursos para apoiar o desenvolvimento
da escola na sua área específica e prestar informações regulares ao Conselho de
Escola sobre os avanços e aspectos a melhorar na sua área específica.
O conselho de escola, na sua condição de órgão máximo, reúne-se pelo menos três
vezes por ano para entre vários assuntos: aprovar o plano estratégico da escola e
garantir a sua implementação; aprovar o plano anual da escola e garantir a sua
implementação; aprovar o regulamento interno da escola e garantir a sua aplicação;
pronunciar-se sobre a proposta do orçamento da escola; aprovar e garantir a execução
de projectos de atendimento psicopedagógico e material aos alunos, quando seja
iniciativa da escola; elaborar e garantir a execução de programas especiais visando a
integração da Família-escola-comunidade; pronunciar-se sobre o aproveitamento
⑪
pedagógico da escola.
Assim, a questão da capacitação dos encarregados de educação pode ser vista como
crucial na medida em que vai permitir qualificá-los, por exemplo na elaboração dos
planos de actividades, na monitoria e avaliação dos mesmos.
De realçar que a capacitação, por si, poderá não mudar a actuação dos encarregados
de educação, se os seus membros não tiverem acesso as informações inerentes ao
seu funcionamento, pois experiências existentes mostram que os representantes mais
preparados e informados desempenham melhor o seu papel na escola.
⑫
vários aspectos os seguintes: (i) o significado e papel do Conselho de Escola; (ii) o
papel de membro do Conselho de Escola e o significado da representação; (iii) a
legislação educacional básica; (iv) o sistema de ensino, seus princípios e normas; e (v)
o significado da participação.
Este resultado foi extraído das entrevistas aplicados aos pais e encarregados de
educação em relação a questão
⑬
Conclusão
(ii) Há na escola o desajuste das práticas dos pais e/encarregados com as orientações
dos regulamentos e diplomas ministeriais que prescrevem as boas práticas de gestão
democrática e participativa da escola, incluindo a definição e distribuição das
responsabilidades.
(iv) Há uma limitação enorme para operar uma melhoria na gestão da escola porque a
direcção e o conselho da escola não apresentam uma estratégia de gestão
democrática para a busca de soluções para os problemas que a escola enfrenta.
Conclui-se ainda que, devido fraca capacitação dos pais e/encarregados de educação,
reduz-se a capacidade de participação no processo de planificação, monitoria e
avaliação dos projectos da escola e do processo de ensino-aprendizagem.
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Sugestões
sugere-se:
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Referências Bibliográficas