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Conceit Cognit 01
Conceit Cognit 01
Apresentação geral
ü Mecanismos psicológicos evoluídos (emoções, predisposições para aprender, entre outros traços
universais) seriam resultantes de pressões seletivas que favoreceram a sobrevivência.
(Oliva, 2011)
Seleção de traços que favorecem a sobrevivência:
ü Medo e ansiedade são reações emocionais comuns em situações ameaçadoras. Esses traços
foram selecionados pela evolução, pois se mostraram úteis na função de aumentar a
sobrevivência e, por essa razão, possuem valor adaptativo. (Oliva, 2019, p. 119).
ü Esses traços preparam o organismo para lutar, fugir, paralisar ou pedir ajuda.
ü Embora seus efeitos sejam a deflagração de sensações fisiológicas não prazerosas, essas
características aumentam a atenção e a vigilância dos indivíduos, o que é importante quando há
um perigo real na situação (são mecanismos de defesa, processos adaptativos ou aptidão
biológica).
(Oliva, 2019)
Seleção de traços que favorecem a sobrevivência podem ser
disfuncionais em outros contextos:
ü De acordo com a lógica evolucionista, se um traço está presente no repertório de
comportamentos dos membros de uma espécie, é porque teve alguma função de sobrevivência
ou favoreceu a reprodução.
ü Um sintoma pode cumprir o papel de eliminar uma patologia. A febre, por exemplo, não é
exatamente o problema, mas sim uma reação orgânica (um sintoma) e que busca eliminar a
presença de um patógeno no organismo. A febre é uma adaptação selecionada que favorece a
sobrevivência do organismo, e não uma falha do sistema de defesa.
ü A suposição subjacente à compreensão da mente é que existe uma natureza humana universal
que predispõe a comportamentos adaptados ao ambiente no qual os nossos ancestrais
caçadores-coletores viveram.
Psicologia evolucionista
ü Um traço pode ser adaptativo em um contexto, mas não em outro, e nem sempre está presente
em todos os sujeitos.
(Oliva, 2018)
Considerações sobre modularidade mental:
ü Supor uma arquitetura mental modular, significa considerar que ela esteja subdividida
em unidades de processamento de informação que teriam se especializado para certos
estímulos. (...) a mente opera com algoritmos e módulos altamente especializados,
extremamente rápidos para processar as informações, independentes uns dos outros,
automáticos e de funcionamento involuntário. (Oliva, 2011, p. 105)
ü Supor a mente como modular: permite entender porque uma pessoa pode ter
agorafobia em um teatro e não em uma sala de cinema, porque uma pessoa fica
tranquila em um avião mas entra em pânico no elevador, lida bem com certas situações
que envolvem ansiedade e mal quando lida com outras esferas da vida, etc. Esses
exemplos são bem compreendidos com um modelo mental de modularidade,
em que há independência e autonomia entre os módulos.
Exemplo:
ü O módulo que toma decisões detecta que seu amigo está trapaceando e o outro módulo
considera a boa história de cooperação entre vocês com benefícios para você.
ü As pessoas avaliam uma situação a partir de crenças que vão sendo construídas ao
longo do desenvolvimento, formando “esquemas” (estruturas mais ou menos estáveis).
ü Esses esquemas são estruturas básicas, que funcionam como unidades fundamentais
da personalidade e sobre os quais se apoiam os processos cognitivos, afetivos e
motivacionais.
ü Quando atribuímos significado aos eventos, essas estruturas cognitivas deflagram uma
reação em cadeia até chegar aos comportamentos (estratégias) que são considerados
como reflexos dos traços de personalidade.
ü Esses traços são a base a partir da qual as pessoas irão interagir com o mundo e como
os fatores ambientais irão influenciá-las.
(Oliva, 2015)
Vulnerabilidade cognitiva e os transtornos
ü Nossa mente não seria uma tabula rasa, pois teria sido equipada pela evolução com mecanismos
especializados (modulares) que nos predispõem a agir de determinadas formas e não de outras.
ü Temos prontidão para reagir a certos estímulos ambientais (repertório da espécie) – filogênese.
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