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Aula 5 Bens e NJ
Aula 5 Bens e NJ
Aula 5 Bens e NJ
1. BENS: Bens considerados em si mesmos; Bens reciprocamente considerados; Bens principais e acessórios
2. ATOS JURÍDICOS: Fatos jurídicos; Fatos naturais: ordinários e extraordinários ; Fatos humanos: ilícitos e lícitos. Ato Jurídico em sentido estrito e
amplo. Ato-fato jurídico. Negócio jurídico.
3. NEGÓCIO JURÍDICO: CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO Classificar os negócios; Manifestação de vontade; Vantagens patrimoniais; Efeitos; Formalidades;
Independência ;Momento do aperfeiçoamento ; Extensão dos efeitos
4. ESCADA PONTEANA: PLANO DA EXISTÊNCIA - Escada Ponteana: Plano da existência: agente, objeto, forma, vontade. Consequências pela
inexistência
5. PLANO DA VALIDADE: Planos da validade: Agente capaz; Objeto lícito; Possível, determinado ou determinável, Forma prescrita ou não defeso em
lei. Vontade sem vícios
6. PLANO DA VALIDADE: Erro: modalidades e consequências; Dolo: modalidades e consequências
7. PLANO DA VALIDADE: Coação: modalidades e consequências. Temor reverencial. Estado de Perigo: elementos e consequências. Diferenciação com
estado de necessidade. Lesão: elementos e consequências. Princípio da conservação dos negócios jurídicos.
8. PLANO DE VALIDADE: Fraude contra credores . Diferença de vício de vontade e vício de consentimento. Simulação: modalidades e consequências
9. PLANO DA VALIDADE: NEGÓCIO JURÍDICO NULO ANULÁVEL. Consequências da invalidade dos negócios jurídicos. Hipóteses de nulidade dos
negócios jurídicos. Hipóteses de anulabilidade dos negócios jurídicos
10. PLANO DA VALIDADE: PRAZO DE DECADENCIAL/PRESCRICIONAL : Examinar as hipóteses e prazos de decadência. Convalidação e confirmação dos
negócios jurídicos anuláveis. Identificar as hipóteses e prazos de prescrição (aquisitiva e extintiva). Direitos imprescritíveis . Formas de
impedimento, suspensão e interrupção da prescrição.
11. PLANO DA EFICÁCIA: Termo. Condição. Encargo
12. INTERPRETAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO: Interpretação e provas do negócio jurídico. Análise sobre a boa-fé objetiva.
13. PROVAS: Provas do negócio jurídico . Testemunhas. Presunção e perícia
ANALISANDO A
CLASSIFICAÇÃO
DESSES NJ
NG DE FIANÇA – QUAL A CLASSIFICAÇÃO???
• a) unilateral – porque gera obrigação somente para o fiador;
• b) gratuito – porque cria vantagem para uma só das partes, nenhum
benefício auferindo o fiador;
• c) intuito personae – porque ajustado em função da confiança de que
desfruta
• d)Comutativo ou aleatório? Uma vez celebrado o contrato de fiança,
impõe-se obrigação apenas para uma das partes, no caso, o fiador. Por isso,
não podem ser classificados como contratos comutativos ou aleatórios.
• E) Gratuito -O contrato de fiança é, por sua natureza, gratuito, pois é
negócio jurídico benéfico
LIVRE E CONSCIENTE
A vontade é a mola propulsora dos atos e dos
negócios jurídicos. Essa vontade deve ser manifestada
de forma idônea para que o ato tenha vida normal na
atividade jurídica e no universo negocial. Se essa
vontade não corresponder ao desejo do agente, o
negócio jurídico torna-se suscetível de nulidade ou
anulação
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O primeiro vício de consentimento é o
No exame do art. 112 erro, com as mesmas consequências da
vimos que se parte da
declaração para atingir ignorância. Trata-se de manifestação de
a real intenção do vontade em desacordo com a realidade,
agente. quer porque o declarante a desconhece
(ignorância), quer porque tem
representação errônea dessa realidade
(erro).
• O Código assemelhou e
equiparou os efeitos do erro à
ignorância. O erro manifesta-se
mediante compreensão psíquica
errônea da realidade, ou seja, a
incorreta interpretação de um
fato. A ignorância é um "nada" a
respeito de um fato, é o total
desconhecimento.
• ERRO É CAUSA DE INVALIDADE DO
NEGÓCIO JURÍDICO (ANULABILIDADE),
DEVENDO TER, SEGUNDO A
DO ERRO (ou IGNORÂNCIA) DOUTRINA CLÁSSICA, DOIS
(atenção...a doutrina faz um REQUISITOS:
diferencial entre esses dois...o • O ERRO DEVE SER:
erro FALSA NOÇÃO DA • ESSENCIAL OU SUBSTANCIAL
REALIDADE e a IGNORÂNCIA é •+
um estado negativo de • ESCUSÁVEL (PERDOÁVEL)
desconhecimento
• PARA OS AUTORES CLASSICOS SÓ Art. 138. São anuláveis os negócios
INVALIDA SE HOUVER ESSES DOIS jurídicos, quando as declarações de
ELEMENTOS. vontade emanarem de erro substancial
Para dizer que é substancial é fácil o que poderia ser percebido por pessoa
problema é dizer se é escusável... É muito de diligência normal, em face das
subjetivo! circunstâncias do negócio.
Por isso os autores modernos
desconsideram ser escusável (é muito
abstrato analisar esse aspecto)
• Enunciado nº. 12, do I Jornada de Direito
Civil realizada no Superior Tribunal de
Justiça afirma que o “Art. 138: na
sistemática do art. 138, é irrelevante ser ou
não escusável o erro, porque o dispositivo
adota o princípio da confiança.”
EXEMPLO: VOU ATÉ UMA LOJA DE
ARTESANTO E DIGO QUE QUERO COMPRAR
UMA PEÇA EM MARFIM, ELA MANDA EU
PEGAR NA PRATELEIRA, E U PEGO UMA
ESCULTURA QUE NA VERDADE É SINTÉTICA E
PAGO 1500 REAIS, mesmo porque o
vendedor sequer olhou.
Quando cheguei em casa percebo o ERRO...
Ele é essencial?
Ataca a substancia do negócio?
Qualquer pessoa como você cometeria esse
mesmo erro?
O QUE É UM ERRO SUBSTANCIAL?
O erro essencial ou
substancial é aquele que
Art. 139. O erro é substancial quando:
incide sobre a essência
(causa) do negócio que se I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal
da declaração, ou a alguma das qualidades a ele
prática, sem o qual este não essenciais;
teria se realizado.
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da
pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde
É o caso do colecionados que, que tenha influído nesta de modo relevante;
pretendo adquirir uma
III - sendo de direito e não implicando recusa à
estátua de marfim, compra, aplicação da lei, for o motivo único ou principal do
por engano, uma peça feita negócio jurídico
de material sintético.
A LUZ DO ARTIGO 139
DO CC, TEMOS TRÊS
ESPÉCIES BASICAS DE
ERRO:
RESPONDA:
IR LÁ E COMPRAR UM PERFUME
MARCA FLEUR DE ROCAILLE
(FRANCES – DA EMPRESA CARON)
E ACABA COMPRANDO UM
PERFUME FALSIFICADO
O CHEIRO A FIXAÇÃO NÃO SERÃOS
OS MESMOS!
• Compra
passagem de
navio para ir a
Salvador e o navio
dirigindo-se para
a Europa não faz
escala na Bahia.
na presença do
vendedor, com a
ganhei um dinheiro, e quero planta sobre a
aplicá-lo. Vou comprar um mesa, aponto
apartamento que está para um deles e
construindo. Quero comprar digo “quero este
um apartamento nascente aqui.
relevante
Casar com alguém achando que é outra pessoa é erro. Acredito que o sujeito é uma “pessoa
normal”, com predileções sexuais de uma pessoa mediana. Se, entretanto, a mulher do casal
é surpreendida, nos meses seguintes, com a novidade de que seu novo marido tem
predileções bizarras quanto a relação sexual, o casamento poderá ser anulado. Ela deve se
perguntar “eu me casaria com esse sujeito se eu soubesse de suas taras?” Se a resposta for
“não”, então o casamento poderá ser anulado
Jovens empresários do ramo farmacêutico. Eles podem
eventualmente comprar um lote de determinada
substância da Europa, e desenvolvem, aqui, um novo INCISO III - sendo de direito e não
medicamento. Gastam milhões com o lote. Um mês implicando recusa à aplicação da
depois em que o remédio está no mercado, a ANVISA
baixa uma portaria atualizando a lista de substâncias lei, for o motivo único ou principal
proibidas, incluindo a que eles adquiriram. O que do negócio jurídico.
aconteceu?
COMPROU UMA
CASA COM
INFILTRAÇÃO
ERRO DO ANO DE
FABRICAÇÃO
• O dolus bonus é o dolo com intensidade menor e tolerado pelo
ordenamento jurídico. Um exemplo pode ser retirado do fato do
comerciante que elogia demasiadamente o produto que intenta
vender, minorando além da conta as imperfeições e desvantagens. A
idéia que marca do dolus bonus é que ele já é esperado, é natural e
normal a certos negócios. Há uma presunção de que o homem que age
de forma proba e diligente, seria apto a não se envolver nessa conduta
dolosa.
No dia 23 de abril de 2004, Bruno e Elizabeth, um casal de namorados que residia no apartamento 303,
do prédio de nº 45, na Rua Manoel Gonçalves, no bairro de Laranjeiras, tiveram uma discussão
acalorada. Não se sabe ao certo o motivo da discussão, mas o fato é que o casal foi encontrado morto,
no dia seguinte, pelo porteiro do prédio. O caso ainda hoje é um mistério para as autoridades policiais.
Todos os jornais de circulação na cidade divulgaram por alguns dias a notícia da tragédia e as suas
eventuais repercussões.
O fatídico apartamento 303 era alugado. O locador, Antônio Mathias, tomou o cuidado de reformar
todo o apartamento depois da tragédia. “Foi uma medida mais espiritual do que estética” – chegou a
declarar para os amigos. Depois de concluída a reforma, nada mais naquele apartamento lembrava a
existência do casal.
Mas Antônio estava resolvido a vender o imóvel. Passado algum tempo, conseguiu comprar uma outro
imóvel e para lá se mudou, colocando o apartamento 303 para ser vendido através dos classificados de
um grande jornal.
Dois dias depois, Francisco e Carolina, um casal de namorados, foi visitar o apartamento. Eles logo se
encantaram com a vista e com as condições para a compra do imóvel. Depois de providenciada toda a
documentação, foi devidamente lavrada a escritura de compra e venda do imóvel, que agora passava a
ser de legítima propriedade de Francisco.
.
Numa manhã de domingo, ao retornar de uma caminhada na praia, Carolina encontra no
elevador com uma moradora do prédio. A senhora, sem muita cerimônia, ao perceber
que Carolina nada sabia sobre a tragédia do 303, trata de prontamente relatar todo o
evento à nova moradora.
Atordoada com a noticia, a jovem corre para contar ao namorado sobre os eventos
transcorridos em seu apartamento há menos de dois anos atrás. Francisco, indignado com
a má-fé de Antônio, imediatamente contata o seu advogado. Na segunda-feira, após
reunião com seu advogado, Francisco está certo de que o negócio será anulado através de
decisão judicial e pretende ingressar com a medida na mesma semana.
Se você fosse o juiz desse caso, como seria a sua decisão? A venda do apartamento 303
pode ser anulada com fundamento na tragédia ocorrida com Bruno e Elizabeth? Justifique
FIM
fim