Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
387 - UFC EPS 4o Ano EFM - Material de Apoio Pedagógico - 1
387 - UFC EPS 4o Ano EFM - Material de Apoio Pedagógico - 1
0
TEMA I - INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM EM PESSOAS COM
ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS EMERGENTES.
1
A função principal do aparelho respiratório é de efectuar um intercâmbio
suficiente de gases entre o sangue e a atmosfera.
Classificação
Exemplos de patologias
a) Rinite;
b) Sinusite ou rinossinusite;
c) Faringite;
d) Tonsilite (amigdalite e adenoidite);
e) Laringite.
a) Pneumonia;
b) Tuberculose pulmonar;
c) Insuficiência respiratória aguda (IRA);
d) Edema agudo do pulmão (EAP);
e) Embolia pulmonar;
f) Derrame pleural;
g) Empiema.
2
DESCRIÇÃO DE PATOLOGIAS POR TIPOS
É classificada como:
Sinais e sintomas
3
Fisiopatologia e diagnóstico
4
3. Aumento do trabalho respiratório decorrente de DPOC (aumento do
espaço morto); asma (aumento da resistência de vias aéreas);
anormalidades torácicas (restrição aos pulmões como: pneumotórax,
fracturas de arcos costais, derrame pleural); queimaduras extensas.
5
marasmática devido à diminuição na ingestão e aumento no gasto
energético pelo trabalho dos músculos respiratórios, especialmente
quando a IR decorre de complicações respiratórias crónicas; identificação
e tratamento das condições subjacentes passíveis de correcção e causas
precipitantes.
6
2. EDEMA AGUDO DE PULMÃO
Sinais e sintomas
Fisiopatologia e diagnóstico
7
Acúmulo de líquido no Espaço Extracelular (EEC) secundário ao
aumento da pressão hidrostática (EAPH - EAP hidrostático), cujas
causas são: Insuficiência Cardíaca (IC) exacerbada, HAS severa,
estenose mitral e aórtica etc., como mencionado ou;
8
Em geral, o diagnóstico é feito com exame físico detalhado (taquipneia,
creptos, taquicárdia, angústia), Raio-X de tórax, Electrocardiograma
(ECG), podendo ainda ser confirmado com Ecocardiograma. Novos
métodos têm ganhado importância: presença de peptídeo natriurético
cerebral (níveis menores do que 100 pg/mL revelam Insuficiência Cardíaca
improvável, descartando a origem cardiogénica da EAP) e monitorização
invasiva pulmonar, tipo cateter de Swang-Ganz.
9
3. EMBOLIA PULMONAR
10
Enfermagem ao paciente com vasculopatia periférica), e para prevenir
episódios de EP, a TVP deve ser evitada, controlando os factores de risco
anteriormente mencionados.
Sinais e sintomas
Fisiopatologia e diagnóstico
11
A oclusão de uma artéria pulmonar por um êmbolo produz alterações
pulmonares e hemodinâmicas, onde os alvéolos são ventilados, mas não
perfundidos, produzindo áreas de desequilíbrio da ventilação/perfusão,
com espaço morto respiratório aumentado. A vasoconstrição pulmonar
está presente. Os eventos hemodinâmicos são: o aumento da resistência
vascular pulmonar e o aumento do trabalho do ventrículo direito que
poderá cursar com insuficiência ventricular direita, redução do débito
cardíaco, hipotensão arterial e choque.
12
obstrução de tronco da artéria pulmonar, ou impedir a formação de novos
com a anticoagulação; melhorar o desempenho do ventrículo direito; evitar
recorrência e diminuir o risco de hipertensão pulmonar; melhorar o
desequilíbrio da ventilação/perfusão, por meio do uso de oxigenoterapia
sob máscara facial, em casos de hipoxemia leve ou de ventilação mecânica
e intervenção cirúrgica (embolectomia).
A Heparina de baixo peso molecular (HBPM) pode ser utilizada por via
subcutânea. O anticoagulante oral, como a Warfarina é introduzido,
mantendo-se o INR (Razão Internacional de Normalização) de 2 a 3, por
dias consecutivos antes da alta.
13
Diagnósticos de enfermagem
14
- Manter material para sucção oral
imediata.
2. Perfusão tissular Estado respiratório: Troca gasosa. - Monitoração ácido-básico.
cardiopulmonar ineficaz. - Monitoração respiratória.
- Oxigenoterapia.
- Controlo ácido básico: acidose e
alcalose respiratória.
- Cuidados na Embolia Pulmonar.
- Monitoração neurológica.
- Punção de vaso: amostra de sangue
arterial.
- Testes laboratoriais à beira do leito.
- Administração de medicamentos.
- Cuidados circulatórios: insuficiência
arterial/insuficiência venosa.
- Reanimação cardiopulmonar.
3. Hipertermia. Termorregulação. Regulação da temperatura:
- Monitorar a temperatura.
- Monitorar pressão arterial, pulso e
respiração.
- Monitorar cor e temperatura da
pele.
- Monitorar sinais e sintomas de
hipertermia e relatar.
- Promover uma adequada ingesta
de líquidos e nutrientes.
- Ensinar o paciente a forma de
evitar o aumento de calor.
- Administrar medicação antipirética,
conforme prescrição médica.
4. Dor aguda. Proporcionar nível de conforto. Controlo da dor:
15
5. Troca de gases prejudicada. Equilíbrio electrolítico e ácido-básico. - Controle ácido básico.
- Controle de eletrólitos.
- Interpretação de dados
laboratoriais.
- Controle ácido básico: alcalose e
acidose respiratória.
- Monitoração ácido básico.
- Monitoração de eletrólitos.
- Monitoração de sinais vitais.
- Monitoração respiratória.
- Monitoração hemodinâmica.
- Controle de amostras para exame.
6. Ventilação espontânea Estado respiratório: troca gasosa. - Assistência ventilatória.
prejudicada. - Monitoração respiratória.
- Oxigenoterapia.
- Aspiração de vias aéreas.
- Controlo ácido básico.
- Controlo de vias aéreas.
- Fisioterapia respiratória.
- Inserção e estabilização de vias
aéreas artificiais.
- Posicionamento.
- Redução da ansiedade.
7. Risco de infecção. Detecção do risco. Intervenções: Controlo de infecção.
16
- Pesar diariamente e monitorar
tendências, restringir a ingestão livre de
água na presença de hiponatremia
diluível com nível de Na sérico abaixo de
130 mEq/L.
9. Nutrição desequilibrada: Equilíbrio nutricional: Indicadores - Controlo de electrólitos.
menos do que as necessidades bioquímicos. - Controlo hídrico.
corporais. - Monitoração de electrólitos.
- Aconselhamento nutricional.
- Controlo ácido-básico.
- Controlo de híper ou hipoglicêmia.
- Controlo nutricional.
- Ensino: dieta prescrita.
- Monitorar a ingestão registrando
conteudo nutricional e calórico.
- Pesar o paciente a intervalos
adequados.
- Terapia nutricional.
10. Intolerância à actividade. Tolerância à actividade. - Controlo da energia – repouso.
- Controlo da nutrição.
- Controlo de arritmias.
- Determinar as limitações físicas do
paciente.
- Monitorar a resposta
cardiorrespiratória à actividade
(taquicárdia, outras arritmias, dispneia,
diaforese, palidez, pressões
hemodinâmicas e frequência
respiratória).
- Monitorar a localização e a natureza
do desconforto durante
movimento/actividades.
- Oxigenoterapia.
17
equipe médica e o material para atendimento de emergência deve estar
disponível para uso.
18
4. DERRAME PLEURAL E EMPIEMA
Sinais e sintomas
Fisiopatologia e diagnóstico
19
se movimentarem, além de auxiliar a manutenção da pressão pleural negativa e
expansão pulmonar.
20
envolvem as superfícies pleurais, que liberam eritrócitos, leucócitos e lactato
desidrogenase (LDH) no líquido pleural. A LDH é uma enzima produzida pelo
tecido lesado e inflamado, facilmente obtida e identificada por meio de amostras,
constituindo-se um marcador útil para o diagnóstico dos distúrbios pleurais.
21
expansão completa do pulmão com: toracocentese, toracostomia com dreno,
pleurectomia cirúrgica.
22
expansibilidade torácica e presença de esforço respiratório, controla a febre com
o uso de antipiréticos e prescreve curva térmica com intervalos de 4 a 6 horas,
até estabilização.
23
5. CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM DRENO
TORÁCICO.
24
Como visto, as finalidades de um dreno torácico são: remover ar, líquido ou
sangue do espaço pleural; restabelecer a pressão negativa do espaço pleural;
reexpandir o pulmão total ou parcialmente colaborado; impedir o refluxo do
material drenado de volta ao tórax. São classificados como pleurais ou
mediastinais, dependendo da localização da extremidade do dreno e finalidade
de sua inserção. São ainda de pequeno ou grande calibre. Os de pequeno
calibre, de 7 a 12 French – Fr (ou escala de Charriè, medida francesa, sendo um
French = 0,33mm) possuem uma válvula unidireccional e os de maior calibre,
em geral, são conectados a um sistema de drenagem. Apar a remoção de ar,
utilizam-se os drenos de 16 a 20 French; para sangue e secreções mais
espessas de 20 a 36 French.
25
intrapleural negativa, é comum utilizar-se o sistema de drenagem subaquática
(um selo para o dreno torácico que impeça a entrada de ar no sistema, vindo do
ambiente).
Complicações
Os sistemas de drenagem
26
No caso de aspiração húmida, tradicional, a aspiração é determinada pela
quantidade de água adicionada no compartimento de aspiração, em geral de 20
cm, conectado a um sistema a vácuo, seja eléctrico ou via rede hospitalar; o
borbulhamento intermitente é normal e indica a intensidade da aspiração; esse
não aparece em drenagem mediastínica; o selo d´água (Figura 2) é o mecanismo
utilizado para impedir que o ar retorne ao tórax na inspiração.
27
Os diagnósticos, segundo a taxonomia da NANDA (North American Nursing
Diagnosis Association), bem como os resultados esperados das respectivas
intervenções de enfermagem, tendo como referencial a Classificação de
Resultados de Enfermagem (NOC) e Classificação de Intervenções (Objectivos)
de Enfermagem (NIC), mais frequentes nos pacientes com drenos de tórax, a
sabe: Dor aguda, relacionada à incisão e tubos; Mobilidade física prejudicada;
Eliminação traqueobrônquica ineficaz e outros, estão contemplados nos
capítulos anteriores.
Tubo submerso
28
Manter o sistema de drenagem subaquática Garantir a efectivação do procedimento.
conforme orientação do fabricante, garantindo Prevenir infecções.
a esterilidade interna e da extremidade que
será conectada ao dreno.
Fixar a quantidade de água destilada para Impedir entrada de ar no circuito do dreno.
colocação do selo d´água de modo que a
coluna interna fique submersa cerca de 2 cm
(figura 1).
Manter o frasco na posição vertical. Garantir drenagem.
Procedimento B – drenagem em sistema fechado a seco.
Preparar o frasco de drenagem conforme Efectivar o procedimento.
orientação do fabricante.
Posicionar o frasco abaixo do nível do leito, Garantir drenagem.
garantindo a posição vertical. Evitar fluxo do conteúdo drenado e prevenir
infecções.
Procedimento C – drenagem em sistema fechado unidireccional
Preparar o frasco de drenagem conforme Efectivar o procedimento.
orientação do fabricante.
Posicioná-lo próximo ao paciente. Drenagem de ar, unidireccional, independente
da altura.
Acompanhar o procedimento. Auxiliar quando necessário.
Evitar complicações.
Pós-procedimento
Ao ser passado o dreno, oferecer a Prevenir infecção.
extremidade do frasco de drenagem, de modo
asséptico.
Verificar sinais vitais com maior frequência logo Garantir equilíbrio orgânico.
após a passagem do dreno.
Avaliar padrão respiratório, constantemente. Evitar complicações respiratórias.
Estimular respirações profundas, Facilitar drenagem e prevenir complicações.
movimentação ou deambulação sempre que Prevenir retorno de ar e fluidos para a cavidade.
possível.
O frasco deve ser mantido abaixo da inserção
do dreno (abaixo do tórax).
Verificar quantidade drenado, geralmente a Controlar volume drenado e balanço hídrico.
cada 6 horas. Prevenir infecção.
Observar dobras no sistema e oscilação.
Trocar o selo d´água a cada 12-24 horas e Prevenir aumento da pressão intrapleural.
avaliar aspecto do líquido. Pinçar rapidamente
o tubo de drenagem, antes de realizar a troca;
despinçando-o imediatamente a seguir.
Trocar curativo da inserção do dreno Prevenir infecções locais e lesões de pele.
diariamente ou conforme padronizado. Avaliar
presença de sinais flogísticos.
Avaliar frequentemente a fixação do dreno, Evitar mobilização do dreno.
trocar sempre que necessário utilizando fixação
meso e contrameso.
29
impossibilidade, pinçar com a mão aquela que estiver com drenagem
líquida para evitar esquecimento. É desnecessário e não recomendável
pinçar o sistema quando houver drenagem de ar em qualquer um dos
sistemas.
30
Preparar um curativo com gaze e esparadrapo ou micropore, caso
haja quebra dos pontos e o fechamento da pele seja impossibilitado;
Calçar luvas de procedimento (assistente);
Solicitar ao paciente que expire forçadamente, enquanto o
assistente segura a extremidade do dreno e traciona-o,
progressivamente, ao comando; em caso de ventilação mecânica,
a retirada se dá na inspiração;
Orientar inspiração e, concomitantemente o enfermeiro deverá
realizar o fechamento manual dos fios em bolsa, com vários nós; se
estes forem rompidos, vedar imediatamente com o curativo já
preparado, deixando-o ocluído por 24 horas;
Palpar a pele adjacente, em busca de sinal de enfisema subcutâneo
(sensação de areia sob a pele);
Observar simetria da expansibilidade torácica e realizar
auscultação pulmonar;
Realizar curativo sobre a ferida, identificando data e profissional;
Descartar material utilizado;
Realizar anotações e trocar curativo, conforme rotina da instituição,
observando processo de cicatrização;
Retirar pontos após 7 – 10 dias.
31
Casos clínicos para estudo
Caso 1.
32
Aguardando resultado de BAAR e HIV.
Caso 2.
33
Trabalho independente (tarefa).
a) Rinite;
b) Sinusite ou rinossinusite;
c) Faringite;
d) Tonsilite (amigdalite e adenoidite);
e) Laringite.
a) Pneumonia;
b) Tuberculose pulmonar;
34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
35