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INSTITUTO POLITÉCNICO BOA ESPERANÇA

IPOBEN

NAMPULA

TEMA:
MESTOIDITE

Docente: Joel Bambamba

Nampula, 2024

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INSTITUTO POLITÉCNICO BOA ESPERANÇA

IPOBEN

NAMPULA

TEMA:
MESTOIDITE

Formando:

Serugue Almeida Manuel

Docente: Joel Bambamba

Nampula, 2024

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Índice
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4

MESTOIDITE – DEFINIÇÃO ....................................................................................................... 5

EPIDEMIOLOGIA ......................................................................................................................... 5

CAUSAS ......................................................................................................................................... 5

SINAIS E SINTOMAS ................................................................................................................... 5

QUADRO CLÍNICO ...................................................................................................................... 6

COMPLICAÇÕES.......................................................................................................................... 6

TRATAMENTO .............................................................................................................................. 8

PREVENÇÃO................................................................................................................................. 9

CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 10

REFERÊNCIAS:............................................................................................................................11

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INTRODUÇÃO
A mastoidite é uma infecção bacteriana que afeta o processo mastoide, localizado atrás do ouvido.
Geralmente, ela ocorre como uma complicação da otite média aguda não tratada ou inadequadamente
tratada. Os sintomas incluem dor intensa, inchaço, vermelhidão e, em casos graves, pode haver formação
de abscesso. O tratamento envolve antibióticos e, se necessário, drenagem cirúrgica.

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MESTOIDITE – DEFINIÇÃO

A mastoidite, uma inflamação do processo mastóide, região óssea situada atrás da orelha, pode
surgir como complicação de uma otite média não tratada ou subtratada. Historicamente, era uma
doença comum e grave, mas sua incidência diminuiu consideravelmente com o advento dos
antibióticos. No entanto, ainda representa um problema de saúde pública, especialmente em
regiões com acesso limitado a cuidados médicos.

A mastoidite aguda é uma infecção bacteriana das células aéreas da mastoide. Ela pode ocorrer após uma
otite média aguda não tratada ou inadequadamente tratada.

EPIDEMIOLOGIA
✓ Distribuição Geográfica: Maior prevalência em países em desenvolvimento com acesso
limitado a antibióticos e cuidados médicos adequados.
✓ Tendências Históricas: A incidência da mastoidite diminuiu drasticamente desde o início
do século XX devido ao uso disseminado de antibióticos.

CAUSAS
Na maioria das vezes, a mastoidite é causada por uma infecção de ouvido que não foi tratada
adequadamente, permitindo que o microorganismo causador invadisse uma parte do osso temporal
no crânio chamada mastoide, provocando a sua inflamação.

Os microrganismos que mais frequentemente causam este tipo de infecção são


os Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus, que são capazes
de disseminar-se do ouvido até atingir os ossos.

SINAIS E SINTOMAS
Os sintomas começam dias a semanas após o início da otite média aguda e incluem febre e otalgia
persistente. Quase todos os pacientes têm os sinais de otite média e otorreia purulenta. Edema, vermelhidão,
dor e flutuação podem ocorrer sobre o processo mastoide; o pavilhão encontra-se quase sempre deslocado
lateroinferiormente.

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Podem apresentar os seguintes sintomas:

✓ Vermelhidão e Inchaço: A pele atrás da orelha pode ficar avermelhada, quente e


inchada ao toque.
✓ Sensibilidade: A região mastóide pode se tornar sensível ao toque, mesmo com leve
pressão.
✓ Otorreia: Secreção purulenta (pus) que pode drenar do ouvido, geralmente com odor
fétido.
✓ Perda Auditiva: Redução temporária ou permanente da audição no ouvido afetado.
✓ Protrusão da Orelha: Em casos graves, a orelha pode se projetar para frente devido
ao acúmulo de pus no processo mastóide.

QUADRO CLÍNICO

O quadro clínico da mastoidite aguda pode incluir os seguintes sintomas:

1. Dor: Dor intensa atrás da orelha, frequentemente irradiando para a região temporal.
2. Inchaço e Vermelhidão: Inchaço e vermelhidão sobre o processo mastoide.
3. Sensibilidade: Sensibilidade ao toque na área afetada.
4. Febre: Febre e mal-estar geral.
5. Secreção do Ouvido: Pode haver drenagem de pus ou líquido pelo ouvido afetado.
6. Deslocamento do Pavilhão Auricular: O pavilhão auricular pode ficar deslocado devido
ao edema.

COMPLICAÇÕES

As principais complicações da mastoidite podem ser categorizadas em:

1. Complicações Locais:

➢ Abcesso Subperiósteo: Acúmulo de pus entre o osso e o perioste, a membrana que recobre
o osso, podendo causar dor intensa, vermelhidão e inchaço na região mastóide.

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➢ Osteomielite: Inflamação e infecção do osso mastóide, podendo levar à destruição óssea e
perda auditiva permanente.
➢ Trombose do Seio Sigmóide: Obstrução do seio sigmóide, um vaso sanguíneo importante
localizado no crânio, podendo causar dor de cabeça intensa, febre alta, calafrios, confusão
mental e convulsões.
➢ Paralisia Facial: Fraqueza ou paralisia dos músculos faciais, afetando a expressão facial
e o movimento dos olhos, devido à compressão do nervo facial por pus ou tecido inflamado.

2. Complicações Intracranianas:

➢ Meningite: Inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula


espinhal, podendo causar dor de cabeça intensa, rigidez no pescoço, febre alta, náuseas,
vômitos, confusão mental e convulsões.
➢ Abcesso Cerebral: Acúmulo de pus no interior do cérebro, podendo levar a sintomas
graves como dor de cabeça intensa, febre alta, alterações no estado mental, convulsões e
coma.
➢ Trombose Venosa Cerebral: Obstrução de uma veia cerebral, podendo causar derrame
cerebral, sintomas neurológicos focais (fraqueza ou paralisia em um lado do corpo,
dificuldade para falar ou compreender a fala, problemas de visão) e convulsões.

3. Outras Complicações:

➢ Perda Auditiva Permanente: Danos à estrutura do ouvido médio, como a membrana


timpânica ou os ossículos auditivos, podem levar à perda auditiva permanente.
➢ Labirintite: Inflamação do labirinto, parte do ouvido interno responsável pelo equilíbrio,
podendo causar tontura, vertigem, náuseas e vômitos.
➢ Mastoidite Crônica: Infecção persistente no processo mastóide, mesmo após tratamento
adequado, podendo resultar em perda óssea, perfuração da membrana timpânica e
comprometimento da audição.

Fatores de Risco para Complicações:

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➢ Diagnóstico Tardio: Atraso no diagnóstico e início do tratamento da mastoidite aumentam
o risco de complicações.
➢ Tratamento Inadequado: Antibioticoterapia ineficaz ou incompleta pode permitir a
progressão da infecção e o desenvolvimento de complicações.
➢ Imunodepressão: Indivíduos com sistema imunológico comprometido apresentam maior
suscetibilidade a infecções graves e complicações.
➢ Doenças Crônicas: Diabetes, doenças renais e outras doenças crônicas podem dificultar a
cicatrização e aumentar o risco de complicações.

TRATAMENTO
O tratamento da mastoidite normalmente é feito com o uso de antibióticos, como ceftriaxona ou
vancomicina, diretamente na veia durante cerca de 2 semanas.

Além disso, nos casos mais graves, o tratamento também pode envolver a drenagem da
secreção do ouvido por meio de cirurgia ou a cirurgia para remover a parte do osso afetada pela
infecção, chamada de mastoidectomia.

✓ Ceftriaxona IV

Iniciar imediatamente a antibioticoterapia IV, com um medicamento que tenha boa penetração no
sistema nervoso central, como a ceftriaxona 1 a 2 g (crianças 50 a 75 mg/kg) uma vez ao dia,
mantida por ≥ 2 semanas; as alternativas são a vancomicina ou a linezolida. O tratamento oral com
uma quinolona pode ser aceitável. A escolha do antibiótico subsequente é guiada por resultados
dos testes de cultura e sensibilidade.

Abscesso subperiosteal normalmente requer mastoidectomia simples, em que o abscesso é


drenado, as células da mastoide infectadas são removidas e a drenagem é estabelecida do antro da
mastoide à cavidade da orelha média.

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PREVENÇÃO

A melhor forma de prevenir a mastoidite é tratar adequadamente a otite média. Isso inclui:

• Consulta médica imediata ao apresentar sintomas de otite média: Dor de ouvido, febre,
secreção purulenta do ouvido, perda auditiva.
• Seguir rigorosamente as orientações médicas: Tomar os medicamentos conforme
prescrito, completar o tratamento completo e retornar para consultas de acompanhamento.
• Evitar o uso indiscriminado de antibióticos: O uso inadequado de antibióticos pode
contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana, dificultando o tratamento da
otite média e aumentando o risco de mastoidite.

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CONCLUSÃO

A mastoidite resulta da complexa interação entre diversos fatores, incluindo a OMA não tratada,
características anatômicas individuais, fatores relacionados ao sistema imunológico e a presença de doenças
crônicas. A compreensão detalhada da etiologia da mastoidite é crucial para o desenvolvimento de medidas
preventivas eficazes e para o aprimoramento das estratégias de tratamento.

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REFERÊNCIAS:

• Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia:


https://www.reginaortega.com.br/mastoidite-como-evitar/
• Manual MSD: [https://www.msdmanuals.com/pt-PT/profissional/dist%C3%BArbios-do-
ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-da-orelha-m%C3%A9dia-e-da-membrana-
timp%C3%A2nica/mastoidite]

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