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ALIMENTAÇÃO

E
NUTRIÇÃO
ESTUDO DE CASO 1

 Idalina Barradas
• 82 anos
• Viúva, sem filhos
• Costureira reformada
• Fratura do colo de fémur, há 3 anos. Anda com ajuda técnica (andarilho).
• Osteoporose, artroses
• Lúcida e capaz de realizar as atividades da vida diária.
 Notas:
Vive sozinha, o marido faleceu à 15 anos. Mora num 2º andar sem elevador, num prédio
com apenas 2 moradores, com quem tem pouco contato. Tem uma sobrinha, que a visita
mensalmente para tratar das contas e arranjar a medicação.
ESTUDO DE CASO 1

1. Indique quais os fatores de ordem psicológica, cultural


e socioeconómica que poderão contribuir e afetar o
consumo de alimentos.

2. Indique fatores fisiológicos que possam, nestes casos


alterar, uma alimentação adequada.
OBJETIVOS

 Identificar causas dos problemas nutricionais no idoso

 Identificar consequências da desnutrição

 Perceber a nova roda dos alimentos

 Identificar as especificidades da alimentação / nutrição no idoso

 Saber manusear e administrar a alimentação pela Sonda Nasogástrica


Causas dos problemas nutricionais dos idosos

 CAUSAS SOCIO ECONOMICAS E CULTURAIS


- Falta de apoio familiar
- Falta de apoio das estruturas oficiais
- Baixos rendimento
- Tabaco e bebidas alcoólicas
- Baixo nível de educação
- Marginalização
- Acesso limitado a cuidados médicos
- Elevados gastos de saúde
- Falta de conhecimentos alimentares/nutricionais
Causas dos problemas nutricionais dos
idosos

 CAUSAS NEURO -PSICOLÓGICAS


- Doenças neurológicas (Parkinson, Alzheimer, outras
demências…)
- Diminuição das capacidades cognitivas
- Depressão
- Alterações do estado emocional

 CAUSAS MÉDICAS
- polipatologia
- polifarmacologia
Causas dos problemas nutricionais dos idosos

 CAUSAS FISIOLÓGICAS e METABÓLICAS


- Saúde oral
- alterações nas gengivas e dentes
- Próteses dentárias não ajustadas
- Acuidade sensorial -Diminuição da motilidade
intestinal da absorção
- Inatividade/imobilidade
- Perda de massa muscular
- Aumento da massa gorda
- Diminuição da densidade óssea
- Diminuição da função imunitária
- Produção insuficiente de saliva
- Diminuição do ph gástrico
Alterações funcionais e metabólicas

Digestivas
dentição
xerostomia
alt. do gosto e cheiro
 da atividade secretória Anorexia do
 da absorção intestinal envelhecimento
Cardiovasculares
Pulmonares
Renais
Endócrinas
Neurológicas
Osteoarticulares
QUADRO - FACTORES DE ALERTA -
RISCO DE MÁ NUTRIÇÃO
É de notar que nenhum destes sinais, isoladamente, significa que exista má
nutrição
1. Rendimentos insuficientes
2. Perda de autonomia, física e psíquica
3. Viuvez, solidão, estado depressivo
4. Problemas ao nível da boca e dos dentes
5. Dietas
6. Problemas com a deglutição
7. Duas refeições por dia
8. Obstipação
9. Mais de 3 medicamentos por dia
10. Perda de 2kg no último mês ou de 4 kg nos últimos 6 meses
11. Qualquer doença
QUADRO - SINAIS CLÍNICOS
DE RISCO DE MÁ NUTRIÇÃO

órgão Sinais clínicos


Olhos Secura dos olhos
Cabelo Baços, com queda frequente
Boca Fissura dos lábios, hemorragias nas gengivas
Língua Vermelha, violácea, lisa e sem papilas
Pele Áspera seca, dermatose seborreica, dermatite, pequenas
nódoas negras subcutâneas
Osso Pernas arqueadas, deformações do tórax
Sistema nervoso Funções diminuídas
Extremidades Edema (Inchaço)
CONSEQUÊNCIAS NUTRICIONAIS

 Gerais

 Específicas
A desnutrição é muito frequente no idoso

1 a 15% ambulatório
25 a 60% institucionalizados
35 a 65% hospitalizados
Consequências da desnutrição

 Alteração do estado geral


anorexia
apatia
emagrecimento
astenia

 Alterações cardiovasculares
 risco cardiovascular
(défice de fosfatos, Vit. B12 e B6)

 Alterações intelectuais e psíquicas


défice intelectual
quadros depressivos
Consequências da desnutrição

 Alterações músculo-esqueléticas
 massa e força muscular (equilíbrio e quedas)
 massa óssea (osteoporose)

 Alterações do sistema imunitário


 da imunidade celular
suscetibilidade a infeções
CONSEQUÊNCIAS DA MÁ NUTRIÇÃO NAS
NECESSIDADES VITAIS E AVD´S

Necessidades Vitais Consequência


e AVD
Eliminar Obstipação resultante do consumo inadequado de fibras
alimentares.
Mover-se e manter Pouca capacidade para se movimentar, devido à fraqueza
boa postura

Vestir e despir Incapacidade de se vestir devido a obesidade ou


emagrecimento
Estar limpo e Potencial compromisso da integridade da pele devido à sua
cuidado secura. Compromisso
da mucosa oral devido a higiene deficiente e estomatite.
CONSEQUÊNCIAS DA MÁ NUTRIÇÃO
NAS NECESSIDADES VITAIS E AVD´S

Necessidades Consequência
Vitais e AVD

Comunicar com os Alteração das perceções sensoriais e em alguns deficits


outros cognitivos e mnésicos
que dificultam a comunicação.
Ocupar-se Dificuldades de concentração e intolerância à atividade

Divertir-se Ausência de ocupação de tempos livre associada a


debilitação física. Recusa de
atividades que se relacionem com alimentação
Evitar os perigos Risco de acidente associado a deficit sensorial e fraqueza
CARÊNCIA ISOLADA DE MICRONUTRIENTES
CARÊNCIA ISOLADA DE
MICRONUTRIENTES
Osteoporose

 carência de vitamina D, proteínas e cálcio

 Fraturas

 Hospitalizações e entrada em instituições

 Maioritariamente mulheres

 Cura difícil , mas o atraso pode ser feito através da correção de hábitos alimentares
Obstipação

 Ingestão insuficiente de líquidos e fibras alimentares

 Relacionado com imobilidade

 Desconforto, dor e outras consequências


Anemia

 Diminuição da hemoglobina no sangue

 carência de ferro, de vitamina B12 e de ácido fólico

 ingestão de alimentos ricos nestes nutrientes previne o


aparecimento desta doença.
Úlceras de pressão

 Carência de proteínas

 Desidratação

 Imobilidade
Obesidade

AUMENTO DA FREQUÊNCIA DE:  MORBILIDADE

 Diabetes Mellitus tipo 2  MORTALIDADE


 Hipertensão arterial
 Enfarte do miocárdio
 AVC
 Insuficiência cardíaca
 Artroses
Desidratação

Causas:
Diminuição da massa hídrica

Atenuação da sensação de sede

Envelhecimento dos rins

Demências ou limitações físicas

Alimentação pobre
Desidratação

Perdas/ dia:

Sudação

Respiração

Urina

Aparelho digestivo: vómito e fezes


Desidratação

PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DA DESIDRATAÇÃO

Lábios, olhos e mucosas secas

Língua seca e com crostas

Pele seca, com pouca elasticidade

Respiração rápida

Olhos afundados
Desidratação

PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DA DESIDRATAÇÃO

Ritmo cardíaco acelerado


Diminuição da pressão arterial
Redução do volume de urina
Extremidades frias
Alteração dos estados de consciência, com confusão e desorientação

Rubor facial
Ausência de sede
ESTUDO DE CASO 2

“No Verão a D. Mara Emília (79 anos) teve que ser


hospitalizada e o diagnóstico foi desidratação. Achou
estranhíssimo pois nem sequer achou que estivesse muito
calor e não teve sede nenhuma.”

Identifique no texto qual o fator principal que levou à


desidratação.
ESTUDO DE CASO 3

No grupo excursionista da Associação "Idosos para o Futuro", existem pessoas com


vidas muito diferentes. A D. Ana é solteira, vive sozinha e nem para comer tem tempo,
pois anda sempre atarefada com os afazeres da paróquia, é uma forma de esquecer a
solidão. Acha que mais do que duas refeições por dia é um desperdício de tempo.
Quem a conhece melhor, sabe que não é bem assim. Os fracos recursos económicos de
que dispõe e o seu orgulho, fazem com que o dinheiro para a comida esteja sempre
contado. Ás vezes o orçamento para alimentação é quase tanto como para a farmácia,
toma 5 comprimidos por dia o que é um rombo na sua carteira. Ultimamente em
conversa com as suas colegas queixou-se de o cabelo lhe cair muito, e de sentir os
olhos secos, tendo que recorrer a lágrimas artificiais. As colegas tranquilizaram-na
dizendo que tudo isso "é da idade".
ESTUDO DE CASO 3

1.Concorda com o diagnóstico feito pelas colegas da D. Ana?

2. Existirão fatores de risco e sinais que indiquem que a D. Ana pode estar
num estado de má nutrição? Se sim quais?

3. Explique como a má nutrição pode causar as seguintes doenças:


Osteoporose
Obstipação
NOVA RODA DOS ALIMENTOS

1a3
3a5

2a3

1,5 a 4,5

1a2
3a5

4 a 11
FRUTOS E PRODUTOS
HORTÍCOLAS

 Ricos em:
 Vitaminas (A, complexo B e C)
 Minerais (K, Ca, Zn, Mg)
 Complantix (Fibras alimentares)
 Água

 BAIXA DENSIDADE ENERGÉTICA


 ELEVADA DENSIDADE NUTRICIONAL
 SACIANTES
FRUTOS E PRODUTOS
HORTÍCOLAS

 Muito pobres em Gordura


Exceto azeitonas, pêra abacate, nozes, avelãs, sementes

 Pobres em Proteínas
Exceto sementes, leguminosas frescas, cogumelos

 Pobres em Hidratos de Carbono


Exceto banana, figo, uva, diospiro
CEREAIS, DERIVADOS E TUBÉRCULOS

 RICOS EM COMPLANTIX
 BOAS QUANTIDADES DE VITAMINA B
 PROTEÍNAS VARIÁVEIS

 FORNECEDORES DE ENERGIA (HC)


CEREAIS, DERIVADOS E TUBÉRCULOS

TUBÉRCULOS

BATATA, BATATA-DOCE, MANDIOCA

2a 10 X MAIS HIDRATOS DE CARBONO


QUE PRODUTOS HORTÍCOLAS
OVOS, CARNE E PEIXE

 Ricos em Proteínas de elevada qualidade

 Ricos em vitaminas e minerais

 Quantidade de Água

 Gordura de quantidade/qualidade variável

 Pouca quantidade de HC e Complantix

 POBRES EM ENERGIA
OVOS, CARNE E PEIXE

 OVOS
 PROTEÍNAS DE MUITO BOA QUALIDADE (ALBUMINA)
 GORDURA EQUILIBRADA
 VITAMINAS A, COMPLEXO B e D
 MINERAIS: FÓSFORO, ZINCO E FERRO

2 a 3 POR SEMANA
LEITE E DERIVADOS

 PROTEÍNAS DE RIQUÍSSIMA QUALIDADE

 PREÇO ECONÓMICO

 IMPORTANTE FONTE DE CÁLCIO E VIT. B2 e A (EXCEPTO LEITE


MAGRO)

 QUANTIDADES DE GORDURA VARIÁVEIS


LEGUMINOSAS

 RICAS EM HIDRATOS DE CARBONO


 COMPLANTIX
 PROTEÍNAS VARIÁVEIS
ÓLEOS E GORDURAS ALIMENTARES

GORDURAS VEGETAIS VS GORDURAS ANIMAIS

ISOLANTES TÉRMICOS

RESERVA ENERGÉTICA

FUNÇÃO ESTRUTURAL
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

 COMPLETA – Comer alimentos de cada grupo e beber água


diariamente;

 EQUILIBRADA – Comer mais dos grupos com maior


dimensão e comer menos dos grupos com menor dimensão;

 VARIADA – Comer alimentos diferentes dentro do mesmo


grupo, variando diária, semanalmente e nas diferentes épocas do
ano.
NOVA RODA DOS ALIMENTOS

 Água pode ser substituída por outras bebidas que não contenham
adição de açúcar, álcool ou cafeína (ex.: sumos de fruta ou chá)

 Cafeína limitada a máx. 300 mg por dia


Café cheio (125 mg)
Refrigerante de cola (46 mg)
Descafeinado (2 mg)

 Álcool apenas para adultos, com moderação


NOVA RODA DOS ALIMENTOS

 Doces e alimentos ricos em açúcar devem ser ingeridos


no final das refeições e restritos a ocasiões festivas

 “Açúcar”: Sacarose, glucose, frutose, maltose, lactose, açúcar invertido, mel,


melaço, xarope de…

 Sal (Cloreto de Sódio) < 5 g por dia

 Substituir por ervas aromáticas e especiarias


NUTRIÇÃO
=
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
NUTRIÇÃO

 PROCESSOBIOLÓGICO EM QUE OS
ORGANISMOS, UTILIZANDO
ALIMENTOS, ASSIMILAM NUTRIENTES
PARA A REALIZAÇÃO DAS SUAS
FUNÇÕES VITAIS.

 ESTUDO
DAS RELAÇÕES ENTRE OS
ALIMENTOS INGERIDOS E A DOENÇA OU
NUTRIÇÃO NO IDOSO
necessidades
Hidratos de carbono
A porção diária deverá fornecer cerca de 50 a 55% do total energético
consumo de açucares (hidratos de carbono de absorção rápida), poderá ser
permitido caso não exista diabetes, a quantidade deverá rondar 20 a 30g/d (chá,
leite ou biscoitos)
Os hidratos de carbono complexos deverão ser consumidos numa quantidade
de 100 a 150g/d, em alimentos como massa, arroz, batata e pão branco.
No caso de doença, situações de stress, ou estilos de vida mais ativos, deve
haver um aporte de energia suplementar
NUTRIÇÃO NO IDOSO
necessidades
Lípidos
Constituir cerca de 30 a 35% do total de calorias ingeridas,
15% de gorduras monoinsaturadas (óleos vegetais);
7.5% de saturadas (gorduras animais)
7.5% de polinsaturadas (gorduras de vegetais e do peixe).
ómega-3 e ómega-6
protege o idoso a nível cardiovascular
controlar a tensão arterial
reduzir o colesterol,
NUTRIÇÃO NO IDOSO
necessidades
Proteínas
Necessidades superiores do que nos adultos (1g/kg/dia)
De origem animal: Os ovos, em especial a clara, a carne e o peixe
Necessidades aumentadas em caso de agressão física (1.5-2g/Kg/dia)

Fibras
25 a 30 g/d
cereais integrais, vegetais e frutos
prevenção da obstipação, hemorroidas e diabetes
NUTRIÇÃO NO IDOSO
necessidades
Vitaminas
défice as vitaminas B1, B2, B6, C e D
Suplementos vitamínicos específicos

Minerais e oligoelementos
Cálcio (1g/d) -1 litro de leite por dia
Magnésio (suplemento)
Zinco( suplemento em doentes que apresentem escaras ou outras perturbações
da cicatrização bem como para casos de alimentação artificial)
NUTRIÇÃO NO IDOSO

 INTERVALOS ENTRE REFEIÇÕES INFERIORES


A 3H30 / 4H
 JEJUM NOCTURNO INFERIOR A 10 HORAS
 REFEIÇÕES POUCO VOLUMOSAS
 COMPLETAS, EQUILIBRADAS E VARIADAS
 FÁCEIS DE DIGERIR

 PEQUENO-ALMOÇO, MEIO DA MANHÃ, ALMOÇO,


LANCHE, JANTAR E CEIA
NUTRIÇÃO NO IDOSO

 FACILITAR DIGESTÃO:
 COMIDA “LEVE”
 POUCA GORDURA

 EVITAR:
 Ø ASSADOS EM GORDURA, FRITOS, ESTUFADOS E
REFOGADOS
 PREFERIR:
 COZIDO, GRELHADO, ASSADO NA BRASA E ASSADO NO
FORNO
NUTRIÇÃO NO IDOSO

 POUCA GORDURA:
 APARAR E RETIRAR GORDURAS VISÍVEIS
 POUCO ÓLEO OU GORDURAS SÓLIDAS

 POUCO SAL:
 PREFERIR ERVAS AROMÁTICAS E ESPECIARIAS

 PREFERIR ALIMENTOS FRESCOS OU CONGELADOS EM VEZ DE


PROCESSADOS OU CONSERVADOS
NUTRIÇÃO NO IDOSO

 PROBLEMAS DE MASTIGAÇÃO:
 BATER COM VARINHA MÁGICA
 RALAR AS FRUTAS MAIS DURAS
 PICAR A CARNE

 PURÉ DE FRUTA É + NUTRITIVO QUE FRUTA


ASSADA/COZIDA
 CARNE PICADA É MELHOR QUE BIFE
 SOPA PASSADA É MELHOR QUE VEGETAIS
INTEIROS/CRUS
NUTRIÇÃO NO IDOSO

 ÁGUA – MÍNIMO 1 L/ dia

 “ABUSAR” DAS HORTALIÇAS, LEGUMES E FRUTA

 SALADAS CRUAS E HORTÍCOLAS MAL COZIDOS SÃO


MAL TOLERADOS
NUTRIÇÃO NO IDOSO
Hidratos de carbono

 PÃO TORRADO OU TOSTAS

 MASSA, ARROZ E PURÉ DE BATATA

Melhor digeríveis
NUTRIÇÃO NO IDOSO

 BATATA, FEIJÃO, GRÃO, ERVILHAS OU FAVAS (SE


FOREM TOLERADOS)

 FRUTA CRUA, TRITURADA, BATIDA COM LEITE OU


IOGURTE

 LEITE MEIO-GORDO OU MAGRO (SE CONSUMIR


MANTEIGA) 3 X DIA
NUTRIÇÃO NO IDOSO

Leite

2 dl / 3x ao dia
MEIO GORDO

½ L DE LEITE = 60g de queijo


(cálcio e proteínas) 100g de queijo fresco
200 g de requeijão
4 iogurtes
NUTRIÇÃO NO IDOSO

Proteínas
100 gr PEIXE OU CARNE
(20 gr PROTEÍNAS)
+
3 COPOS DE LEITE
+
½ OU 1 OVO
=
NECESSIDADES DIÁRIAS
Idoso diabético - cuidados

 6 refeições diárias
 Intervalos de 2/3 horas (8 de noite)
 Hidratos de carbono > a 180g / dia e de absorção lenta
 Frutas (3 peças/d) e produtos hortícolas indispensáveis
 Fibras
 Evitar gorduras em excesso
 Proteínas de origem animal e vegetal
 Sal em quantidades reduzidas
 Agua > 1,5l
 Substitutos do açúcar
Doenças frequentes – cuidados
alimentares

Doenças frequentes Cuidados alimentares


obstipação Beber muita agua ao longo do dia
Ingestão de fibras (farelo)
Frutas como kiwi, laranja e ameixa
Escaras Aporte hipercalórico e hiperproteico
Osteoporose Bom aporte de cálcio ( leite e derivados, vegetais de folha
verde amendoins amêndoas e figos secos)

Doenças Diminuir o consumo de sal


cardiovasculares Evitar gorduras
Prevenir obesidade e excesso de peso
Gota úrica Cuidado acrescido com a hidratação
Evitar bebidas alcoólicas, marisco, carne de animais
jovens e de caça
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

 Peq. almoço completo, variado, equilibrado e ajustado


 Distribuição repartida da comida por várias refeições
 Quantidade necessária de comida
 Hortaliças, legumes e frutos
 Pão e cereais
 Leite meio-gordo (mínimo ½ L)
 Preferir peixe em vez de carne
 Restringir óleos e gorduras
 Eliminar sal
 Reduzir / eliminar açúcar
 Água (mínimo 1L)
Particularidades na alimentação do idoso -
Anorexia

 Falta de apetite, perda de desejo e prazer em comer


 Constitui simultaneamente causa, sintoma e consequência de má
nutrição.
 Causas: psicológicas ( morte de alguém, adaptação a instituição),
patologias ( demência estados depressivos, medicação, problemas
digestivos), alcoolismo.

Medidas:
 Procurar tornar as refeições mais apetitosas, atrativas e variadas
 Preferências alimentares do idoso
 Fornecer várias refeições ao longo do dia, de pequenas
Particularidades na alimentação do idoso -
Anorexia
 Fornecer várias refeições ao longo do dia, de pequenas quantidades
 Os suplementos nutritivos, como pudins, ou cremes hipercalóricos e
algumas bebidas, que podem ser ingeridas no intervalo das refeições
 Estimular a ingestão de água, sumos, ou caldos, é também importante
para prevenir a desidratação
 Existem alguns pequenos “truques”:
• pequeno cálice de vinho do porto como aperitivo (se não houver
contraindicação)
• exercício físico antes das refeições
Particularidades na alimentação do idoso -
Recusa alimentar

 Atitude de rejeição da alimentação


 Não responde aos pedidos e solicitações para se alimentar
Causas:
 Conflito interno externo
 Controlo extremo sobre o próprio corpo
 Desejo de autodestruição e/ou desistência pela vida
 demência
Particularidades na alimentação do idoso -
Recusa alimentar

Medidas:
Equipa multidisciplinar
deve estimular o interesse pelos alimentos, melhorando o
aspeto e o paladar, e oferecendo poucas quantidades
admitido e respeitado o facto de esta ser uma expressão da
vontade do doente mas fazendo o entender que é uma forma de
destruição
Motivar para a vida
Dificuldades ao nível alimentar

Dificuldade Atitude

Dificuldade a engolir Não forçar, evitar engasgamento. Alimentos mais


cremosos e líquidos
Consultar médico
Ansiedade pós insistência Voltar a tentar, mantendo a calma. Caso o doente
alimentar esteja a ficar desorganizado, desistir e
E voltar mais tarde a tentar com outros alimentos.

Lentidão a comer Manter a calma e paciência e providenciar um prato


térmico, para que a comida não arrefeça

Olhar para a comida sem Encorajar o doente a comer, verificando se há


comer qualquer elemento distrator que o impeça
sem comer de se concentrar.
Dificuldades ao nível alimentar
Dificuldade Atitude

Boca seca e/ou com aftas Oferecer líquidos para beber, água, sumos ou leite.
Dar pequenos cubos de gelo, ou gelados. A ingestão
de alimentos crus, ou com bastante
molho, de caldos e sopas, ajuda na hidratação e evita
a boca seca

Dificuldade em mastigar Nestes casos é necessário verificar o estado da boca


(gengivas e dentes) e adaptar a consistência dos
alimentos

Náuseas e vómitos Evitar as comidas demasiado condimentadas, fritos,


gorduras e alimentos com um cheiro forte. Pequenas
quantidades, não enchendo demasiado o estômago.
Alimentação entérica

 Forma de nutrição artificial

 Injetada diretamente no estomago ou jejuno

 Impossibilidade de assegurar a alimentação oralmente


Alimentação entérica
indicações

 Dificuldades de deglutição

 Obstrução do tubo digestivo

 Estados de coma ou semi-consciência

 Pós-operatório

 Anorexia grave
Alimentação entérica

 Intermitente

 Continua
Bomba infusora
Força da gravidade
Alimentação entérica

 Exclusiva

 Parcial
Alimentação entérica

Sonda Nasogástrica Gastrostomia percutânea


endoscópica
Tubo em silicone ou Tubo em silicone ou poliuretano
poliuretano

Introdução do nariz até ao Ligação direta ao estômago


estômago
A colocação Colocação através de intervenção
é simples mas deve ser cirúrgica simples.
feita por enfermeiros ou
médicos
Como dar a Alimentação por Sonda?

 Lavar as mãos antes de manipular a Sonda Nasogástrica;


 Reunir todo o material sobre uma mesa;
Como dar a Alimentação por Sonda?

 O doente deverá ficar na posição de sentado ou semi-sentado, podendo utilizar


algumas almofadas para o amparar. Este cuidado evitará que haja regurgitação,
vómitos ou aspiração da dieta para o pulmão.

 Lavar as mãos antes da


Administração.
Confirmar o Posicionamento da Sonda
Nasogástrica:

1. Quando a Sonda é colocada, pode anotar ou fazer uma MARCA no tubo para
indicar a posição correta da sonda. Verifique a marcação TODOS OS DIAS e
compare com o valor inicial.
2. Aspiração do Conteúdo do Estômago
-Retirar o “Clamp” (o que fecha o orifício da Sonda) - Sempre que é retirado o
“clamp”, deverá dobrar a sonda, pois evita a entrada de ar e a saída de líquidos.

clamp

Dobrar sonda
4. Adaptar a seringa à Sonda Nasogástrica e tentar ASPIRAR
- SE SAIR CONTEÚDO: Ver à frente
- SE NÃO SAIR CONTEÚDO: introduzir 50 ml de AR, num
movimento único e rápido. Sentirá o ar a entrar no estômago colocando
a mão na região do estomago e podendo ouvir um “borbulhar”. No fim,
retire a quantidade de ar que introduziu.
CASO NÃO SAIA CONTEÚDO E
NÃO OUÇA BORBULHAR NÃO
ALIMENTE CONTACTE O
ENFERMEIRO DE FAMÍLIA - A
SONDA PODE NÃO ESTAR NO
SÍTIO
ALIMENTAÇÃO POR SNG

 Depois de aspirar o Conteúdo do Estômago, temos que ver a quantidade


que sai, para poder dar a alimentar.

 Se for inferior a 50 ml – introduzir o conteúdo e alimentar o doente


na totalidade da alimentação;
 Se for superior a 50 ml – introduzir o conteúdo alimentar e dar
metade da alimentação;
 Se for igual a 100 ml –introduzir o conteúdo alimentar e não
alimentar. Esperar cerca de uma hora e avaliar novamente. Caso
diminua, pode alimentar mas não dar a totalidade da alimentação.
ALIMENTAÇÃO POR SNG -
recomendações

 O doente deve fazer 6 a 8 Refeições por Dia e a


QUANTIDADE de alimentação a introduzir por refeição
deverá ser de 200 a 400 ml.
 Ter em atenção a temperatura da alimentação.
 É importante que sempre que se encha a seringa retire o ar,
pois este provoca ao doente mal-estar, cólicas e gases. Após
todos estes passos, podemos então dar a alimentação – Adaptar
a seringa à Sonda e ADMINISTRAR OS ALIMENTOS
LENTAMENTE.
ALIMENTAÇÃO POR SNG
recomendações

Entre as refeições deve-se dar água ao doente, para que


este seja hidratado e no final da alimentação para que a
sonda não obstrua:
 Administrar entre 50 a 60 ml de água entre as
refeições;
 Para lavar a Sonda no FINAL da REFEIÇÃO – 30 a
50 ml de água.
ALIMENTAÇÃO POR SNG -
recomendações

 Após alimentação, o doente deverá permanecer na


posição Sentado ou Semi-Sentado durante um
mínimo de 30 minutos, para evitar o vómito e
facilitar a digestão.
 Trocar os adesivos sempre que descolarem ou
estiverem sujos
 Promover a higiene oral e nasal pelo menos uma
vez por turno.
ALIMENTAÇÃO POR SNG-
recomendações

Nunca dar nada pela Sonda


Nasogástrica sem se ter a Certeza
que se pode Administrar !!!!
SE A PESSOA VOMITAR?

Se a pessoa tiver comida na boca ou vomitar deve-se:


1 – Virar a pessoa de lado imediatamente
2 – Com a seringa tentar aspirar pela sonda todo o conteúdo possível do
estômago.
3 – Lavar a sonda com 20 ml de água. E aguardar 1h antes de voltar a dar
alimentação pela sonda.
4 – Começar por dar chá e verificar se a pessoa não vomita. Se voltar a
vomitar contactar imediatamente um profissional de saúde.
E se Tiver MEDICAMENTOS como
FAÇO?

Os medicamentos devem ser dados ao doente por Sonda Nasogástrica,


mediante a prescrição médica:
1.Todos os medicamentos por via oral devem ser triturados para serem
administrados por Sonda Nasogástrica;
2. Para ser mais fácil triturarem, utiliza-se duas colheres ou almofariz;
3.Depois junta-se água morna, para que estes se dissolvam e possam ser
dados pela Sonda Nasogástrica;
4.No fim de dar a medicação deve-se lavar de novo a sonda, para que
toda a medicação vá para o estômago do doente.
DÚVIDAS ?

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