Modalidades de obrigações

• Quanto ao conteúdo as obrigações podem ser :

obrigação de resultado ou obrigação de meio
• Reciprocamente consideradas as obrigações podem ser:
Obrigação principal ou obrigação acessória
• Obrigação natural – efeitos: inexigibilidade jurídica e irrepetibilidade do
pagamento voluntário ( solutio retentio) Exemplos: dívida prescrita e dívida
de jogos
• Obrigação condicional ( sob condição suspensiva ou sob condição resolutiva)
Obrigação propter rem

• São obrigações que se estabelecem entre os sujeitos mas que tem por
fonte um direito real de ao menos um dos sujeitos sobre determinada
coisa. Possuem natureza híbrida ou mista, de direito real e de direito
pessoal ao mesmo tempo.
• Exemplos: obrigação de pagar IPTU; de pagar a taxa de condomínio;
obrigações no direito de vizinhança, etc.
Classificação das Obrigações quanto ao objeto
• OBRIGAÇÃO DE DAR OU DE ENTREGA DE COISA
• Distinção entre os obrigações de dar e as obrigações de fazer
• Espécies de obrigações de dar
a) obrigação de entrega de coisa certa
b) obrigação de entrega de coisa incerta
c) obrigação de restituir
Obrigação de entrega de coisa certa

• Princípios:
• O acessório segue o principal
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela
embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das
circunstâncias do caso.
• Princípio da identidade da prestação devida
• Artigo 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que
lhe é devida, ainda que mais valiosa.
Obrigação de entrega de coisa certa

• Princípio “res perit domino” – a coisa perece para o dono

• Significado de perece = perda
• A perda da coisa abrange: o seu desaparecimento; a sua destruição;
encontrar-se a coisa em local inacessível; tornar-se indisponível.
• Diferença entre tradição e transferência do domínio
Segundo o disposto no Código Civil o contrato não transfere o domínio
sobre as coisas antes da tradição dos bens móveis e do registro do
título constitutivo do direito de propriedade, sobre os bens imóveis.
Sendo assim, faz-se preciso entender o que é e como se dá a tradição.
Princípio “res perit domino” – a coisa perece para o dono

• Tradição é a entrega da coisa . Esta pode ser:

Tradição física
Tradição simbólica ou ficta
Tradição consensual ( Ex: constituto possessório)
• Aplicação do princípio – ver artigos 234 e 235 do CC
• Antes da tradição a coisa perece para o devedor (vendedor) e após a
tradição a coisa perece para o credor (comprador)
Consequências da aplicação do princípio res perit domino

• Perda sem culpa do devedor ( por caso fortuito ou de força maior) –

extingue-se a obrigação e as partes voltam ao estado anterior ao
negócio.
• Perda com culpa do devedor – este responderá ao credor pelo
equivalente em dinheiro do bem que se perdeu mais perdas e danos

• Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa
do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica
resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa
do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.