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FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM

Aula 04: Farmacocinética


Farmacologia para Enfermagem
Farmacocinética

Nesta aula vamos estudar:

• Importância da análise farmacocinética;

• Organização por compartimentos;

• Cinética de distribuição de um e dois compartimentos;

• Depuração de fármacos.

AVANCE PARA FINALIZAR


A APRESENTAÇÃO.
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Farmacocinética

Eliminação de fármacos/depuração
• O conceito de depuração (clearence) é uma forma de expressar a taxa de excreção de ureia em
humanos adultos, em termos de volume de sangue livre de ureia em 1 minuto;
• A depuração de um fármaco pode ser definida de maneira análoga, como o volume de plasma do
qual todas as moléculas do fármaco precisariam ser removidas por unidade de tempo para
alcançar a taxa global de eliminação do fármaco do organismo;
• Subsequentemente, a depuração da creatinina, em vez da de ureia, se tornou a medida clínica de
rotina para indicar o estado de função renal por melhor refletir a taxa de filtração glomerular.

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Curvas concentração de fármaco versus tempo


A) Durante uma infusão intravenosa constante, a uma velocidade de mg/min, indicada pela barra
horizontal, concentração plasmática C vai de zero ao valor de estado de equilíbrio; quando a infusão
é interrompida, C declina em direção a zero;
B) Após uma administração intravenosa em bolus (Q mh), a concentração plasmática aumenta
abruptamente e, então, se reduz em direção a zero;
C) Dados do painel C plotados com a concentração plasmática em escala logarítmica. A linha reta
indica que a concentração declina exponencialmente. A extraposição para a ordenada em tempo zero
fornece uma estimativa de Co à concentração no tempo zero e, consequentemente, de V1 o volume
de distribuição.

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Modelo farmacocinético de compartimento único


• É aplicável quando a concentração plasmática
cai exponencialmente após a administração do
fármaco.

Taxa de eliminação de fármacos = Cp X Cltot

A CLtot também pode ser estimada pela medida da


concentração plasmática em intervalos
estabelecidos a partir de uma única dose
intravenosa em bolus de, digamos, Q mg.

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Comportamento previsto após a administração


intravenosa

Os fármacos A e B diferem apenas quanto à


constante de velocidade de eliminação Kel.
A curva B mostra a evolução temporal da
concentração plasmática para uma dose menor
de B.
A meia-vida (indicada pelas linhas tracejadas)
não depende da dose.
A) Concentração linear;
B) Concentração em escala logarítmica.

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Comportamento previsto após a administração intravenosa

Os fármacos A e B diferem apenas quanto à constante de velocidade de eliminação Kel.


A curva B mostra a evolução temporal da concentração plasmática para uma dose menor de B.
A meia-vida (indicada pelas linhas tracejadas) não depende da dose.
A) Concentração linear;
B) Concentração em escala logarítmica.

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Efeito da absorção lenta de um fármaco sobre sua concentração plasmática

A) Comportamento previsto pelo modelo de compartimento único com um fármaco absorvido no


intestino ou no local da injeção em diferentes velocidades. A meia-vida de eliminação é de 6
horas. As meias-vidas de absorção estão indicadas no diagrama (zero indica absorção
instantânea, correspondendo à administração intravenosa). Repare que o pico da concentração
plasmática é reduzido e retardado pela absorção lenta, e a duração da ação está um pouco
aumentada;
B) Concentrações plasmáticas de aminofilina em seres humanos após a administração oral e
intravenosa de doses iguais.

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Modelo farmacocinético de dois


compartimentos

• É uma aproximação amplamente utilizada


na qual os tecidos são agrupados como
um compartimento periférico;
• As moléculas do fármaco podem entrar e
sair do compartimento periférico
apenas por meio do compartimento
central, que usualmente representa o
plasma ou algum espaço extravascular
(alguns fármacos com distribuição
rápida).

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Cinética da eliminação do diazepam em seres humanos


após uma dose oral única

O gráfico é uma representação semilogaritmica da


concentração plasmática versus tempo. Os dados
experimentais (símbolos pretos) seguem uma curva que se
torna linear após cerca de 8 horas (fase lenta);
Colocando-se o desvio dos pontos iniciais (área sombreada
salmão) dessa linha, nas mesmas coordenadas (símbolos
vermelhos), obtém-se a fase rápida;
Esse tipo de decaimento com dois componentes é
consistente com o modelo de dois compartimentos, sendo
obtido com muitos fármacos.

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Comparação entre cinéticas de não saturação e de saturação para fármacos

Os fármacos foram administrados por via oral a cada 12 horas.


A) As curvas mostram um fármaco imaginário, semelhante à fenitoína, um fármaco
antiepiléptico, em sua dose mais baixa, mas com cinética linear. As curvas para a cinética de
saturação são atingidas em alguns dias, e são diretamente proporcionais à dose;
B) As curvas para a cinética de saturação são calculadas a partir dos parâmetros
farmacocinéticos conhecidos da fenitoína. Observe que o equilíbrio não é atingido com doses
maiores de fenitoína e que um pequeno aumento na dose resulta, depois de algum tempo, em
um efeito desproporcionalmente grande na concentração plasmática. Com a cinética linear, a
concentração plasmática no equilíbrio é diretamente proporcional à dose.

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Distribuição das concentrações plasmáticas


individuais de dois fármacos em humanos

A) Concentração plasmática de salicilato 3


horas após dose oral de salicilato de
sódio;
B) Concentração plasmática de isoniazida 6
horas após dose oral.

Note os valores normalmente distribuídos


para o salicilato
comparados à distribuição bimodal da
isoniazida.

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A incidência de hipersensibilidade ao abacavir reduzida pelo mapeamento farmacogenético

No estudo PREDICT-1 (MALLET et al., 2008), pacientes foram selecionados aleatoriamente para
tratamento-padrão (grupo-controle) (C) ou mapeamento farmacogenético prospectivo (grupo
experimental) (E);
Todos os indivíduos do grupo-controle foram tratados com abacavir, mas somente aqueles do grupo
experimental, que eram HLA-B 5775 negativos, foram tratados com abacavir;
Existiram dois resultados predefinidos: reações de hipersensibilidade clinicamente suspeitas [A] e
reações clinicamente suspeitas que foram imunologicamente confirmadas por um teste positivo a
adesivo [B1];
Ambos os resultados favoreceram o grupo experimental(P < 0,0001).

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Efeito do haplótipo VKOR e genótipo CYP2C9 na dose de varfarina

186 pacientes em tratamento prologado com varfarina que já tinham sido estudados para CYP2C9
foram analisados, retrospectivamente, para variantes genéticas de VKOR;
O haplótipo VKOR, assim como o genótipo CYP2C9, influenciou a dose média de varfarina (que tinha
sido ajustada para tingir a INR terapêutica):
A) haplótipos 1 e 2;
B) haplótipos 7, 8 e 9

A/A, A/B e B/B representam combinações de haplótipos1/1 representa homozigotos CYP2C9 tipo
selvagem;
2 e 3 representam variantes do CYP2C9.

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Referências:

KATSUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
SILVA, Penildon. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?

Organização do SNA;

Síntese e liberação de neurotransmissores;

Ação de fármacos no SNA.

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