Fazer download em ppt, pdf ou txt
Fazer download em ppt, pdf ou txt
Você está na página 1de 53

Puerpério

Normal e Patológico
PUERPÉRIO
CONCEITO

Puerpério ou pós-parto: período de âmbito


impreciso (habitualmente 6 semanas), durante o
qual se desenrolam:
• As manifestações involutivas e de recuperação
da genitália havidas após o parto.
• Retorno do organismo às condições vigentes
antes da gravidez.
PUERPÉRIO FISIOLÓGICO - Divisão

Puerpério, sobreparto ou pós-parto

• Pós- parto imediato


(1° ao 10° dia)
• Pós- parto tardio
(10° ao 45° dia)
• Pós- parto tardio
(além do 45° dia)
PUERPÉRIO

 FISIOLOGIA DO PUERPÉRIO

 ASSISTÊNCIA PÓS-NATAL
PUERPÉRIO
FISIOLOGIA

 Involução e recuperação da
genitália
 Involução dos sistemas
extragenitais
Fisiologia – Sistema reprodutor
Pós-parto imediato (1º ao 10º dia)

ÚTERO:
• Pouco acima da cicatriz umbilical
• Firmemente contraído (globo de segurança,
ligaduras vivas de PINARD)
• Atividade contrátil rítmica indolor
• Às vezes ocasiona cólicas muito dolorosas
(TORTOS) especialmente em multíparas
• Na lactante a involução uterina é mais rápida
(REFLEXO UTEROMAMÁRIO)
Fisiologia – Sistema reprodutor
Pós-parto imediato (1º ao 10º dia)

ÚTERO:

• LÓQUIOS – exsudatos e transudatos da ferida


placentária misturados a elementos celulares
descamados e sangue
• Primeiros 3 a 4 dias: lochia cruenta ou rubra
(sanguíneos)
• Depois: lochia fusca (serossanguíneos,
acastanhados)
Fisiologia – Sistema reprodutor
Pós-parto imediato (1º ao 10º dia)

ÚTERO:

Recém-parida 8º-10º dia


Fisiologia – Sistema reprodutor
Pós-parto imediato (1º ao 10º dia)

COLO:
• Com 12 horas
reconstituiu o seu feitio
em FOCINHO DE
TENCA
• Orifício externo ainda
permeável a 2 ou 3 dedos
• Com 3 dias o colo está
reconstituído
Fisiologia – Sistema reprodutor
Pós-parto imediato (1º ao 10º dia)

COLO:

Nulípara Multípara
Fisiologia – Sistema reprodutor
Pós-parto imediato (1º ao 10º dia)

ÚTERO:
 Causas da involução uterina
• Colapso parcial da circulação ovariana e
uterina (desaparecimento da circulação
uteroplacentária & acotovelamento dos
pedículos vasculares)
• Retração e contração uterina
• Desaparecimento em crise dos hormônios
esteróides placentários
Fisiologia – Sistema reprodutor
Pós-parto tardio (10º ao 45º dia)

ÚTERO:

• Continua a regredir lentamente até 6 semanas


• Cavidade uterina totalmente epitelizada com 25
dias
• Lochia flava – serosa
• Nas não-lactantes endométrio proliferativo no
término do pós-parto tardio
• Nas lactantes – não se desenvolve
Fisiologia – Sistema reprodutor
Pós-parto tardio (10º ao 45º dia)

ÚTERO:

Nulípara Multípara
Fisiologia – Sistema reprodutor
Pós-parto remoto (após o 45º dia)

RETORNO DA MENSTRUAÇÃO

 Não-lactantes: 1,5 mês (precedida de OVULAÇÃO)


 Lactantes: variável
 Duração da lactação 3 meses: menstruação com 3,3
meses
 Duração da lactação 6 meses: menstruação com 5
meses
Fisiologia – Sistemas extragenitais

Sistema Cardiovascular

Sistema Sanguíneo

Sistema Urinário

Sistema Digestivo

Pele

Peso
Fisiologia – Sistemas extragenitais
Sistema Cardiovascular:

• Débito cardíaco aumentado de 10% na 1ª


hora do pós-parto até 1 semana
• Normalização da pressão venosa nos
membros inferiores
• Desaparecimento de varizes e edema
Fisiologia – Sistemas extragenitais
Sistema Sanguíneo:

• Série branca: leucocitose de até 25mil/mm 3


(neutrófilos) imediatamente após o parto
• Normaliza-se com 5 a 6 dias
• Velocidade de sedimentação: mais aumento
com normalização na 5ª ou 7ª semana
• Hemoglobina: volta a valores não-
gravídicos com 6 semanas
• Coagulação exaltada
Fisiologia – Sistemas extragenitais
Sistema Urinário:
• Relaxamento acentuado do diafragma urogenital: ligeira cistocele
• Diurese inicialmente escassa (desidratação do trabalho de parto)
• Do 2º a 6º dia: diurese abundante
• ISQUIÚRIA (ou incontinência) PARADOXAL
 Exoneração vesical incompleta (retenções de 1L)
 Repleção da bexiga e incapacidade de eliminação
(ESTRANGURIA)
 Causa:
 Incapacidade esfincteriana
 Tocotraumatismos (uretra, meato e vestíbulo)
 A dilatação das pelves/cálices renais e dos ureteres pode persistir
por 8-12 semanas
Fisiologia – Sistemas extragenitais
Sistema Digestivo:

• Redução da motilidade intestinal:


CONSTIPAÇÃO

• Funcionamento fisiológico dos


intestinos: 3º ou 4º dia
Fisiologia – Sistemas extragenitais
Pele:
• Estrias do abdome/mamas: vermelho-arroxeadas
para branco-nacaradas após algumas semanas
• Regridem as hiperpigmentações da pele: rosto,
abdome e mamas (algumas ficam imperceptíveis)

Peso:
• Perda acentuada nos 10 primeiros dias: diurese,
secreção láctea e lóquios
Fisiologia – Sistemas extragenitais
Pele:
Fisiologia – Sistemas extragenitais
Pele:
Fisiologia – Sistemas extragenitais
Pele:
Assistência pós-natal
NORMAS HIGIÊNICAS E DIETÉTICAS:
Deambulação: deve ser estimulada desde as primeiras horas do pós-
parto e permitida, com supervisão (devido a ocorrência de
lipotímias), desde que cessados os efeitos da anestesia. O desconforto
causado pela flacidez abdominal nos primeiros dias de puerpério
pode ser minimizado com o uso de faixas ou cintas apropriadas.

Alimentação: pode ser liberada logo após o parto transpélvico. Não


há restrições alimentares. A dieta deve conter elevado teor de
proteínas e calorias. Importante incentivar a ingesta hídrica.

Higiene: a vulva e o períneo devem ser lavados com água e sabão


após cada micção e evacuação; orientar a higiene sempre na direção
do ânus e evitar o uso de papel higiênico

Episiorrafia: desnecessária a prescrição rotineira de antissépticos e


pomadas cicatrizantes; compressas de gelo na região perineal podem
reduzir o edema e o desconforto da episiorrafia nas primeiras horas.
Assistência pós-natal
CUIDADOS COM AS MAMAS:

• APOJADURA: 3º dia do pós-parto


• Ingurgitadas e dolorosas (bolsa-de-gelo)
• Elevadas por sutien apropriado
• Proibição de creme e de pomadas
• CONTRAINDICADA A HIGIENE DOS
MAMILOS APÓS AS MAMADAS
• Devem ser lavadas apenas no banho diário
Assistência pós-natal
MICÇÃO E FUNÇÃO INTESTINAL:

• Vigiar atentamente a micção por 48/72h

• Na impossibilidade de micção espontânea –


cateterismo

• Habitual: laxantes ou clister glicerinado no


3º dia
Assistência pós-natal
EXAMES DIÁRIOS:
• TEMPERATURA, PULSO & PRESSÃO

 < 38ºC (exceto primeiras 24h)


 “Febre do leite” – apojadura – 3º dia
 Normal ou
 Ascenção de germes da vagina
 Pulso: bradicárdico (60-70bpm)
Assistência pós-natal
EXAMES DIÁRIOS:
• PALPAÇÃO DO ÚTERO E DA BEXIGA

 Fundo-do-útero
 Primeiras 12h – 12cm

 2º dia em diante: diminui 1cm/dia

 10º dia – intrapélvico

 Uso de derivados ergóticos – em casos


selecionados
Assistência pós-natal
• PALPAÇÃO DO ÚTERO
Assistência pós-natal
EXAMES DIÁRIOS:
• EXAME DO LÓQUIOS

 Primeiros 3 a 4 dias: abundante e


vermelho-escuro
 Vermelho-rutilante-hemorragia
 Depois serossangüíneo (acastanhado)
 Infecção:
 LOQUIOMETRIA
 FETIDEZ (anaeróbios)
Assistência pós-natal
EXAMES DIÁRIOS:

• INSPEÇÃO DO PERÍNEO
 Episiotomia
 Hemorróidas
 Bolsa de gelo & analgésicos

• EXAME DOS MEMBROS INFERIORES


 Tromboses venosas e edema
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
Ingurgitamento mamário

• Caracteriza-se pelo aumento do volume das


mamas, que se apresentam túrgidas, distendidas e
dolorosas a ponto de impedir a amamentação
• Lembrar do ingurgitamento fisiológico no 2° ou 3°
dia pós-parto
• O ingurgitamento patológico é tardio
• A etiologia é a retenção láctea por acotovelamento
dos canais galactófaros
• É causa de febre puerperal em 15% dos casos
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
Ingurgitamento mamário
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
Ingurgitamento mamário
PUERPÉRIO PATOLÓGICO - Fissuras

• Etiologia
 Erro de pega
 Anomalias do mamilo

• Tratamento
 Evitar suspender aleitamento
 Em caso de suspensão, fazê-lo por
período de 24-48h e ordenhar
mamas
 Orientar pega correta
 Lavar com próprio leite
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
Mamilo plano ou invertido
PUERPÉRIO PATOLÓGICO
Exercícios de Hoffman
PUERPÉRIO PATOLÓGICO - Mastite

• É processo inflamatório da mama que pode ou não


ser acompanhado de infecção
• Incide, via de regra, na 2° ou 3° semana pós-parto
precedida por quadro de ingurgitamento mamário
• Em 50% dos casos, o agente infeccioso é o S.
Aureus
• Mastite parenquimatosa – mamilos íntegros
(galactoforite)
• Mastite intersticial – fissura mamilar
• Abscesso mamário
PUERPÉRIO PATOLÓGICO - Mastite
PUERPÉRIO PATOLÓGICO - Mastite
PUERPÉRIO PATOLÓGICO - Mastite
Quadro Clínico:
• Febre (39-40°C)
• Mal-estar
• Dor
• Fissura mamilar
• Vermelhidão local
• Unilateral x bilateral
(no ingurgitamento)
• Área de flutuação
(abscesso mamário)
PUERPÉRIO PATOLÓGICO - Mastite
PUERPÉRIO PATOLÓGICO - Mastite
TIPOS DE ABCESSO MAMÁRIO:
INFECÇÃO PUERPERAL
DEFINIÇÃO:

Morbidade febril puerperal, com


temperatura de no mínimo 38ºC,
durante dois dias quaisquer, dos
primeiros 10 dias do pós-parto,
excluídas as 24 horas iniciais.
INFECÇÃO PUERPERAL
LOCAIS DE INFECÇÃO:

 PERÍNEO-VULVOVAGINITE
 INFECÇÃO DA EPISIOTOMIA
 ENDOMETRITE
 PARAMETRITE
 ANEXITE
 TROMBOFLEBITE DA VEIA
OVARIANA
 PERITONITE
 CHOQUE SEPTICÊMICO
LOCAIS DE
INFECÇÃO:
Endometrite
INFECÇÃO PUERPERAL
Endometrite
 1-3% após parto vaginal
 4º ou 5º dia do pós-parto
 Temperatura: 38,5-39ºC
 Útero amolecido e doloroso
 Lóquios purulentos e com mau cheiro
(anaeróbios)
 Prognóstico: após parto vaginal é bom
INFECÇÃO PUERPERAL
Peritonite

 Pelviperitonite
 Peritonite generalizada (estreptococo)
 Dor intensa abdominal e defesa
 Febre: 40ºC
 Íleo paralítico (retenção de gazes e fezes)
 Dor no fundo-de-saco posterior
Tratamento – abcesso pélvico
HEMORRAGIA PÓS-PARTO

Causas mais frequentes

 Hipotonia uterina
 Laceração de trajeto
 Restos placentários

Você também pode gostar