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Ano II • Nº 11 • Maio 2000 • R$ 5,00

www.embalagemmarca.com.br

rótulos: novidades no mercado • entrevista: dicas sobre marcas


Carta do editor
Internet, marca e embalagem
N es­tes tem­pos de eco­
no­mia glo­ba­li­za­da,
al­gu­mas ques­tões
consumidores. Se for
as­sim, por que avan­çam
tão ra­pi­da­men­te as mar­cas
gran­do so­li­da­men­te na área
de bran­ding.
São duas pe­ças que sem
re­la­cio­na­das com em­ba­la­ pró­prias de produtos? A dú­vi­da con­tri­buem para o
gem tor­nam-se per­sis­ten­tes. pro­pó­si­to: esse avan­ço é es­for­ço de Emb ­ al
­ ag
­ em­
Que con­se­qüên­cias pode ter bom ou ruim para a in­dús­ Marc ­ a de ofe­re­cer a seus
a In­ter­net, ou melhor, o tria? lei­to­res in­for­ma­ção isen­ta,
co­mér­cio ele­trô­ni­co, so­bre Na ten­ta­ti­va de en­con­trar de boa qua­li­da­de e an­te­ci­
as embalagens? Sem ir até o al­gu­mas res­pos­tas, Emb ­ a­ pa­tó­ria. Nes­sa linha, su­gi­ro
pon­to-de-ven­da, o que será lag ­ em­Marc ­ a traz nes­ta es­pe­cial aten­ção à edi­ção
pre­pon­de­ran­te na de­ci­são edi­ção, en­tre ou­tros te­mas de ani­ver­sá­rio da re­vis­ta.
de com­pra do con­su­mi­dor? de in­te­res­se dos pro­fis­sio­ Ela será um pou­co mais
Se­gun­do al­gu­mas teo­rias e nais li­ga­dos à ca­deia de es­pe­cial do que as an­te­rio­
es­pe­cu­la­ções, a em­ba­la­gem em­ba­la­gem, duas ma­té­rias res e terá dis­tri­bui­ção di­fe­
que é vis­ta na tela do com­ mais ex­ten­sas. Uma é a ren­cia­da na Fis­pal. Até lá.
pu­ta­dor terá de ter ou­tro re­por­ta­gem de capa so­bre
tra­ta­men­to de co­res, de bri­ e-com­mer­ce, de au­to­ria do Wilson Palhares
lho, de de­sign. Ou­tra in­da­ re­pór­ter Gui­lher­me Ka­mio.
ga­ção: a for­ça da mar­ca Ou­tra é a en­tre­vis­ta do mês, PS: A ti­ra­gem de Em­ba­la­
con­ti­nua­rá sen­do, como com o con­sul­tor de mar­cas gem­Marc ­ a – au­di­ta­da pelo
hoje, um po­de­ro­so fa­tor de José Ro­ber­to Mar­tins, um IVC – su­biu para 7 000
in­fluên­cia na es­co­lha dos nome que vem se con­sa­ exem­pla­res.
Espaço aberto
M
apro­pria­da.”
ais uma vez pa­ra­be­ni­zo as ex­ce­
len­tes ma­té­rias de Emb ­ al
­ ag
­ em­Mar­
G os­ta­ria de agra­de­cer a nota dada
em seu site re­fe­ren­te a nos­sa Loja
ca, que con­tem­plam di­ver­sos as­sun­ Vir­tual cai­xas­net.com.br, o que nos
tos, dei­xan­do-nos in­for­ma­dos so­bre dei­xou or­gu­lho­sos, e pa­ra­be­ni­zá-lo
os mais va­ria­dos te­mas re­la­cio­na­dos pelo site, que é de mui­to bom gos­to.
a embalagens. Gos­ta­ria de so­li­ci­tar Da­vid Ro­ma­no
que as re­por­ta­gens men­cio­nem o Di­re­tor Ad­mi­nis­tra­ti­vo
pa­pel on­du­la­do. Na edi­ção de abril, a Bra­sem­ba In­d. de Em­ba­la­gens Ltda
ma­té­ria so­bre mercado de con­ge­la­ São Pau­lo – SP
dos foi ex­ce­len­te, po­rém fal­tou abor­
dar as ino­va­ções e adap­ta­ções que o
pa­pe­lão tem fei­to para aten­der as
O ní­vel e a di­ver­si­fi­ca­ção dos
te­mas abor­da­dos pela re­vis­ta, agre­

A ca­bei de re­ce­ber Em­ba­la­gem­


Mar­ca de abril 2000 e dou os pa­ra­
ne­ces­si­da­des es­pe­cí­fi­cas des­se seg­
mento, como apli­ca­ção de re­si­nas e
uti­li­za­ção de tin­tas es­pe­ciais, a fim de
ga­dos ao alto pa­drão grá­fi­co, co­lo­
cam Em­ba­la­gem­Mar­ca no me­lhor
pa­ta­mar de pu­bli­ca­ções do gê­ne­ro. A
béns à re­da­ção pelo tra­ba­lho téc­ni­co ga­ran­tir a im­per­mea­bi­li­da­de. co­lu­na Al­ma­na­que é uma agra­dá­vel
apre­sen­ta­do. Gos­ta­ria, to­da­via, de Má­rio Hen­ri­que San­tos li­ção de his­tó­ria se­to­rial. Esta jo­vem
fazer duas ob­ser­va­ções so­bre a ma­té­ Ge­ren­te de mar­ke­ting e ven­das re­vis­ta tor­nou-se lei­tu­ra in­dis­pen­sá­
ria “Lata con­tra Lata – o Retorno” : Pa­rai­bu­na Pa­péis S/A vel ao pro­fis­sio­nal do se­tor.
1) Acre­di­to que a ca­pa­ci­da­de da Juiz de Fora – MG Clau­dio Sal­ce
Me­ta­lic seja de 700 milhões de uni­ Di­re­tor
da­des e não de 50 milhões como Já está em an­da­men­to re­por­ta­gem Pa­pi­rus In­dús­tria de Pa­pel S.A.
saiu; so­bre o tema, a ser pu­bli­ca­da em São Pau­lo – SP
2) Exis­te, ou pelo me­nos exis­tia, na uma pró­xi­ma edi­ção.
lata de aço o pro­ble­ma da tam­pa ser Aço, não plástico
de alu­mí­nio, o que di­fi­cul­ta­va mui­to
a re­ci­cla­gem. Tal­vez em pró­xi­mas
ma­té­rias isso deva ser abor­da­do.
S o­cor­ro, o car­tei­ro (sem per­ce­ber)
dei­xou a re­vis­ta na chu­va. Não pos­so
Ao con­trá­rio do que foi pu­bli­ca­do em Em­ba­
la­gem­Mar­ca 10, na pá­gi­na 36, o Block
Pa­le­te, da Par­ma­tec, tem es­tru­tu­ra de aço,
Pa­ra­béns pela re­vis­ta e pelo site. fi­car sem lê-la e mui­to me­nos fu­rar e não de plás­ti­co. O Block Pa­le­te é uma
Fla­vio M. Chia­ret­ti mi­nha co­le­ção. Por fa­vor man­de-me es­tru­tu­ra mo­du­lar que fun­cio­na como por­
Ge­ren­te cor­po­ra­te ou­tra. ta-pa­le­te, fei­to sob me­di­da e de acor­do
Ban­co Itaú El­son Levy Cic­co­li com as ne­ces­si­da­des de mo­vi­men­ta­ção,
São Pau­lo – SP Quí­mi­co
su­por­tan­do peso de até duas to­ne­la­das.
Di­jan­ga Bel Aro­me
1) Na reportagem faltou a expressão Per­fu­mes e Cos­mé­ti­cos O autor da foto abaixo
“por mês” depois da referência a 50 Pau­lis­ta – PE
A foto da entrevista da edição de abril, com o
milhões de unidades. Em seguida,

R
sr. José Velloso Dias
porém, está informado que a capaci­
Cardoso (ao lado), é de
dade de produção será elevada para e­ce­bi a re­vis­ta des­te mês. Como
autoria de Márcio Moscardi.
75 milhões de unidades/mês, ou 900 sem­pre está óti­ma. Pa­ra­béns pelo tra­
O crédito saiu errado,
milhões por ano. ba­lho de­sen­vol­vi­do.
como “Divulgação”.
2) A assessoria de imprensa da Me­ta­ Ar­man­do Bran­co
lic in­for­ma: “Do pon­to de vis­ta téc­ Di­re­tor de cria­ção
ni­co, nada im­pede a re­ci­cla­gem da Gula Pro­pa­gan­da e Pu­bli­ci­da­de Mensagens para EmbalagemMarca
lata de aço em con­jun­to com as tam­ São Pau­lo – SP Redação: Rua Arcílio Martins, 53

P
CEP 04718-040 • São Paulo, SP
pas de alu­mí­nio. Para as si­de­rúr­gi­
Tel: (11) 5181-6533
cas, a mis­tu­ra de alu­mí­nio e aço arabéns a Em­ba­la­gem­Mar­ca
Fax: (11) 5182-9463
agre­ga valor. A prin­ci­pal ques­tão é pela ex­ce­len­te ma­té­ria so­bre fe­cha­
que a tam­pa de alu­mí­nio tem valor men­tos. Te­nho in­di­ca­do a re­vis­ta redacao@embalagemmarca.com.br
maior para o mercado co­le­ta­dor que para os alu­nos das Es­co­las de As men­sa­gens re­ce­bi­das por car­ta,
o aço. Po­rém, já exis­te pro­ces­so Marketing e de Ar­tes Vi­suais, assim e-mail ou fax po­de­rão ter tre­chos não
para se­pa­rar o aço do alu­mí­nio. A como para nos­sa bi­blio­te­ca. es­sen­ciais eli­mi­na­dos, em fun­ção do
lata e a tam­pa são tri­tu­ra­das e o aço Ro­ber­to Cal­das es­pa­ço dis­po­ní­vel, de modo a dar o
é se­pa­ra­do do alu­mí­nio por ímã, via­ Pro­fes­sor maior nú­me­ro pos­­sí­vel de opor­­tu­ni­da­
bi­li­zan­do a co­mer­cia­li­za­ção em Ins­ti­tu­to de Ar­tes Vi­suais - IAV des aos lei­to­res. As men­sa­gens po­de­rão
se­pa­ra­do. Em ou­tras pa­la­vras: a Cen­tro Uni­ver­si­tá­rio da Ci­da­de tam­­bém ser in­se­ri­das no site da revista
re­ci­cla­gem é pos­sí­vel, in­di­ca­da e Rio de Ja­nei­ro - RJ (www.embalagemmarca.com.br).

4 – embalagemmarca • mai 2000


maio 2000
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

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EN­TRE­VIS­TA: JOSÉ Reportagem
ROBERTO MARTINS redacao@embalagemmarca.com.br
Fabio Brentano
O autor de Branding
fabio@embalagemmarca.com.br
discute a importância Flávio Palhares
das marcas e adverte flavio@embalagemmarca.com.br
sobre o risco de Guilherme Kamio
guma@embalagemmarca.com.br
depender do varejista Leandro Haberli
com marcas próprias leandro@embalagemmarca.com.br

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RÓTULOS
Novos players, Colaboradores
investimentos e novos Adélia Borges, Fernando Barros,

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CAPA Josué Machado, Luiz Antonio Maciel
O e-commerce cresce produtos movimentam a
e apresenta-se como área de auto-adesivos Diretor de Arte
Carlos Gustavo Curado
uma boa oportunidade
de negócios para a Administração

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indústria. O setor de LOGÍSTICA Marcos F. Palhares (Diretor)
embalagens pode tirar Contêineres recicláveis Eunice Fruet (Financeiro)
proveito dessa onda ganham cada vez mais
Departamento Comercial
espaço no setor comercial@embalagemmarca.com.br
de movimentação Wagner Ferreira
de materiais
Circulação e Assinaturas
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Cesar Torres

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FECHAMENTOS
Boas novidades Público-Alvo
Em­ba­la­gem­Mar­ca é di­ri­gi­da a pro­fis­sio­nais que
nos segmentos de ocu­pam car­gos téc­ni­cos, de di­re­ção, ge­rên­cia
medicamentos e e su­per­vi­são em em­pre­sas for­ne­ce­do­ras, con­
cosméticos ver­te­do­ras e usuá­rias de em­ba­la­gens para
alimentos, be­bi­das, cos­mé­ti­cos, me­di­ca­men­
tos, ma­te­riais de lim­pe­za e home ser­vi­ce, bem
como pres­ta­do­res de ser­vi­ços re­la­cio­na­dos
com a ca­deia de em­ba­la­gem. A re­vis­ta é dis­
tri­buí­da gra­tui­ta­men­te a ór­gãos go­ver­na­men­

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ESTRATÉGIA tais, uni­ver­si­da­des, cen­tros de pes­qui­sa, as­so­
Como a embalagem cia­ções, im­pren­sa e agên­cias de propaganda.
pode auxiliar
Tiragem
nas estratégias de 7 000 exemplares
posicionamento

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MERA COINCIDÊNCIA Filiada ao
Uma nova seção: até
onde vão os limites da
cópia e até onde o que
existe é apenas
tendência de categoria? EmbalagemMarca
é uma publicação mensal da
E MAIS Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo
CARTA DO EDITOR .........................3 Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP
Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
FEIRA ............................................ 36
www.embalagemmarca.com.br
REGISTRO .................................... 38
O con­teú­do edi­to­rial de Em­ba­la­gem­Mar­ca é
DISPLAY ........................................ 40 res­guar­da­do por di­rei­tos au­to­rais. Não é per­

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CERVEJA EVENTOS ...................................... 48 mi­ti­da a re­pro­du­ção de ma­té­rias edi­to­riais
A Tetra Pak entra na pu­bli­ca­das nes­ta re­vis­ta sem au­to­ri­za­ção da
COMO ENCONTRAR .................... 49 Blo­co de Co­mu­ni­ca­ção Ltda. Opi­niões ex­pres­
disputa do mercado sas em ma­té­rias as­si­na­das não re­fle­tem
ALMANAQUE ................................ 50
com garrafas de PET ne­ces­sa­ria­man­te a opi­nião da re­vis­ta.
ilustração de capa: editoria de arte
ENTREVISTA

“Há muito mais além de marca” Ro­ber­to Mar­tins, um dos es­pe­cia­


lis­tas bra­si­lei­ros que mais tem con­
tri­buí­do para apro­fun­dar a ques­tão
do ge­ren­cia­men­to de mar­cas. Em
1994, ele in­ter­rom­peu uma pro­mis­
so­ra car­rei­ra de tre­ze anos no se­tor
fi­nan­cei­ro e começou a fazer pes-
quisa de marca, preocupado
sobretudo com o valor dos ativos
intangíveis. Foi o primeiro profis-
sional a fazer isso no Brasil. No
ano seguinte lan­çou, em par­ce­ria
com o jor­na­lis­ta Nel­son Ble­cher, o
li­vro das Mar­cas, no qual de­mons­
tra que mar­cas têm valor mo­ne­tá­rio
e, por­tan­to, po­dem ser uti­li­za­das
como las­tro na cap­ta­ção de re­cur­sos
pe­las em­pre­sas.
Ain­da em 1995, Mar­tins fun­dou a J.
R. Brands, empresa es­pe­cia­li­za­da
em ava­lia­ção de mar­cas com crité-
rios econômicos e financeiros, e
pos­te­rior­men­te a Glo­bal Brands,
vol­ta­da para a pro­du­ção de mar­cas.
Desde então escreveu mais dois
Divulgação

li­vros, Gran­des Mar­cas, Gran­des


Ne­gó­cios e Bran­ding, este re­cém

T
lan­ça­do pela Ne­gó­cio Edi­to­ra.
Aqui, Martins fala, entre outros
or­nou-se ha­bi­tual ou­vir, as­pec­tos ins­ti­gan­tes, das van­ta­gens e
JOSÉ em even­tos re­la­cio­na­dos dos ris­cos de a in­dús­tria de­di­car sua
ROBERTO MARTINS, com mar­ke­ting e com ca­pa­ci­da­de ocio­sa à pro­du­ção de
em­ba­la­gem, que a mar­ca é mar­cas pró­prias de re­des de va­re­jo.
diretor da um dos prin­ci­pais pa­tri­mô­
Global Brands e da nios de uma empresa e, Exis­te a cren­ça ge­ne­ra­li­za­da de
cada vez mais, o grande que, com a glo­ba­li­za­ção da eco­no­
J. R. Brands, lembra di­fe­ren­cial en­tre produtos. No entanto mia, as mar­cas ten­dem a se for­ta­le­
que, sozinha, a marca – tal­vez pela bre­vi­da­de do tem­po cer. Mar­ca vi­rou uma es­pé­cie de
dado a cada pa­les­tran­te –, nes­ses pe­dra fi­lo­so­fal que tudo pode trans­
nada resolve. Para even­tos nem sem­pre se tor­na cla­ro for­mar para me­lhor. Não há um
funcionar, a marca tem como ge­ren­ciar mar­cas, ou como ava­ certo exa­ge­ro nis­so?
liá-las. Geralmente, dei­xa-se o re­cin­to Sim, por­que mar­ca, só, não re­sol­ve
de definir os compro- com a sen­sa­ção de que o “bran­ding” to­dos os pro­ble­mas da empresa. Ela
missos da empresa – cha­me­mos logo pelo nome, que não é va­lio­sa e im­por­tan­te den­tro de um
de­mo­ra­rá a tor­nar-se tão fa­mi­liar con­tex­to. En­quan­to esse con­tex­to
consigo mesma, com quan­to “mar­ke­ting” – é uma es­pé­cie estiver bem ade­qua­do, bem azei­ta­
de ciên­cia ocul­ta, ina­ces­sí­vel. do, e as coi­sas fun­cio­narem ade­qua­
os acionistas e
Exis­te mui­ta mis­ti­fi­ca­ção nis­so, da­men­te para a empresa, a mar­ca
com o mercado. como mos­tra nes­ta en­tre­vis­ta José irá re­fle­tir o valor des­sa empresa ou

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agre­gar valor à empresa, ao pro­du­to ca. Não há re­la­ção di­re­ta, in­trín­se­ca, ca pró­pria, sem lembrar que ela vive
ou ao ser­vi­ço. en­tre am­bos, por­que a mar­ca é den­tro de li­mi­tes mui­to es­trei­tos. O
im­por­tan­te para al­gu­mas pes­soas, crescimento de mar­cas pró­prias no
Mar­ca é im­por­tan­te quando? como pre­ço é mais ou me­nos im­por­ mun­do está mui­to li­ga­do a se­cos e
A gen­te co­me­ça re­fle­tin­do que al­gu­ tan­te para ou­tras den­tro de al­gum mo­lha­dos, produtos de gro­cery, ou
mas boas mar­cas têm pro­ble­mas, con­tex­to. Dis­pos­mo-nos a pa­gar seja, azei­te, ba­ta­ta, fei­jão, ar­roz,
em­bo­ra se­jam boas mar­cas, mui­to mais por al­gu­mas mar­cas do que pa­lha de aço, de­ter­gen­te, ma­car­rão,
va­lo­ri­za­das pelos consumidores, e por ou­tras. Se per­ce­ber­mos na mar­ bis­coi­to, ce­reais... São produtos
fica pen­san­do: “Por que essa mar­ca ca a en­tre­ga de pro­mes­sas que são onde há uma gran­de con­cen­tra­ção
tem pro­ble­mas?” Os gran­des pro­ mui­to im­por­tan­tes para nós, não nos de mar­cas pró­prias. Fora des­sas


ble­mas de con­cei­to de mar­ca no preo­cu­pa­mos tan­to com o pre­ço. Se ca­te­go­rias o nú­me­ro é re­du­zi­do.
Bra­sil, que po­de­mos cha­mar de aque­la mar­ca não con­se­gue cum­prir
bran­ding, é a ques­tão do foco na No Bra­sil, pa­re­ce que as mar­cas
mar­ca. Quan­do os em­pre­sá­rios pen­ pró­prias cres­cem mais que lá fora.
sam em mar­ca, acham que é ape­nas Há quem pense Elas têm con­se­gui­do crescimento
co­mu­ni­ca­ção, ape­nas em­ba­la­gem, que para ter marca em se­cos e mo­lha­dos. Se, por exem­
ape­nas o de­se­nho em si da mar­ca, plo, um óleo co­mes­tí­vel mais ou
ou a le­tra de uma mar­ca. Não é isso. própria basta o dono me­nos igual a ou­tro cus­ta 40%,
Mar­ca é um po­si­cio­na­men­to. Quan­ do supermercado 20% ou 15% me­nos, numa com­pra
do a empresa de­fi­ne um pro­gra­ma men­sal de su­per­mer­ca­do, que é o
de po­si­cio­na­men­to, de­fi­ne uma sé­rie pegar qualquer coisa, há­bi­to brasileiro, ocorre um im­pac­
de com­pro­mis­sos con­si­go mes­ma, to in­te­res­san­te de pre­ço. Há uma
colocar em uma
com os acio­nis­tas e com o mercado. di­fe­ren­ça em re­la­ção ao mercado
Há para isso uma ex­pres­são in­ter­na­ embalagem ex­ter­no, onde, em ge­ral, as pes­soas
cio­nal, ine­xis­ten­te em nos­so idio­ fa­zem com­pras se­ma­nais. No Bra­
bonitinha, expor na
ma: sta­ke hol­ders, que são to­dos os sil, onde as com­pras são men­sais, o
sis­te­mas de re­la­cio­na­men­to da mar­ prateleira e ficar des­co­la­men­to de pre­ço en­tre a mar­


ca, isto é, os acio­nis­tas, os for­ne­ce­ ca pró­pria e a lí­der não é tão gran­de
do­res, os em­pre­ga­dos, a opi­nião
vendo as pessoas quan­to no ex­te­rior, mas o im­pac­to é
pú­bli­ca, os vi­zi­nhos, os or­ga­nis­mos comprarem mui­to maior. Aqui, o volume de
pú­bli­cos, to­dos aque­les que se re­la­ di­nhei­ro no mo­men­to da com­pra é
cio­nam com a mar­ca. Quan­do uma maior. Con­se­qüen­te­men­te, para o
mar­ca de­fi­ne um po­si­cio­na­men­to suas pro­mes­sas, ou se per­de a ca­pa­ con­su­mi­dor, a eco­no­mia, em­bo­ra
ela de­fi­ne com­pro­mis­sos. Daí para ci­da­de de co­mu­ni­car a ex­pe­riên­cia seja me­nor, tem um valor agre­ga­do
a fren­te tem de cum­prir e mos­trar pas­sa­da, agra­dá­vel, que nos trans­ maior. Para o con­su­mi­dor que faz
que é sé­ria no cum­pri­men­to des­ses mi­tia, ire­mos ques­tio­nar seu pre­ço. com­pra se­ma­nal, a di­fe­ren­ça de pre­
com­pro­mis­sos. Quan­to maior a O pre­ço não é tão cru­cial para a vida ço é mui­to maior. Tam­bém há ou­tras
mar­ca, maior é seu ní­vel de ris­co, ou a mor­te das mar­cas. Uma ca­ne­ta fa­ci­li­da­des que aqui não há. No
por­que maio­res são seus com­pro­ Mont Blanc cus­ta dez ou 100 vezes Bra­sil, ou no Mer­co­sul, ra­ras em­pre­
mis­sos com os sta­ke hol­ders, com o mais que uma ca­ne­ta Bic, e as duas sas são for­ne­ce­do­ras ex­clu­si­vas de
am­bien­te onde está in­se­ri­da. ga­nham mui­to di­nhei­ro ven­den­do mar­cas pró­prias. Isso traz um pro­
nas suas ca­te­go­rias. Uma pes­soa ble­ma de crescimento des­se seg-
Ain­da pon­do em ques­tão a for­ça com­pra uma ca­ne­ta de 100 dó­la­res mento. Para al­guns va­re­jis­tas, a
das mar­cas: nota-se, prin­ci­pal­men­ e ou­tra com­pra uma de 1 dó­lar por­ mar­ca pró­pria re­pre­sen­ta algo en­tre
te no Bra­sil, que há uma gran­de que suas ne­ces­si­da­des e suas pos­si­ 3% e 8% das vendas.
preo­cu­pa­ção do con­su­mi­dor com bi­li­da­des – as cir­cuns­tân­cias, en­fim
pre­ço. Tan­to que as mar­cas pró­ – são di­fe­ren­tes. O que im­pe­de que cres­çam mais?
prias de al­gu­mas re­des de su­per­ Um fa­tor de res­tri­ção ao cresci-
mer­ca­dos, em de­ter­mi­na­das ca­te­go­ Em ou­tras pa­la­vras, ape­nas o pre­ço mento da mar­ca pró­pria no Bra­sil,
rias, vêm li­de­ran­do ven­das ou es­tão não sus­ten­ta uma mar­ca pró­pria. além do pre­ço, é a fal­ta de for­ne­ce­
en­cos­tan­do nas mar­cas lí­de­res. Há ou­tros com­po­nen­tes im­por­tan­ do­res. Há quem ima­gi­ne que para
Como o se­nhor ex­pli­ca isso? tes. O va­re­jo acha que mar­ca pró­pria ter mar­ca pró­pria bas­ta o dono do
É ne­ces­sá­rio se­pa­rar pre­ço de mar­ é tudo – e to­dos pro­du­zem uma mar­ su­per­mer­ca­do, que tem 30 000, 40

mai 2000 • embalagemmarca – 9


000 itens, pe­gar qual­quer coi­sa, Só que ao fazer isso ele está de­fi­ni­ você com­pra tan­tas to­ne­la­das do
co­lo­car em uma em­ba­la­gem bo­ni­ti­ ti­va­men­te abrin­do as por­tas para meu pro­du­to com mar­ca...”. Isso,
nha, ex­por na pra­te­lei­ra e fi­car ven­ aque­le va­re­jis­ta, que vai ter co­nhe­ além de ser an­tié­ti­co e até con­de­ná­
do as pes­soas com­pra­rem. Não é ci­men­to de suas mar­gens, de sua vel, aca­ba agra­van­do ainda mais o
bem as­sim. Ele tem de ter o mesmo ca­pa­ci­da­de pro­du­ti­va. O va­re­jis­ta pro­ble­ma. Ao agir as­sim, ele abre
com­pro­mis­so e a mes­ma téc­ni­ca de vai in­ter­fe­rir na vida do fa­bri­can­te. ainda mais a sua con­di­ção de cus­to,
cria­ção e ges­tão de mar­cas que têm O fa­bri­can­te não vai po­der o tem­po e sua vida fi­ca­rá mais di­fí­cil quan­do
as gran­des in­dús­trias, por­que, se o todo ga­ran­tir a en­tre­ga para aque­le for ne­go­ciar com o va­re­jis­ta.
con­su­mi­dor com­pra um pro­du­to va­re­jis­ta, por­que, se a de­man­da
com mar­ca pró­pria e esse pro­du­to aque­cer, ele vai ter de vol­tar a aten­ Apesar dis­so, no Bra­sil, as mar­cas
não é bom, não vai mais com­prá-lo. der o mercado com sua pró­pria mar­ pró­prias não pa­ram de cres­cer. O


Pior ainda: a ima­gem do va­re­jis­ta ca. Se es­ti­ver com­pro­me­ti­do com que as mar­cas re­gu­la­res pre­ci­sam
será quei­ma­da na men­te da­que­le seu volume de pro­du­ção com o fazer para en­fren­tar essa si­tua­ção?
con­su­mi­dor. Ou­tro as­pec­to a ser O re­co­men­dá­vel é que, se a in­dús­tria
le­va­do em con­ta pelo va­re­jis­ta, que Alguns pu­der evi­tar fazer mar­ca pró­pria,
a in­dús­tria não pre­ci­sa con­si­de­rar, é evi­te. Se tem his­to­ri­ca­men­te uma
fabricantes pensam
jus­ta­men­te que ele não é uma in­dús­ ca­pa­ci­da­de ocio­sa mé­dia sem­pre
tria. Ele de­pen­de de um for­ne­ce­dor. ser espertos quando igual – não sa­zo­nal, mas que dure
Se esse for­ne­ce­dor não as­su­me com todo o ano e seja pre­ju­di­cial à
fazem vendas casadas
ele o com­pro­mis­so de en­tre­gar com manutenção dos cus­tos ou à ca­pa­ci­
o mesmo pa­drão de qua­li­da­de, o de marcas próprias e da­de de in­ves­ti­men­to da empresa – ,
mesmo blend, o mesmo es­pí­ri­to ou que es­ta­be­le­ça uma re­la­ção ab­so­lu­
o mesmo con­teú­do que sem­pre
produtos com marca. ta­men­te bem de­fi­ni­da com o va­re­jis­
en­tre­gou, o va­re­jis­ta vai ter pro­ble­ Assim, abrem sua ta. Deve de­sen­vol­ver uma re­la­ção de
mas, pode per­der o con­su­mi­dor. par­ce­ria com ele. Não uma si­tua­ção
Isso acon­te­ce mui­to com produtos condição de custo, e con­cor­ren­cial, tipo ven­da ca­sa­da,
que re­que­rem ma­nu­seio idên­ti­co ou suas vidas ficarão que ima­gi­no ser uma si­tua­ção de
uma fon­te idên­ti­ca, como pês­se­go con­cor­rên­cia, não de par­ce­ria. Em


em cal­da ou figo em cal­da, ou doce difíceis ao negociar ven­da ca­sa­da, ao se es­ta­be­le­cer uma
de lei­te. Se muda o for­ne­ce­dor, o com o varejista si­tua­ção de toma lá-dá cá, de cer­ta
con­su­mi­dor per­ce­be, ele não é idio­ forma está se pros­ti­tuin­do a re­la­ção.
ta. Ele já pen­sa duas, três vezes Vai che­gar um mo­men­to em que o
an­tes de com­prar, cus­te 20%, 30%, fa­bri­can­te não poderá sus­ten­tar essa
40%, 60% ou 80% me­nos. va­re­jis­ta, vai dei­xar de ga­nhar po­si­ção com o seu va­re­jis­ta. A in­dús­
di­nhei­ro. Paga os cus­tos fi­xos, mas tria não pode pen­sar que vai con­cor­
A for­ça de ne­go­cia­ção do va­re­jo não faz mar­gens, por­que tem con­ rer com a mar­ca pró­pria. Ela tem de
não se­ria su­pe­rior à for­ça das mar­ tra­to com o va­re­jis­ta. Se ti­ver de va­lo­ri­zar cada vez mais sua mar­ca
cas, es­pe­cial­men­te num mo­men­to can­ce­lar e não re­no­var o con­tra­to tra­di­cio­nal pe­ran­te o con­su­mi­dor. Eu
em que cai o po­der de com­pra do com o va­re­jis­ta, pode es­tar crian­do não ima­gi­no que a mar­ca pró­pria vai
con­su­mi­dor, como ago­ra? um pro­ble­ma de re­la­cio­na­men­to cres­cer tan­to ou tão ra­pi­da­men­te
Até cer­to pon­to é. Para o fa­bri­can­te com o va­re­jis­ta, o que é ruim para quan­to al­gu­mas pes­soas ima­gi­nam.
isso é uma faca de dois gu­mes. O ele. Além dis­so, a partir do mo­men­ Para as gran­des re­des, como o Car­re­
fa­bri­can­te ima­gi­na: “Es­tou num to que tem co­nhe­ci­men­to das mar­ four, o gru­po Pão de Açú­car e o
mo­men­to em que a de­man­da não é gens do fa­bri­can­te, ou seja, do pro­ So­nae, as mar­cas pró­prias têm uma
tão gran­de, e eu te­nho uma ca­pa­ci­ du­to com mar­ca e do pro­du­to sem re­pre­sen­ta­ti­vi­da­de mé­dia de 3% a
da­de ocio­sa de 30%, 40%. Essa mar­ca, o va­re­jis­ta ten­de a ser mais 6% ou 7% das ven­das. To­das es­pe­
ca­pa­ci­da­de ocio­sa acar­re­ta cus­to e rí­gi­do nas ne­go­cia­ções de pre­ço e ram, quan­do es­ti­ve­rem ma­du­ras com
com­pri­me ainda mais as mar­gens, pra­zo na pró­xi­ma com­pra do pro­du­ mar­cas pró­prias, che­gar no má­xi­mo
por­que não há tan­ta de­man­da. O que to com mar­ca. Al­guns fa­bri­can­tes a 10%. É mui­to di­fí­cil que no Bra­sil
vou fazer? Para não fi­car aqui pa­ra­ até ima­gi­nam ser mui­to es­per­tos se ul­tra­pas­se isso, prin­ci­pal­men­te
do, vou for­ne­cer para de­ter­mi­na­do quan­do pen­sam que po­dem fazer pela au­sên­cia de for­ne­ce­do­res vol­ta­
su­per­mer­ca­do que está me ofe­re­ ven­das ca­sa­das: “Eu te ven­do tan­tas dos à mar­ca pró­pria. Hoje existem
cen­do com­prar um cer­to volume...”. to­ne­la­das de mar­ca pró­pria, mas pou­quís­si­mos, umas três ou qua­tro

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in­dús­trias que tra­ba­lham ape­nas ser cada vez mais cru­cial na de­ci­ nea­men­te quais são os be­ne­fí­cios
como for­ne­ce­do­ras de ma­té­ria-pri­ são de com­pra. da­que­le pro­du­to ou ser­vi­ço. A agên­
ma para mar­cas pró­prias. Esse é um cia de um ban­co é a em­ba­la­gem. Se
li­mi­ta­dor mui­to forte do cresci- O e-com­mer­ce não poderá ser uma a agên­cia não tem a cara de con­fia­
mento da mar­ca pró­pria. al­ter­na­ti­va da in­dús­tria para bi­li­da­de, se­gu­ran­ça ou pra­zer que o
en­fren­tar as mar­cas pró­prias? ban­co quer mos­trar, en­tão é uma
Pesquisas mostram que no Bra­sil Se ti­ver for­ne­ce­do­res vir­tuais, que em­ba­la­gem ruim.
85% das com­pras são de­ci­di­das de­sen­vol­vam a con­fian­ça dos con-
pelo con­su­mi­dor nos pon­tos-de- sumidores, num de­ter­mi­na­do Do pon­to de vis­ta de bran­ding,
ven­da. O se­nhor acre­di­ta que o mo­men­to es­ses for­ne­ce­do­res vir­ qual o prin­ci­pal atri­bu­to que a


co­mér­cio ele­trô­ni­co pos­sa al­te­rar tuais po­de­rão ser os for­ne­ce­do­res em­ba­la­gem deve ter?
essa si­tua­ção de al­gu­ma forma? fi­nais, des­de que de­sen­vol­vam No caso de bens de con­su­mo, tem
Acre­di­to que a lon­go pra­zo isso de mos­trar que o pro­du­to é ca­paz de
poderá ocorrer. Essa es­ta­tís­ti­ca de en­tre­gar as pro­mes­sas que fez no
que 85% são de­ci­di­dos no mo­men­ A embalagem po­si­cio­na­men­to. A em­ba­la­gem é
to da com­pra até cer­to pon­to é ver­ tem de mostrar que o um fa­ci­li­ta­dor da re­la­ção do con­su­
da­dei­ra e, em mui­to, ela é fal­sa. O mi­dor com o pro­du­to ou ser­vi­ço.
con­su­mi­dor tem um port­fó­lio de produto pode entregar Quan­to mais fa­ci­li­ta­do­ra for, mais o
mar­cas na men­te. Quan­do a pes­soa as promessas que fez pro­du­to vai ser va­lo­ri­za­do. Um
está na fren­te da gôn­do­la, não sig­ni­ bom exem­plo são as embalagens
fi­ca que de­ci­diu pela mar­ca A ou B ao ser posicionado. Ela que já são o pró­prio ser­vi­dor do
na­que­le mo­men­to. Ela já de­ci­diu há é um facilitador da pro­du­to. Ou­tro são os pa­co­tes de
mui­to tem­po. Na­que­le mo­men­to, bis­coi­to que po­dem ser fe­cha­dos
por de­ter­mi­na­da ra­zão, ela op­tou relação do consumidor com um se­li­nho. É um as­pec­to
por uma das três, ou das qua­tro, ou mui­to su­til, bem pla­ne­ja­do, que
com o produto. Quanto
das tan­tas mar­cas que co­nhe­ce. agre­ga valor ao pro­du­to e me­lho­ra
Di­fi­cil­men­te quan­do al­guém tem mais facilitadora for, o pre­ço final que o pro­du­to tem


um port­fó­lio de mar­cas na men­te para o con­su­mi­dor, dis­pon­do-o a
muda de re­pen­te para ou­tra mar­ca.
mais o produto vai ser pa­gar mais por ele. Mais um exem­
Somente se estiver com­ple­ta­men­te valorizado plo: as embalagens stand-up pouch
sem di­nhei­ro, numa si­tua­ção total­ de café, com la­cre que per­mi­te usar,
men­te des­fa­vo­rá­vel, mu­da­rá ra­di­ do­sar e guar­dar, pron­to para con­su­
cal­men­te seu port­fó­lio. O co­mér­cio mir e sem per­der as ca­rac­te­rís­ti­cas.
ele­trô­ni­co tam­bém traz essa per­ produtos ou ser­vi­ços de acor­do Toda em­ba­la­gem fa­ci­li­ta­do­ra ten­de
cep­ção. Quan­do a pes­soa vai fazer com a ex­pec­ta­ti­va dos consumi- a ser mais va­lo­ri­za­da pelo con­su­mi­
com­pra por co­mér­cio ele­trô­ni­co, dores. Mas como hoje o co­mér­cio dor. Em­ba­la­gem di­fí­cil de abrir o
ainda tem mui­to medo: de pas­sar o vir­tual está mui­to li­ga­do a CD, con­su­mi­dor vai di­zer que só com­
car­tão de cré­di­to, de dar o en­de­re­ li­vro e um ou ou­tro ser­vi­ço, ainda é pra por­que não tem ou­tra al­ter­na­ti­
ço, de que a en­tre­ga seja ina­de­qua­ mui­to cedo para fa­zer­pre­vi­sões. va ou por­que não tem po­der aqui­si­
da, da per­for­man­ce téc­ni­ca do pro­ ti­vo para com­prar uma mar­ca com
du­to ou do ser­vi­ço que com­prou... Qual a im­por­tân­cia da em­ba­la­gem em­ba­la­gem fa­ci­li­ta­do­ra. As pes­soas
Nes­se sen­ti­do, a mar­ca é tão ou como su­por­te da mar­ca? hoje que­rem bran­ding, que­rem re­la­
mais im­por­tan­te que ao vivo, por­ A em­ba­la­gem é re­sul­ta­do do po­si­ ção com mar­cas, coi­sas que fa­ci­li­
que, quan­do es­ta­mos no su­per­mer­ cio­na­men­to que foi ado­ta­do para a tam as vi­das de­las. Nin­guém quer
ca­do ou em al­gu­ma loja, to­ca­mos, mar­ca, no pe­río­do de con­cep­ção. se abor­re­cer para abrir um pa­co­te
pe­ga­mos o pro­du­to, olha­mos para Quan­do se es­tu­da­va o nome, que de bis­coi­to ou pen­sar onde vai
ele, bo­ta­mos de­bai­xo do bra­ço, pas­ pro­du­to ia ser etc., a em­ba­la­gem já guar­dar esse pa­co­te para o bis­coi­to
sa­mos no cai­xa e pa­ga­mos. No es­ta­va mais ou me­nos de­fi­ni­da. No não mur­char ou su­jar o ar­má­rio,
co­mér­cio ele­trô­ni­co não é as­sim. É pro­ces­so de bran­ding, numa es­ca­la es­fa­re­lan­do. Se ti­ver uma em­ba­la­
pre­ci­so ter mui­ta con­fian­ça na mar­ de zero a 100, a em­ba­la­gem está gem que eli­mi­ne esse pro­ble­ma,
ca do va­re­jo ou do for­ne­ce­dor. Nes­ em 85, 90, bem lá na fren­te. Ela cer­ta­men­te aque­la mar­ca vai ser
se con­tex­to a im­por­tân­cia da mar­ca tem de ser per­fei­ta o su­fi­cien­te para mais bem po­si­cio­na­da pelo con­su­
é mui­to maior e ten­de a cres­cer, vai mos­trar ao con­su­mi­dor ins­tan­ta­ mi­dor e vai ser mais va­lo­ri­za­da.

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capa

o embalo do

Com o mercado em crescimento, aumenta a demanda por novas


soluções em embalagem. O setor responde com criatividade

Guilherme Kamio

i
m­pos­sí­vel cons­truir B2B (bu­si­ness to bu­si­ness,
qual­quer pers­pec­ti­va de empresa para empresa).
con­jun­tu­ral sem re­ser­ Ao es­ti­mu­lar uma nova
var um pa­pel de re­le­ forma de re­la­cio­na­men­to
vân­cia ex­tre­ma ao efei­ com os bens de con­su­mo e
to In­ter­net. Basta per­ com as ins­tân­cias da ca­deia
ce­ber as con­se­qüên­cias pro­du­ti­va, na­tu­ral con­si­
que a ex­plo­são da gran­de de­rar que o e-com­mer­ce
rede já vem cau­san­do no tam­bém afe­ta a in­dús­tria
com­por­ta­men­to das pes­ de embalagens. E, com o
soas e das ins­ti­tui­ções – e de­sen­vol­vi­men­to do
é bom lembrar que se está co­mér­cio ele­trô­ni­co, as
fa­lando de uma tec­no­lo­gia trans­for­ma­ções tam­bém
que se po­pu­la­ri­zou há pou­ vão se apro­fun­dar.
quís­si­mo tem­po. De um lado, sur­ge a
Des­de que saiu do ni­mo de mina com gran­de mo­vi­men­tar 1,3 tri­lhão de dú­vi­da de como a em­ba­la­
âm­bi­to es­tri­to da co­mu­ni­ po­ten­cial. dó­la­res da­qui a três anos, gem deve aten­der a um
ca­ção para in­va­dir a es­tra­ Da­dos da In­ter­na­tio­nal uma evo­lu­ção fan­tás­ti­ca novo tipo de con­su­mi­dor,
té­gi­ca sea­ra do co­mér­cio, Data Cor­po­ra­tion (IDC) em re­la­ção aos atuais 50 on-line com to­dos os pro­
a In­ter­net pas­sou a ser dão con­ta que 1999 fe­chou bilhões de dó­la­res. ces­sos e ávi­do pela pro­
vis­ta com ou­tros olhos. com cer­ca de 200 milhões O re­fle­xo des­sas es­ti­ mes­sa da com­pra se­gu­ra,
As opor­tu­ni­da­des que se de usuá­rios da web no ma­ti­vas gran­di­lo­qüen­tes con­for­tá­vel, per­so­na­li­za­da
abri­ram com a evo­lu­ção mun­do, nú­me­ro que deve vem sen­do a apa­ri­ção de e ágil. Em con­tra­par­ti­da,
da co­mu­ni­ca­ção di­gi­tal au­men­tar para 500 mi- lo­jas e mais lo­jas, por­tais surge a questão: como os
pas­sa­ram a sig­ni­fi­car, lhões até o final de 2003. es­pe­cia­li­za­dos, ca­nais de par­ti­ci­pan­tes des­sa mes­ma
tam­bém, chan­ces de ne­gó­ Acom­pa­nhan­do esse cres- opor­tu­ni­da­de e, mais ca­deia irão en­ca­rar a
cios atraen­tes e de redução cimento, o con­tin­gen­te de re­cen­te­men­te, dos lei­lões em­ba­la­gem enquanto ele­
de cus­tos, na oti­mi­za­ção com­pra­do­res on-line su­bi­ vir­tuais. As chan­ces se men­to ati­vo de uma nova
de pro­ces­sos. O co­mér­cio ria de 50 milhões para 180 abrem tan­to nas tran­sa­ rea­li­da­de, que pede ainda
ele­trô­ni­co, ou e-com­mer­ milhões. A IDC prevê ções B2C (bu­si­ness to mais efi­ciên­cia através da
ce, como o chamam os ainda que o e-com­mer­ce con­su­mer, de em­pre­sas ao pro­du­ti­vi­da­de e da di­na­
mais ín­ti­mos, vi­rou si­nô­ em seu conjunto che­ga­rá a usuá­rio final) como no mi­za­ção de pro­ces­sos?

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Despacho qualificado
a par­ti­ci­pa­ção do for­
ne­ce­dor de embala-
gens na ca­deia de su­pri­
men­tos para agre­gar valor
O portal
Amélia,
do Pão
de Açucar:
diferencial
ver­da­de, a maio­ria das
ope­ra­do­ras lo­gís­ti­cas e
trans­por­ta­do­ras de car­gas
vem tra­ba­lhan­do para se
e aten­der as re­qui­si­ções com amol­dar às exi­gên­cias do
embalagem
des­se novo ca­nal de va­re­ de novo co­mér­cio e ofe­re­cer
jo é im­pres­cin­dí­vel. Quem transporte di­fe­ren­ciais em ser­vi­ços
afir­ma é o de­sig­ner e di­re­ de­di­ca­dos (ver qua­dro).
tor da agên­cia Mül­ler O alas­tra­men­to da pre­
As­so­cia­dos, Ma­noel Mül­ fe­rên­cia por es­ses ser­vi­
ler, que já vem abor­dan­do ços de en­co­men­da de
a re­la­ção do e-com­mer­ce ca­do pro­ces­so que ocor­re sis­ten­te, o cum­pri­men­to produtos, uma ex­ten­são
com a in­dús­tria de embal- an­tes de a mer­ca­do­ria de pra­zos à ris­ca”, ava­lia do cha­ma­do ser­vi­ço de
agens em pa­les­tras. che­gar ao des­ti­no. Esse Ti­mó­teo Bar­ros, di­re­tor de­li­very, re­pre­sen­ta cla­ra­
Essa par­ti­ci­pa­ção terá pro­ces­so é o pon­to ne­vrál­ de ope­ra­ções lo­gís­ti­cas da men­te uma re­vo­lu­ção de
de ba­sear-se em es­for­ços gi­co para qual­quer ini­cia­ Ame­ri­ca­nas.com, bra­ço opor­tu­ni­da­des na in­dús­
ge­ren­ciais e pre­ci­são nos ti­va con­sis­ten­te no mun­do vir­tual da Lo­jas Ame­ri­ca­ tria de embalagens de
ser­vi­ços de lo­gís­ti­ca. das ven­das vir­tuais. nas. A tra­di­cio­nal rede trans­por­te, tam­bém co­nhe­
Aliás, nun­ca se abor­dou “Apesar de os con­cei­ va­re­jis­ta é uma das em­pre­ ci­das como de des­pa­cho.
com tan­ta ên­fa­se a im­por­ tos de lo­gís­ti­ca não mu­da­ sas que fir­ma­ram par­ce­ O Pão de Açu­car, que está
tân­cia da efi­ciên­cia em rem, a ex­pec­ta­ti­va do con­ rias com em­pre­sas de lan­çan­do seu por­tal de
mo­vi­men­ta­ção e ar­ma­ze­ su­mi­dor no e-com­mer­ce é trans­por­tes ex­pres­sos, con­ve­niên­cia do­més­ti­ca
na­gem como ul­ti­ma­men­ di­fe­ren­te: ele exi­ge o pro­ como a Fe­de­ral Ex­press, Amé­lia.com, teve de des­
te. A com­pra pode ser vir­ du­to cer­to, uma po­lí­ti­ca para ga­ran­tir o ser­vi­ço de do­brar-se para ge­rar di­fe­
tual, po­rém há um in­trin­ de tro­ca e de­vo­lu­ção con­ en­tre­gas ade­qua­do. Na ren­ciais es­tra­té­gi­cos só

O gar­ga­lo da lo­gís­ti­ca am­plia opor­tu­ni­da­des


Com a evi­dên­cia de seu vá­rios clien­tes, acom­pa­ ne­tEn­vios.com, que pre­
pa­pel como fa­tor crí­ti­co nhan­do a rota dos pe­di­dos ten­de abar­car toda a Amé­
para o su­ces­so dos num ser­vi­ço de trac­king ri­ca La­ti­na. Os investimen-
ne­gó­cios no e-com­mer­ce, on-line. Com in­ves­ti­men­to tos no por­tal bei­ram os 5
a lo­gís­ti­ca nun­ca es­te­ve ini­cial de 500 000 reais, o milhões de dó­la­res, e há
tão em voga. Di­ver­sas Web-Lo­gis­tics pre­ten­de par­ce­rias fir­ma­das com
em­pre­sas que tra­ba­lham tra­ba­lhar tan­to para em­pre­sas mun­diais de
sob a óti­ca da mo­vi­men­ em­pre­sas ba­sea­das no trans­por­te, como Fe­dEx,
ta­ção e ar­ma­ze­na­gem B2B como para o B2C. TNT, UPS, além das empre-
vêm se ar­man­do para “Visamos prin­ci­pal­men­te a sas bra­si­lei­ras Jun­diaí, ITD
com­pe­tir en­tre os clien­ este úl­ti­mo”, con­ta Fran­cis­ Trans­por­tes, Kwi­ka­sair,
tes do e-com­mer­ce. A co Ta­ba­ja­ra de Bri­to, di­re­tor Trans­bue­no, Gra­ne­ro,
Dan­zas Lo­gís­ti­ca, por ge­ral da Dan­zas. “ O Bra­sil Ra­mos e ou­tras do mesmo
exem­plo, forte nome no tem sin­gu­la­ri­da­des que qui­la­te. O por­tal tra­ba­lha­rá
meio, aca­ba de lan­çar o di­fi­cul­tam ainda mais os com base no con­cei­to “I
Web-Lo­gis­tics, por­tal de sis­te­mas de trans­por­te e ship” , ou eu en­tre­go, em
ge­ren­cia­men­to de ser­vi­ as en­tre­gas per­so­na­li­za­ in­glês, ofe­re­cen­do op­ções
ços para trans­por­ta­do­ras. das, por isso te­mos de de pra­zo e pre­ços em tem­ en­tre­gan­do mer­ca­do­rias
Atra­vés dele é pos­sí­vel de­sen­vol­ver so­lu­ções cada po real. De acor­do com o em qual­quer ponto do
mo­ni­to­rar si­mul­ta­nea­ vez mais ágeis”, ele diz. pre­si­den­te da ne­tEn­vios Bra­sil, por mais ermo que
men­te o de­sem­pe­nho de Ou­tro ser­vi­ço que es­treou no Bra­sil, Car­los Mira, a seja, den­tro do pra­zo fir­
de­man­das de car­ga de re­cen­te­men­te é o por­tal meta é “rom­per bar­rei­ras, ma­do”.

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pos­sí­veis gra­ças a embal- de pro­du­ção mais fle­xí­veis
agens de trans­por­te ade­ e ver­sá­teis se­rão as ten­dên­
qua­das. “Além de cai­xas cias po­ten­ciais nos pró­xi­
de pa­pe­lão on­du­la­do para mos anos”, prevê Mül­ler.
os mais di­ver­sos produ-
tos, usa­re­mos sa­co­las tér­ Americanas O peso da marca
teve
mi­cas es­pe­ciais para embalagem
Como a em­ba­la­gem
en­tre­gar pe­re­cí­veis”, con­ como ad­qui­riu ao lon­go de sua
ta Pau­lo Qui­ri­no José dos aliada nas his­tó­ria a fun­ção de ven­
entregas
Reis, di­re­tor de lo­gís­ti­ca de­dor si­len­cio­so, sen­do a
de Páscoa
do por­tal. mí­dia que aglu­ti­na in­for­
Bar­ros, da Ame­ri­ca­ mo­v i­m en­t a­ç ão sob as­pec­to pro­te­tor sai­rá da ma­ções e atri­bu­tos, além
nas.com, con­ta que a ação de­man­da, cor­tan­do gas­tos es­fe­ra da vida nas gôn­do­ de precisar des­per­tar aten­
ba­sea­da na Pás­coa des­te com es­to­ca­gem ao lon­go las, o tão fa­la­do shelf-life, ção, in­da­ga­ções tam­bém
ano teve como im­por­tan­te de to­das as eta­pas do pro­ para aten­der ao ca­nal pi­po­cam nos cam­pos do
alia­da uma em­ba­la­gem ces­so pro­du­ti­vo. es­pe­cí­fi­co do e-com­mer­ mar­ke­ting e do de­sign
es­pe­cial para trans­por­tar Para Ma­noel Mül­ler, o ce. Isso ocor­re ao mesmo fren­te ao e-com­mer­ce.
ovos de cho­co­la­te. Sem e-com­mer­ce é a fi­gu­ra- tem­po em que a tec­no­lo­ So­bram dú­vi­das de qual o
ela, diz, se­ria di­fí­cil ga­ran­ cha­ve que po­ten­cia­li­za os gia em ma­te­riais com bar­ peso que a em­ba­la­gem
tir a in­te­gri­da­de do pro­du­ pro­ce­di­men­tos lo­gís­ti­cos rei­ra avan­ça, a aces­si­bi­li­ terá como fa­tor de de­ci­são
to na che­ga­da ao destino. ve­ri­fi­ca­dos na década de da­de a pro­ces­sos so­fis­ti­ de com­pra e qual será seu
A so­lu­ção con­sis­tia em 90, como a in­tro­du­ção e a ca­dos de em­ba­la­gem cres­ pa­pel num ca­nal de ven­
cai­xas de pa­pe­lão com dis­se­mi­na­ção dos có­di­gos ce e a pre­fe­rên­cia do con­ das que ainda tem mui­to a
su­por­te in­ter­no, pro­te­gi­ de bar­ras, o ECR (Ef­fi­ su­mi­dor vai se ba­sean­do evo­luir e dis­tan­te das gôn­
das ter­mi­ca­men­te com cient Con­su­mer Res­pon­ na con­ve­niên­cia: por­ções do­las, vi­tri­nes e bal­cões,
iso­por e trans­por­ta­das em se), o Supply Chain e cada vez me­no­res e produ- adap­ta­do ao mo­ni­tor dos
vans fri­go­ri­fi­ca­das. ou­tras prá­ti­cas. “Com o tos mais fres­cos e me­nos com­pu­ta­do­res. Tais ques­
Tam­bém é in­te­res­san­te con­su­mi­dor on-line, da pro­ces­sa­dos. tões, ainda de­li­ca­das pelo
no­tar que essa em­ba­la­gem ven­da ao iní­cio da ca­deia Tais mo­vi­men­tos irão pou­co tem­po de ex­pe­riên­
de trans­por­te está se trans­ pro­du­ti­va, o so­nho de se con­tri­buir para ge­rar al­vo­ cia com o novo uni­ver­so e
for­man­do em meio fun­da­ tor­nar zero o tem­po en­tre ro­ço maior na dis­pu­ta de pela ne­bu­lo­si­da­de que
men­tal de co­mu­ni­ca­ção pro­du­ção e es­to­que poderá mercados en­tre os di­ver­sos en­vol­ve o de­sen­vol­vi­men­
da mar­ca jun­to ao con­su­ se rea­li­zar”, ele pre­vê. for­ne­ce­do­res de ma­te­riais to da In­ter­net, sus­ci­tam
mi­dor. “A em­ba­la­gem que Se­guin­do esse ra­cio­cí­ e pres­ta­do­res de ser­vi­ços dis­cus­sões so­bre o pa­pel
che­ga ao con­su­mi­dor é nio, da di­mi­nui­ção do na ca­deia de em­ba­la­gem. das mar­cas na web.
tão im­por­tan­te quan­to um tem­po en­tre pro­du­ção e “Equi­pa­men­tos e ma­te­riais “As gran­des em­pre­sas
out­door ou um comercial con­su­mo como ten­dên­cia que se ade­qüem a di­fe­ren­ que de­têm mar­cas fa­mo­
na te­le­vi­são”, sa­lien­ta ir­re­ver­sí­vel, a im­por­tân­cia tes produtos, sis­te­mas mul­ sas vão lu­crar mais com o
Bar­ros. “Não es­ta­be­le­ce­ de as­pec­tos da em­ba­la­ ti­pack, iden­ti­fi­ca­ção e e-com­mer­ce. Nós, consu-
mos po­lí­ti­ca de embala- gem, como o de pro­por­ de­co­ra­ção em for­ma­tos midores, ten­de­mos a op­tar
gens sem de­sen­vol­vi­men­ cio­nar vida útil aos produ- mo­du­la­res, ti­ra­gens sob pela ga­ran­tia de qua­li­da­de
to, no ‘achis­mo’.” tos, tam­bém deve cair. O de­man­da e lo­tes mí­ni­mos que as mar­cas for­tes nos
trans­mi­tem”, acre­di­ta
Próximo ao JIT Luiz Ro­ber­to Fa­ri­na, di­re­
O e-com­mer­ce ba­li­za tor da agên­cia de de­sign
tam­bém a es­pe­ran­ça por Bench­mark. É pre­vi­sí­vel
parte dos fa­bri­can­tes de que mui­tas vezes a de­ci­
bens de con­su­mo pela oti­ são de com­pra pos­sa ser
mi­za­ção má­xi­ma dos pro­ to­ma­da ex­clu­si­va­men­te
ces­sos ao lon­go da ca­deia com base nos tex­tos des­
pro­du­ti­va, tornan­do pró­ Verifi, da cri­ti­vos dos produtos cujo
Imation:
xi­mo o so­nho do just-in- precisão ape­lo de mar­ca já está
time – a pro­du­ção e a de cores in­cor­po­ra­do na men­te do

14 – embalagemmarca • mai 2000


con­su­mi­dor. “Na com­pra do e-com­mer­ce que
de con­ve­niên­cia, como na de­san­cam o va­re­jo tra­di­
web, o con­su­mi­dor ten­de cio­nal, res­sal­tan­do os ape­
a tes­tar pou­co, vai di­re­to los prá­ti­cos da com­pra
às gran­des mar­cas, pois pelo com­pu­ta­dor. Opi­
ele não pode pe­gar, ob­ser­ niões ra­di­cais que con­de­
var mais de per­to um pro­ nam o co­mér­cio tra­di­cio­
du­to como no pon­to-de- nal não ge­ram mais ba­ru­
ven­da tra­di­cio­nal”, sen­ lho. Há o con­sen­so de que
ten­cia Fa­ri­na. o co­mér­cio ele­trô­ni­co é
um fe­nô­me­no que ainda
Design em questão ren­de­rá mui­tos des­do­bra­
No lado do de­sign, Ma­noel men­tos, e ga­nha­rá im­por­
Design da Müller Associados já adaptado à web
Mül­ler acre­di­ta que o tân­cia ex­tre­ma, mas não
ca­mi­nho será a sua­vi­za­ção ten­cia Mül­ler. “Será pre- embalagens igual­men­te irá subs­ti­tuir, num pra­zo
no uso de co­res e de gra­fis­ ciso, ainda, re­me­ter a atraen­tes, mas em ver­sões ra­zoá­vel, o va­re­jo tra­di­
mos vol­ta­dos ao im­pac­to. al­gu­ma ima­gem sim­bó­li­ me­no­res.” cio­nal.
Como não há sen­ti­do no ca já co­nhe­ci­da do con­su­ Re­cen­te­men­te, no­vas Nos Estados Unidos,
uso de tais re­cur­sos numa mi­dor”, diz. tec­no­lo­gias e fa­to­res sur­ país que mais abri­ga con-
mídia ele­trô­ni­ca que ainda “Con­cor­do que a gi­ram para aju­dar o pa­pel sumidores ele­trô­ni­cos, os
é de bai­xa re­so­lu­ção e cap­ em­ba­la­gem deverá ser do de­sign na ex­po­si­ção no gas­tos com com­pras on-
ta­ção len­ta de ima­gens, sim­pli­fi­ca­da e va­lo­ri­zar mo­ni­tor. En­tre elas, as line re­pre­sen­tam ape­nas
tudo fa­vo­re­ce um con­cei­to mais a mar­ca e o atri­bu­to co­mu­ni­ca­ções de alta 1% do total das ven­das do
es­té­ti­co mi­ni­ma­lis­ta, do pro­du­to, numa ne­ces­si­ ve­lo­ci­da­de – que ape­sar va­re­jo. Com­prar em casa
ba­sea­do no uso de uma cor da­de de um re­po­si­cio­na­ de se­rem no­vi­da­de ten­ traz van­ta­gens, mas ir às
de­ter­mi­nan­te para a em­ba­ men­to, mas não acre­di­to dem a se con­so­li­dar – e com­pras em lo­jas ou shop­
la­gem, li­ga­da es­tri­ta­men­te em mu­dan­ças drás­ti­cas”, sis­te­mas avan­ça­dos de pings são ati­vi­da­des pra­
à co­mu­ni­ca­ção visual do pon­de­ra Fa­ri­na, da Bench­ de­fi­ni­ção de co­res na web, ze­ro­sas. “Pre­fi­ro continu-
pro­du­to ou mar­ca. mark. Por sua vez, Adair como o Ve­ri­fi, da Ima­tion. ar ob­ser­van­do a evo­lu­ção
“A lo­go­ti­pia tam­bém San­ta­na, só­cio-di­re­tor da Es­sas tec­no­lo­gias po­dem des­ta ten­dên­cia, antes de
ga­nha­rá for­ça. Não bas­ta­ Ás Design e Pu­bli­ci­da­de, fa­ci­li­tar a ven­da de produ- quan­ti­fi­car o que ela vai
rá uma ti­po­lo­gia ou um crê em no­vas opor­tu­ni­da­ tos cu­jas embalagens não representar para o merca-
ele­men­to grá­fi­co que des com o e-com­mer­ce. po­de­rão de­cep­cio­nar o do em seu conjunto”, pon­
trans­mi­ta sen­sa­ções e per­ “Um exem­plo são as con­su­mi­dor, prin­ci­pal­ de­ra Adair San­ta­na. Por
cep­ções, mas que in­for­me amos­tras grá­tis en­via­das men­te no caso de produ- enquanto, cau­te­la, caldo
de que produto se tra­ta ou ha­bi­tual­men­te jun­to com tos no­bres. de ga­li­nha e um mo­dem
qual é o be­ne­fí­cio, o atri­ o pe­di­do. Isso pro­pul­sio­na E é cu­rio­so ob­ser­var co­nec­ta­do não fa­zem mal
bu­to, a apli­ca­ção”, sen­ a maior uti­li­za­ção de estratégias de pro­mo­ção a nin­guém.

Promessa de agilidade com o B2B


a s ven­das di­re­tas de
bens de con­su­mo
ex­p res­s as
B2C são ape­nas a pon­ta
pelo
cios são as for­ças mo­tri­
zes em prol da ex­plo­são
das tran­sa­ções bu­si­ness
to bu­si­ness, o B2B. Só
do ice­berg para o e-com­ que es­sas pos­si­bi­li­da­des
mer­ce. Pro­por­cio­nar agi­ são ainda pou­co ex­plo­
li­da­de no re­la­cio­na­men­ ra­das no Bra­sil. O con­ iMark: suc-
to ao lon­go de toda a sen­so en­tre di­ver­sos esso com
máquinas
ca­deia pro­du­ti­va e no­vas es­pe­cia­lis­tas é que, ape­
nos EUA
opor­tu­ni­da­des de ne­gó­ sar de ainda en­ga­ti­nhar,

mai 2000 • embalagemmarca – 15


o B2B deve con­cen­trar Quem dis­tri­bui re­si­
as aten­ções da­qui para a nas e es­pe­cia­rias pa­re­ce
fren­te. Vá­rias em­pre­sas es­tar mais li­ga­do à ten­
que par­ti­ci­pam da ca­deia dên­cia de ne­go­cia­ções
de embalagens já se con­ vir­tuais. Nes­se cam­po,
cen­tram para agir com des­ta­cam-se a Pi­ra­mi­
se­gu­ran­ça nes­se ter­re­no, dal e a Ac­ti­vas. A pri­
sobretudo para não per­ mei­ra é a pio­nei­ra na
der com­pe­ti­ti­vi­da­de. ven­da on-line de subs­
O se­tor de má­qui­nas tra­t os, pos­s i­b i­l i­t an­d o
e equi­pa­men­tos de­di­ca­ pe­di­dos on-line des­de
Canal perfeito para o papelão dos à em­ba­la­gem, por no­vem­bro de 1999. O
exem­plo, mos­tra os pri­ retorno, po­r ém, não
A tra­di­cio­nal Kla­bin já tam­bém ga­nha­ram, pois mei­ros si­nais da im­por­ vem se tra­du­zin­do em
vem co­lhen­do os do­ces podem fazer con­sul­tas e tân­cia da web como alia­ quan­t ias sig­n i­f i­c a­t i­v as
fru­tos do pro­je­to de dar pre­ços de ma­nei­ra do para ala­van­car ven­ de ne­g ó­c ios. “Isso é
im­plan­ta­ção de seu sis­te­ mais ágil e fle­xí­vel, com a das. Si­tes es­pe­cí­fi­cos nor­m al”, ar­g u­m en­t a
ma de ven­das on-line, aju­da de com­pu­ta­do­res são uma mí­dia efi­caz Wil­son Do­ni­ze­te Ca­tal­
uma es­tra­té­gia para o por­tá­teis e lon­ge das para ven­der e com­prar di, di­re­tor da Pi­ra­mi­dal.
co­mér­cio business-to- ba­ses de ope­ra­ção. “A cul­tu­ra da com­pra
má­qui­nas, no­vas ou usa­
business. Mais que uma “Quem ven­de vai se
das, con­f or­m e vêm de re­si­nas on-line ainda
arma para ven­der, a trans­for­mar em con­sul­tor
de­mons­tran­do cla­ra­men­ está sen­do for­ma­da” ele
empresa apos­tou na in­te­ de pro­du­to, dan­do su­por­
gra­ção total de suas sete te, dei­xan­do de ser ape­
te por­tais es­tran­gei­ros diz. “Na ver­da­de, co­lo­
uni­da­des distribuídas por nas um ti­ra­dor de pe­di­ de gran­de êxi­to, como o ca­mos nos­sa loja no ar
todo o país. Isso somente dos”, acredita o gerente iMark.com, que já con­ta para ad­qui­rir ex­pe­riên­
se tornou pos­sí­vel gra­ de informática com 7 000 equi­pa­men­ cias e ajus­tá-la de acor­
ças ao SICP – Sis­te­ma da Klabin. tos usa­dos ex­pos­tos e do com o retorno dos
In­te­gra­do de Co­mer­cia­li­ Ou­tras em­pre­sas da área mais de 11 000 po­ten­ vi­si­tan­tes”, ex­pli­ca.
za­ção e Pro­du­ção, de­sen­ de pa­pe­lão es­tão en­tran­ ciais com­pra­do­res re­gis­ Laér­cio Gon­çal­ves,
vol­vi­do in­ter­na­men­te na do tam­bém no mun­do do tra­dos. di­re­tor da Ac­ti­vas, con­
empresa. B2C. A Bra­sem­ba, por cor­da com Ca­tal­di. “A
Se­gun­do Ge­ral­do Bar­bo­ exem­plo, aca­ba de inau­
In­te­gra­ção loja vir­tual é um meio
sa Jú­nior, ge­ren­te de gu­rar sua loja vir­tual Cai­
A Associação Bra­silei­ra di­nâ­mi­co, exi­ge mu­dan­
in­for­má­ti­ca da Kla­bin, xas­Net, vol­ta­da a en­co­
da In­dús­tria de Má­qui­ ças, atua­li­za­ções e lan­ça­
cer­ca de 3% dos clien­tes men­das de pe­que­no por­
tra­di­cio­nais já fa­zem te. “Apos­ta­mos num
nas e Equi­pa­men­tos – men­tos de ser­vi­ços cons­
seus pe­di­dos e acom­pa­ retorno de mé­dio a lon­go Abi­maq está lan­çan­do tan­tes, sem­pre bus­can­do
nham todo o pro­ces­so pra­zo, já que o con­su­mi­ seu por­tal es­pe­cí­fi­co agre­gar va­lo­res e di­fe­
den­tro da fá­bri­ca e na dor não está acos­tu­ma­do para ações ne­gó­cio a ren­ciais”, co­men­ta. A
dis­tri­bui­ção on-line. O a com­prar nos­so pro­du­to ne­gó­cio. Nele, o mote meta da Ac­ti­vas, que já
volume co­mer­cia­li­za­do através da In­ter­net”, diz prin­ci­pal é a in­te­gra­ção dis­po­ni­bi­li­za cer­ca de
pela empresa já lhe Da­vid Ro­ma­no, di­re­tor da en­tre as em­pre­sas for­ne­ 250 itens em sua loja, é
ga­ran­te a 41ª po­si­ção empresa. ce­do­ras e pro­du­to­ras de con­ver­ter para a ven­da
en­tre as em­pre­sas que De­sen­vol­vi­da pela pres­ bens de ca­pi­tal que pres­ vir­tual cer­ca de 30% de
mais fa­tu­ra­ram no país ta­do­ra de ser­vi­ços em tam ser­vi­ços às mais seus clien­tes até o fim do
no ano de 1999 com in­for­má­ti­ca Sco­pus e em
di­fe­ren­tes áreas. De­sen­ ano. “Já ob­ti­ve­mos qua­
co­mér­cio ele­trô­ni­co, par­ce­ria com o Bra­des­co,
vol­vi­do em par­ce­ria com se 10 000 vi­si­tas”, co­me­
segundo le­van­ta­men­to o Cai­xas­Net an­te­ci­pa
re­cen­te da re­vis­ta Info uma ten­dên­cia de merca-
o Bra­des­co e a empresa mo­ra Gon­çal­ves.
Exa­me. “O tem­po para dos es­tran­gei­ros. “Os de tec­no­lo­gia Sco­pus, o No se­tor de for­ne­ci­
pro­ces­sar um pe­di­do ser­vi­ços de pron­ta-en­tre­ por­tal da Abi­maq tem men­to de ma­té­rias-pri­
pas­sou de dois dias para ga de cai­xas de pa­pe­lão por ob­je­ti­vo ge­rar maior mas para embalagens, a
al­guns se­gun­dos”, con­ta são al­ta­men­te lu­cra­ti­vos di­na­mis­mo ao se­tor, mo­vi­men­ta­ção tam­bém
Geraldo Bar­bo­sa. em ou­tros paí­ses”, além de re­du­zir cus­tos é mui­to iten­sa em tor­no
Os ven­de­do­res da Kla­bin co­men­ta Ro­ma­no. nas tran­sa­ções. do tema do co­mér­cio

16 – embalagemmarca • mai 2000


ele­trô­ni­co. As maio­res
em­pre­sas do se­tor pe­tro­
quí­mi­co já vêm tra­ba­
lhan­do para usar a web
com maior in­ten­si­da­de
em bre­ve. A Po­lial­den,
por exem­plo, apos­ta na
In­ter­net como fer­ra­men­
ta de agi­li­za­ção de ven­
das de suas re­si­nas e
es­pe­cia­rias plás­ti­cas. Piramidal também aposta em resinas on-line

Jei­to la­ti­no
De acor­d o com João
Car­los Piaz­zi, coor­de­
na­dor da área de pla­ne­
ja­men­to e mar­ke­ting da
empresa, ofe­r e­c er aos
clien­tes o di­fe­ren­cial de
es­ta­rem on-line tor­nou-
se um ser­vi­ço ine­vi­tá­
vel, po­rém as tran­sa­
ções ele­t rô­n i­c as, pro­ Activas: mais de 10 000 visitas

pria­men­te di­tas, ainda


es­tão sen­do es­tu­da­das Sites mencionados
com re­ser­vas. “A re­la­
Klabin:
ção pes­soal em nos­sa www.klabinkpo.com.br
área de ven­das é mui­to
Americanas:
forte, uma ca­rac­te­rís­ti­ www.americanas.com.br
ca la­ti­na”, pon­de­ra. “De
Amelia:
qual­quer forma, pre­ten­ www.amelia.com.br
de­mos in­ves­tir em nos­
CaixasNet:
so site so­bretu­do para www.caixasnet.com.br
pro­v er in­f or­m a­ç ões e
Polialden:
es­trei­tar re­la­ções.” www.polialden.com.br
O aço tam­bém vis­
Piramidal:
lum­bra opor­tu­ni­da­des. www.piramidal.com.br
O Ins­ti­tu­to Na­cio­nal dos
Activas:
Dis­tri­bui­do­res de Aço www.activas.com.br
(INDA) está apoian­do a
Abimaq:
cons­tru­ção do XYZ, www.abimaq.org.br
nome pro­vi­só­rio de um
Web-Logistics:
por­tal al­ter­na­ti­vo que dê www.danzaslogistica.com.br
va­zão à dis­tri­bui­ção de
netEnvios:
produtos si­de­rúr­gi­cos, www.netenvios.com.br
con­tan­do com o apoio
iMark:
de dis­tri­bui­do­res e si­de­ www.imark.com
rúr­gi­cas como a CSN,
International Data Corporation:
Usi­mi­nas/Co­si­pa, Ger­ www.idc.com
dau, Bel­go-Mi­nei­ra e
Imation:
CST. E isso tudo é ape­ www.imation.com
nas o co­me­ço.

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ESTRATÉGIA

diferentes para serem

notados
c
Mudar embalagens pode vender mais ­– se o consumidor quiser

ada vez mais afirma-se pra­ti­ca­men­te todo em embalagens deverá es­tra­nhar, por­tan­to, se uma
que, ante a cres­cen­te as­sép­ti­cas. Em um pri­mei­ro das prin­ci­pais mar­cas do pro­du­to,
es­cas­sez de es­pa­ço nos mo­men­to, o lei­te em “cai­xi­nha” que atual­men­te faz tes­tes, apa­re­cer
pon­t os-de-ven­d a, da des­ta­cou-se dos de­mais, ga­nhan­ em bre­ve nas gôn­do­las dos su­per­
co­mo­di­ti­za­ção de inú­me­ras ca­te­ do maior vi­si­bi­li­da­de e ima­gem mer­ca­dos em gar­ra­fas de PET.
go­rias, da mes­mi­ce visual e da pre­mium. Po­rém, como pra­ti­ca­ Assim como no caso do lei­te,
guer­ra de pre­ços, uma forma de men­te to­das as mar­cas ado­ta­ram a fa­bri­can­tes de di­fe­ren­tes ca­te­go­
atrair consumidores é re­po­si­cio­nar em­ba­la­gem, que pa­de­ce da li­mi­ rias de produtos es­tão ado­tan­do a
os produtos, mu­dan­do suas embal- ta­ção de for­ma­to, tudo co­me­çou a es­tra­té­gia de mu­dar as embala-
agens – não só no que diz respeito fi­car um tan­to igual – e as­sim os gens, de forma a torná-las mais
ao de­sign, mas ao pró­prio ma­te­ “ti­jo­los” de lei­te pas­sa­ram a atraen­tes aos olhos dos consumi-
rial. Di­zem os teó­ri­cos que um ga­nhar co­res, ver­ni­zes, re­le­vos, dores. Os ca­sos apresentados nas
up­gra­de, mesmo ele­van­do um me­ta­li­za­ções e complementos de duas próximas páginas de­mons­
pou­co o cus­to final do pro­du­to, conveniência. tram que a teo­ria, na prá­ti­ca, pode
pode ga­ran­tir au­men­to nas ven­das. Como tudo está co­me­çan­do a dar cer­to – ou não. Na dú­vi­da, é
Fun-damental, recomendam eles, fi­car igual de novo, já há em­pre­sas sem­pre con­ve­nien­te per­gun­tar-se,
é não elevar demais os preços. co­gi­tan­do de uti­li­zar embalagens es­tu­dar, pes­qui­sar para des­co­brir
Veja-se o que ocor­reu com o feitas de ou­tros ma­te­riais, bem aqui­lo que é a maior de to­das as
lei­te, an­tes ven­di­do em sa­chês de como com novos for­ma­tos, para ala­van­cas de ven­da: o que o con­
po­lie­ti­le­no e hoje acon­di­cio­na­do acon­dicio­nar lei­te. Nin­guém su­mi­dor quer.

18 – embalagemmarca • mai 2000


Payot, do PVC para o en­fa­ti­zar para o con­su­mi­dor a qua­li­
vidro: mudança
bem aceita pelo da­de do pro­du­to. “Essa em­ba­la­gem
consumidor cha­ma a aten­ção na gôn­do­la”, ob­ser­
va Cláu­dia. “Tor­na o pro­du­to mais
caro, mas a con­su­mi­do­ra o vê como
um pre­sen­te: além de guar­dar a la­ti­
nha, ela pode ex­pe­ri­men­tar até cin­
co ti­pos di­fe­ren­tes de chá.”
Como a es­tra­té­gia vem dan­do
cer­to, a Oet­ker re­sol­veu mo­di­fi­car o
for­ma­to da em­ba­la­gem, que an­tes
era qua­dra­da. Em maio úl­ti­mo, lan­
Payot: resposta positiva final do ano. “Isso foi re­sul­ta­do do çou uma lata ar­re­don­da­da. “Esse
Em se­tem­bro do ano pas­sa­do, o mo­men­to de fes­tas e de toda uma tipo de ini­cia­ti­va com­pen­sa, e que­
la­bo­ra­tó­rio Pa­yot subs­ti­tuiu as emba- cam­pa­nha de mar­ke­ting, mas, com re­mos es­tar sem­pre mu­dan­do”,
lagens de PVC de suas li­nhas Tra­di­ cer­te­za, a apre­sen­ta­ção di­fe­ren­cia­da re­ve­la a ge­ren­te de mar­ke­ting da
cio­nal e Soin Bio­cos­mé­ti­que de con­tri­buiu para o au­men­to nas ven­ empresa. “Isso tem uma par­ce­la
anti-ru­gas por po­tes de vi­dro in­co­lor das”, afir­ma. “O con­su­mi­dor está re­pre­sen­ta­ti­va na es­tra­té­gia de mar­
for­ne­ci­dos pela Whea­ton, com for­ cada vez mais exi­gen­te, e uma apre­ ke­ting e aju­da a fin­car o nome Oet­
ma­to acin­tu­ra­do e tam­pas de po­li­ sen­ta­ção me­lhor iden­ti­fi­ca o pro­du­ ker no mercado.”
pro­pi­le­no. “O con­su­mi­dor des­sas to com boa qua­li­da­de.”
li­nhas pre­fe­re o vi­dro, que eno­brece Garoto: bonita, porém…
o pro­du­to”, diz Mar­ta Pon­gi­dor, Oetker: reforço na imagem Não é sem­pre que mu­dar a em­ba­la­
ge­ren­te de mar­ke­ting da empresa. As op­ções em embalagens no mer- gem, dei­xan­do-a mais prá­ti­ca e com
Se­gun­do ela, a em­ba­la­gem an­ti­ga, cado de chás em sa­chês não cos­tu­ visual mais atraen­te, dá certo. Como
um pote re­tan­gu­lar com tam­pa no mam ir além da cai­xi­nha de pa­pel- na vida em ge­ral, em ter­mos de mar­
mesmo for­ma­to, era pou­co prá­ti­ca. car­tão. Por se tra­tar de um pro­du­to ke­ting todo cui­da­do é pou­co. A Cho­
Por isso fo­ram fei­tas al­te­ra­ções tam­ de baixo valor agre­ga­do, os investi- co­la­tes Ga­ro­to pa­re­ce não ter le­va­do
bém no per­fil. “Essa linha é di­vi­di­da mentos na di­fe­ren­cia­ção da apre­ isso em con­ta quan­do, em 1997, tro­
em fras­cos e po­tes, mas os po­tes eram sen­ta­ção são pou­cos. Qual­quer al­te­
mui­to gran­des”, ela con­ta. “En­tão, ra­ção pode au­men­tar o cus­to, tor­
op­ta­mos por usar uma em­ba­la­gem nan­do o pre­ço final me­nos com­pe­ti­
mais com­pac­ta, que foi bem acei­ta ti­vo. No entanto, a ex­po­si­ção da
pelo público”, Mar­ta afir­ma, sem re­ve­ mar­ca é um im­por­tan­te fa­tor para Os rótulos da
Cereser em
lar nú­me­ros. “Nosso ser­vi­ço de aten­ ala­van­car ven­das. Um exem­plo que papel couché, ao
di­men­to ao con­su­mi­dor re­ce­beu várias deu cer­to é o da Oet­ker. lado, mudaram
res­pos­tas po­si­ti­vas à mu­dan­ça.” Des­de 1998 a empresa man­tém para papel
metalizado: mais
no mercado, pa­ra­le­la­men­te ao tra­di­ visibilidade nos
Cereser: maior destaque cio­nal car­tu­cho de pa­pel-car­tão, pontos-de-venda
A Ce­re­ser, fa­bri­can­te de be­bi­das uma edi­ção li­mi­ta­da de seus chás
com sede em Jun­diaí (SP), está Er­vas e Flo­res & Fru­tas, aco­mo­da­
apos­tan­do nos ró­tu­los me­ta­li­za­dos da em la­tas de aço de­co­ra­das, com
em de­tri­men­to do an­ti­go, de pa­pel quin­ze sa­chês em qua­tro di­fe­ren­tes
cou­ché, para agre­gar valor a seus sa­bo­res. Apesar do au­men­to no cus­
produtos. Se­gun­do o ge­ren­te de to, que é re­pas­sa­do ao con­su­mi­dor,
com­pras e su­pri­men­tos da empresa, a ge­ren­te de mar­ke­ting da empresa,
Ro­ber­to Dió­rio, o pa­pel me­ta­li­za­do Cláu­dia Ro­cha, diz que esse in­ves­
pro­pi­cia me­lhor apre­sen­ta­ção e ti­men­to con­tri­buiu para rea­fir­mar a
maior des­ta­que nos pon­tos-de-ven­ mar­ca e trou­xe bom retorno. “De
da. “Com cer­te­za o re­sul­ta­do é mui­ 1998 até o final do ano pas­sa­do, as
to su­pe­rior”, ele diz. Dió­rio con­ta ven­das dos nos­sos chás au­men­ta­
que as ven­das das be­bi­das da Ce­re­ ram mais de 50%”, diz Cláu­dia.
ser au­men­ta­ram em 15% des­de o Se­gun­do ela, a ini­cia­ti­va ser­ve para

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A for­ça da Moça
De­ci­di­da­men­te, di­fe­ren­cia­ção não é a
úni­ca es­tra­té­gia ade­qua­da para re­po­si­
cio­nar um pro­du­to e ga­nhar mercado.
Às vezes a tra­di­ção fala mais alto, e o
con­su­mi­dor, acos­tu­ma­do com de­ter­mi­
na­do pro­du­to em de­ter­mi­na­da em­ba­la­
gem, se­quer olha para os la­dos no
Chás da Oetker: lata em edição limitada, papel cartão na linha tradicional pon­to-de-ven­da e vai di­re­to aon­de
sabe que vai en­con­trar o que quer. Em
cou a tra­di­cio­nal cai­xa de pa­pel-car­ te eli­ti­za­do e pas­sou a per­ce­ber na 1996, a Par­ma­lat lan­çou lei­te con­den­
tão de seu bom­bom Cro­can­te por em­ba­la­gem fle­xí­vel, de me­nor sa­do em Te­tra Brik. In­ves­tiu nes­sa
sacos fle­xí­veis la­mi­na­dos, de po­lie­ valor agre­ga­do, um pro­du­to de em­ba­la­gem como forma de di­fe­ren­ciar
ti­le­no e po­li­pro­pi­le­no bi-orien­ta­do me­nor qua­li­da­de, em­bo­ra nada na seu pro­du­to e para ga­ran­tir maior
(para vo­lu­mes de até 1 qui­lo) e de re­cei­ta ti­ves­se sido mu­da­do. Para ex­po­si­ção nas gôn­do­las do que a lata
po­liés­ter e po­lie­ti­le­no (para vo­lu­ Buar­que, mesmo com a que­da nas de aço, em­ba­la­gem tra­di­cio­nal da ca­te­
mes su­pe­rio­res a 1 qui­lo). ven­das cau­sa­da pela pri­mei­ra go­ria. No primeiro caso, conseguiu. No
A em­ba­la­gem fi­cou bo­ni­ta e tem mu­dan­ça, um novo in­ves­ti­men­to segundo não teve tanto êxito.
bri­lho, atri­bu­to que segundo os para al­te­rar o visual da em­ba­la­ A es­tra­té­gia deu re­la­ti­va­men­te cer­to,
mas não foi su­fi­cien­te para que a mar­
es­pe­cia­lis­tas é um atra­ti­vo adi­cio­nal gem do bom­bom pode dar cer­to.
ca al­can­ças­se a lí­de­r, o Lei­te Moça, da
da aten­ção do con­su­mi­dor. No “A pri­mei­ra coi­sa que deve ser
Nes­tlé. Foi bom para a Te­tra Pak:
entanto, na épo­ca as ven­das do fei­ta para que a mar­gem de erro
ou­tras mar­cas, como Itam­bé, pas­sa­
bom­bom che­ga­ram a cair 8%. seja me­nor, é ob­ter o má­xi­mo de ram a ado­tar as embalagens as­sép­ti­
Se­gun­do o ge­ren­te de produtos da in­for­ma­ções pos­sí­veis e ob­ser­var cas para lei­te con­den­sa­do. Du­ran­te
Ga­ro­to, Gui­lher­me Buar­que, a ten­dên­cias”, ele diz. Pon­do isso dois anos a Par­ma­lat man­te­ve so­men­
ex­pec­ta­ti­va da empresa não foi em prá­ti­ca, a Ga­ro­to es­tu­da o te a Te­tra Brik para seu pro­du­to, tor­
al­can­ça­da por­que o con­su­mi­dor não retorno do bom­bom Cro­can­te às nan­do-se lí­der de ven­das em lei­te con­
per­ce­beu a mu­dan­ça. “A cam­pa­nha cai­xas de pa­pel-car­tão, pre­fe­ri­das den­sa­do com em­ba­la­gem car­to­na­da.
pu­bli­ci­tá­ria não atin­giu os níveis pelos consumidores. En­tre­tan­to, como as maio­res em­pre­
ne­ces­sá­rios de divulgação”, ele diz. sas do segmento con­ti­nua­ram uti­li­
A Ga­ro­to ha­via apos­ta­do no zan­do a lata de aço, a Par­ma­lat de­ci­
diu, em 1998, in­ves­tir nes­se tipo de
visual mo­der­no e na fun­cio­na­li­da­de
em­ba­la­gem para seu pro­du­to, sem, no
da em­ba­la­gem fle­xí­vel. “A cai­xa
entanto, aban­do­nar a cai­xi­nha. “A ini­
tem um ar an­ti­go, ro­mân­ti­co,
cia­ti­va está re­la­cio­na­da com a tra­di­
enquanto a fle­xí­vel é mais atual, ção de con­su­mo, pois o lei­te con­den­
além de ser mais fá­cil de car­re­gar e sa­do sem­pre es­te­ve dis­po­ní­vel em
de per­mi­tir ao con­su­mi­dor ver o lata para o con­su­mi­dor”, diz Mar­ce­lo
pro­du­to”, con­si­de­ra Buar­que. Além Câ­ma­ra, ge­ren­te de pro­du­to da
dis­so, como ele destaca, a cai­xa de empresa. O Lei­te Moça foi o pri­mei­ro
pa­pel car­tão per­deu es­pa­ço para as lei­te con­den­sa­do a entrar no Bra­sil e
embalagens fle­xí­veis nas gôn­do­las. já no sé­cu­lo pas­sa­do vi­nha acon­di­cio­
“As cai­xas es­ta­vam fi­can­do com na­do em lata, com o mesmo for­ma­to
es­pa­ço me­nos pri­vi­le­gia­do, e as A mudança do bombom Crocante que tinha mais de 100 anos atrás.
coi­sas têm de ser re­no­va­das de tem­ para sacos plásticos (acima) não No caso da Par­ma­lat, a es­tra­té­gia da
teve bons resultados, pois o não-mu­dan­ça fun­cio­nou. Se­gun­do
pos em tem­pos, con­for­me as ten­ consumidor estava acostumado Câ­ma­ra, com a in­tro­du­ção da lata na
dên­cias de mercado”, jus­ti­fi­ca o com o papel cartão (abaixo)
linha de lei­te con­den­sa­do da mar­ca,
ge­ren­te de produtos da Ga­ro­to. as ven­das do pro­du­to au­men­ta­ram.
Con­vém lembrar, po­rém, que isso “Es­ta­mos conquistando gra­da­ti­va­
pro­va­vel­men­te se deve mui­to mais men­te mais es­pa­ço nas lo­jas e jun­to
aos in­te­res­ses do va­re­jo do que de aos consumidores”, ele con­ta. Hoje, a
pre­fe­rên­cia dos consumidores. Par­ma­lat ocu­pa o ter­cei­ro lu­gar en­tre
O fato é que o pú­bli­co-alvo do as mar­cas do segmento, atrás do lei­te
bom­bom Cro­can­te é re­la­ti­va­men­ Moça e do Gló­ria.

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CERVEJAS

mais um
peso pesado
o
Tetra Pak entra em cena com PET para disputar o mercado

jogo está mais pe­sa­do. mu­la­ção da cer­ve­ja, a fim de am­pliar


Me­nos de dois me­ses o shelf-life do pro­du­to.
de­pois de a Rho­dia- Apoia­do na for­ça da mar­ca Te­tra­
Ster, di­vi­são de re­si­nas Pak e na ho­mo­lo­ga­ção da gar­ra­fa
da Rho­dia do Bra­sil, ter di­vul­ga­do nos mercados sue­co e ale­mão, com
Garrafa
de PET de
que sua gar­ra­fa de PET para cer­ve­ja as cer­ve­jas Norr­lands Guld e Bit­bur­
cerveja es­ta­va pres­tes a ser ado­ta­da no Bra­sil ger, Ál­va­ro Pe­rei­ra, di­re­tor da di­vi­
sueca (ver qua­dro na pró­xi­ma pá­gi­na), é a são de embalagens plás­ti­cas da Te­tra
Te­tra Pak, a gi­gan­te das embalagens Pak no Bra­sil, diz que não há ainda
as­sép­ti­cas, quem anun­cia a de­ci­são ne­gó­cios fe­cha­dos nem tes­tes sen­do
de dis­pu­tar com o vi­dro, o alu­mí­nio rea­li­za­dos com a nova gar­ra­fa pe­las
e o aço um mercado es­ti­ma­do em cer­ve­ja­rias. Mas, ob­via­men­te, to­das
tor­no de 9 bilhões de reais. es­tão sen­do abor­da­das. Ini­cial­men­te,
A empresa sue­ca vem jun­tar-se a ele adian­ta, a empresa di­re­cio­na­rá o
um time que já con­ta com ou­tros novo re­ci­pien­te a ca­nais di­fe­ren­cia­
jo­ga­do­res de bom ta­ma­nho, como a dos de con­su­mo, como su­per­mer­ca­
fran­ce­sa Si­del, a ita­lia­na SIPA e a dos e even­tos ar­tís­ti­cos e es­por­ti­vos,
ja­po­ne­sa Nis­sei ASB. Com di­fe­ren­ças onde o vi­dro en­con­tra bar­rei­ras.
de no­mes para sis­te­mas cu­jos prin­cí­
pios são ba­si­ca­men­te se­me­lhan­tes – Volume baixa custo
re­ves­ti­men­to in­ter­no das gar­ra­fas com A pers­pec­ti­va é de que, “den­tro
plas­ma de al­gum ma­te­rial iner­te, ou de dois ou três anos, com ga­nho de
ex­ter­no com al­gu­ma re­si­na que pro­pi­ es­ca­la, os pre­ços es­ta­rão com­pe­ti­ti­
cie bar­rei­ra a ga­ses –, to­das afir­mam vos com os do vi­dro”. O di­re­tor da
ter a res­pos­ta ao de­sa­fio. Te­tra Pak lem­bra o exem­plo das gar­
A Te­tra Pak en­tra pe­las duas ver­ ra­fas de PET para re­fri­ge­ran­tes, que
ten­tes. Com a tec­no­lo­gia Glas­kin em pou­cos anos se tor­na­ram a em­ba­
(re­ves­ti­men­to in­ter­no com plas­ma la­gem pre­pon­de­ran­te no segmento.
de sí­li­ca), com­pe­te com a Si­del e a “No co­me­ço eram ca­ras, mas com o
Nis­sei, de­ten­to­ras, res­pec­ti­va­men­te, au­men­to do volume tor­na­ram-se
das tec­no­lo­gias Ac­tis e DLC (de com­pe­ti­ti­vas”, ele destaca. “Com a
Dia­mond like Car­bon). Com a tec­ redução de cus­tos pode-se pro­du­zir
no­lo­gia Sea­li­ca (pre­for­mas de PET maio­res vo­lu­mes, e pes­qui­sas in­di­
re­ves­ti­das ex­ter­na­men­te com re­si­na cam que, apa­ren­te­men­te, o con­su­mi­
epó­xi), dis­pu­ta es­pa­ço com a SIPA e dor acei­ta a cer­ve­ja em PET.”
de­mais fabricantes de gar­ra­fas mul­ Ou­tro ar­gu­men­to que Pe­rei­ra
ti­ca­ma­das re­ves­ti­das. E, com am­bas, exi­be é a pos­si­bi­li­da­de de di­fe­ren­
en­fren­ta a Rho­dia-Ster, cuja tec­no­lo­ ciar o for­ma­to e de per­so­na­li­zar as
gia se ba­sea­ria em al­te­ra­ções na for­ gar­ra­fas de PET. A Te­tra Pak apos­ta,

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ainda, na mu­dan­ça de com­por­ta­ bra que do total do con­su­mo de cer­ fe­liz, por que mu­dar?”
men­to nos pon­tos frios, onde o va­si­ ve­ja, 30% ocor­rem off pre­mi­se, isto Quan­to à pos­si­bi­li­da­de de di­fe­
lha­me re­tor­ná­vel de vi­dro é he­ge­ é, fora do lo­cal de com­pra, dividido ren­ciar os for­ma­tos das embalagens,
mô­ni­co. “A fal­ta de es­pa­ço vem-se da se­guin­te forma: 75% em lata, o pre­si­den­te da Cis­per destaca que
tor­nan­do cru­cial em pa­da­rias, lan­ 15% em vi­dro long neck e 10% em “nes­se as­pec­to o mercado de cer­ve­
cho­ne­tes e ba­res”, observa Pe­rei­ra. vi­dro re­tor­ná­vel. Os res­tan­tes 70% ja hoje é bas­tan­te seg­men­ta­do, e o
Mes­mo as­sim, não será fá­cil, já re­fle­tem o ca­nal on pre­mi­se, ou seja, vi­dro con­tri­buiu mui­to para isso”.
que 80% do con­su­mo de cer­ve­ja no o con­su­mo no pró­prio lo­cal. “Pelo Lo­ren­te lem­bra que as gar­ra­fas de
Bra­sil se dão em embalagens re­tor­ que sa­be­mos, não há pres­são dos vidro long neck de cada mar­ca têm
ná­veis (77% em gar­ra­fas de vi­dro de do­nos de ba­res, pa­da­rias, res­tau­ran­ per­fis di­fe­ren­tes e três co­res distin-
600ml e 3% em bar­ris), basicamente tes e lan­cho­ne­tes para mu­dar”, diz tas, âm­bar, ver­de e in­co­lor. Ade­
em pon­tos frios. José An­to­nio Lo­ren­ Lo­ren­te. “Es­tão sa­tis­fei­tos com suas mais, o vi­dro dis­po­ni­bi­li­za gar­ra­fas
te, pre­si­den­te da Cis­per, re­fu­ta a mar­gens de lu­cro, as cer­ve­ja­rias de 600ml des­car­tá­veis, que tam­bém
ar­gu­men­ta­ção de Pereira. Ele lem­ tam­bém – e, se o ca­nal in­tei­ro está po­dem ser per­so­na­li­za­das.

“Cer­ve­ja a um pas­so da gar­ra­fa plás­ti­ca” “deve-se considerar o custo”


Com o tí­tu­lo aci­ma, a Ga­ze­ta Mer­ PET, gra­ças a uma mu­dan­ça no A Abi­vi­dro - Associação das Indústrias
can­til do dia 20/3/2000 trou­xe es­ta­bi­li­zan­te da be­bi­da”, segundo de Vi­dro en­viou a se­guin­te men­sa­gem:
“La­men­tá­vel a re­por­ta­gem da Ga­ze­ta
re­por­ta­gem di­zen­do que a Rho­dia- a re­por­ta­gem. A Ga­ze­ta Mer­can­til
Mer­can­til do dia 20/03, pois além de
ster, di­vi­são de re­si­nas da Rho­dia ci­ta­va tam­bém pes­qui­sa rea­li­za­da ten­den­cio­sa não apre­sen­ta a si­tua­ção
do Bra­sil, criou um novo pro­ces­so nos Es­ta­dos Uni­dos pela Pro­mo real do mercado brasileiro e ainda por
de fa­bri­ca­ção de cer­ve­jas que per­ Edge mos­tran­do que, “na ava­lia­ cima con­tra­diz re­por­ta­gem pu­bli­ca­da
mi­te o en­gar­ra­fa­men­to em va­si­lha­ ção dos consumidores, a gar­ra­fa pelo próprio jor­nal no dia 3/12/99.
mes de PET. Sua ado­ção de­pen­de­ plás­ti­ca para cer­ve­ja leva van­ta­ À pri­mei­ra vis­ta cha­ma a aten­ção a fon­
te da pes­qui­sa ‘O Jul­ga­men­to do Con­
ria ape­nas de apro­va­ção do Mi­nis­ gem so­bre as la­tas de alu­mí­nio e
su­mi­dor’ fei­ta pela Pro­mo Edge, dos
té­rio da Agri­cul­tu­ra. “Uma cer­ve­ so­bre o vi­dro”. Estados Unidos, empresa sem no­to­rie­
ja­ria de mé­dio por­te já es­ta­ria pre­ Aqui, os se­to­res que se sen­ti­ram da­de no ramo de pes­qui­sa so­bre em­ba­
pa­ra­da para lan­çar a cer­ve­ja em atin­gi­dos se ma­ni­fes­tam. la­gem de cer­ve­ja no mercado ame­ri­ca­
no, con­for­me in­for­ma­ção do Ame­ri­can
Beer Ins­ti­tu­te, que ale­ga des­co­nhe­cer
“Ha­ve­rá forte re­sis­tên­cia” tal es­tu­do ou tal empresa.
Por in­ter­mé­dio de sua as­ses­so­ria de te­rís­ti­ca de tem­pe­ra­tu­ra do lí­qui­do é Os nú­me­ros de par­ti­ci­pa­ção do merca-
im­pren­sa, a Al­can do Bra­sil, for­ne­ce­ mui­to im­por­tan­te para cer­ve­jas; do brasileiro de cer­ve­ja es­tão de­sa­tua­li­
do­ra de cha­pas de alu­mí­nio para a “a lata é mais fa­cil­men­te es­to­cá­vel e za­dos; hoje, con­for­me da­dos da Niel­sen
fa­bri­ca­ção de la­tas, en­ca­mi­nhou o trans­por­tá­vel do que o PET (maior e do Sin­di­cerv, temos o se­guin­te per­fil :
se­guin­te tex­to à re­da­ção de Emb ­ al­ a­ con­ve­niên­cia); Re­tor­ná­vel : 70% (Vi­dro: 77%)
gem­Marc ­ a: “o PET so­men­te se jus­ti­fi­ca eco­no­mi­ Des­car­tá­vel : 30% (Vi­dro: 4%)
“O PET para cerveja nas tecnologias ca­men­te em embalagens de gran­de Atual­men­te não se uti­li­za con­ser­van­tes
disponíveis no exterior ainda é mais volume e, as­sim, pas­sa a não repre- em ne­nhu­ma cer­ve­ja com boa re­pu­ta­
caro do que a lata; sentar um con­cor­ren­te à lata, que é ção e qua­li­da­de de ní­vel mun­dial, pois
“o PET para cer­ve­ja na tec­no­lo­gia ti­pi­ca­men­te uma em­ba­la­gem do sin­ são to­tal­men­te des­ne­ces­sá­rios. A ten­
de­sen­vol­vi­da pela Rho­dia-ster (úni­ca gle ser­ve; dên­cia mun­dial é de bus­ca, pelo merca-
tec­no­lo­gia bra­si­lei­ra), por al­te­rar a “mesmo nos Estados Unidos, onde já do con­su­mi­dor, de produtos cada vez
com­po­si­ção da cer­ve­ja deve al­te­rar o pas­sou da fase de tes­te na Mil­ler, o mais na­tu­rais, o que con­tra­põe a tec­no­
seu gos­to e suas pro­prie­da­des quí­mi­ pú­bli­co-alvo des­sa em­ba­la­gem é for­ lo­gia pro­pos­ta pela Rho­dia-ster.
cas, não sen­do apoia­da pelos mes­tres ma­do por pes­soas que fre­qüen­tam Quan­to ao cus­to, é pre­ci­so con­si­de­rar
cer­ve­jei­ros e pelo pró­prio Sin­di­cerv es­tá­dios, shows e ou­tros even­tos que mui­to em bre­ve haverá lei am­bien­tal
(para co­nhe­cer em de­ta­lhes a ex­ter­nos; as oca­siões de con­su­mo cujo en­fo­que prin­ci­pal será o de po­lui­
opi­nião do se­tor cer­ve­jei­ro, aces­ se­rão res­tri­tas a es­ses even­tos aber­ dor-pa­ga­dor; isso acar­re­ta ris­cos adi­cio­
se o site www.sin­di­cerv.com.br); tos; em ou­tras pa­la­vras, essa em­ba­la­ nais de novos cus­tos, que se agre­ga­dos
“há re­sis­tên­cia cul­tu­ral a acei­tar um gem não ca­ni­ba­li­za­rá ne­nhu­ma ou­tra a qual­quer uma das pro­pos­tas que tra­
pro­du­to como a cer­ve­ja en­va­sa­da em já exis­ten­te; ela será uma op­ção a mi­tam no go­ver­no, resultam em:
plás­ti­co – pro­va­vel­men­te ha­ve­rá forte mais para uma oca­sião de con­su­mo - En­ca­re­ci­men­to da ma­té­ria-pri­ma
re­sis­tên­cia à entrada des­ta em­ba­la­ que ainda não está bem ser­vi­da de - Au­men­to de tri­bu­tos so­bre ti­pos es­pe­
gem por parte dos consumidores; emba-lagens es­pe­cí­fi­cas.” cí­fi­cos de embalagens
“a lata gela mais de­pres­sa e de­mo­ra A Latasa, maior produtora de latas de - Res­tri­ções que obri­guem ao tra­ta­men­
mais tem­po para es­quen­tar – a ca­rac­ alumínio no país, não se manifestou. to de re­sí­duos só­li­dos, ou lixo ur­ba­no.”

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rótulos

auto-adesivos
à toda
e
Segmento tem novas empresas e boas novidades

stá in­te­res­sa­do em
trans­for­mar produtos
de mo­des­to de­sem­pe­
nho em ar­ti­gos
atraen­tes no pon­to-de-ven­
da? Pen­se em ró­tu­los
auto-ade­si­vos. O seg­
mento está re­ple­to de
no­vi­da­des, de novos for­
ne­ce­do­res e de pro­mes­
sas de opor­tu­ni­da­des.
Ain­da há quem re­sis­ta à
idéia, mas deve ser uma
mi­no­ria cada vez mais res­tri­
ta. No Bra­sil, o uso de ró­tu­los
auto-ade­si­vos e dos in­con­tá­veis
in­cre­men­tos que po­dem acom­pa­ milhões de dó­la­res na ins­ta­la­
nhá-los tem cres­ci­do em mé­dia ção de uma fá­bri­ca em São
30% nos úl­ti­mos anos, re­fle­tin­do a Pau­lo, a ser inau­gu­ra­da
cres­cen­te ade­são da in­dús­tria às em ju­nho pró­xi­mo.
van­ta­gens ofe­re­ci­das por esse sis­te­ A Mul­ti­la­bel já é co­nhe­
ma de de­co­rar os mais va­ria­dos ci­da no país, onde, tra­di­cio­nal­
ti­pos de em­ba­la­gem. Aqui são apre­ men­te, for­ne­ce a vá­rias em­pre­
sen­ta­das ações em an­da­men­to em sas. O mo­ti­vo da inau­gu­ra­ção
algumas das em­pre­sas do se­tor, da fá­bri­ca lo­cal se deve, na ex­pli­
além de lan­ça­men­tos. ca­ção de Cu­le­bras San­juan,
sobretudo às di­fi­cul­da­des cria­
MULTILABEL INAUGURA das pela de­fa­sa­gem cam­bial
FÁBRICA NO BRASIL en­tre o peso e o real e a “cer­
Den­tro da in­ten­sa mo­vi­men­ta­ção ta re­sis­tên­cia de novos clien­
re­gis­tra­da na área de auto-ade­si­vos, tes a com­prar o pro­du­to
destaca-se a che­ga­da da Mul­ti­la­bel ar­gen­ti­no, pois, de­vi­do a
Argentina ao Bra­sil. Re­co­nhe­ci­da pro­ble­mas al­fan­de­gá­rios, têm
como uma das maio­res em­pre­sas dú­vi­das quan­to à pon­tua­li­da­de
do segmento no país vi­zi­nho, a da en­tre­ga”. A partir de ago­ra,
empresa, segundo Juan Luis Cu­le­ ele diz, “am­bos os pro­ble­mas
bras San­juan, seu di­re­tor, in­ves­tiu 2 es­tão su­pe­ra­dos, e a Mul­ti­la­bel

28 – embalagemmarca • mai 2000


pode ofe­re­cer não só ró­tu­los com a
qua­li­da­de in­ter­na­cio­nal que a con­ Fasson agora
sa­gra­ram em di­fe­ren­tes mercados
da Amé­ri­ca La­ti­na como tam­bém
em dobro
uma am­pla gama de produtos di­fe­
A Avery Den­ni­son do Bra­sil,
ren­cia­dos”.
dona da mar­ca Fas­son e maior
Um des­ses produtos, apre­sen­ta­
for­ne­ce­do­ra de ba­ses para
do durante a Bra­sil­pack, em São Securetiq, da Multilabel, em frente… im­pres­são de ró­tu­los ade­si­vos
Pau­lo, é o ró­tu­lo auto-ade­si­vo no país, aca­ba de am­pliar em
Se­cu­re­tiq, com eti­que­tas de se­gu­ mais de 100% sua atual ca­pa­ci­
ran­ça já in­se­ri­das no ver­so. Es­tas da­de pro­du­ti­va. A empresa inau­
são cir­cui­tos de rá­dio-fre­qüên­cia gu­rou em sua uni­da­de de Vi­nhe­
for­ne­ci­dos por dois fa­bri­can­tes do, a 60 quilômetros de São
in­ter­na­cio­nais pre­sen­tes no Bra­sil e Paulo, o mais mo­der­no coa­ter da
com os quais a Mul­tila­bel já tem Amé­ri­ca La­ti­na. O investimento
par­ce­ria na Argentina, a Check­ feito, segundo Car­los de Oli­vei­ra
…e verso: circuito de segurança
point e a Sen­sor­ma­tic. A apli­ca­ção Ávi­la, ge­ren­te ge­ral da empresa,
foi de 10 milhões de dó­la­res,
des­se dis­po­si­ti­vo an­ti­fur­to pela de in mold em embalagens de sor­
in­cluin­do a com­pra e a ins­ta­la­
in­dús­tria usuá­ria das embalagens ve­tes, mar­ga­ri­nas, bal­des de tin­ta e
ção da la­mi­na­do­ra, a am­plia­ção
vem-se tor­nan­do uma cres­cen­te tam­pas plás­ti­cas em ge­ral.
da fá­bri­ca em 3 500 me­tros qua­
exi­gên­cia do va­re­jo. Além des­sa pos­si­bi­li­da­des, a dra­dos e a cons­tru­ção de um
José Car­los Dra­ger, ge­ren­te Mul­tila­bel tra­ba­lha com pra­ti­ca­ cen­tro de dis­tri­bui­ção.
co­mer­cial da Mul­tila­bel, ar­gu­men­ men­te to­dos os ti­pos de im­pres­são Para ex­plo­rar todo o po­ten­cial
ta que, em­bo­ra pos­sa tra­zer pe­que­ de ró­tu­los, in­cluin­do let­ter-press, do equi­pa­men­to, a Avery Den­ni­
no acrés­ci­mo ao cus­to final da hot-stam­ping e ho­lo­gra­fia. son lan­çou três novos ade­si­vos:
em­ba­la­gem, a eti­que­ta de se­gu­ran­ Fas­son S2045, Fas­son S2005 e
ça já apli­ca­da no ró­tu­lo pode vir a PRODESMAQ AMPLIA Fas­son C2075. O pri­mei­ro des­ti­
representar um bom ar­gu­men­to de O PARQUE INDUSTRIAL na-se à in­dús­tria de ro­tu­la­gem e
ven­da fren­te ao va­re­jo (ver o qua­ A Pro­des­maq, uma das maio­res tem como ca­rac­te­rís­ti­ca a per­fei­
ta ade­são a vi­dro e plás­ti­co, sen­
dro ao lado). Assim, está apor­tan­ for­ne­ce­do­ras bra­si­lei­ras de ró­tu­los
do ideal para apli­ca­ções em diâ­
do um be­ne­fí­cio ao va­re­jis­ta: o de auto-ade­si­vos, não está in­di­fe­ren­te
me­tros pe­que­nos, como am­po­
não pre­ci­sar fazer isso a suas ex­pen­ à che­ga­da do con­cor­ren­te nem ao
las, gar­ga­los de gar­ra­fas e
sas, como ocor­re atual­men­te. Afi­ crescimento do mercado. Na ver­ pe­que­nos fras­cos. “No Bra­sil, é
nal, o atri­bu­to da con­ve­niên­cia não da­de, an­tes mesmo que cir­cu­las­se a o úni­co adesivo in­di­ca­do para
é fa­tor de de­ci­são ape­nas para o no­tí­cia de que a Mul­tila­bel vi­ria con­ta­to di­re­to com alimentos
con­su­mi­dor final. para o Bra­sil, a empresa de Vi­nhe­ não gor­du­ro­sos, e será uma ino­
Ou­tro po­de­ro­so di­fe­ren­cial do (SP) to­mou al­gu­mas ini­cia­ti­vas va­ção para o mercado de be­bi­
apre­sen­ta­do pela Mul­tila­bel é o para man­ter a li­de­ran­ça no se­tor. das, dada a pos­si­bi­li­da­de de
pro­ces­so in mold, no qual os ró­tu­ No mo­men­to, in­for­ma seu di­re­tor, apli­ca­ção em diâ­me­tros pe­que­
los são im­pres­sos em fil­mes plás­ti­ Nel­son Jo­cio­nis, a empresa está nos”, diz Mai­ra Tri­vel­la­to, res­
cos mul­ti­ca­ma­das, que per­mi­te sua am­plian­do a área cons­truí­da da pon­sá­vel pela linha de ro­tu­la­
gem na Avery Den­ni­son.
fu­são di­re­ta­men­te em embalagens fá­bri­ca de 4 000 para 8 000 me­tros
O Fas­son 2005, di­re­cio­na­do à
de po­li­pro­pi­le­no e po­lie­ti­le­no qua­dra­dos.
in­dús­tria grá­fi­ca, ga­ran­te con­ver­
durante o pro­ces­so de so­pro ou A am­plia­ção des­ti­na-se a ins­ta­
são lim­pa para al­tas ve­lo­ci­da­
in­je­ção. Além do ex­ce­len­te re­sul­ta­ lar, em agos­to pró­xi­mo, um equi­ des, en­tre ou­tras van­ta­gens téc­
do grá­fi­co ob­ti­do, uma van­ta­gem pa­men­to com a mais avan­ça­da ni­cas. Já o Fas­son C2075 dis­tin­
pro­pi­cia­da por esse sis­te­ma é que gue-se pelo de­sem­pe­nho em
dis­pen­sa o uso de ro­tu­la­do­ras. Em cor­ru­ga­dos (pa­pe­lão) e em si­tua­
so­pro, seu uso é mais ha­bi­tual em ções de gran­de agres­si­vi­da­de,
re­ci­pien­tes de ma­te­riais de lim­pe­ reu­nin­do ca­rac­te­rís­ti­cas ne­ces­
za, óleos lu­bri­fi­can­tes e, em me­nor sá­rias para uso em apli­ca­ções
es­ca­la, de cos­mé­ti­cos. Já em in­je­ fri­go­rí­fi­cas.
ção, é mais co­mum en­con­trar o uso
mai 2000 • embalagemmarca – 29
tec­no­lo­gia para a pro­du­ção de ró­tu­ No­vel­print, foi mo­ti­va­do pela
los auto-ade­si­vos, já em­bar­ca­do na ne­ces­si­da­de de acom­pa­nhar o ver­
Eu­ro­pa. “É o pri­mei­ro equi­pa­men­ ti­gi­no­so crescimento do uso de
to de al­tís­si­ma qua­li­da­de para bai­ ró­tu­los auto-ade­si­vos no país, onde
xas ti­ra­gens”, diz o di­re­tor da Pro­ as em­pre­sas es­ta­riam subs­ti­tuin­do
des­maq. Se­gun­do ele, esse equi­pa­ a se­ri­gra­fia e a cola por aque­la
men­to, do­ta­do de seis es­ta­ções de se tem é fle­xi­bi­li­da­de na con­fec­ção mo­da­li­da­de de de­co­ra­ção. Ele lem­
off-set e duas de ver­niz, é ca­paz de do ró­tu­lo.” Ao con­trá­rio da má­qui­ bra que se­gui­da­men­te são in­cor­po­
rea­li­zar, em linha, des­de se­ri­gra­ na que en­tra­rá em ope­ra­ção em ra­das no­vas tec­no­lo­gias de im­pres­
fias, hot stam­ping e em­bos­sing agos­to, esta se ca­rac­te­ri­za pela alta são no segmento, de modo a re­du­
(re­le­vo) até o cor­te do ró­tu­lo. Para ve­lo­ci­da­de e pe­las al­tas ti­ra­gens. zir cada vez mais o me­tro qua­dra­do
de­mons­trar a alta per­for­man­ce da im­pres­so. Para man­ter-se em dia
má­qui­na, Jo­cio­nis con­ta que, com NOVELPRINT INVESTE com o es­ta­do da arte, no segundo
as duas es­ta­ções en­ver­ni­za­do­ras, é EM REESTRUTURAÇÃO se­mes­tre a empresa de auto-ade­si­
pos­sí­vel apli­car si­mul­ta­nea­men­te Ou­tra que não es­pe­rou para ver o vos anuncia que im­por­tará um
ver­niz fos­co e ver­niz bri­lhan­te. A que acon­te­cia na área é a No­vel­ novo equi­pa­men­to com ca­pa­ci­da­de
gran­de no­vi­da­de, ele diz, são as print. Se­gun­do Fer­nan­do Pi­rut­ti, para apli­car até 800 ró­tu­los por
ti­ra­gens bai­xas, que per­mi­ti­rão a su­pe­rin­ten­den­te co­mer­cial, em mi­nu­to. A expectativa é de que
clien­tes de pe­que­no por­te be­ne­fi­ 1999 a empresa in­ves­tiu 3 milhões funcione ainda este ano.
ciar-se das van­ta­gens ofe­re­ci­das de dó­la­res na rees­tru­tu­ra­ção de Em ter­mos de novos produtos, a
pelos ró­tu­los auto-ade­si­vos. “Isso seus es­cri­tó­rios, em soft­wa­re e na No­vel­print ofe­re­ce atual­men­te fil­
sem abrir mão da qua­li­da­de.” im­por­ta­ção de qua­tro im­pres­so­ras mes de po­li­pro­pi­le­no “com cus­tos
Para o final do ano, con­ta Nel­ fle­xo­grá­fi­cas de úl­ti­ma ge­ra­ção. si­mi­la­res aos do pa­pel e qua­li­da­de
son Jo­cio­nis, será em­bar­ca­da na São equi­pa­men­tos ca­pa­zes de grá­fi­ca su­pe­rior”, segundo Pi­rut­ti.
Eu­ro­pa ou­tra má­qui­na, para se­ri­gra­ im­pri­mir em até dez co­res, com “São ró­tu­los que cha­mam a aten­
fia, of-set, hot stam­ping e cor­te. “É tec­no­lo­gia a la­ser. Pi­rut­ti afir­ma ção do con­su­mi­dor no pon­to-de-
uma má­qui­na mo­du­lar, que pode que es­sas má­qui­nas pro­pi­ciam ven­da e acom­pa­nham a vida útil do
rea­li­zar as ope­ra­ções de hot stam­ re­sul­ta­do grá­fi­co si­mi­lar ao ob­ti­do pro­du­to, sem des­man­char quan­do
ping ou de se­ri­gra­fia no mo­men­to em im­pres­são off-set, po­rém a cus­ em con­ta­to com a água”, ele des­
que se de­se­jar, sem ne­ces­si­da­de de to mais eco­nô­mi­co. cre­ve. En­tre as no­vi­da­des, a mais
que seja se­gui­da uma se­qüên­cia”, O in­ves­ti­men­to, segundo o re­cen­te é o La­bel Mí­dia, ró­tu­lo
ele diz. “Em ou­tras pa­la­vras, o que su­pe­rin­ten­den­te co­mer­cial da auto-ade­si­vo que se des­do­bra como
um fo­lhe­to e pode tra­zer, em suas
pá­gi­nas, men­sa­gens pu­bli­ci­tá­rias
Migra­ção sem troca de equipamentos de ou­tras em­pre­sas e produtos,
como foi fei­to há al­gum tem­po nos
A for­ne­ce­do­ra pau­lis­ta de ró­tu­los até en­tão era tido como ine­vi­tá­vel e car­tu­chos da lã de aço Bom Bril.
La­bel­tech está levando di­ver­sas in­trín­se­co, quando se tra­tava de
Pi­rut­ti diz que a No­vel­print está
em­pre­sas a mi­grarem dos ró­tu­los de ma­te­riais ter­mo­plás­ti­cos, por cau­sa
em­pe­nha­da em for­ta­le­cer o
pa­pel para os de BOPP, mais re­sis­ da alta pres­são da gui­lho­ti­na no
con­cei­to des­se tipo de ró­tu­
ten­tes. O ar­gu­men­to para a subs­ti­ mo­men­to da dis­po­si­ção dos ma­ga­zi­
tui­ção é se­du­tor: não há ne­ces­si­da­ nes. Isso vem atrain­do al­gu­mas mar­
lo, no qual apos­ta fir­me,
de de com­pra de no­vas – e dispen- cas de água mi­ne­ral, como Pra­ta, por ser ino­va­dor. Ade­qua­do
siosas – má­qui­nas de­di­ca­das ao tra­ Lin­do­ya Ve­rão, Mi­nal­ba e Bio­le­ve, para uso em produtos de
ba­lho com fil­mes plás­ti­cos. que já ade­ri­ram ao pro­ces­so. gran­de ti­ra­gem, o La­bel
A so­lu­ção é ade­qua­da para produ- “O pro­ces­so é adequado para qual­ Mí­dia sem dú­vi­da tem
tos ro­tu­la­dos a partir de ma­ga­zi­nes quer tipo de em­ba­la­gem e, com bom po­ten­cial de
(uni­da­des), não de bo­bi­nas. “O cor­te pe­que­nos ajus­tes, pode ge­rar de im­pac­to. “Nes­sa
na pré-ro­tu­la­gem en­vol­ve uma téc­ni­ 40% a 50% em eco­no­mia de ade­si­vo mí­dia há ga­ran­tia
ca es­pe­cial”, destaca Mi­guel As­co­li e fun­cio­nar a 120o C, ao con­trá­rio de que 100% dos
Neto, di­re­tor da La­bel­tech. O know- dos 160o nor­mais”, diz As­co­li Neto.
consumidores do
how de­sen­vol­vi­do con­sis­te no cor­te Se­gun­do ele, isso pos­si­bi­li­ta maior
pro­du­to em que for
lim­po, sem a in­de­se­já­vel jun­ção das ve­lo­ci­da­de de ro­tu­la­gem e me­nor
apli­ca­da te­rão aces­so
fo­lhas su­per­pos­tas. Esse as­pec­to con­su­mo de ener­gia.
à men­sa­gem.”

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rótulos

o importante É

Ró­tu­lo fluo­res­cen­te pro­mo­ve pro­du­to onde ele é con­su­mi­do

p ara que o ró­tu­lo pos­sa exer­cer sua fun­ção


de fer­ra­men­ta de mar­ke­ting é pre­ci­so que
seja vis­to. Esse pro­pó­si­to, por mais ób­vio
que seja, vem pro­mo­ven­do uma no­vi­da­de
para re­for­çar ainda mais o atri­bu­to de
co­mu­ni­ca­dor de mar­ca que o ró­tu­lo car­re­
ga: o uso de tin­ta es­pe­cial que o faz bri­lhar em am­bien­
tes es­cu­ros. O im­ple­men­to pode ser vis­to no ró­tu­lo
pou­co ilu­mi­na­dos, afei­tos à pe­num­bra, nos quais ró­tu­
los co­muns po­de­riam pas­sar des­per­ce­bi­dos.
As In­dús­trias Reu­ni­das de Be­bi­das Ta­tu­zi­nho-
Três Fa­zen­das (IRB), fa­bri­can­te do ener­gé­ti­co, apos­
ta no di­fe­ren­cial. Tan­to que al­te­rou o ró­tu­lo do Ato­
mic Energy Drink re­gu­lar (EmbalagemMarca no 8)
para in­cluir os de­ta­lhes fluo­res­cen­tes. For­ne­ci­dos
pela Her­vás, de São Paulo, usam a mes­ma tec­no­lo­gia
auto-ade­si­vo do Ato­mic Energy Drink dos ade­si­vos com mo­ti­vos es­pa­ciais que crian­ças
Light, anun­cia­do como o pri­mei­ro ener­ cos­tu­mam gru­dar nos te­tos de seus quar­tos, como os
gé­ti­co de bai­xas calorias no mun­do. Os da re­cen­te pro­mo­ção “Gelo-cós­mi­cos”, da Coca-
de­ta­lhes fluo­res­cen­tes, pro­du­zi­dos pela Cola, tam­bém feitos pela Her­vás.
tin­ta ul­tra­vio­le­ta, des­ta­cam o pro­du­to
onde ele é nor­mal­men­te con­su­mi­do, as Faturamento 35% maior
ca­sas no­tur­nas e dan­ce­te­rias – lo­cais Os ró­tu­los, de po­li­pro­pi­le­no bi-orien­ta­do (BOPP),
le­vam im­pres­são fle­xo­grá­fi­ca em seis co­res, e o pa­pel
é for­ne­ci­do pela Avery Den­ni­son (Fas­son). A tin­ta
ul­tra­vio­le­ta é ató­xi­ca, as­sim como o ade­si­vo, o que
per­mi­te seu em­pre­go para os mais di­ver­sos produtos,
como brin­que­dos e alimentos, sem qual­quer ris­co,
destaca Hé­lio Cé­sar Al­le­man, ge­ren­te de ven­das da
Her­vás. Ele sus­ten­ta que a entrada da tec­no­lo­gia no
ramo de ró­tu­los in­dus­triais gera im­pac­to pela for­ça da
no­vi­da­de. “Os jo­vens, pú­bli­co do pro­du­to, são ávi­dos
por esse tipo de di­fe­ren­cial”, co­men­ta. A meta da
Hervás é obter par­ti­ci­pa­ção pro­gres­si­va­men­te maior
em produtos de linha, não se res­trin­gin­do a ações pro­
mo­cio­nais. O trun­fo da empresa na fa­bri­ca­ção de tais
ró­tu­los é uma má­qui­na es­pa­nho­la Ro­ta­tec, que im­pri­
me, seca, cor­ta e bo­bi­na numa só eta­pa.
“Nada me­lhor que o ró­tu­lo bri­lhar, sim­bo­li­zan­do
ener­gia, o ca­rá­ter do pro­du­to”, diz Cé­sar Rosa, ge­ren­
te de mar­ke­ting da IRB. Se­gun­do ele, as ino­va­ções
em em­ba­la­gem ga­ran­ti­ram um faturamento 35%
maior que o pre­vis­to no iní­cio do pro­je­to, o que aca­ba
Os detalhes do rótulo do Atomic
Energy Drink Light, com tinta UV, di­ri­min­do qual­quer dú­vi­da em re­la­ção à efi­cá­cia de
brilham em ambientes escuros im­ple­men­tos de tal im­pac­to.

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LOGíSTICA

no embalo da
onda verde
Con­têi­ne­r re­ci­clá­vel eli­mi­na gas­tos e preo­cu­pa­ções am­bien­tais

a
Leandro Haberli

s le­gis­la­ções mais aus­te­ras, a pres­são da por­te de óleos lu­bri­fi­can­tes e ou­tros de­ri­va­dos de


so­cie­da­de ou mesmo a cons­cien­ti­za­ção pe­tró­leo que a empresa co­mer­cia­li­za. In­ter­na­men­te,
dos em­pre­sá­rios são os prin­ci­pais pro­pul­ os produtos são acon­di­cio­na­dos em sa­cos de po­lie­ti­
so­res da cres­cen­te preo­cu­pa­ção am­bien­ le­no de bai­xa den­si­da­de (PEBD) e po­liny­lon (PN) em
tal, que se so­li­di­fi­ca nas di­ver­sas eta­pas da ca­deia duas ou três ca­ma­das. Daí o nome de bag-in-box, ou
pro­du­ti­va. No ramo lo­gís­ti­co, a ten­dên­cia não é di­fe­ “saco na caixa”, do pro­du­to. A Schol­le, através da
ren­te. Por isso, mui­tos fa­bri­can­tes Stá­bi­le Re­pre­sen­ta­ção, a Qua­li­
de sis­te­mas de ar­ma­ze­na­gem e Alguns benefícios pack e a Em­ba­quim são os for­ne­
dis­tri­bui­ção, an­te­ven­do nes­te ce­do­res dos bags es­pe­ciais para o
pa­no­ra­ma boas pos­si­bi­li­da­des de • o contêiner octogonal mercado na­cio­nal.
atua­ção, já dis­po­ni­bi­li­zam al­ter­ de 1000 litros ocupa a
na­ti­vas pro­je­ta­das sob o mote da Menos frete
mesma área que quatro
pre­ser­va­ção eco­ló­gi­ca. En­tre­tan­ Segundo Luiz Cláu­dio de Frei­tas,
to, para que es­sas op­ções de fato tambores de 200 litros ana­lis­ta de de­sen­vol­vi­men­to de
con­si­gam se­du­zir seus po­ten­ciais mercado da Ipi­ran­ga, a al­ter­na­ti­
usuá­rios, é ne­ces­sá­rio mais do que • conceito bag-in-box va co­me­çou a ser tes­ta­da em
a pro­mes­sa iso­la­da de redução de agos­to de 1999. “Foi quan­do per­
im­pac­tos am­bien­tais. Na ver­da­de, ce­be­mos que uma de suas maio­
o mercado dá cla­ra pre­fe­rên­cia a • permite empilhamento res van­ta­gens é a eli­mi­na­ção do
dis­po­si­ti­vos que, além de eco­lo­gi­ fre­te de retorno”, de­ta­lha. Isso é
ca­men­te cor­re­tos, agre­guem agi­li­ • base em madeira (palete) pos­sí­vel por­que o sis­te­ma é one-
da­de e, sobretudo, di­mi­nuam as way. Exa­ta­men­te por ser des­car­
própria­
des­pe­sas de mo­vi­men­ta­ção e tá­vel, o con­têi­ner é tido como
ar­ma­ze­na­men­to. uma al­ter­na­ti­va mais cara do que
Co­nhe­ci­da pela rede de pos­tos seus prin­ci­pais con­cor­ren­tes – no
de com­bus­tí­vel, a Ipi­ran­ga é caso da Ipi­ran­ga, se con­si­de­ra­dos
uma das em­pre­sas que bus­ ape­nas os cus­tos ab­so­lu­tos,
cam este tipo de so­lu­ção. Por essa im­pres­são é ver­da­dei­ra.
isso, vem uti­li­zan­do um con­ Mas, como ex­pli­ca Frei­tas, a
têi­ner re­ci­clá­vel que une van­ di­fe­ren­ça aca­ba sen­do com­
fotos: divulgação

ta­gens lo­gís­ti­cas e ape­lo pen­sa­da em ou­tras fa­ses da


am­bien­tal. Fei­to de pa­pe­lão ca­deia de dis­tri­bui­ção. “Além
on­du­la­do de alta gra­ma­tu­ra, o de não ar­car com o retorno do
con­têi­ner é usa­do para trans­ con­têi­ner, eli­mi­na­mos os gas­

32 – embalagemmarca • mai 2000


tos com pro­ces­sos de lim­pe­za”, con­ta­bi­li­za. “Mas,
aci­ma de tudo, fo­mos com­pen­sa­dos pela ex­ce­len­te
re­cep­ção da no­vi­da­de en­tre nos­sos clien­tes com
preo­cu­pa­ções am­bien­tais.”
O con­têi­ner re­ci­clá­vel da Ipi­ran­ga é for­ne­ci­do
pela Ri­ge­sa Wes­tva­co do Bra­sil, e não se res­trin­ge ao
trans­por­te de produtos quí­mi­cos e óleos lu­bri­fi­can­
tes. Na ver­da­de, ele pode ser usa­do para acon­di­cio­
nar gran­de va­rie­da­de de produtos lí­qui­dos e pas­to­
sos. Já há, por exem­plo, in­dús­trias ali­men­tí­cias que
ado­ta­ram a al­ter­na­ti­va da Ri­ge­sa. En­tre elas, desta­ De ma­dei­ra tam­bém
cam-se a pro­du­to­ra de su­cos na­tu­rais Gol­den­Fruit e
a di­vi­são de Glu­co­se da Car­gill. Na bus­ca de acei­ta­ A bus­ca por agi­li­da­de, a eli­mi­na­ção de gas­tos adi­cio­nais
ção, a oti­mi­za­ção das quan­ti­da­des trans­por­ta­das des­ e a preo­cu­pa­ção am­bien­tal tam­bém im­pul­sio­nam a dis­
pon­ta como um di­fe­ren­cial se­du­tor. “Po­den­do trans­ se­mi­na­ção dos con­têi­ne­res de ma­dei­ra para lí­qui­dos e
por­tar até 1000 li­tros, o con­têi­ner tem ca­pa­ci­da­de produtos pas­to­sos. Eles fun­cio­nam de ma­nei­ra si­mi­lar
equi­va­len­te à de cin­co tam­bo­res”, sa­lien­ta Mar­ce­lo aos de pa­pe­lão on­du­la­do, com bags plás­ti­cos em seu
Pe­ruc­ci, pro­mo­tor de produtos da Ri­ge­sa. Ou­tro des­ in­te­rior, e po­dem ser des­mon­ta­dos, re­tor­nan­do com um
ta­que é a ex­ce­len­te re­sis­tên­cia, ga­ran­ti­da por pa­re­des quar­to de seu ta­ma­nho ori­gi­nal.
A Ade­zan Em­ba­la­gens e Ser­vi­ços, de São Pau­lo, co­mer­
re­for­ça­das com um tipo es­pe­cial de pa­pe­lão. “O mio­
cia­li­za tais con­têi­ne­res com o nome de Big Box, e vem
lo uti­li­za­do é ob­ti­do a partir de um pro­ces­so de la­mi­
ob­ten­do re­per­cus­são do pro­du­to prin­ci­pal­men­te quan­do
na­ção es­pe­cial, que foi cria­do ex­clu­si­va­men­te para a o in­tui­to é a ex­por­ta­ção. “Nes­se caso, há o des­car­te do
pro­du­ção do con­têi­ner re­ci­clá­vel”, con­ta Au­gus­to con­têi­ner, pois o cus­to para o retorno aca­ba não com­
Ta­bor­da, do de­par­ta­men­to de ven­das da Ri­ge­sa. pen­san­do”, ex­põe Van­der­lei de Frei­tas Dias, ge­ren­te
in­dus­trial da empresa. Frei­tas Dias res­sal­ta como pon­tos
“Sanduíche” econômico que con­tam a fa­vor da ma­dei­ra a re­sis­tên­cia me­câ­ni­ca, a
Ou­tra empresa que apos­ta no po­ten­cial do con­têi­ner ca­pa­ci­da­de de em­pi­lha­men­to de até qua­tro uni­da­des, o
de pa­pe­lão on­du­la­do é a Kpack, que apresentou seu pos­sí­vel ar­ma­ze­na­men­to ao ar li­vre e a ca­pa­ci­da­de de
mo­de­lo durante a Bra­sil­pack, no fim de abril. A adap­ta­ção a câ­ma­ras frias, numa va­rian­te em que o com­
es­tru­tu­ra não leva mio­lo semiquí­mi­co ou tra­ta­men­tos pen­sa­do de ma­dei­ra é co­la­do com ade­si­vo fe­nó­li­co. A
es­pe­ciais. Consiste num “san­duí­che” com­pos­to por Ade­zan tem ainda uma op­ção com re­ves­ti­men­to tér­mi­co,
pa­ten­tea­da, que em 24 ho­ras per­de ape­nas 10% de sua
duas ca­ma­das de pa­pe­lão com tec­no­lo­gia Cor­ru­pad
tem­pe­ra­tu­ra ori­gi­nal. Já a Vi­ca­ri, também de São Paulo,
– múl­ti­plas fo­lhas de pa­pel re­ci­cla­do co­la­das com
ado­ta o nome de Vi­box para seu pro­du­to si­mi­lar. A
ade­si­vos à base de água – no in­te­rior. De acor­do com ma­dei­ra é tra­ta­da com fun­gi­ci­da e bac­te­ri­ci­da, o que
An­tô­nio Car­los Mar­tins, ge­ren­te co­mer­cial da Kpack, ga­ran­te maior vida útil ao con­têi­ner.
a ex­pec­ta­ti­va em re­la­ção ao su­ces­so do pro­du­to é
total, já que o con­têi­ner “che­ga a ge­rar até 70% em
eco­no­mia em re­la­ção a sis­te­mas con­ven­cio­nais,
como tam­bo­res de aço”.
Para a mon­ta­gem e a ade­qua­da uti­li­za­ção do sis­
te­ma, são for­ne­cidos ma­nuais de ins­tru­ção, embora,
na opinião dos fabricantes, de tão sim­ples a mon­ta­
gem che­gue a ser in­tui­ti­va. Para re­for­çar o ape­lo
am­bien­tal, os usuá­rios tam­bém são ins­truí­dos so­bre
os pro­ce­di­men­tos de des­car­te dos con­têi­neres. Na
vi­são da Rigesa Westvaco, po­rém, o ga­nho eco­ló­gi­co
não é a ca­rac­te­rís­ti­ca mais im­por­tan­te do con­têi­ner.
“Na ver­da­de, a agi­li­da­de e a pos­si­bi­li­da­de de di­mi­
nui­ção dos cus­tos aca­bam sen­do os di­fe­ren­ciais mais
im­por­tan­tes”, ava­lia Ta­bor­da. Mar­tins, da Kpack,
con­cor­da. “Cla­ro que con­ta o fato de a es­tru­tu­ra ser
re­ci­clá­vel e bio­de­gra­dá­vel, mas o pro­du­to é com­pe­
ti­ti­vo por si só”, con­clui.

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segurança
fechamentos

e funcionalidade

n
Fechamentos para cosméticos e medicamentos ganham novas opções

os úl­ti­mos anos, os sis­te­


mas de fe­cha­men­to têm
ampliado suas fun­ções
ba­si­cas, ga­nhan­do cada
vez mais ca­rac­te­rís­ti­cas de ins­tru­
men­to de ven­da, seja quan­do ga­ran­
tem a in­te­gri­da­de e a in­vio­la­bi­li­da­de
do pro­du­to, seja como or­na­men­tos
que o va­lo­ri­zam.
Re­fle­tin­do esse pa­no­ra­ma, os
fa­bri­can­tes de tam­pas co­lo­cam-se
em dia com os avan­ços da tec­no­lo­
gia in­ter­na­cio­nal e lan­çam produtos
que vêm su­prir an­ti­gas fal­tas,
sobretudo nas áreas de far­ma­cêu­ti­
cos e per­fu­mes e cos­mé­ti­cos. Com­
Tampas da TME: uso mais intensivo de resinas específicas
ple­men­tan­do re­por­ta­gem de capa da
edi­ção nº 9, que mos­trou novos sis­ ma Car­los Wag­ner Toth, ge­ren­te de ga­nha as­pec­to fos­co. “Cur­vas e
te­mas de fe­cha­men­tos para alimen­ ven­das da empresa. De acor­do com ân­gu­los con­tri­buem para que a tam­
tos e be­bi­das, Emb ­ al
­ ag
­ em­Marc ­a as es­pe­ci­fi­ca­ções do pe­di­do, a pa se har­mo­ni­ze com o fras­co do
mos­tra aqui al­gu­mas no­vi­da­des que empresa tra­ba­lha com ou­tros ma­te­ pro­du­to”, afir­ma o de­sig­ner da
as in­dús­trias es­tão apre­sen­tan­do riais, como re­si­na de ce­râ­mi­ca, uti­li­ TME, Mar­cos Vega, res­pon­sá­vel
na­que­las duas áreas. za­da em tam­pas com ros­ca de 18mm, pela con­cep­ção da The­nue. A
ou po­li­pro­pi­le­no (PP), ma­te­rial mais empresa dis­põe tam­bém em sua
Per­fu­mes e cos­mé­ti­cos ba­ra­to e de aca­ba­men­to me­nos linha da tam­pa Ta­haa Nui, com
Apos­tan­do no de­sign como fio con­ no­bre. A TME de­sen­vol­ve mol­des re­cra­ves de 20mm, do mesmo ma­te­
du­tor da co­mu­ni­ca­ção en­tre con­su­ ex­clu­si­vos ou dis­po­ni­bi­li­za sua linha rial. Como na The­nue, as pos­si­bi­li­
mi­dor e pro­du­to, o se­tor de tam­pas stan­dard. da­des de cor se­guem a es­ca­la Pan­to­
para per­fu­mes vem con­tor­nan­do a Aten­ta às ex­ce­len­tes pers­pec­ti­vas ne, com mais de 1 000 tons.
es­cas­sez de al­ter­na­ti­vas de fe­cha­ para fras­cos do­ta­dos de vál­vu­las Na área de cos­mé­ti­cos e produ­
men­tos so­fis­ti­ca­dos para fras­cos e pump, a empresa pas­sou a co­mer­cia­ tos de hi­gie­ne pes­soal, a Sea­quist
produtos tam­bém re­quin­ta­dos. li­zar a tam­pa The­nue, de Surlyn, Va­lois está lan­çan­do um sis­te­ma de
Nes­sa ver­ten­te, a TME, de São com re­cra­ve de 15mm. Ela era ex­clu­ fe­cha­men­to até hoje iné­di­to no Bra­
Ber­nar­do do Cam­po (SP), tem in­ten­ si­va dos per­fu­mes Pier­re Ale­xan­der, sil. Ins­ta­la­da no país há um ano e
si­fi­ca­do o uso de re­si­nas es­pe­cí­fi­cas, mas em maio a TME a in­cluiu em meio, a empresa de­sen­vol­veu em
como o Surlyn, da Du Pont. “Quan­ sua linha. “É uma tam­pa com mui­to sua ma­triz nor­te-ame­ri­ca­na o me­ca­
do uma tam­pa pre­ci­sa aliar trans­pa­ ape­lo fe­mi­ni­no”, diz Toth. Sua prin­ nis­mo Sim­pliTwist. Tra­ta-se de um
rên­cia a gran­des es­pes­su­ras, o Surlyn ci­pal ca­rac­te­rís­ti­ca é a trans­pa­rên­cia, sis­te­ma que dis­pen­sa o ma­nu­seio de
é a me­lhor op­ção dis­po­ní­vel”, afir­ mas sob al­guns ân­gu­los o ma­te­rial so­bre­tam­pas. Ele pos­sui, na aber­tu­

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per­fu­me, a empresa for­ne­ce as tam­
pas dos per­fu­mes Ac­qua de Gio
(Ar­ma­ni), In Love Again (Yves
Saint-Lau­rent) e To­ca­de (Ro­chas).

Far­ma­cêu­ti­cos
Na área de far­ma­cêu­ti­cos, onde a
prin­ci­pal preo­cu­pa­ção em re­la­ção a
Child-proof da Tapon Corona
fe­cha­men­to sem­pre foi a se­gu­ran­ça,
as em­pre­sas es­tão in­cre­men­tan­do lá­veis em embalagens de re­mé­dios,
seus produtos, para que acu­mu­lem a Vé­dat pre­pa­ra o lançamento de
SimpliTwist, da Seaquist Valois
no­vas fun­ções e ga­ran­tam a in­vio­la­ tam­pas com la­cre para fla­co­ne­tes
ra do fras­co, uma mem­bra­na de si­li­ bi­li­da­de nos pon­tos-de-ven­da, evi­ mo­no­do­se no diâ­me­tro de 16mm.
co­ne cor­ta­da em forma de “x” que tan­do o uso ina­de­qua­do. Nes­te caso, O la­bo­ra­tó­rio Gla­xo Well­co­me,
se abre quan­do a em­ba­la­gem é pres­ tam­pas child-proof, fá­ceis de se­rem que já usa o sis­te­ma pil­fer-proof nas
sio­na­da, per­mi­tin­do a va­zão do pro­ aber­tas por adul­tos, mas di­fí­ceis embalagens de seus produtos, co­me­
du­to. Quan­do a quan­ti­da­de de­se­ja­da para crian­ças, ga­nha­ram la­cres de ça a apos­tar tam­bém no me­ca­nis­mo
já foi ob­ti­da, bas­ta de­sa­per­tar o fras­ se­gu­ran­ça. O se­gre­do é que, para de se­gu­ran­ça con­tra a cu­rio­si­da­de
co para que fi­que no­va­men­te ve­da­ abrir a tam­pa não bas­ta des­ros­queá- das crian­ças. Se­gun­do o su­per­vi­sor
do pela mem­bra­na. “Esse sis­te­ma la. É pre­ci­so tam­bém pres­sio­ná-la de de­sen­vol­vi­men­to de embalagens,
fa­ci­li­ta o ma­nu­seio do pro­du­to e si­mul­ta­nea­men­te. Ra­fael Hu­ro­vich, a empresa es­tu­da
as­se­gu­ra maior hi­gie­ne e me­lhor Uma das em­pre­sas que já fa­bri­ a ado­ção des­se tipo de fe­cha­men­to
do­sa­gem, ga­ran­tin­do mais eco­no­ cam as tam­pas child-proof com em produtos fa­bri­ca­dos no Bra­sil.
mia”, afir­ma o ge­ren­te de ven­das da la­cre é a Ta­pon Co­ro­na, que as Nos im­por­ta­dos, os fras­cos já con­
Sea­quist Va­lois, Mau­rí­cio Schi­buo­ co­mer­cia­li­za para fras­cos com boca tam com esse sis­te­ma.
la. En­tre­tan­to, por ser um me­ca­nis­ de ros­ca de 18mm, 24mm e 28mm. Apesar do em­pe­nho des­sas
mo so­fis­ti­ca­do e ter de ser im­por­ta­ “Esse sis­te­ma ga­ran­te que crian­ças em­pre­sas em for­ne­cer sis­te­mas de
do, ainda é caro para os pa­drões da não abri­rão fras­cos com re­mé­dios e se­gu­ran­ça em fe­cha­men­tos, Se­ra­fim
in­dús­tria bra­si­lei­ra de cos­mé­ti­cos. ga­ran­te a in­vio­la­bi­li­da­de do pro­du­ Bran­co Neto, se­cre­tá­rio-exe­cu­ti­vo
“Mas para produtos top de linha, to, pois acu­sa vio­la­ções no pon­to- da Abi­far­ma – Associação Brasilei-
que po­dem ter novos va­lo­res agre­ de-ven­da”, ex­pli­ca In­grid Zam­bo­ni, ra da In­dús­tria Far­ma­cêu­ti­ca, lem­
ga­dos, o sis­te­ma é ideal”, ga­ran­te. as­ses­so­ra de mar­ke­ting da Ta­pon bra que o alto cus­to dos ma­te­riais
Ou­tro po­de­ro­so pla­yer pre­sen­te Co­ro­na. Preo­cu­pa­da tam­bém com a das embalagens tem im­pe­di­do que
na área de fe­cha­men­tos e embala­ agi­li­da­de da pro­du­ção, a empresa to­das as em­pre­sas uti­li­zem fe­cha­
gens para cos­mé­ti­cos e per­fu­ vem de­sen­vol­ven­do po­lí­me­ros de men­tos so­fis­ti­ca­dos. “Há um acor­do
mes é a Re­xam Beauty Pac­ alta cris­ta­li­ni­da­de. Além de bom en­tre as in­dús­trias do se­tor para não
ka­ging do Bra­sil, per­ten­cen­te as­pec­to visual, esse tipo de ma­te­rial re­pas­sar pre­ços adi­cio­nais ao con­su­
ao gru­po bri­tâ­ni­co Re­xam e ga­ran­te van­ta­gens ao pro­ces­sa­men­ mi­dor”, ele afir­ma.
pre­sen­te em 47 paí­ses. Para to das tam­pas, re­fle­ti­das sobretudo “Para isso é ne­ces­sá­rio
se ter idéia do po­der ino­va­dor na di­mi­nui­ção do tem­po de in­je­ção au­men­tar a ofer­ta de
re­pre­sen­ta­do por essa mar­ca, dos po­lí­me­ros nas for­mas. ma­te­riais, que hoje são
bas­ta lembrar que as embala­ Já a Vé­dat, tra­di­cio­nal for­ne­ce­ pou­cos e ca­ros.”
gens de ma­quia­gem dou­ra­do- do­ra para a in­dús­tria far­ma­cêu­ti­ca,
fos­co e as embalagens ne­gras es­ta­rá dis­po­ni­bi­li­zan­do a tam­pa
da Na­tu­ra são pro­du­zi­das na child-proof com la­cre em ju­nho Tampas da
fá­bri­ca da empresa em Jun­ pró­xi­mo, nas mes­mas me­di­das ci­ta­ Védat com
lacres para
diaí (SP). Além de pro­du­ção das aci­ma e “sem com­pro­me­ter o medicamentos
pró­pria a Re­xam tem con­di­ cus­to da pro­du­ção”, segundo a
ções de im­por­tar de ou­tras ge­ren­te de ven­das da empresa, Giu­
fá­bri­cas do gru­po. En­tre lia­na Oli­va­ri. In­ves­tin­do forte nas
ou­tras mar­cas con­sa­gra­das de tam­pas sure-guard para aten­der a
Tampa da Rexam uma por­ta­ria do Mi­nis­té­rio da Saú­
para perfume de que obri­ga o uso de la­cres in­vio­

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máquinas tra
feira

r
Brasilpack 2000 apresentou muitas novidades em equipamentos.

eu­nir num úni­co es­pa­ço di­ver­sos for­ne­ce­do­res So­lu­ção em so­pro - A


de so­lu­ções em em­ba­la­gem re­pre­sen­ta uma TMS 1001, so­pra­do­ra de pré-
se­du­to­ra opor­tu­ni­da­de de es­tar em dia com o for­mas em PET da Side, é a
que há de novo para des­ta­car produtos e no­vi­da­de da Len­zi para o
ga­ran­tir pro­ces­sos mais com­pen­sa­do­res. Nes­se sen­ti­do, mercado na­cio­nal. É vol­ta­da
a Bra­sil­pack 2000 pôde pro­por­cio­nar, através de 350 a pro­du­ções em mé­dia e
ex­po­si­to­res dis­tri­buí­dos em 22 000 m2 do Pa­vi­lhão de pe­que­na es­ca­la. Per­mi­te 1
Ex­po­si­ções do Anhem­bi (SP), o con­ta­to di­re­to com ten­ 300 en­va­ses/hora em gar­ra­fas
dên­cias, pu­bli­ca­ções, ma­te­riais, pres­ta­do­res de ser­vi­ços de até 2 li­tros de ca­pa­ci­da­de.
e for­ne­ce­do­res de equi­pa­men­tos. Aqui são mostradas
al­gu­mas no­vi­da­des que des­per­ta­ram aten­ção durante Tú­nel para gar­ra­fões -
os cin­co dias da fei­ra para o se­tor de embalagens. A Tec­tron Bra­sil mos­trou seu Tú­nel Bren­ner, para en­co­
lhi­men­to de sa­cos plás­ti­cos para pro­te­ção de gar­ra­fões
Sis­te­mas in­te­gra­dos - A Car­ne­val­li es­te­ve pre­sen­te de água, que pode ser adap­ta­do a es­tei­ras trans­por­ta­do­
re­for­çan­do suas li­nhas de ras exis­ten­tes e per­mi­te maior hi­gie­ne e qua­li­da­de de
ex­tru­são e im­pres­são fle­xo­grá­ apre­sen­ta­ção do pro­du­to. A empresa tem ainda equi­pa­
fi­ca com a adi­ção de novos men­tos como se­la­do­ras em “L”, se­la­do­ra au­to­má­ti­ca
pe­ri­fé­ri­cos. As prin­ci­pais es­tre­ para sa­cos plás­ti­cos, se­la­do­ra con­ju­ga­da em “L” (en­co­
las fo­ram o sis­te­ma in­te­gra­do lhi­men­to/se­la­gem), es­tei­ras trans­por­ta­do­ras e tú­neis de
de linha de coex­tru­são de três en­co­lhi­men­to para agru­pa­men­to de produtos, cáp­su­las
ca­ma­das COEX 3PO, para de PVC (la­cres), skin (para blis­ters) e mul­ti­pack, au­to­
sa­ca­ria in­dus­trial, que per­mi­te má­ti­cas ou semiau­to­má­ti­cas.
o tra­ba­lho com bo­bi­nas tu­bu­la­
res, san­fo­na­das e go­fra­das, Sem so­bras - A Em­bra­pac lan­çou a San­pack-SP,
com im­pres­são em linha por má­qui­na para fazer san­fo­na e se­la­gem de embalagens
má­qui­na BBI. A im­pres­so­ra fle­xí­veis com cor­te da so­bra. Segundo José Apa­re­ci­do
fle­xo­grá­fi­ca BSS-1200 foi de Lima, do de­par­ta­men­to co­mer­cial da empresa, isso
mos­tra­da em nova rou­pa­gem, per­mi­te que o pro­du­to não fi­que sol­to, com fe­cha­men­to
com re­bo­bi­na­men­to au­to­má­ti­ jus­to e lim­po. A San­pack é vol­ta­da prin­ci­pal­men­te ao
co, enquanto a re­gra­nu­la­do­ra mercado de fral­das e ab­sor­ven­tes hi­giê­ni­cos.
fotos: divulgação

de fil­mes plás­ti­cos CR-60 foi re­de­se­nha­da, e ago­ra pos­sui sis­


te­ma de re­fri­ge­ra­ção aco­pla­do. Se­la­gem in­ter­na para se­gu­ran­ça - A Pris­cell
apos­tou suas fi­chas na Ati­va I, má­qui­na que per­mi­te se­la­gem
Po­li­va­lên­cia em co­di­fi­ca­ção - A Sé­rie A de co­di­ in­ter­na nas abas de car­tu­chos de car­tão. O equi­pa­men­to
fi­ca­do­ras Do­mi­no foi a no­vi­da­de da Sunny­va­le para a ba­seia-se em apli­ca­ção de ade­si­vo hot-melt a partir de bo­bi­
fei­ra. Elas po­dem va­riar de apli­ca­ções in­ter­mi­ten­tes a nas, o que ga­ran­te uni­for­mi­da­de na apli­ca­ção em cada uni­da­
con­tí­nuas de alto ci­clo de ope­ra­ção, seja em am­bien­tes de. A cola so­li­di­fi­ca-se na aba in­ter­na do car­tu­cho e pode ser
es­teri­li­za­dos, seja em áreas mo­lha­das ou com alta con­ rea­ti­va­da nas de­pen­dên­cias do pró­prio usuá­rio com o uso do
cen­tra­ção de poei­ra. O cir­cui­to fe­cha­do de ge­ren­cia­men­ Rea­ti­va I, equi­pa­men­to que aque­ce o ade­si­vo e une as pa­re­des
to de tin­ta eli­mi­na pro­ble­mas de con­ta­mi­na­ção, e não há do car­tu­cho. Esse sis­te­ma in­te­gra­do aumenta a se­gu­ran­ça da
ne­ces­si­da­de de uso de ar com­pri­mi­do, o que evi­ta pro­ em­ba­la­gem, pois é pos­sí­vel agre­gar me­ca­nis­mos de fá­cil aber­
ble­mas de­cor­ren­tes de sis­te­mas de alta pres­são. tu­ra (easy open), cuja vio­la­ção é fa­cil­men­te per­ce­bi­da.

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azi das ao alcance da mão
Aqui são mostradas algumas que mais chamaram a atenção

Em­pa­co­ta­men­to au­to­má­ti­co - A Day Bra­sil,


fa­bri­can­te de plás­ti­cos semi-aca­ba­dos, cor­reias e fi­tas
ade­si­vas in­dus­triais, mostrou o sis­te­ma de em­pa­co­ta­
men­to au­to­má­ti­co Tec­ta­pe, que faz o fe­cha­men­to de até
1 200 cai­xas por hora. Tem du­pla mo­to­ri­za­ção (in­fe­rior
e su­pe­rior) e permite a rá­pi­da re­po­si­ção de ro­los de fita
com até 1 800 me­tros de com­pri­men­to.

Fle­xi­bi­li­da­de na lar­gu­ra - A Com­pac­ta 6, im­pres­


so­ra fle­xo­grá­fi­ca de alto de­sem­pe­nho, foi a ve­de­te no Para mul­ti­packs - A se­la­do­ra bun­dling au­to­má­ti­ca
es­tan­de da Fle­xo­po­wer. Com sis­te­ma de im­pres­são teve suas vir­tu­des re­for­ça­das pela Dal Mak durante o
fren­te/ver­so tipo 6+6 co­res, tem ve­lo­ci­da­de me­câ­ni­ca even­to. O equi­pa­men­to – vol­ta­do ao fe­cha­men­to de cai­
má­xi­ma de 200 metros por mi­nu­to e bo­bi­nas de 800mm. xas, ga­lões e pe­ças sol­tas, ou à jun­ção de uni­da­des de
A variedade de lar­gu­ra de im­pres­são é de produtos através de fil­mes en­co­lhí­veis (mul­ti­packs) –
600/800/1000/1200/1400mm. Segundo Al­ber­to Wal­ter pode ter uma úni­ca es­tei­ra na entrada ou duas em sé­rie
Ec­kel, en­ge­nhei­ro da Fle­xo­po­wer, a Com­pac­ta vem para dis­tan­ciar os pa­co­tes, e pos­sui pai­nel com lei­tu­ra
sen­do uti­li­za­da em con­ver­te­do­ras para apli­ca­ções que di­gi­tal do ter­mor­re­gu­la­dor e da ve­lo­ci­da­de da es­tei­ra.
vão de embalagens in­dus­triais a sa­co­las pro­mo­cio­nais.
Ba­lan­ça com de­te­tor - O sis­te­ma
Cor­te e vin­co com amos­tra ime­dia­ta - A Per­ in­te­gra­do (com­bo) de ba­lan­ça ele­trô­ni­
pak mostrou sua mesa de amos­tras da Ar­tios Kongs­berg/ ca com de­te­tor de me­tais e a ar­ma­do­ra
Bar­co Systems. A má­qui­na de cor­te e vin­co per­mi­te a pro­du­ au­to­má­ti­ca de cai­xas de pa­pe­lão on­du­
ção ins­tan­tâ­nea de amos­tras, o que agi­li­za o pro­je­to da em­ba­ la­do fo­ram os prin­ci­pais lan­ça­men­tos
la­gem de acor­do com o de­se­jo do clien­te. Se­gun­do Gil­ber­to da Pac­kin­tec. O pri­mei­ro, agre­gan­do
Nie­buhr, di­re­tor da Per­pak, a má­qui­na tem uma bi­blio­te­ca de­te­tor Po­wer­Pha­se, da Sa­fe­li­ne, e
com ex­ten­sa lis­ta de pro­je­tos, o que facilita a ta­re­fa de en­con­ ba­lan­ça Var­pe, per­mi­te con­tro­le so­bre
trar a so­lu­ção ade­qua­da. li­nhas de pro­du­ção onde o peso cor­re­
to do pro­du­to e a se­gu­ran­ça con­tra
Di­fe­ren­tes na mes­ma má­qui­na - A Hud­son cor­pos es­tra­nhos se­jam fun­da­men­tais
Sharp apresentou o MS 1200 Dual Lane, má­qui­na de (prin­ci­pal­men­te gra­nu­la­dos e pós). O
cor­te e sol­da de fle­xí­veis com ca­pa­ci­da­de para pro­ces­sar des­car­te acon­te­ce em la­dos dis­tin­tos do equi­pa­men­to.
dois for­ma­tos dis­tin­tos de embalagens ao mesmo tem­
po. Com duas li­nhas para sa­cos de até 600mm de lar­gu­ Di­men­sões re­du­zi­das - A W26, má­qui­na de
ra, a MS 1200 já está ope­rando em al­gu­mas con­ver­te­do­ em­ba­lar da empresa suí­ça Wil­li Mas­chi­nen­bau AG, é a
ras e em empresas como a Pan­co, no acon­di­cio­na­men­to no­vi­da­de da Fer­rer e Cas­tro para o mercado na­cio­nal.
de pães de forma. Per­mi­te o uso de uma gama va­ria­da de fil­mes, até em
ca­ma­das su­per­pos­tas, e im­pri­me di­re­ta­men­te na em­ba­
la­gem, po­den­do agre­gar in­for­ma­ções do pro­du­to. O
se­la­dor tem con­tro­le au­to­má­ti­co de tem­pe­ra­tu­ra e pai­nel
de fá­cil ope­ra­ção, com vi­sor. A ve­lo­ci­da­de de tra­ba­lho é
de até quarenta sa­cos por mi­nu­to, e há con­tro­le de
de­sen­ro­lar e de final da bo­bi­na do fil­me uti­li­za­do.

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Registro

Aqui estão resumos de algumas men­te, o ma­te­rial está sen­do im­pres­são e embalagens es­pe-
das notas publicadas em òltimas tro­ca­do por uma ces­ta bási­ca de ciais so­fis­ti­ca­das, com uni­da­des
Notícias, seção atualizada diari- alimentos. O ob­je­ti­vo da Cis­per é fa­bris nos Es­ta­dos Uni­dos e na
amente no site da revista. di­fun­dir as qua­li­da­des e van­ta- Eu­ro­pa. O valor da tran­sa­ção gi­rou
www.embalagemmarca.com.br gens das embalagens de vi­dro e em tor­no de US$ 500 milhões,
ga­ran­tir a fi­de­li­da­de do con­su- in­cluin­do dí­vi­da lí­qui­da e ações
O gru­po ho­lan­dês Ro­yal Nu­mi­co mi­dor ao ma­te­rial. pre­fe­ren­ciais de US$ 294 milhões.
au­men­tou sua par­ti­ci­pa­ção no A aqui­si­ção faz parte da es­tra-
mercado de alimentos nu­tri­cio- A Em­bra­pa de­sen­vol­veu na Ama- té­gia da Wes­tva­co de au­men­tar
nais ao com­prar, por US$ 1,8 bi- zô­nia duas va­rie­da­des de mu­das es­ca­la e foco em mercados glo-
lhõo, a Re­xall Sun­down, se­gun­da clo­na­das de gua­ra­ná que têm bais de embalagens so­fis­ti­ca­das.
maior fa­bri­can­te de vi­ta­mi­nas pro­du­ti­vi­da­de dez vezes maior
dos Es­ta­dos Uni­dos. O mercado que as con­ven­cio­nais. A pers­pec- A Uni­ted Dis­til­lers & Vint­ners está
de su­ple­men­tos nu­tri­cio­nais, que ti­va é de que o consumo do ven­den­do três mar­cas de be­bi­das
in­clui vi­ta­mi­nas, co­mi­da na­tu­ral produto deve crescer com a cria- bem po­si­cio­na­das no Bra­sil: o
e be­bi­das iso­tô­ni­cas, é um dos ção da AmBev e com o conse- co­nha­que Dre­her e os uís­ques Old
que mais cres­cem no mun­do, quente aumento das ex­por­ta­ções Eight e Drury's. A UDV fará uma
com ta­xas anuais en­tre 10% e do re­fri­ge­ran­te de gua­ra­ná. As ofer­ta pú­bli­ca de sua par­ti­ci­pa-
15%. No Bra­sil, a Nu­mi­co com- no­vas mu­das clo­na­das tam­bém ção em 70% nas mar­cas e nas
prou, em ju­lho do ano passado, a pos­si­bi­li­ta­rão o plan­tio em ou­tras fá­bri­cas de So­ro­ca­ba (SP) e Re­ci-
fa­bri­can­te de la­ti­cínios Mo­co­ca. re­giões além da Ama­zô­nia, como fe (PE). A ven­da das mar­cas, duas
os es­ta­dos da Ba­hia e de Mato de­las líde­res de mercado em
A MD Pa­péis e a Tech­no­cell De­kor Gros­so, com a mes­ma qua­li­da­de. seus seg­men­tos (Dre­her no de
Gmbh&Co., da Ale­ma­nha, fir­ma- co­nha­ques de cana de açú­car e
ram acor­do de coo­pe­ra­ção tec- A Am­Bev criou uma di­vi­são de Old Eight no de uís­ques), se­gue a
no­lógi­ca e co­mer­cial na área de re­fri­ge­ran­tes e be­bi­das não po­lí­ti­ca mun­dial da UDV de fo­car
pa­péis de­co­ra­ti­vos, de­pois de al­coóli­cas, que dará aten­ção os ne­gó­cios nos produtos prio­ri-
dois anos de ne­go­cia­ções. O pro- es­pe­cial ao gua­ra­ná An­tarc­ti­ca, tá­rios e aban­do­nar os de baixo
je­to deverá re­ce­ber investimen- prin­ci­pal­men­te nas ex­por­ta­ções. valor agre­ga­do. Os ne­gó­cios do
tos de US$ 20 milhões até 2001. Além do gua­ra­ná, fi­ca­rão sob gru­po se­rão cen­tra­li­za­dos nos
$0'3D­SpLVVHUiUHV­SRQ­V®­YHO res­pon­sa­bi­li­da­de da nova di­vi­são uís­ques Joh­nie Wal­ker (Red La­bel
por toda a co­mer­cia­li­za­ção de do gru­po ou­tros 60 produtos, e Black La­bel) e J&B, vod­ca Smir-
pa­péis de­co­ra­ti­vos das duas in­cluin­do re­fri­ge­ran­tes, chás, noff, li­cor Bay­leys, a te­qui­la Jose
com­pa­nhias na Amé­ri­ca La­ti­na e su­cos e iso­tô­ni­cos. A cria­ção da Cuer­vo, o rum Ma­li­bu e os gins
a empresa ale­mã co­mer­cia­li­za­rá es­tru­tu­ra se jus­ti­fi­ca pelo ta­ma- Gor­don's e Tan­que­ray.
o ex­ce­den­te da pro­du­ção bra­si- nho do mercado na­cio­nal de
lei­ra no res­to do mun­do. re­fri­ge­ran­tes: 110 bilhões de A Tecmax, empresa que produz
li­tros por ano, um con­su­mo per embalagens plásticas injetadas e
A Cis­per está de­sen­vol­ven­do no ca­pi­ta de 66 li­tros. sopradas para produtos de higiene
Rio de Ja­nei­ro o pro­je­to "Vi­dro é pessoal e cosméticos, está
Co­mi­da, Saú­de e Edu­ca­ção", na A Wes­tva­co Cor­po­ra­tion, que tem investindo cerca de US$ 1,5 milhão
co­mu­ni­da­de da Man­guei­ra. O como sub­si­diá­ria bra­si­lei­ra a na reestruturação de sua fábrica.
pro­je­to con­sis­te na tro­ca de três Ri­ge­sa Ce­lu­lo­se, Pa­pel e Em­ba­la- Com o investimento, a empresa
qui­los de embalagens usa­das de gens, anunciou um acor­do para a espera crescer cerca de 25%
vi­dro por alimentos, me­di­ca­men- com­pra do gru­po Im­pac, for­ne­ce- durante este ano, ampliando seus
tos ou ma­te­rial es­co­lar. Ini­cial- dor mun­dial lí­der de so­lu­ções de negócios para a América Latina.

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andré godoy

Quan­do se pas­sa dian­te das gôn­do­las, al­guns produtos apre­sen­tam se­me­lhan­ça in­crí­vel.
No­mes com so­no­ri­da­de pa­re­ci­da, embalagens com for­ma­tos e sím­bo­los que se­guem os
mes­mos pa­drões. Tudo isso dei­xa uma ques­tão no ar: até que pon­to es­sas si­mi­la­ri­da­des
de­vem-se à iden­ti­da­de da ca­te­go­ria do pro­du­to? Ge­ral­men­te, as em­pre­sas pio­nei­ras no seg-
mento (mui­tas vezes as que de­têm maior par­ti­ci­pa­ção de mercado) acu­sam as suas se­gui­do­ras
de plá­gio. Es­tas, por sua vez, rea­gem di­zen­do que “se­guem as ten­dên­cias da ca­te­go­ria”.
Nes­sa nova se­ção, Em­ba­la­gem­Mar­ca traz al­guns exem­plos de embalagens pa­re­ci­das, sem fazer
qual­quer jul­ga­men­to de valor. Para esta pri­mei­ra edi­ção de “Mera Coin­ci­dên­cia” fo­ram es­co­
lhi­das as gar­ra­fas de ver­mu­te das mar­cas Cin­za­no, Cor­te­za­no e Ro­ma­no.

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Display
San­tàl Ac­ti­ve com cara de iso­tô­ni­co
O San­tàl Ac­ti­ve, da Par­ma­lat, teve a cor azul na parte su­pe­rior e co­res que
em­ba­la­gem to­tal­men­te re­for­mu­la­da va­riam con­for­me o sabor da be­bi­da na
para o seu re­lan­ça­men­to,dei­xan­do a parte de baixo. O San­tàl Ac­ti­ve é
ima­gem de suco para se­guir a lin­gua­ co­mer­cia­li­za­do em gar­ra­fas de vi­dro de
gem dos iso­tô­ni­cos. O lo­go­ti­po 500ml, fa­bri­ca­das pela CIV, nos sa­bo­
ga­nhou forma ova­la­da e um splash res Crazy Red (la­ran­ja, to­ma­te e uva),
mos­tra de­se­nhos de fur­tas. Para Mix Tro­pi­cal (maçã, laran­ja e man­ga),
ca­rac­te­ri­zar a linha, o ró­tu­lo re­ce­beu uva com li­mão, tan­ge­ri­na e gua­ra­ná.

Gessy lever ino­va


no Bri­lhan­te
O sa­bão em pó Bri­lhan­te, da
Gessy Le­ver, está che­gan­do às
gôn­do­las dos su­per­mer­ca­dos
com nova fór­mu­la e nova em­ba­
la­gem. Na fór­mu­la, a no­vi­da­de é
um al­ve­jan­te de ação con­tí­nua,
que segundo o fa­bri­can­te re­ti­ra
as man­chas mais di­fí­ceis e real­
ça o bran­co e as co­res das rou­
pas. A ino­va­ção na em­ba­la­gem
de um qui­lo, de­sen­vol­vi­da pela
Na­ri­ta & As­so­cia­dos e pro­du­zi­da
pela Canguru, em PEBD, pas­sa
pela maior re­sis­tên­cia e ago­ra
Itam­bé ata­ca no mercado de su­cos
não sol­ta a tin­ta em con­ta­to A Itam­bé, empresa co­nhe­ci­da pela de um li­tro. As cai­xas lon­ga vida
com a água, e che­ga ao fe­cho atua­ção na área de de­ri­va­dos de lei­ re­ce­be­ram ilus­tra­ções hi­per rea­lis­
fotos: divulgação

ade­si­vo pro­du­zi­do pela No­vel­ te, está di­ver­si­fi­can­do sua linha de tas das fru­tas so­bre um fun­do es­cu­
print, que per­mi­te o re­tam­pa­ produtos, en­tran­do no mercado de ro, nas co­res azul e pre­ta. Como a
men­to da em­ba­la­gem. su­cos de fru­tas. Os su­cos nos sa­bo­ im­pres­são é fei­ta em pa­pel me­ta­li­za­
res la­ran­ja, maçã e uva são acon­di­ do, criou-se um efei­to de gran­de
cio­na­dos em embalagens Te­tra Pak con­tras­te en­tre as co­res.

Co­nha­que Do­mus tam­bém em versão de bol­so


Com o su­ces­so da Ca­ni­nha 51 em
em­ba­la­gem de bol­so, a Com­pa­nhia
Mül­ler de Be­bi­das está co­lo­can­do no
mercado o Co­nha­que Do­mus no
mesmo tipo de re­ci­pien­te, uma gar­
ra­fi­nha de PET de 200ml. O ob­je­ti­vo
da empresa é am­pliar a pe­ne­tra­ção
da mar­ca em novos mercados, como
a re­gião Nor­des­te do País, e em
pon­tos-de-ven­da como ba­res e
pa­da­rias. Com de­sign cria­do pela
Bench­mark, o pro­du­to é dis­po­ni­bi­li­
za­do em dis­plays com seis uni­da­des.

40 – embalagemmarca • mai 2000


Display
Cí­rio lan­ça no­vas embalagens
A Cí­rio re­for­mu­lou as pro­ces­so de me­ta­li­za­ção
embalagens da sua linha ex­ter­na. As novas tampas
de ato­ma­ta­dos. As prin­ci­ das la­tas são co­lo­ri­das e
pais no­vi­da­des são as per­so­na­li­za­das de acor­do
embalagens Te­tra Pak com cada ver­são dos
me­ta­li­za­das e as la­tas mo­lhos Tra­di­cio­nal, Bo­lo­
com tam­pa abre-fá­cil da nhe­sa, Man­je­ri­cão e Sugo,
Ro­jek, que an­tes eram de 340 gra­mas e Ex­tra­to
ex­clu­si­vi­da­de da con­cor­ Su­per­ci­rio, de 350 gra­
ren­te Cica. As cai­xi­nhas mas. Nas embalagens, Embalagem maior para
dos mo­lhos Tra­di­cio­nal
Pe­nei­ra­do, de Pol­pa Gros­
desenvolvidas pela Se­ra­
gi­ni Design, o azul é a cor ganhar mercado grande
sa e de Pol­pa Pe­nei­ra­da, pre­do­mi­nan­te. O ver­me­
fotos: divulgação

A linha de io­gur­tes Fruty “pron­to para be­ber” em


de 520 gra­mas, são as lho, tra­di­cio­nal nesse seg­
com pol­pa de fru­tas da des­ta­que no cen­tro da cai­
pri­mei­ras da ca­te­go­ria de mento, é res­sal­ta­do em
Pau­lis­ta, co­mer­cia­li­za­da xa. Lan­ça­da em 1986, a
ato­ma­ta­dos a uti­li­zar o ima­gens de to­ma­tes.
em embalagens de 200g, mar­ca Fruty é a se­gun­da
ago­ra tam­bém pode ser mais ven­di­da no segmento
en­con­tra­da, nos sa­bo­res de io­gur­tes lí­qui­dos em
mo­ran­go e fru­tas ver­me­ embalagens de 200g, e o
lhas, na ver­são de 1000g. ob­je­ti­vo da Pau­lis­ta é
As embalagens Te­tra Rex ga­nhar mercado no seg­
de 1000g dos io­gur­tes mento de 1000g, hoje res­
se­guem a mes­ma iden­ti­da­ pon­sá­vel por mais de 60%
de visual das embalagens do volume de ven­das de
de 200g, com o splash io­gur­tes lí­qui­dos.

Da­no­ni­nho mo­der­ni­za embalagens


Ra­ti­nho em embalagem de leite O quei­jo pe­tit suis­se Da­no­ni­ o Da­no­ni­nho Es­pi­cha­di­nho,
Au­men­tan­do a gama de du­to está sen­do fa­bri­ca­ nho, da Da­no­ne, está Da­no­ni­nho Nu­tri Ce­reais,
op­ções de produtos do pela Nu­tril Nu­tri­ ga­nhan­do novos sa­bo­res e Da­no­ni­nho Ice e Da­no­ni­nho
li­cen­cia­dos com a sua men­tos In­dus­triais sob embalagens mais mo­der­nas. Lí­qui­do: o lo­go­ti­po tem ti­po­lo­
mar­ca, o apre­sen­ta­dor li­cen­ça da Hang­gu’s, de Os seis novos sa­bo­res são gia que imi­ta le­tras de crian­
de TV Car­los Mas­sa, o pro­prie­da­de do apre­ ba­na­na, maçã e ma­mão para ças e o per­so­na­gem Da­no­ni­
Ra­ti­nho, está co­lo­can­do sen­ta­dor. O lei­te em pó as ban­de­jas com 360 gra­mas nho ga­nhou mais des­ta­que. A
no mercado o lei­te em Pri­mo é apre­sen­ta­do e ce­re­ja, fram­boe­sa e amo­ra em­ba­la­gem do Da­no­ni­nho
pó Pri­mo, mo­di­fi­ca­do e em em­ba­la­gem fle­xí­vel para o Da­no­ni­nho Maxi, com Es­pi­cha­di­nho, an­tes de pa­pel
com sabor. O novo pro­ me­ta­li­za­da de 150 gra­ 520 gra­mas. Além dos novos car­tão, ago­ra é pro­du­zi­da em
mas nos sa­bo­res bau­ni­ sa­bo­res, as ban­de­jas in­cluem plás­ti­co e ga­nhou uma nova
lha, ba­na­na e cho­co­la­ o tra­di­cio­nal sabor mo­ran­go. op­ção, com três uni­da­des
te. A em­ba­la­gem, cria­ No total, são oito po­ti­nhos, (an­tes era co­mer­cia­li­za­da
da pelo de­sig­ner Fer­ dois de cada sabor, que te­rão ape­nas com seis uni­da­des).
nan­do Quin­ti­no, uti­li­za co­res di­fe­ren­cia­das. Con­ti­
como per­so­na­gem prin­ nuam no mercado as
ci­pal o rato Xa­ro­pi­nho, ban­de­jas ape­nas
mascote do programa com o Da­no­ni­nho
de TV que será uti­li­za­do de mo­ran­go. As
em to­das as li­nhas de embalagens
produtos li­cen­cia­das fo­ram re­for­mu­la­
pelo apre­sen­ta­dor. das em toda a
linha, in­cluin­do

42 – embalagemmarca • mai 2000


Display
nova identidade Para o dia dos na­mo­ra­dos
fotos: divulgação

visual da natura
Apro­vei­tan­do o dia dos na­mo­ra­dos,
em ju­nho, a im­por­ta­do­ra WML está
tra­zen­do ao Bra­sil embalagens es­pe­
ciais do bom­bom Baci, da Nes­tlé,
com 75 anos de tra­di­ção no mercado
ita­lia­no. To­das as embalagens têm
for­ma­to de co­ra­ção, va­rian­do ape­nas
o ma­te­rial plás­ti­co trans­pa­ren­te, te­ci­
do ave­lu­da­do e lata de aço.
De­pois de dois anos de pla­ne­ja­
men­to, a Na­tu­ra, maior in­dús­tria
na­cio­nal de cos­mé­ti­cos, anunciou
Ma­ra­thon em
a mu­dan­ça de sua iden­ti­da­de em­ba­la­gem es­pe­cial
visual. O tra­ba­lho co­me­çou em A Brah­ma está co­lo­can­do no merca­
1998, com a con­tra­ta­ção da do mais um sabor do iso­tô­ni­co Ma­ra­
empresa in­gle­sa In­ter­brand Ne­well thon: uva ver­de. A empresa pre­pa­rou
and Sor­rel, es­pe­cia­li­za­da em con­ uma edi­ção li­mi­ta­da de 400 mil
sul­to­ria de mar­cas. A partir da embalagens re­ves­ti­das com ró­tu­lo
cria­ção da nova mar­ca, uma equi­ slee­ve, que en­vol­ve toda a gar­ra­fa de
pe in­ter­na da Na­tu­ra, em par­ce­ria PET de 500ml. De­pois de es­go­ta­das
com o es­tú­dio De­zign com Z e as embalagens es­pe­ciais, o sabor
com a agên­cia de pu­bli­ci­da­de uva ver­de con­ti­nua­rá na linha Ma­ra­
Gui­ma­rães Pro­fis­sio­nais, de­sen­vol­ thon, que já tem oito sa­bo­res: kiwi,
veu a nova iden­ti­da­de visual da tan­ge­ri­na, li­mão, me­lan­cia, gra­vio­la,
empresa. O novo lo­go­ti­po da água de coco, aba­ca­xi e ma­ra­cu­já.
Na­tu­ra (acima) vai substituir gra­

A aproximação do setor continua


dual­men­te o antigo (abaixo) nos
produtos e no ma­te­rial de pu­bli­ci­
da­de da empresa, e a ex­pec­ta­ti­va Dia 11 de maio, a Má­la­ga Pro­du­tos so­bre su­per­fí­cies não-ab­sor­ven­tes é
é que a al­te­ra­ção nas embalagens Me­ta­li­za­dos rea­li­zou, no Se­nai, em a se­ca­gem da tin­ta, pro­ble­ma que,
se com­ple­te em um ano. São Pau­lo, um works­hop téc­ni­co, segundo as em­pre­sas or­ga­ni­za­do­
que con­tou com con­tou com o ras do even­to, são re­sol­vi­dos se
apoio do pró­prio Se­nai e das for­ne­ fo­rem se­gui­das às ris­cas to­das as
ce­do­ras de tin­ta Su­per­cor e Cro­ re­co­men­da­ções téc­ni­cas dos for­ne­
mos. “Que­re­mos der­ru­bar o mito ce­do­res.
de que para im­pri­mir em pa­pel No dia se­guin­te, na sede Abre, em
me­ta­li­za­do são ne­ces­sá­rios equi­pa­ São Paulo, a Di­xie Toga es­cla­re­ceu
men­tos es­pe­ciais”, dis­se Elia­na dú­vi­das de de­sig­ners no Works­hop
Agas­si, ge­ren­te co­mer­cial da Má­la­ Téc­ni­co men­sal or­ga­ni­za­do pelo
ga. A gran­de quei­xa à im­pres­são Co­mitê de Design da en­ti­da­de.

requeijão paulista em blister para o mercado de food service


O re­quei­jão Pau­lis­ta ga­nhou uma ver­ embalagens por­cio­na­das, a Pau­lis­ta
são para o mercado ins­ti­tu­cio­nal em pre­ten­de es­ti­mu­lar a ex­pe­ri­men­ta­ção
em­ba­la­gem blis­ter de 20 gra­mas. do re­quei­jão cre­mo­so, for­ta­le­cen­do a
Co­mer­cia­li­za­do em todo o País, o pro­ mar­ca e di­vul­gan­do o pro­du­to em sua
du­to é di­re­cio­na­do a ho­téis, mo­téis, em­ba­la­gem maior, o copo de vi­dro de
res­tau­ran­tes, lan­cho­ne­tes, buf­fets e 250 gra­mas, para con­su­mo doméstico.
hos­pi­tais. Além de ali­nhar-se à ten­ Os blis­ters são acon­di­cio­na­dos em
dên­cia de crescimento do mercado de cai­xas de pa­pe­lão com 144 uni­da­des.

44 – embalagemmarca • mai 2000


Display
Bracelpa lança prêmio
A Bra­cel­pa - Associação car­tão e cria­ção de embala­
Brasileira de Ce­lu­lo­se e gens para produtos que
Pa­pel e a Uni­ver­si­da­de ainda não uti­li­zam o ma­te­
Anhem­bi-Mo­rum­bi rea­li­zam rial. Em am­bos os ca­sos, é
o 1º Prê­mio Bra­si­lei­ro de pre­ci­so que a em­ba­la­gem
Em­ba­la­gem em Pa­pel­car­ te­nha 60% de sua área em
tão, vol­ta­do a es­tu­dan­tes pa­pel car­tão e que con­te­
uni­ver­si­tá­rios das áreas nha o selo “Pa­pel­car­tão
re­la­cio­na­das com o de­sen­ para Em­ba­la­gem - Apro­va­
vol­vi­men­to de embalagens. do pela Na­tu­re­za”, sím­bo­lo
O prê­mio tem duas ca­te­go­ da cam­pa­nha ins­ti­tu­cio­nal
Bom pra ca­chor­ro.... rias: re­de­se­nho de embala­
gens que já uti­li­zam pa­pel
do pro­du­to. In­for­ma­ções:
So­lan­ge Mas­suia: (11) 240-
Para se adap­tar às di­fe­ Cres­ci­men­to Sau­dá­vel. A 9933.
ren­ças de ta­ma­nho e de ver­são seca vem em a conquista do “tio sukita”
ida­de dos ca­chor­ros, o ali­ sa­cos coex­tru­da­dos que
mento para cães Champ, va­riam de 1,5 kg a 28 kg. Na história recente de
da Ef­fem, está che­gan­do Em la­tas de 625 gra­mas Sukita, o fracasso se
ao mercado em nova são en­con­tra­dos os sa­bo­ resume às tentativas do
em­ba­la­gem e em três res carne e ga­li­nha. “Tio” de conquistar a jovem
va­rie­da­des: Champ Ori­gi­ Ain­da no mercado de vizinha. A campanha do
nal, Pe­da­ços Pe­que­nos e co­mi­da para cães, a Bras­ refrigerante da Brahma
wey, através da sua di­vi­ volta ao ar depois do suc­ atingiu 8,6% de share no
são Anhan­güe­ra Pet, lan­ esso da primeira fase. Na sabor laranja. Em
çou os alimentos semi- Grande São Paulo, Sukita Salvador, a participação
úmi­dos para cães Friend da marca é de 23,7%.
Ju­nior e Friend Mas­ter em
nova em­ba­la­gem. Os padronização visual
produtos, an­tes apre­sen­ Dan­do pros­se­gui­men­to à ra­ná An­tarc­ti­ca”, afir­ma
ta­dos em embalagens de nova es­tra­té­gia de co­mu­ni­ Juan Ver­ga­ra, di­re­tor de
800 gra­mas e 2,7 kg, ago­ ca­ção do pro­du­to, a mar­ke­ting para re­fri­ge­ran­
ra têm nova op­ção, os Am­Bev está mu­dan­do o tes da Am­Bev. O gua­ra­ná
bal­des plás­ti­cos com 8 kg. ró­tu­lo do Gua­ra­ná An­tarc­ pas­sa a ter uma pa­dro­ni­
fotos: divulgação

ti­ca. As gar­ra­fas em PET de za­ção visual nos ró­tu­los


...e pra gato tam­bém um li­tro, dois li­tros, 600ml das embalagens de toda
e 237ml (Ca­çu­li­nha) es­tão sua linha de produtos,
Está no mercado a linha carne ten­ra, peru, peru e
che­gan­do ao mercado com ba­sea­da na ima­gem da
Pra­tos Fa­vo­ri­tos da Whis­ miú­dos, atum, fran­go,
novo visual. “Se­guin­do a gar­ra­fa de vi­dro. O de­sign
kas, fei­ta com pe­da­ços mer­lu­za e atum, sal­mão e
linha ado­ta­da pela lata, o dos ró­tu­los foi feito pela
de carne pre­pa­ra­dos com cor­dei­ro. As embalagens
novo ró­tu­lo res­ga­ta a cor DM9DDB, que tam­bém
mo­lho. A ração tem oito são stand up pou­ches de
ver­de que iden­ti­fi­ca o Gua­ criou a nova lata.
sa­bo­res disponíveis: 85 gra­mas.
luiz naretto jr.

46 – embalagemmarca • mai 2000


EVENTOS

JUNHO AGOSTO SETEMBRO


Fis­pal 2000 – Maior fei­ra de Tec­no­Be­bi­da 2000 – Ex­po­si­ Pack Expo Bra­sil 2000 – Fei­
ali­men­ta­ção da Amé­ri­ca La­ti­ ção e con­fe­rên­cias so­bre tec­ ra in­ter­na­cio­nal de em­ba­la­
na, che­ga à 16ª edi­ção. Mos­tra no­lo­gia para a in­dús­tria de gem. Vai apre­sen­tar no­vi­da­
lan­ça­men­tos das in­dús­trias de be­b i­d as. Des­t a­q ue para des em equi­pa­men­tos, pro­
má­qui­nas, equi­pa­men­tos, em- embalagens, equi­pa­men­tos, ces­sos, embalagens e com­
balagens e alimentos. De 13 a má­qui­nas e ma­té­rias-pri­mas. po­nen­tes. De 12 a 15 de
16 de ju­nho no Pa­vi­lhão de De 2 a 4 de agos­to no Expo se­t em­b ro no In­t er­n a­t io­n al
Ex­po­si­ções do Anhem­bi, em Cen­ter Nor­te, em São Pau­lo. Tra­de Mart, em São Pau­lo.
São Pau­lo. In­for­ma­ções pelo In­for­ma­ções: (11) 3873-0081. In­for­ma­ções: (11) 3758-0996.
telefone: (11) 3758-0996.
Mo­v i­m at 2000 – Fei­r a de Fei­tin­tas 2000 – Fei­ra da in­dús­
Me­tav – Fei­ra in­ter­na­cio­nal de lo­g ís­t i­c a, mo­v i­m en­t a­ç ão, tria de tin­tas, ver­ni­zes e produ­
ma­nu­fa­tu­ras e au­to­ma­ção, em ar­m a­z e­n a­g em e trans­p or­t e. tos cor­re­la­tos. De 13 a 16 de
Düs­sel­dorf, Ale­ma­nha. De 27 De 15 a 18 de agos­to no Expo se­tem­bro no In­ter­na­tio­nal Tra­
de ju­nho a 1º de ju­lho. In­for­ma­ Cen­t er Nor­t e. In­f or­m a­ç ões de Mart, na capital paulista.
ções: (11) 535-4799. pelo telefone: (11) 575-1400. In­for­ma­ções (11) 289-5382.

JULHO OUTUBRO

FCE Pharma 2000 – 5ª edi­ção In­ter­phex South Ame­ri­ca – edi­ção. De 25 a 27 de ou­tu­bro


da ex­po­si­ção de for­ne­ce­do­res So­lu­ções em má­qui­nas, pro­ no In­ter­na­tio­nal Tra­de Mart,
de embalagens, equi­pa­men­tos e ces­sos, trans­por­te e embala­ em São Pau­lo. Mais informa­
ma­té­rias-pri­mas para a in­dús­tria gens para a in­dús­tria far­ma­ ções pelo telefone (11) 5505-
far­ma­cêu­ti­ca na Amé­ri­ca La­ti­na. cêu­ti­ca. Está em sua se­gun­da 7272.
De 5 a 7 de ju­lho no Expo Cen­ter
Nor­te, em São Pau­lo. In­for­ma­ NOVEMBRO
ções: (11) 3873-0081. Em­bal­la­ge 2000 – Pon­to de vai ho­me­na­gear a Ín­dia. Se­rão
en­con­tro mun­dial do se­tor de rea­li­za­das con­fe­rên­cias e en­con­
HBA South Ame­ri­ca – Ex­po­si­ embalagens, com mais de 2 500 tros per­so­na­li­za­dos com em­pre­
ção in­ter­na­cio­nal de for­ne­ce­do­ ex­po­si­to­res. São es­pe­ra­dos sá­rios do país, que está em
res para a in­dús­tria de cos­mé­ti­ mais de 105 000 vi­si­tan­tes pro­ces­so de fran­co cresci­
cos, in­cluin­do embalagens, na 34ª edi­ção da fei­ra, mento na área de embala­
ma­té­rias-pri­mas e equi­pa­men­ que re­ce­be­rá ex­po­si­ gens. Pa­ra­le­la­men­te à fei­ra
tos. Pa­ra­le­la­men­te será rea­li­za­ to­res de todo o mundo será rea­li­za­do even­to de tec­
do o 14º Con­gres­so de Cos­me­ de áreas como ma­té­ no­lo­gia e pro­ces­so de ali­
to­lo­gia. De 5 a 7 de ju­lho, no rias-pri­mas, em-bala­ mentos. De 20 a 24 de
Expo Cen­ter Nor­te, em São Pau­ gens, mar­ca­ção e eti­ no­vem­bro em Pa­ris, Fran­ça.
lo. In­for­ma­ções: (11) 3873-0081. que­ta­gem. A Em­bal­la­ge 2000 In­for­ma­ções: (11) 881-1255.

3ª Con­fe­rên­cia Anual In­te­gran­do as po­si­cio­na­men­to; im­pac­tos do e-com­ da Se­ra­gi­ni Design, Lu­cia­na Pel­le­gri­
Eta­pas do De­sen­vol­vi­men­to de mer­ce no de­sign e na in­dús­tria de no, da Abre, Luis Madi, do Ital, Luiz
Em­ba­la­gens – pa­les­tras so­bre como em­ba­la­gem; so­lu­ções para pro­ble­mas Ro­ber­to Fa­ri­na, da Bench­mark,
diag­nos­ti­car as reais ne­ces­si­da­des do am­bien­tais e mi­ni­mi­za­ção de cus­tos Ma­noel Mul­ler, da Mul­ler As­so­cia­dos,
mercado e pú­bli­co-alvo através de através da re­ci­cla­gem. As apre­sen­ta­ Mar­tha Te­renz­zo, da Sadia, Nel­son
pes­qui­sa; o que há de novo em tec­ ções se­rão fei­tas por An­to­nio Car­los Ma­ran­go­ni, da Re­search In­ter­na­tio­nal,
no­lo­gia e ma­te­riais e aná­li­se da me­lhor Ca­bral, da Re­fi­na­ções de Mi­lho Bra­sil, Pier­re Fran­çois Co­hen, da Ip­sos-No­
op­ção para embalagens; eli­mi­na­ção Eloí­sa Ele­na Gar­cia, do Ce­tea/Ital, Fá­bio vac­tion, e Wal­mir Sol­ler, da Du­Pont.
de cus­tos com apli­ca­ção de sis­te­mas Mes­tri­ner, da Pac­king, José Olím­pio Dias 19 e 20 de ju­lho no Crow­ne Pla­za
de qua­li­da­de total; im­ple­men­ta­ção de Cas­ta­nho, da Gessy Le­ver, José Ro­ber­ Ho­tel, em São Pau­lo. In­for­ma­ções na
estratégias efi­cien­tes de de­sign e to Gio­sa, da La­ta­sa, Lin­coln Se­ra­gi­ni, IBC do Brasil: (11) 258-5310.

48 – embalagemmarca • mai 2000


Como Encontrar

Bra­sil Pack Trends 2005 – se­mi­ná­rio


in­ter­na­cio­nal de em­ba­la­gem, dis­tri­
N esta se­ção en­con­tram-se, em or­dem al­fa­bé­ti­ca, os nú­me­ros de te­le­fo­ne
das em­pre­sas ci­ta­das nas re­por­ta­gens da pre­sen­te edi­ção. Em­ba­la­gem­
Marc ­ a fica à dis­po­si­ção para outras in­for­ma­ções.
bui­ção e con­su­mo. Cria­do pelo
Ce­tea, com apoio da Da­ta­mark, Abifarma (11) 820-3775 Kpack (11) 7967-7373
Mül­ler As­so­cia­dos e da Fis­pal, acon­
Abimaq (11) 5582-6311 Labeltech (19) 3876-1327
te­ce pa­ra­le­la­men­te à Fis­pal. Na
ocasião, será lan­çado o do­cu­men­to Abividro (11) 255-3033 Lenzi (11) 3972-2022
Bra­sil Pack Trends 2005, edi­ção
Activas (11) 716-0088 Müller Associados
2000. Os par­ti­ci­pan­tes re­ce­be­rão o
do­cu­men­to pre­li­mi­nar. En­tre os Alcan (11) 5503-0761 (11) 870-4417
pa­les­tran­tes es­tão Luis Madi, di­re­
Avery Dennison Multilabel (11) 5641-5473
tor ge­ral do Ital (A em­ba­la­gem no
sé­cu­lo XXI – Pers­pec­ti­vas e ten­dên­ (19) 3876-7600 Nissei ASB (11) 3641-1012
cias); Sér­gio Ha­ber­feld, pre­si­den­te
Brasemba (11) 3972-2182 Novelprint (11) 268-4111
da Associação Brasileira de Em­ba­
lagem, da União La­ti­no-Ame­ri­ca­na Carnevalli (11) 6412-3811 Oetker (11) 3782-3577
de Em­ba­la­gem e da Or­ga­ni­za­ção
Cereser (11) 7395-4923 Packintec (11) 5581-1948
Mun­dial de Em­ba­la­gem (O po­der da
in­for­ma­ção e o pa­pel das as­so­cia­ Chocolates Garoto Parmalat (11) 3848-2000
ções na in­dús­tria de em­ba­la­gem);
(27) 320-1000 Payot (11) 7922-8666
Gra­ham Wal­lis, di­re­tor da Da­ta­mark
(A evo­lu­ção do mercado brasileiro Cisper (11) 206-8000 Perpak (41) 352-6166
de em­ba­la­gem e sua in­ser­ção no
CIV (81) 271-0122 Piramidal (11) 4392-5080
mercado in­ter­na­cio­nal); An­to­nio
Car­los Ca­bral, ge­ren­te de em­ba­la­ Dal Mak (11) 3931-9635 Polialden (11) 5505-3166
gem da Re­fi­na­ções de Mi­lho Bra­sil
Danzas Logística Priscell (11) 262-9756
(A em­ba­la­gem e os novos ca­nais de
ven­da); Eloí­sa Ele­na Gar­cia, ge­ren­te (11) 6461-9409 Prodesmaq (19) 3876-5000
do Ce­tea/Ital (De­sen­vol­vi­men­to de
Day Brasil (11) 3823-7744 Qualipack (11) 591-2520
em­ba­la­gem e meio am­bien­te); Nel­
son Bar­ri­zel­li e Ar­man­do Pin­to, da Du Pont 0800-17-1715 Rhodia-ster (11) 5188-1380
FEA/USP (Ten­dên­cias do supply
Embaquim (11) 272-7233 Rigesa Westvaco do Brasil
chain para o mercado de em­ba­la­
gem); Fá­bio Mes­tri­ner, di­re­tor da Embrapac (11) 869-5733 (19) 3869-9000
Pac­king (Ten­dên­cias do de­sign de
Ferrer Maschinenbau Scopus Tecnologia
em­ba­la­gem); Fer­nan­do Pi­rut­ti, su­pe­
rin­ten­den­te co­mer­cial da No­vel­print (11) 3758-1010 (11) 3904-9811
(A em­ba­la­gem de trans­por­te e dis­tri­
bui­ção no sé­cu­lo XXI); As­sis E. Gar­
Flexopower (11) 713-4230 Seaquist Valois
cia, di­re­tor téc­ni­co do Ce­tea/Ital (A Glaxo Wellcome (11) 7241-4344
em­ba­la­gem de trans­por­te e dis­tri­
bui­ção no sé­cu­lo XXI); Jor­ge Iz­quier­
(21) 444-6000 Sidel (11) 5631-2088
do, e Ben Mya­res, da PMMI/EUA (O Hervás (11) 6941-9266 Sipa (11) 7298-3531
mercado de equi­pa­men­tos para
em­ba­la­gem e suas ten­dên­cias); e
Hudson Sharp Sunnyvale (11) 3842-9300
Ro­gé­rio Aun, só­cio-di­re­tor da Ar­thur (11) 5181-7935 Tapon Corona (11) 835-8662
An­der­sen (Pers­pec­ti­vas de investi­
mentos no se­tor de em­ba­la­gem).
José Roberto Martins Tectron (11) 5631-0566
Dias 14 e 15 de ju­nho no au­di­tó­rio (11) 3266-3947 Tetra Pak (11) 861-2226
Elis Re­gi­na, no Anhem­bi, em São
Pau­lo. In­for­ma­ções: (19) 241-5222,
Klabin Embalagens TME (11) 754-3200
ra­mal 180, com Vi­via­ne Lima. (11) 7398-7205 Védat (11) 494-4266

mai 2000 • embalagemmarca – 49


Almanaque
Tudo é mui­to re­la­ti­vo
To­mar uma Coca-Cola em gar­ra­fa Van­ta­gem: ofe­re­cia dois co­pos da
de vi­dro re­tor­ná­vel de 300ml só be­bi­da em vez de um. O anún­cio
não é hoje um há­bi­to mais cor­ri­ aqui mos­tra­do, de fins de 1962,
quei­ro por­que os fa­bri­can­tes têm ar­gu­men­ta­va que o con­su­mi­dor
cada vez me­nos in­te­res­se em man­ ob­ti­nha “mais por seu di­nhei­ro”
ter o vai­vém de va­si­lha­me, subs­ti­ com a nova gar­ra­fa, que veio fazer
tuin­do-o por la­tas de alu­mí­nio e com­pa­nhia à fa­mo­sa con­tour de
gar­ra­fas de PET des­car­tá­veis, de 237ml. Hoje, os re­ci­pien­tes de
pre­fe­rên­cia de vo­lu­mes maio­res. maior vo-lume do pro­du­to são os
Não faz tan­to tem­po, po­rém, que a de PET de 2,5 li­tros, sim­ples­men­te
hoje me­nor gar­ra­fa do re­fri­ge­ran­te dez vezes o con­teú­do da gar­ra­fa
exis­ten­te no mercado brasileiro era pri­mor­dial – que, por ra­zões de
cha­ma­da de “Coca-Cola gran­de”. ima­gem, está sen­do re­vi­vi­da no
mun­do in­tei­ro.
Nada de novo sob a luz do sol
Você sa­bia? Mui­to an­tes que, no Bra­sil, a por uti­li­zar sua em­ba­la­gem como
Em 1935 foi lan­ça­da nos Es­ta­dos es­pon­ja de aço Bom Bril se trans­ mí­dia para a vei­cu­la­ção de
Uni­dos a pri­mei­ra lata de cer­ve­ja for­mas­se num case de mar­ke­ting produtos de ou­tras ca­te­go­rias, o
do mun­do, uma Krue­ger. Ci­lín­
re­cur­so era co­mum na
dri­ca, como as la­tas de con­ser­va
In­gla­ter­ra. Lá, já algumas
de alimentos, pre­ci­sa­va ser aber­
décadas atrás, as garrafas de
ta com abri­dor de cor­te ou re­ce­
ber dois fu­ros gran­des para ser
lei­te colocadas to­das as
con­su­mi­da. Aten­to à con­ve­niên­ ma­nhãs nas por­tas das ca­sas
cia do con­su­mi­dor, mais tar­de o pelo leiteiro anun­cia­vam
fa­bri­can­te subs­ti­tuiu-a por uma mar­cas de ar­ti­gos re­la­cio­na­
lata com aber­tu­ra tipo crown, dos com o break­fast, como
como a das gar­ra­fas de vi­dro. o há­bi­to de to­mar café e
es­co­var os den­tes.
* * *
A in­ven­ção do sis­te­ma de fe­cha­
men­to dos vi­nhos es­pu­man­tes
Quem fa­lou em equity?
re­mon­ta a 1670. Na­que­le ano, A mar­ca Ba­yer, mun­dial­men­te re­co­ mo­der­no. Este, por sua vez, foi
Don Pé­rig­non, mes­tre da ade­ga nhe­ci­da por seu lo­go­ti­po com o subs­ti­tuí­do pela cruz que an­te­ce­deu
da aba­dia de Eper­nay, na re­gião nome em forma de cruz, é re­sul­ta­do a atual. Em­bo­ra nada te­nham a ver
de Cham­pag­ne, na Fran­ça, de uma evo­lu­ção visual que não um com o ou­tro, se­riam es­ses dois
en­con­trou a so­lu­ção para que as
tem re­la­ção de­cla­ra­da de cau­sa e exem­plos cru­ciais de equity, a pa­la­
gar­ra­fas su­por­tas­sem a pres­são
efei­to. Sim­ples­men­te, num de­ter­mi­ vra a que tan­to re­cor­rem os teó­ri­
in­ter­na de 5 a 6 at­mos­fe­ras da
na­do mo­men­to o leão ori­gi­nal de cos quan­do se re­fe­rem às ca­rac­te­
be­bi­da bor­bu­lhan­te que cria­ra
mis­tu­ran­do pe­que­nas quan­ti­da­
1891 foi subs­ti­tuí­do por um mais rís­ti­cas bá­si­cas de uma mar­ca?
des de di­fe­ren­tes vi­nhos (as­sem­
bla­ge). De­pois de vá­rias ex­pe­
riên­cias mal-su­ce­di­das, ele subs­
ti­tuiu as tam­pas de ma­dei­ra
em­be­bi­das em azei­te pe­las de
cor­ti­ça, amar­ran­do-as com ara­me
ao gar­ga­lo.

50 – embalagemmarca • mai 2000

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