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UNIDADE 4 • capítulo 2

ATIVIDADE 3

1. Por que razão se considera que a ética utilitarista é uma ética consequencialista?

São chamadas consequencialistas as teorias que defendem que o valor moral das
ações depende unicamente das consequências que delas possam resulta.

2. Por que razão não pode ser considerada uma ética deontológica?

As teorias deontológicas tendem a considerar que agir moralmente consiste em


cumprir o dever pelo dever. Fazem depender o valor moral das ações das intenções
do agente. As mais importantes teorias consequencialistas defendem que agir
moralmente consiste em optar sempre pelas ações que previsivelmente maior
bem--estar proporcionem.

3. Segundo Mill, o que torna valiosa uma ação? Em que consiste o seu valor moral?
Qual é o critério da moralidade de um ato?

Segundo Mill, a utilidade é o que torna uma ação moralmente valiosa. O critério da
moralidade de um ato é o princípio de utilidade. Este princípio é o teste da
moralidade das ações. Uma ação deve ser realizada se e só se dela resultar a
máxima felicidade possível para as pessoas ou as partes que por ela são afetadas.
O princípio de utilidade é por isso conhecido também como princípio da maior
felicidade. A ideia central do utilitarismo é a de que devemos agir de modo que da
nossa ação resulte a maior felicidade ou bem-estar possível para as pessoas por ela
afetadas. Uma ação boa é a que é mais útil, ou seja, a que produz mais felicidade
global ou, dadas as circunstâncias, menos infelicidade. Quando não é possível
produzir felicidade ou prazer devemos tentar reduzir a infelicidade.

4. Mill tem uma conceção quantitativa da felicidade?

Não. Há prazeres superiores e inferiores.Com isto Mill quer dizer que há prazeres
em si mesmos – intrinsecamente − melhores do que outros. Certos prazeres são
mais valiosos em virtude da sua natureza. É o caso dos valores a que em termos
gerais podemos chamar valores do espírito (a beleza, a verdade, a liberdade, o
conhecimento, a criação artística).

5. A ética utilitarista sobrevaloriza a felicidade geral ao ponto de não atribuir a


menor importância à felicidade individual. Esta afirmação é correta? Justifique.

Não, apesar de este tipo de ética sublinhar e acentuar que a minha felicidade não é
mais importante do que a felicidade dos outros. O utilitarismo de Mill não defende
que tenhamos de renunciar à nossa felicidade, a uma vida pessoal em nome da
felicidade do maior número. Trata-se através da educação segundo o princípio de
utilidade de abrir um espaço amplo para que a inclinação para o bem geral se
sobreponha com frequência cada vez maior ao egoísmo. O princípio da maior
felicidade em Mill exige que cada indivíduo se habitue a não separar a sua felicidade
da felicidade geral sem deixar de ter projetos, interesses e vida pessoal.

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