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Material complementar - Nutrição Esportiva

NUTRIÇÃO ESPORTIVA

VIAS ENERGÉTICAS NO EXERCÍCIO


• Sistema Fosfato de Creatina (ATP-CP)

Via anaeróbica, reações ocorrem sem a necessidade de oxigênio. As


moléculas ATP e CP são denominadas fosfatos de alta energia, pois com o
rompimento de suas ligações de fosfato, grandes quantidades de energia
são liberadas. A fosfocreatina é armazenada no citosol e funciona como
um reservatório de energia, permitindo a ressíntese do ATP utilizado de
maneira extremamente rápida, garantindo substrato energético por mais
tempo ao organismo.
A duração da via ATP-CP é limitada pelas reservas de creatina fosfato
do indivíduo. Vale ressaltar que mesmo que as reservas estejam cheias,
os estoques são suficientes para sustentar apenas poucos segundos de
atividade intensa.
A principal vantagem desse sistema é a sua simplicidade e o fato de não
depender de reações químicas complexas ou aparato enzimático altamente
especializado. A reação de ressíntese do ATP através da creatina fosfato
envolve apenas uma etapa mediada pela enzima Creatina Quinase, tornando
esta via altamente veloz na geração de energia, mas em contrapartida,
devido às quantidades limitadas de CP no organismo, uma via de baixo
rendimento.
Exemplos no esporte: Lançamentos, levantamento de peso, um soco, chute
ou arremesso.

• Sistema glicogênio ácido lático (glicolítica)

Nessa via metabólica, ocorre liberação de energia para o trabalho muscular


a partir da utilização do glicogênio estocado como substrato energético.
Comparado ao sistema ATP – CP, o processo glicolítico é de menor potência
e de maior capacidade. A glicólise ocorre no citosol, sem a presença de
oxigênio. A importância dos carboidratos para esse sistema está no fato de
ser o único substrato capaz de gerar ATP anaerobicamente.
O piruvato gerado pela glicólise é o ponto crucial na sequência de eventos
do sistema anaeróbico lático. Na falta de oxigênio, o piruvato deixa de ser
convertido a acetil-coA e se converte em ácido lático.
A via glicolítica começa a ser fortemente solicitada quando a intensidade
do exercício permanece aumentada após o período de trabalho da via ATP-
CP. Esta via permite sustentar a atividade sob alta intensidade por mais
tempo que a via ATP-CP, mas com queda de potência. É limitada pelos

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estoques de glicogênio do organismo e pela capacidade do indivíduo de


resistir à acidificação do meio ocasionada pelo acúmulo de metabólitos (íons
de hidrogênio e ácido lático) produzidos pela glicólise anaeróbica quando
demandada por períodos mais longos.
Exemplos no esporte: Natação (100m), Corridas de Atletismo (400m),
Musculação.

• Sistema Oxidativo

O sistema oxidativo oferece energia através da oxidação dos macronutrientes


dietéticos (proteínas, carboidratos e lipídios) durante a prática esportiva.
Esse processo gera uma pequena quantidade de ATP e uma grande
quantidade de íons de hidrogênio, que são carreados para as mitocôndrias
por moléculas transportadoras de FAD e NAD, para um processo chamado
de cadeia respiratória ou respiração celular. Os citocromos, localizados nas
membranas internas das mitocôndrias, são os responsáveis pelas trocas de
energia entre os elétrons que resultarão na geração de grande quantidade
de ATP para a célula.
As principais características desta via são a capacidade de produção
energética por longos períodos, a dependência do oxigênio para a sua
ocorrência e a utilização de todos os macronutrientes como substrato
energético.

PARA FIXAÇÃO
ATP-CP Glicolítica Oxidativa
TIPO DE
Potência Velocidade Resistência
ATIVIDADE
DURAÇÃO 0-15s Até 2min >2min
LOCAL DO Citosol, Sangue,
SUBSTRATO Citosol Citosol Fígado e Adipócitos
LOCAL DA
Citosol Citosol Mitocôndrias
REAÇÃO
VELOCIDADE Imediata Rápida Lenta e prolongada
Glicose, Glicogênio, Ami-
SUBSTRATO ATP-CP Glicose, Glicogênio noácidos, Ácidos graxos
OXIGÊNIO Não Não Sim (Essencial)

EXEMPLOS Lançamentos Sprints e Maratonas, vôlei, basquete


e arremessos musculação

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IMPORTANTE: A separação da atuação das vias energéticas em momentos especí-


ficos é uma convenção didática, para facilitar a compreensão. Na prática, todas elas
atuam em conjunto, variando apenas o percentual de contribuição de cada uma, a
depender da intensidade, momento e atividade realizada.

NUTRIENTES NO ESPORTE
• Carboidratos

Macronutrientes envolvidos no fornecimento de energia (4kcal/g). Participa


também de processos biossintéticos como a síntese de ácidos nucleicos
(RNA e DNA) e aminoácidos.

IMPORTANTE: Fonte energética preferencial do organismo. Essencial quando se fala


em desempenho esportivo.

Classificação em unidades de monossacarídeos unidos

Monossacarídeo Dissacarídeo Polissacarídeo POLISSACARÍDEO


1 molécula 2 moléculas 3 a 10 moléculas > 10 moléculas

Monossacarídeo Dissacarídeo Polissacarídeo


Glicose Maltose (Glicose + Glicose) Amido
Frutose Sacarose (Glicose + Frutose) Celulose
Galactose Lactose (Glicose + Galactose) Glicogênio

Podem também ser classificados em simples (mono e dissacarídeos) e


complexos (oligo e polissacarídeos).
O índice glicêmico consiste em uma medida da capacidade do alimento de
elevar a glicemia, podendo sofrer modificação a depender do método de
cocção, associação com outros alimentos e teor de fibra dietética.
A carga glicêmica se refere à quantidade de carboidrato presente em
uma determinada porção alimentar, podendo ser calculado pelo índice
glicêmico do carboidrato dividido por 100 e multiplicado pela quantidade
de carboidrato disponível em gramas na porção de alimento consumido. A
carga glicêmica é uma medida mais efetiva para controle da glicemia do
paciente, pois associa além do índice glicêmico do alimento, a quantidade
consumida.

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Digestão dos carboidratos

Local Ação
Boca Ação enzimática sobre o amido (amilase salivar ou ptialina)
Estômago Apenas mistura e dissolução (Inativação da amilase salivar)
Intestino Delgado Digestão (enzimas intestinais e pancreáticas)
Resultante deste processo: Dextrinas, Amido
intacto(amido resistente), maltoses e glicoses

Carboidrato no esporte
Os carboidratos consistem em um importante nutriente para a prática e
melhora do desempenho durante atividades de longa duração. Além disso,
a reserva e disponibilidade do glicogênio nos músculos e no fígado podem
ser influenciadas pela ingestão diária de fontes alimentares contendo
carboidrato, melhorando assim o desempenho e a recuperação para a
próxima sessão de treinamento.

Suplementos mais utilizados: dextrose, maltodextrina e waxy maize.

Efeito rebote
O efeito rebote consiste em uma situação caracterizada pela diminuição
dos níveis glicêmicos após a ingestão de fontes de carboidratos com alto
índice glicêmico, podendo, em alguns casos, comprometer o desempenho
durante o treinamento físico.

Resumo carboidratos

Melhora na função cognitiva; Cereais;


Aumento de desempenho esportivo; Leguminosas;
Carboidratos Aumento das reservas do glico- Raízes;
gênio hepático e muscular Tubérculos;
Proteção da massa muscular. Frutas.

• Lipídeos

Macromoléculas com maior capacidade de fornecer energia ao organismo


(9kcal/g). Desempenha funções importantes como, fornecimento de energia,
síntese de hormônios esteroides, transporte de vitaminas lipossolúveis,
composição das membranas celulares dentre outras.
Podem ser classificados em ácidos graxos saturados e insaturados. Estes
últimos podem ainda ser classificados em ácidos graxos monoinsaturados
(apresentando apenas uma ligação dupla na molécula) e poliinsaturados

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(mais de uma ligação dupla), apresentando distinção em relação a sua


estrutura, consistência em temperatura ambiente e funções específicas no
corpo.

Fontes alimentares: Sardinha, Salmão, azeite de oliva, castanha do Pará.

Digestão Lipídica

Local Ação
Boca Não há
Estômago Ação discreta de algumas enzimas (não significativo)
Emulsão dos lipídios pela bile,
Intestino Delgado
permitindo ação das enzimas digestivas

Lipídeos no esporte

1. Fornecimento de energia (modalidades de longa duração)


2. Em dietas restritivas, há um aumento da utilização de lipídios como
substrato
3. Principais suplementos: Triglicerídeos de cadeia média (TCM), ômega 3,
EFAS.

Resumo lipídios

Síntese hormonal; Azeites;


Formação das estruturas celulares; Óleos;
Lipídeos
Fontes consideráveis de energia; Oleaginosas;
Relacionados à saúde cardiovascular. Frutas oleaginosas;

• Proteína

Macromolécula de maior funcionalidade orgânica, fornecendo


aproximadamente (4kcal/g). Composta por aminoácidos, mantidos
ligados através de ligações peptídicas e com capacidade de desempenhar
diversas funções no organismo, tais como: a síntese e renovação de novas
proteínas e estruturas celulares (hormônios, enzimas, proteínas contráteis,
transportadores de membrana). Diferentemente dos carboidratos e lipídeos,
as proteínas contém a presença de nitrogênio na sua molécula, podendo ser
divididas em: Proteínas animais (maior teor dos aminoácidos essenciais) e
proteínas vegetais (menor teor dos aminoácidos essenciais).

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No esporte
A principal contribuição das proteínas no treinamento esportivo consiste
em sua função no processo de sinalização, construção e reparação
celular. Contribuindo assim para prevenção e diminuição da incidência de
lesões, melhora do sistema imunológico, respostas adaptativas crônicas
(hipertrofia muscular) e manutenção da massa muscular durante estratégias
hipocalóricas.
Em determinados momentos do exercício, a contribuição energética
proveniente das proteínas pode aumentar, principalmente durante
atividades prolongadas de longa duração.

Digestão das proteínas

Local Ação
Boca Não há
Ação do ácido clorídrico e pepsina sobre as proteí-
Estômago
nas, rompendo boa parte das ligações peptídicas
Intestino Delgado Digestão enzimática dos peptídeos restantes
Resultante deste processo: aminoácidos, di e tri peptídeos.

Suplementação
A suplementação de proteínas pode ser necessária a depender das
características do treinamento esportivo e da rotina do atleta/desportista.

Suplemento Origem Características Aminoácidos


Solúvel em água e rápida essenciais e
Whey Protein Soro do leite
digestibilidade/absorção não-essenciais
Insolúvel em água e lenta essenciais e
Caseína Leite
digestibilidade/absorção não-essenciais
Solúvel em água e Leucina,isoleucina
BCAA Fontes proteicas
rápida absorção e valina
essenciais e
Beef Protein Carne bovina Média digestibilidade/absorção não-essenciais
essenciais e
Hiperproteicos Fontes proteicas Média digestibilidade/absorção
não-essenciais

Resumo proteínas

Carnes;
Renovação tecidual;
Lipídeos Pescados;
Síntese hormonal;
continua ㆘

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Ovos;
Imunidade;
Leite e derivados;
Lipídeos Síntese proteica muscular;
Crustáceos;
Promove saciedade;
Mariscos.

• Micronutrientes

Desempenham diversas funções no metabolismo:


1. Regulação de importantes vias metabólicas anabólicas e catabólicas
2. Cofatores de reações e enzimas

Dentro da classe dos micronutrientes estão as vitaminas e os minerais


• Deficiências → podem deprecia o rendimento esportivo
• Excesso → (acima dos limites máximos de ingesta) existirá risco de
complicações patológicas (ex: hipersensibilidade, dano ao Sistema
Nervoso Central e outras situações).

Na nutrição esportiva, em situações onde há necessidade da rápida


recuperação fisiológica (geralmente após campeonato/torneio) podem
se beneficiar do maior suporte vitamínico (especialmente as vitaminas
antioxidantes), não sendo prioritários durante as diversas fases do
treinamento ou preparação esportiva.

• Vitaminas

As vitaminas são compostos reguladores e protetores do organismo, sendo


classificadas: em lipossolúveis e hidrossolúveis.

Lipossolúveis Hidrossolúveis
Necessitam de lipídios para seu apro- Não necessitam de lipídios para
veitamento / Solúveis em gordura aproveitamento / Solúveis em água
Transportadas pelos vasos linfáticos -
Armazenada no fígado e tecido adiposo Não armazenadas

• Vitaminas lipossolúveis

Vitamina Função Fontes


Defesa aos radicais livres Cenoura
Vitamina A
dentro do núcleo celular. Abóbora
Azeite de Oliva
Defesa aos radicais livres na
Vitamina E Nozes
membrana plasmática celular
Amendoim

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Vitamina Função Fontes


Efeito antiplaquetário durante cas- Vegetais
Vitamina K
catas de coagulação sanguínea. folhosos escuros
Exposição ao Sol
Aumento na absorção do cálcio, imuni-
Vitamina D Leites e deriva-
dade e outras associações metabólicas.
dos enriquecidos

• Vitaminas hidrossolúveis

Vitamina Função Fontes


Laranja
Defesa aos radicais livres no citoplas-
Vitamina C Acerola
ma e membrana plasmática celular.
Limão
Vitamina H
- -
/ B7(biotina)
Síntese e reparo de estruturas celu-
Vitaminas lares, metabolismo energético, hor-
Complexo B monal, proteção do sistema nervo-
so e regulação do sono-vigília.

• Minerais

Os minerais são micronutrientes de origem teórica na química. Entretanto,


alguns possuem propriedade orgânica, com isso, desempenhando diversas
funções mantenedoras da homeostasia celular. Sendo divididos em:
• Macroelementos: cálcio, magnésio, sódio, potássio e fósforo.
• Microelementos: ferro, cobre, iodo, manganês, zinco, molibidênio,
cromo, selênio e flúor.

Função Minerais
Cálcio, Fosforo e Cobre
Fortalecimento ósseo
(matriz inorgânica)
Hidratação Sódio, Potássio, Magnésio
Antioxidante Selênio e Manganês
Imunidade Zinco
Hematopoese Ferro
Sensibilidade à insulina/
Cromo
Cofator energético
Cofator do metabolismo energéti-
Magnésio
co, creatina, glutamina e outras.

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SUPLEMENTAÇÃO ESPORTIVA
SUPLEMENTAÇÃO DE MACRONUTRIENTES
• Whey Protein

O que é?
Whey Protein é um produto extraído do leite no processo de fabricação do
queijo, onde é separado o soro do leite da caseína. Posteriormente, o soro
do leite é filtrado e desta forma, categorizam-se os tipos de whey protein.
O soro do leite é fonte de diversos compostos bioativos, assim como proteínas
de alta qualidade, lipídeos, carboidratos, lactose, vitaminas e minerais,
enzimas, hormônios, imunoglobulinas, fatores de crescimento, entre outros.

Tipo Composição
70 a 80% de proteínas e a fração restante dividida entre car-
Concentrada
boidratos e gorduras
90% a 95% de proteínas, podendo ser encontrada isenta de
Isolada
lactose em sua dose recomendada.
Sua concentração proteica pode variar, mas devido ao pro-
Hidrolisada
cesso de obtenção, apresenta melhor biodisponibilidade.

DICA: As Whey Protein são classificadas de acordo com o proceso de filtração e, por
consequência, na biodisponibilidade. Desta forma influenciando discretamente na
velocidade de absorção, o que não impacta no resultado proposto.

Aplicabilidade

Fácil digestão
↑ Anabolismo muscular ↓ Gordura corporal
e rápida absorção
Devido a sua estrutura
Por auxiliar na manutenção
molecular, o organis- Por auxiliar na pro-
da massa muscular em estra-
mo demonstra maior moção do balanço ni-
tégias hipocalóricas e respos-
facilidade na absor- trogenado positivo.
tas positivas à saciedade.
ção da proteína.

• Caseína

O que é?
Assim como a whey protein, a caseína é obtida do processo de fabricação
do queijo, onde é encontrada em maior proporção que o soro do leite. As
principais diferenças estão na estrutura molecular e perfil de aminoácidos.

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A caseína tem um comportamento particular, o que é capaz de formar um gel


no estômago, retardando o processo de digestão e aumentando a saciedade.

↓ Taxa de esva- Fornecimento Gradual


Lenta Digestão
ziamento gástrico de AA (Longos Períodos)

DICAS:
• Evite consumir muito próximos aos treinamentos.
• Ideal para complemento de refeições.

• Maltodextrina e Dextrose

São carboidratos de alto índice glicêmico e por isso, fácil digestão e rápida
absorção. São bastante utilizados nos momentos pré, intra e pós treinamento:

Pré Intra Pós


Fornecimento de energia du-
Otimizar a reposição
Fornecimento de rante a prática de exercícios de
dos estoques de glico-
energia para ativi- longa duração, onde as reser-
gênio depletados du-
dade que se segue vas de energias não são suficien-
rante a atividade física.
tes para finalizar a atividade.

Composição
Ambas são derivadas do amido, porém a dextrose possui parte das suas
ligações previamente hidrolisadas, por isso apresenta índice glicêmico e
velocidade de absorção levemente superiores aos da maltodextrina.

• Hipercalóricos

Definição Composição Função


Utilizados para Compostos em sua maior parte por
São utilizados prin-
aumento da oferta CHO, possuindo também quantidades
cipalmente para
de energia (ca- consideráveis de LIP e PTN. Podem ser
ganho de peso.
lorias) da dieta. acrescidos de vitaminas e minerais.

Principais componentes:
Maltodextrina, albumina, whey 3 Funções
protein, vitaminas e minerais

Aumento da Complemento Melhora da


Oferta calórica Dietético Perfomance

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• Hiperproteicos
O principal nutriente desta categoria de suplementos é a proteína,
apresentada nos produtos como mix de diversas fontes e com baixo
teor de carboidratos.

Principais componentes:
Whey protein, albumina, ca- Funções
seína e proteína da soja

Complemento Auxilia na
Proteico perda de peso

SUPLEMENTAÇÃO ERGOGÊNICA
• Creatina

A creatina é o principal recurso ergogênico utilizado em exercícios de força,


a qual é sintetizada no fígado e rins e estocada no tecido muscular. As
principais fontes alimentícias são carnes vermelhas e peixes.

INTERESSANTE: A creatina atrai água para dentro do sarcoplasma, e acaba atrain-


do conjuntamente nutrientes importantes, favorecendo o anabolismo.

Esportes de
Qual a função?
Explosão

Otimização de ↑ Potência ↑ Anabolismo


Estoques calórica de contração Muscular

DICA: A creatina é considerada com o suplemento alimentar ergogênico de maior


comprovação científica.

• Cafeína

A cafeína é um recurso com enorme popularidade, a qual é encontrada na


grande maioria dos suplementos emagrecedores. Sua principal ação ocorre
no Sistema Nervoso Central.

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Principais Funções

↑ Estado ↓Percepção Melhora da


↑Lipólise
de Alerta de Fadiga performance

Efeitos Adversos

Irritação
↑PA ↑ Ansiedade ↑ Insônia
Gástrica

DICAS:
1. O uso de cafeína é contraindicado para indivíduos com problemas cardíacos, psi-
cológicos (ansiedade, estresse...) e/ou digestivos (gastrite, refluxo, úlceras...).
2. No geral, os efeitos adversos costumam surgir quando a dosagem utilizada é
muito alta ou quando o indivíduo possui sensibilidade à substância.

• BCAA

São aminoácidos essenciais de cadeia ramificada, naturalmente presentes


em proteínas de alto valor biológico, os quais são metabolizados diretamente
no músculo.

Leucina*, Isoleucina e Valina. Funções

↓Catabolismo Combate à ↑Ressíntese do


Muscular** Fadiga Central Glicogênio Muscular

*Principal aminoácido estímulante da mTor.


**Na ausência de outros substratos (principalmente CHO).

Indicações
1. Esportes extenuantes.
2. Antes e/ou após treinamento (100mg/kg ou 1g/10kg. Ex.: Indivíduo de
70kg = 7g de BCAA).

• Pré-Treinos

São compostos por um mix de substâncias ergogênicas capazes de gerar


estímulos específicos, permitindo aumento do desempenho esportivo.

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Principais Substâncias

Aumento de força Hipertrofia e


Foco e disposição
e vasodilatação anticatabolismo
Creatina BCAA Cafeína
Citrulina Glutamina Taurina
Arginina Aminoácidos Essencial -

DICA: Pré-treinos, por possuírem um grande potencial de estímulo e melhora do de-


sempenho esportivo, são ótimos em estratégias de hipertrofia, pois permitem um
melhor aproveitamento do treinamento.

• Termogênicos

É uma classe de suplementos caracterizada por sua composição em


substâncias estimulantes que, devido algumas de suas funções no
catabolismo de gorduras e estímulo ao aumento da temperatura corporal,
podem auxiliar na perda de peso.

Principais Substâncias e suas funções

Cafeína, Catequinas,
Sinefrina, Yohimbina, Funções
Taurina, entre outros

Auxílio na ↑Estado de Alerta Melhora da


perda de peso Perfomance

DICA: Em sua maioria, as contraindicações das substâncias dos termogênicos são


as mesmas da cafeína.

SUPLEMENTAÇÃO TERAPÊUTICA
• Ômega 3

Ácido graxo insaturado (Ácido alfa-linolênico) encontrado principalmente


em peixes de águas profundas como salmão, sardinha, atum e alguns
crustáceos. Por estas fontes alimentares não fazerem parte do dia a dia de

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grande parte da população ocidental, existe um déficit na ingestão diária


de ômega 3.
As frações ativas do ômega 3 são o ácido eicosapentaenoico (EPA) e o
ácido docosahexaenóico (DHA).

DICA: Alguns produtos de ômega 3 podem conter alérgenos, principalmente os ex-


traídos de crustáceos, por isso sua indicação deve ser feita com cautela.

Características e funções:
Ação anticoagulante, melhorando o fluxo sanguíneo e consequentemente
pressão arterial; melhora do perfil lipídico (triglicérides, colesterol e
suas frações), melhora permeabilidade das membranas celulares e sua
sinalização celular, favorecendo maior sensibilidade à insulina.

Posologia: 3 a 4g de ômega 3, que correspondem a aproximadamente


500mg de EPA + DHA.

• Glutamina

Aminoácido altamente abundante no organismo, condicionalmente


essencial, que pode estar com concentrações reduzidas em determinadas
situações, como: praticantes de atividade física de alto rendimento,
atividades extenuantes, situações de trauma (cirurgias e/ou acidentes) e
estresse excessivo.

Características e funções:
1. Suporte ao sistema imune: fornecimento de energia para algumas
células de defesa (linfócitos, neutrófilos e macrófagos).
2. Síntese de glicogênio hepático e muscular
3. ↑ Anabolismo: por ser um aminoácido, pode participar dos processos
de síntese do organismo.
4. Substrato energético: principal substrato utilizado pelas células
intestinais (enterócitos), o que contribui diretamente para uma melhor
saúde intestinal.

Posologia: 5g/dia

• Controprotetores

As principais substâncias ativas dessa classe de suplementos são a


condroitina e a glucosamina, constituintes diretos da matriz cartilaginosa,

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evidenciando assim a sua principal função → Tratamento e prevenção de


doenças articulares.

DICA: Muito utilizados por praticantes de esportes de força e alto impacto.

Posologia: (1500mg Glucosamina + 1200mg Condroitina) antes de dormir.

• Multivitamínicos

A utilização de suplementos multivitamínicos tem basicamente 3 funções


principais:
1. Complementação dietética
2. Suporte para dietas restritivas (restrição calórica agressiva, dietas que
excluem grupos alimentares, etc.)
3. Melhora do rendimento esportivo, quando há deficiência.

Dosagem: Segundo as regulamentações da ANVISA os suplementos


multivitamínicos devem conter um mínimo de 25% da RDA e um máximo
de 100% da RDA.

SUPLAMENTAÇÃO NUTRICIONAL:
LEGISLAÇÃO E DIRETRIZES

A tecnologia alavancou pesquisas e popularizou os suplementos nutricionais,


sendo um elemento importante, capaz de auxiliar o planejamento dietético,
assim como, quando necessário maior suporte de nutrientes. Deste modo,
foi necessário estabelecimento da Portaria n. 222/98 e resoluções do CFN
(Conselho Federal de Nutricionistas), para garantir aparato legal para a
suplementação nutricional envolvendo: classificação, regulamentação e
prescrição.

1. CLASSIFICAÇÃO E DEFINIÇÕES
A Portaria n. 222/98 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),
aplicada aos alimentos especialmente formulados e elaborados para
praticantes de atividade física, sendo inclusos: alimento para atletas,
Suplementos vitamínicos e/ou minerais, Alimentos com agregação de
propriedade funcional e Novos alimentos.

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Produtos admitidos Produtos excluídos


Bebidas alcoólicas;
Novos alimentos;
Bebidas gaseificadas;
Contenham substâncias farmacológicas (ex: estimu-
Alimentos funcionais;
lantes, hormônios e outras consideradas como “doping”
pelo (Comitê Olímpico Internacional));
Alimentos para Atletas;
Substâncias medicamentosas e indicação terapêutica;
Medicamentos fitoterápicos;
Suplementos vitamínicos e/
Formulações a base de aminoácidos isolados (exceto
ou minerais.
os BCCA’S ou aminoácidos essenciais).

A Resolução n. 380/2005 do CFN explicita que os suplementos nutricionais


são alimentos que servem para complementar com calorias, e ou nutrientes
a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde sua ingestão, a partir
da alimentação, seja insuficiente, ou quando a dieta requerer suplementação.

1.1. Alimentos para atletas


Considerados alimentos para fins especiais, destinados a atender as
necessidades nutricionais específicas e auxiliar no desempenho de atletas,
isto é, praticantes de exercício físico com especialização e desempenho
máximos com o objetivo de participação em esporte com esforço muscular
intenso. Esses produtos não podem apresentar substâncias estimulantes,
hormônios ou outras consideradas como "doping" pela Agência Mundial
Antidoping (WADA).

Categoria Definição Particularidades


Formulados a partir de concen-
tração variada de eletrólitos,
Repositores associada a concentrações Podem conter potássio,
hidroeletrolíticos variadas de carboidratos, vitaminas e ou minerais.
com o objetivo de reposi-
ção hídrica e eletrolítica
Formulados com nutrien-
Fórmulações variadas con-
Repositores tes que permitam o alcance
tendo macromoléculas ener-
Energéticos e ou manutenção do nível
géticas (LIP, CHO e/ou PTN).
apropriado de energia
Adição de aminoácidos
específicos é permitida.
Predominância de prote-
Podem conter vitami-
ína(s) no mínimo 65% de
Alimentos nas e/ou minerais.
proteínas de qualidade nutri-
Proteicos Podem conter CHO e
cional equivalente às prote-
LIP desde que a soma
ínas de alto valor biológico
do VET não ultrapas-
se o total de PTN.

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Categoria Definição Particularidades


CHO < 90%;
PTN: mínimo 65% deve
corresponder à proteína
Formulações variadas para
de alto valor biológico;
Alimentos serem utilizadas na adequa-
LIP: 1/3 SAT, 1/3 monoinsa-
Compensadores ção de nutrientes da dieta de
turada e 1/3 poli-insaturada;
praticantes de atividade física
Opcionalmente, estes pro-
dutos podem conter vi-
taminas e ou minerais.
Constituir no mínimo 70%
Produtos formulados a partir
dos nutrientes energéti-
de concentrações variadas de
cos da formulação, forne-
Aminoácidos de aminoácidos de cadeia ramifi-
cendo na ingestão diária
cadeia ramificada cada (leucina, valina e isoleuci-
recomendada até 100%
na), com o objetivo de forneci-
das necessidades diárias
mento de energia para atletas.
de cada aminoácido.

Outros alimentos Produtos formulados de forma


com fins específicos variada com finalidades meta-
NDA
para praticantes bólicas específicas, decorrentes
de atividade física da prática de atividade física

Aminoácidos de
Cadeia Ramificada

Alimentos
Proteicos

Repositores
Energéticos

Alimentos
PORTARIA N.222/98 Alimentos
para Atleta
Compensadores

Repositores
Hidroeletrolíticos

Outros alimentos
com fins específicos
para praticantes
de atividade física

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1.2. Suplementos vitamínicos e/ou minerais


Alimentos que servem para complementar, com outros nutrientes, a dieta
diária de uma pessoa saudável, em casos onde sua ingestão, a partir da
alimentação, seja insuficiente, ou quando a dieta requerer suplementação;
devem conter um mínimo de 25% e no máximo 100% da ingestão diária
recomendada (IDR) de vitaminas e/ou minerais, na porção diária indicada pelo
fabricante, não podendo substituir os alimentos, nem serem considerados
como dieta exclusiva.

1.3. Alimentos com agregação de propriedade funcional


São aqueles que afirmem ou sugiram a existência de uma relação entre o
consumo de determinado alimento ou seu constituinte e a saúde. Além da
segurança do alimento, o alimento deve ser comprovado cientificamente e
não induzam o consumidor ao engano. As alegações podem descrever o
papel fisiológico do nutriente, desenvolvimento e nas funções normais do
organismo. Sendo apresentados em seus dizeres de rotulagem e ou material
publicitário as alegações aprovadas pela ANVISA devem ser registrados nas
categorias de “Alimentos com Alegações de Propriedade Funcional e ou de
Saúde” ou de “Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com Alegação
de Propriedades Funcional e ou de Saúde”. Assim, devem ter registro prévio
à comercialização, conforme anexo II da Resolução RDC nº 278/2005.

1.4. Novos alimentos


Devem atender aos requisitos previstos na Resolução nº 16/1999, pois se
enquadram em uma dessas situações: alimentos sem tradição de consumo
no País, alimentos que contenham novos ingredientes, alimentos contendo
substâncias já consumidas, adicionadas ou utilizadas em níveis muito
superiores aos atualmente observados nos alimentos que compõem uma
dieta regular, alimentos em forma de apresentação não convencional na
área de alimentos, tais como: cápsulas, comprimidos, tabletes e similares.

2. REGULAMENTAÇÃO

2.1. Rotulagem geral


Além dos dizeres exigidos para os alimentos em geral os Alimentos para
Fins Especiais, devem constar:
2.1.2 Painel principal: a designação conforme sua classificação (ex: alimento
proteico para atletas).
2.1.3 Demais painéis: os Repositores Energéticos e para os Alimentos
Compensadores, a orientação em destaque e negrito: "Crianças, gestantes
e idosos, consumir preferencialmente sob orientação de nutricionista e
ou médico"; os Alimentos Proteicos e para os Aminoácidos de Cadeia
Ramificada, a recomendação em destaque e negrito: "Crianças, gestantes,

19
Material complementar - Nutrição Esportiva

idosos e portadores de qualquer enfermidade devem consultar o médico


e ou nutricionista"; os Repositores Hidroeletrolíticos, a recomendação em
destaque e negrito: "Recomenda-se que os portadores de enfermidades
consultem um médico e ou nutricionista, antes de consumir este produto".
Havendo obrigatoriedade constar a informação nutricional, de acordo com
o Regulamento de Rotulagem Nutricional.
2.1.4 Proibição: conter expressões, tais como: "anabolizantes",
"bodybuilding", "hipertrofia muscular", "queima de gorduras", "fat burners",
"aumento da capacidade sexual”, ou equivalente.

PORTARIA N.222/98

ROTULAGEM DOS “anabolizantes”, “body


SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS building”, “hipertrofia
muscular”, “queima de
gorduras”, “aumento da
Rotulagem Geral capacidade sexual”.
Deve conter os dizeres para
alimentos em geral e especiais

Painel Principal
Designação conforme
sua classificação

Demais Painéis
Frase de orientação ao consu-
midor + Informação Nutricional

3. PRESCRIÇÃO

O profissional deve se atentar em alguns aspectos fundamentais na escolha


que, quando ignorados podem causar: não obtensão do resultado esperado
ou até mesmo depressão da condição de saúde do indivíduo. Sendo assim,
a Resolução n. 390/2006 do CFN regulamenta os aspectos relacionados à
prescrição nutricional:
• A prescrição dietética deverá ser pautada diante diretrizes estabelecidas
no diagnóstico nutricional;
• Não ultrapassar o Limite Máximo de Ingestão Tolerada, associando
aos estados fisiológicos específicos, estados patológicos e alterações
metabólicas;

20
Material complementar - Nutrição Esportiva

• A prescrição dietética deverá ser posterior à avaliação nutricional objetiva


e sistematizada;
• Ao realizar a prescrição, atentar-se a condição clinica social e cultural.
Devendo esta alinhada aos princípios da bioética.
• O nutricionista deverá sempre considerar a prescrição dietética de
suplementos nutricionais não poderá ser realizada de forma de forma
isolada, devendo fazer parte da correção do padrão alimentar.
• A prescrição será adequada nas seguintes premissas: adequar o consumo
alimentar, definição do período de utilização do produto e reavaliação do
estado nutricional e planejamento alimentar.

SÍNDROME DE OVERTRAINING
ASPECTOS GERAIS

Overtraining
• Atletas de elite
• Excesso de treinamento
• Estresse físico e psicológico
• Queda de rendimento

• Crescente entre atletas de elite, mas pode existir também entre


desportistas amadores.
• Os atletas de alto rendimento são pressionados diariamente a superar
limites, muitas vezes indo além dos seus limites físicos.
• Esse conjunto de fatores acabarão prejudicando o seu rendimento.

Fatores Responsáveis
• O esporte competitivo exige dedicação extrema dos atletas, sendo comum
aumentos desmedidos no volume de treinos, intensidade e frequência, a
fim de conseguir melhora nos resultados.
• O aumento de competições também é um dos fatores que podem levar a
aparição do quadro de overtraning.
• Os fatores psicológicos estão diretamente associados ao quadro. A
excessiva cobrança por bons resultados pode ser usada como exemplo.

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Material complementar - Nutrição Esportiva

Excesso de Recuperação Dieta não Overtraning


treinamento insuficiente equilibrada

Incidência
• Atletas mais treinados
• Esportes individuais: Aqui o fator psicológico é dominante, devido à
cobrança direcionada.
• Esportes de endurance: Por ser uma modalidade com provas extremamente
longas e desgastantes, é um dos esportes que naturalmente induz ao
quadro.

ASPECTOS CLÍNCOS

Diagnostico de exclusão

Doenças
infecciosas

Podem
Dieta Alergias
inadequada confundir com
overtraining

Deficiências de Restrição
micronutrientes calórica
severa

Fatores Predisponentes
• O excesso de treinamento somado a períodos insuficientes de recuperação
são os fatores que poderíamos classificar como os mais preocupantes.
• Muitas competições em sequência.

• cobrança imposta por familiares, equipe, torcida, patrocinadores e
por outros meios são fatores que podem acabar influenciando na saúde
mental do atleta colaborando para a instalação do quadro.

22
Material complementar - Nutrição Esportiva

Sintomatologia

Sintomas

FISIOLOGICOS BIOQUIMICOS PSICOLÓGICOS IMUNOLOGICOS


↓peforman- ↓glicogênio Apatia ↓infecções
ce ↓força ↓glicemia, Irritabilidade ↓citocinas in-
↓peso e mas- ↓testosterona Depressão flamatórias
sa muscular ↓estradiol ↓igA
↓apetite ↑lactato, ↓Glutamina
fadiga crô- ↑catecolaminas
nica, sono ↑cortisol

Fadiga física
e mental

Depressão
Dores e apatia
Principais
Sintomas

Infecções
Redução do trato
do apetite respiratório
superior

Principais hipóteses etiologias


• Citocinas, Fatores Hormonais e Psicológicos: O processo inflamatório
causado pelo exercício também aumenta a produção de citocinas pro-
inflamatórias como IL-1 e IL-6, aumentando assim a liberação de cortisol
e diminuindo a produção de testosterona, além de ativar substancias
responsáveis por alterações de comportamento, aumentando o estresse
e dificultando a recuperação do organismo.

23
Material complementar - Nutrição Esportiva

• Glicogênio Muscular: Níveis reduzidos de glicogênio muscular podem


induzir a oxidação de proteínas musculares.
• Glutamina: A redução das concentrações plasmáticas de glutamina
observada em exercícios seria responsável pela supressão da reposta
imune e aumento na taxa e infecções observados no overtraning.
Em condições de exercícios extenuantes, sua concentração pode ser
reduzida. Durante este processo a glutamina pode sofrer desvios no seu
metabolismo podendo alterar a produção de energia pelo fígado através
da gliconeogênese e regulação na acidose instalada, devido a essa
alteração a glutamina disponível para o sistema imunológico é reduzida
o que pode contribuir para o aumento da susceptibilidade a infecções no
trato respiratório superior.

DICA: Vale ressaltar que não há um consenso sobre as hipóteses citadas acima,
como a síndrome é multifatorial é papel do nutricionista junto a equipe do atleta
avalia-lo em todos os âmbitos para que esse diagnósticos seja feito!

Prevenção e Tratamento

Planejamento

Acompanhamento Dieta
bioquímico Prevenção adequada

Identificar
Avaliação do
sintomas
treinamento
precocemente

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Material complementar - Nutrição Esportiva

Tratamento

Repouso Correções Suplementação


nutricionais

Treinamento Ômega 3
específico Glutamina
Joints

AVALIAÇÃO FÍSICA
A avaliação física tem como objetivo principal estabelecer um parâmetro
comparativo e auxiliar o nutricionista no acompanhamento nutricional do
paciente, visando a manutenção ou melhora da composição corporal.

TIPOS DE AVALIAÇÃO FÍSICA

Diretos Indiretos Duplamente indiretos


Dissecação Pesagem Antropometria
de cadáveres Hidrostática
- Tomografia Bioimpedância
MÉTODOS Computadorizada
- Ressonância -
Magnética
- Pletismografia -

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Principais usos

Nutrição

Ergonomia Ed. Física

Avaliação
Física

Biomecânica Medicina

Antropologia

ANTROPOMETRIA
Conjunto de técnicas e medidas padronizadas que visam o estudo da forma,
proporção e composição do corpo humano.

COMPOSIÇÃO CORPORAL
O corpo humano é composto por diferentes tecidos e componentes
estruturais, na avaliação física, os principais componentes avaliados são:

Massa muscular Massa adiposa Massa óssea

Pele Massa residual

Observação
Dentro da avaliação física existem métodos de avaliação que são capazes
de segmentar o corpo em apenas 2 componentes:

Massa Gorda Massa Magra


Tecido adiposo Massa Muscular
- Ossos
- Água
- Pele
- Órgãos

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Material complementar - Nutrição Esportiva

FATORES QUE INFLUENCIAM A COMPOSIÇÃO CORPORAL

Duplamente indiretos
Influencia diretamente a nossa composição corporal. Através dele
EXERCÍCIO podemos exercer adaptações fisiológicas que proporcionaram
mudanças na estrutura dos diferences componentes corporais.
O código genético de cada indivíduo definirá seu bióti-
GENÉTICA po corporal, e a distribuição dos diversos componentes cor-
porais, definindo o seu perfil de composição corporal.
Está diretamente associada com a composição corporal. Con-
forme envelhecemos existe uma diminuição gradativa do te-
IDADE
cido muscular esquelético e uma redução do metabolismo
corporal, o que favorece o aumento do tecido adiposo.
Com a alimentação conseguimos direcionar o cor-
ALIMENTAÇÃO po para um tipo específico de composição corporal, prin-
cipalmente quando associada com o exercício físico.
Os hormônios sexuais masculinos e femininos atuam na ex-
SEXO pressão do fenótipo, definindo a quantidade de gordura, mas-
sa muscular e massa óssea característica de cada sexo.

QUANDO DEVO REALIZAR A AVALIAÇÃO FÍSICA?

Indicações
1. Ao iniciar um programa de treinamento físico ou planejamento alimentar
2. Avaliar de forma periódica para realizar o acompanhamento da evolução do
treinamento ou planejamento alimentar
3. Ao final de um período de treinamento ou estratégia nutricional, para avaliar
os resultados

TIPOS DE AVALIAÇÃO FÍSICA

• Diretos

Dissecação de cadáveres
Consiste na separação manual dos componentes estruturais do corpo humano e pos-
terior pesagem de cada componente. A dissecação de cadáveres é o método mais
confiável de se avaliar a estrutura corporal humana e foi amplamente utilizada em
pesquisas para elaboração de equações de predição de percentual de gordura.

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Material complementar - Nutrição Esportiva

• Indiretos

Pesagem Hidrostática
A Pesagem Hidrostática se baseia no princípio de Arquimedes para estimar o percen-
tual de gordura corporal.
Princípio de Arquimedes: Corpo submerso em água é elevado a superfície por uma
força equivalente a massa do volume da água deslocada.
A Pesagem Hidrostática consiste em pesar o indivíduo em terra firme e submerso em
água, com o objetivo de encontrar o volume e densidade corporal. Posteriormente es-
tes dados são inseridos nas equações de Siri (1961) ou Brozek (1963) para que seja
calculado o percentual de gordura corporal.
pesquisas para elaboração de equações de predição de percentual de gordura.

Diagnóstico por imagem


Os métodos de diagnóstico por imagem são considerados os mais confiáveis na ca-
tegoria de métodos indiretos de avaliação física, dentre eles podemos citar a Resso-
nância Magnética, Tomografia Computadorizada e a Densitometria Óssea (Dexa). As
desvantagens desses métodos estão relacionadas ao alto custo dos equipamentos,
profissionais altamente especializados para operar e interpretar os resultados e a ex-
posição dos pacientes a radiação emitida pelos equipamentos.

Pletismografia
O indivíduo é colocado dentro de uma câmara de ar pressurizada, onde será calculado
o volume e densidade corporal.
Antes da avaliação iniciar, o volume de ar dentro da câmara vazia é calculado, poste-
riormente o volume de ar é calculado com o indivíduo dentro da câmara. Desta forma
pode-se obter os valores do volume e densidade corporal, que posteriormente são
inseridos nas equações de Siri (1961) ou Brozek (1963) para que seja calculado o
percentual de gordura corporal.

• Duplamente indiretos

Bioimpedância
A Impedância Bioelétrica utiliza uma corrente elétrica imperceptível para mensurar
os componentes corporais através da resistência elétrica que os diferentes tecidos
oferecem. Os tecidos magros são os componentes corporais com menor resistência,
graças a sua quantidade de água e eletrólitos. Além da corrente elétrica, também são
inseridos dados do paciente no equipamento, como altura, idade e nível de atividade
física, para que dessa forma o equipamento possa estimar o percentual de gordura
corporal. Para garantir maior confiabilidade nos dados, é importante que os avaliados
sigam todos os protocolos necessários para realização do exame de Bioimpedância.

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Material complementar - Nutrição Esportiva

Antropometria
A antropometria é o estudo da forma e proporções do corpo humano, é um método
de baixo custo e não invasivo para o paciente. A antropometria por dobras cutâ-
neas é considerada um dos métodos mais confiáveis de avaliação da composi-
ção corporal, as principais fontes de erro deste método estão associadas a perícia
técnica do avaliador, calibragem dos equipamentos e a correta interpretação dos
dados e uso das fórmulas.

MATERIAIS NECESSÁRIOS

• Fita métrica

É importante que seja utilizada uma fita inelástica, os seus materiais podem
variar de acordo com a marca e modelo da fita.

• Balança

A balança utilizada deve estar calibrada, também é importante mensurar


a massa corporal na mesma balança, sempre que possível, pois a medida
pode variar de uma balança para outro, caso não estejam com a mesma
calibragem.

• Estadiômetro

O Estadiômetro pode ser fixo ou portátil, no caso do fixo, é importante que


a altura de instalação seja calculada corretamente antes da fixação.

• Adipômetro

Na escolha do Adipômetro deve-se tomar alguns cuidados, existem duas


principais categorias de adipômetros:
• Adipômetros Clínicos
• Adipômetros Científicos

A principal diferença entre eles está relacionada à exatidão da médica, na


maioria dos casos, os adipômetros clínicos tem uma escala de leitura de
0,5 mm, enquanto os Adipômetros Científicos têm uma escala de leitura
de 0,1 mm.

Perímetros Dobras cutâneas


Avaliação Antropométrica Braço Tricipital

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Material complementar - Nutrição Esportiva

Perímetros Dobras cutâneas


Antebraço Bicipital
Ombro Subescapular
Tórax Axilar Média
Cintura Peitoral
Avaliação Antropométrica
Abdômen Abdominal
Quadril Supra Ilíaca
Coxa Coxa
Panturrilha Panturrilha

População validada Dobras para homens Dobras para mulheres


Tricipital • Subescapular
Protocolo Estudantes universi-
Supra Ilíaca • Supra Ilíaca
de Guedes tários de 17-27 anos
Abdômen • Coxa
Subescapular
Axilar Média
Protocolo Tríceps
de Pollo- Homens de 18- -
Coxa
ck (1985) 61 anos.
Supra Ilíaca
Abdômen
Peitoral

Protocolo de Subescapular
Siri & Broze- Homens de 20- Tríceps -
ck (1961) 50 anos. Coxa
Abdômen

PERCENTUAL DE GORDURA

O percentual de gordura corporal é um método simples e rápido para interpretar


os dados coletados na antropometria. Percentuais de gordura muito baixos
ou muito elevados podem exercer riscos à saúde tanto para homens quanto
para mulheres, podendo desencadear distúrbios hormonais, amenorreia,
Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e outros quadros.

RECOMENDAÇÕES ENERGÉTICAS NO EXERCÍCIO


• Prática esportiva

Quando se trata de prática esportiva, o primeiro ponto que se deve avaliar é


qual o nível que o cliente quer alcançar. Pode ser dividido em dois diferentes
ritmos:

30
Material complementar - Nutrição Esportiva

• Desportismo: Procura de estética, qualidade de vida, saúde, redução


de fatores de risco (obesidade, triglicerídeos e colesterol, dentre
outros).
• Competição: O alto rendimento tende a promover alterações de
stress psicológico e metabólico, catabolismo muscular, desequilíbrio
hormonal e aumento de probabilidade de lesões.

Ao traçar qual será o objetivo adotado, desporte ou competição, o foco é


em buscar o máximo equilíbrio entre a performance (mesmo que baixa no
caso de desporte) e saúde, em ambos os casos, a condição física do cliente,
padrão alimentar e pontos de individualidade devem uma atenção para
melhor conduta de aplicação de fornecimento energético.

• Pontos importantes

Necessidades
Necessidade energética diária
basais

Energia adicional Avaliar necessidade da ingestão calórica adicional.

Composição A avaliação da composição corporal é realizada para quan-


corporal tificar os principais componentes do organismo humano

Carga de Nivel, intensidade, duração e metodologia


treinamento do exercicio aplicado

• Componentes energeticos

TAXA METABÓLICA BASAL


Quantidade mínima de energia necessária para manter funções
fisiológicas básicas e essenciais (respiração, circulação, etc).

EFEITO TÉRMICO DA COMIDA


Elevação do gasto energetico decorrente da ingestão alimentar

EFEITO TÉRMICO DA ATIVIDADE


Aumento do gasto energetico devido a atividade muscular

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Material complementar - Nutrição Esportiva

• Fatores que afetam o requerimento de energia

Idade

Hormônios Sexo

Atleta

Estresse Composição
corporal

Clima

• Equações de predição da necessidade energética

Harris & Benedict (1919) – Pacientes enfermo (P:kg E:cm I:anos)

• Homens: TMB (kcal/dia) = 66 + (13,7 x P) + (5 x E ) – (6,8 x I)


• Mulheres: TMB (k cal/dia) = 655 + (9,6 x P) + (1,7 x E) – (4,7 x I )
(FAO/OMS) (1989)

• HOMENS
• Idade: 0-3 | Equação: 60,9 x peso (kg) – 54
• Idade: 3-10 | Equação: 22,7 x peso (kg) + 495
• Idade: 10-18 | Equação: 17,5 x peso (kg) + 651
• Idade: 18-30 | Equação: 15,3 x peso (kg) + 679
• Idade: 30-60 | Equação: 11,6 x peso (kg) + 879
• Idade: >60 | Equação: 13,5 x peso (kg) + 487

• MULHERES
• Idade: 0-3 | Equação: 61,0 x peso (kg) –51
• Idade: 3-10 | Equação: 22,5 x peso (kg) + 499
• Idade: 10-18 | Equação: 12,2 x peso (kg) + 746
• Idade: 18-30 | Equação: 14,7 x peso (kg) + 496
• Idade: 30-60 | Equação: 8,7 x peso (kg) + 829
• Idade: >60 | Equação: 10,5 x peso (kg) + 596

32
Material complementar - Nutrição Esportiva

MET

• GET = (GEB x FA cotidiana) + treinamento

TERMORREGULAÇÃO E HIDRATAÇÃO
LÍQUIDOS CORPORAIS

1. Representam de 20 a 40% do peso corporal.


2. Um indivíduo médio possui aproximadamente 42 LITROS DE ÁGUA
CORPORAL, sendo 62% de água intracelular e 38% de fontes
extracelulares.
3. Líquido INTRACELULAR = líquido DENTRO da célula.
4. Líquido EXTRACELULAR ou INTERSTICIAL = LÍQUIDO ENTRE AS
CÉLULAS, linfa, líquido dos olhos, SALIVA, trato digestivo e líquido
secretado pelas glândulas (sudoríparas, salivares, etc.)
5. Os volumes NÃO SÃO ESTÁTICOS, porém seus valores médios resultam
de "trocas" constantes entre os compartimentos intra e extracelular.
6. Embora ocorra PERDA DE ÁGUA corporal a INGESTÃO ADEQUADA dela
MANTÉM OS VOLUMES RELATIVAMENTE ESTÁVEIS.
7. O corpo perde água basicamente a partir da URINA, PELE e FEZES.

Evaporação → principal defesa contra o superaquecimento.


A água vaporizada pelas vias respiratórias e pele (a partir das glândulas
sudoríparas) transfere o calor para o ambiente.

O SUOR NÃO RESFRIA A PELE E SIM A SUA EVAPORAÇÃO.


Umidade relativa do ar muito alta dificulta a evaporação do suor e
esfriamento.
• O suor excretado ALÉM DE ÁGUA contém: sódio, potássio cálcio e
magnésio.

Valores/Conceito Causas Sintomas


↑suor e/ou ↑in- Inchaço, náuseas, vô-
Sódio sérico < gestão de líqui- mitos, dor de cabeça,
Hiponatremia
135mmol/L dos com baixos confusão, delírio, difi-
teores de sódio culdade em respirar.
Hiperosmolarida- Letargia, astenia, ir-
Perda de líquido
Hipernatremia de ou aumento da sem solutos ou ritabilidade, convul-
concentração de sões, coma e morte
desidratação
sódio plasmático

IMPORTANTE: A perda de potássio através do suor é ínfima.

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Material complementar - Nutrição Esportiva

Recomendações para atividades com mais de 3 horas

Temperatura
Momento Água Carboidrato Sódio
da água
Até 2h antes 250 - 500ml - - -
Durante 400 - 800ml/h 30 - 60g/h 500 - 700mg/h 5 - 15ºC
1,25l - 1,5L para 1,0 – 1,2g/kg
Após - -
cada 1kg perdido de peso/hora

• Obesidade

Doença multifatorial, considerada uma das prioridades para as organizações


de saúde na atualidade, devido aos elevados e crescentes números de
obesos na população.

1. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

1.1. IMC
O Índice de Massa Corporal ainda é o principal e mais acessível indicador
antropométrico para diagnóstico da obesidade. Pode ser calculado dividindo
a massa corporal do indivíduo (em quilogramas) pela altura elevada ao
quadrado (em metros): IMC = massa (kg) / altura2 (m2)
Dentre as muitas classificações do IMC, a obesidade é dividida da seguinte
forma:
1. Obesidade leve ou grau I → IMC 30 a 34,9
2. Obesidade moderada ou grau II → IMC 35 a 39,9
3. Obesidade mórbida ou grau III → IMC > 40
4. Para indivíduos idosos, é considerado Obesidade o IMC ≥ 30

1.2. Risco Cardiovascular


Determinado pela medida da circunferência de cintura:

Homem Mulher Classificação


CC < 94cm CC < 80cm Normal
CC 94 ~102cm CC 80 ~88cm Risco alto
CC > 102cm CC > 88cm Risco muito alto

Existe ainda a classificação utilizando a relação cintura quadril, obtida


dividindo o perímetro da cintura pelo perímetro do quadril: Os valores de
normalidade para mulheres e homens, respectivamente são: menor que
0,85 e menor que 0,9.

34
Material complementar - Nutrição Esportiva

1.2. Perfil metabólico


Avaliação do perfil lipídico (Colesterol total, colesterol LDL, colesterol HDL e
triglicerídeos) bem como perfil glicêmico.

Malefícios associados à obesidade


1. Dislipidemias: alterações no perfil lipídico.
2. Diabetes mellitus tipo 2
3. Cardiopatias como por exemplo a insuficiência cardíaca
4. Câncer (diversos tipos)
5. Hipertensão arterial
6. Osteoartrites (doenças articulares em consequência da sobrecarga
sobre o esqueleto)

Determinantes da Obesidade
Os três principais fatores para a ocorrência da obesidade são a influência
genética, cultural ou hábitos de vida. Sabe-se que apesar do impacto dos dois
primeiros, os hábitos de vida possuem uma colaboração substancialmente
superior no surgimento do quadro de obesidade, destacando a inatividade
física (sedentarismo) e a alimentação irregular.

Cultura
Genética

Sedentarismo, DIAGNÓSTICO:
estresse e IMC, CC, RCQ,
má alimentação = Perfil metabólico
Obesidade
Hábitos de vida (lipídico e glicídico)

MALEFICIOS:
Dislipidemias,
Diabetes Mellitus
II, Cardiopatias,
HAS, problemas
articulares

35
Material complementar - Nutrição Esportiva

• Emagrecimento

Fatores que impactam diretamente sobre o ganho ou perda de peso:

Ganho Perda
↑ Consumo Energético ↓ Consumo Energético
↓ Gasto Energético ↑ Gasto Energético
↑ Alimentos de alta densidade ↑ Alimentos de baixa densidade
calórica e baixo valor nutricional calórica e alto valor nutricional

Contribuições da Nutrição e da Atividade Física para o processo de


emagrecimento:

Nutrição Atividade física


Garante nutrientes essenciais Aumenta gasto calórico
Promove adaptações celulares
Favorece a utilização da massa gorda
favoráveis ao emagrecimento

Aspectos fundamentais do planejamento alimentar


1. Oferta de valor calórico compatível (a utilização de dietas com valor
energético muito baixo pode levar a agravos nutricionais)
2. Dieta individualizada e ajustada aos hábitos do paciente
3. Restrições de 500 a 1000kcal/dia

HIPOGLICÍDICAS
↑Cetose

HIPOLIPÍDICAS
HIPERPROTEICAS ↓VET
Preservação de Favorece ativi-
Massa Muscular dades intensas
↑Saciedade (maior utilização
de carboidrato

Condutas
Nutricionais

36

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