Você está na página 1de 12

0

Universidade Católica de Moçambique


Instituto de Educação à Distância

Biomecânica das Articulações

Isabel Augusto Víctor


Código: 708184599

Curso: Licenciatura em Educação Física


Disciplina: Biomecânica
Ano de Frequência: 4º

Nampula
Maio
2021
1

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
2

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3

Índice
Introdução..................................................................................................................................4

Conceito de biomecânica...........................................................................................................5

Arquitectura articular.................................................................................................................5

Conceito de arquitectura muscular.............................................................................................6

Estabilidade articular..................................................................................................................6

Importância de estabilidade articular.........................................................................................7

Flexibilidade articular................................................................................................................8

Tipos de flexibilidade articular..................................................................................................8

Benefícios de flexibilidade articular..........................................................................................9

Conclusão.................................................................................................................................10

Bibliografia..............................................................................................................................11
4

Introdução
A mecânica é uma área da física e da engenharia, que lida com a análise das forças que agem
sobre um objecto. Seja para a manutenção deste ou de uma estrutura em um ponto fixo, como
a descrição e a causa do movimento do mesmo.

Em nossas actividades diárias, no trabalho, no desporto, temos que lidar com forças e os
profissionais que trabalham com lesões músculo-esqueléticas precisam compreender como as
forças afectam as estruturas do corpo e como estas forças controlam o movimento. A
biomecânica é a base da função músculo-esquelética. Os músculos produzem forças que
agem através do sistema de alavancas ósseas. O sistema ósseo ou move-se ou age
estaticamente contra uma resistência. O arranjo de fibras de cada músculo determina a
quantidade de força que o músculo pode produzir e o comprimento no qual os músculos
podem se contrair. Dentro do corpo, os músculos são as principais estruturas controladoras da
postura e do movimento. Contudo, ligamentos, cartilagens e outros tecidos moles também
ajudam no controle articular ou são afectados pela posição ou movimento.
5

Conceito de biomecânica
A biomecânica é o estudo do movimento e do efeito das forças internas e externas de um
corpo baseado em análises quantitativas e qualitativas, utilizando parâmetros como:
velocidade, direcção, quantidade de força, etc. As características e descrição do movimento
fazem parte da cinesiologia, que complementa a abordagem descritiva da origem do
deslocamento, e a fisiologia, por sua vez, estuda o funcionamento da articulação através da
nutrição, irrigação, inervação das estruturas envolvidas, etc.

A articulação é formada pela coaptação de dois ossos com o auxílio de músculos


esqueléticos, ligamentos e cápsula articular. Para uma melhor compreensão é necessário
ressaltar algumas considerações distintas sobre o sistema músculo-esquelético.

O sistema esquelético determina nossa estrutura (tamanho e forma do corpo humano) em


conjunto com hábitos alimentares, nível de actividade física e postura. Suas principais
funções são: formação de alavancas para o aumento de forças e/ou velocidade dos
movimentos, suporte, protecção, armazenamento de gordura e minerais, e formação de
células sanguíneas.

Arquitectura articular
Articulação – É caracterizada pela união de dois ou mais extremos ósseos, que tem por
finalidade de proteger os ossos articulados, e realizar movimentos de acordo com suas
características estruturais. Vale destacar que nem todas as articulações estão capacitadas à
realizarem movimentos.

Arquitectura Articular. As articulações são e podem ser estudadas a partir da capacidade de


realização do movimento: Articulações SEM cavidade articular:1) Sinartrose (imóvel)

1.1) Fibrosa – Sutura. Ex: Suturas do crânio.

Articulações SEM cavidade articular:1) Sinartrose (imóvel)

1.2) Ligamentar – Sindesmoses. Ex: Articulação Tíbio-fibular.

Articulações SEM cavidade articular:2) Anfiartrose (ligeiramente móvel):

2.1 – Cartilaginosa - Sincondroses - Ex: Placa Epifisária

Articulações SEM cavidade articular:


6

2) Anfiartrose (ligeiramente móvel):

2.2 - Fibrocartilaginosas – Sínfise. Ex: Articulações intervertebrais e sínfise púbica.

Conceito de arquitectura muscular


O conceito de Arquitectura Muscular é utilizado para referenciar a “disposição das fibras
musculares dentro de um músculo, relativamente ao eixo de aplicação da força e assume um
importante papel na capacidade de produção de força. Na verdade, as fibras musculares
organizam-se de forma paralela dentro dos fascículos, mas a organização dos fascículos
relativamente à linha de tracção do músculo pode variar, alterando assim, as suas
características funcionais. Os primeiros estudos sobre arquitectura muscular foram
desenvolvidos in vitro pelo anatomista Dr. Carl Gans (1923-2009), e reportam aos anos 60.
Gans e seu colaborador desenvolveram uma metodologia pioneira de definição da
arquitectura muscular, baseada na microdissecação de diversos músculos de vertebrados.
Esses músculos eram inicialmente tratados com substâncias químicas, para que a integridade
das suas fibras e o seu comprimento fisiológico permanecessem inalterados, e só então
retirados do esqueleto e analisados. A análise arquitectural envolvia a determinação dos
parâmetros de massa e comprimento muscular, comprimento dos fascículos, comprimento do
parcómetro, e ângulo de penação.

Estabilidade articular
Estabilidade articular funcional é a condição que permite um desempenho normal de uma
articulação durante uma actividade funcional. É promovida pelos factores contribuintes para a
estabilidade mecânica somado a resultante de força que age sobre uma articulação.

A estabilidade articular é um requisito essencial para que um indivíduo realize actividades


funcionais e é descrita na literatura por dois tipos de estabilidade, a mecânica e a funcional.
Tem-se discutido sobre a relação directa entre os dois tipos de estabilidade, entretanto a falta
de correlação entre elas tem sido demonstrada.

A estabilidade mecânica é determinada pela geometria articular e pelas propriedades


mecânicas dos tecidos que se encontram dentro e ao redor da articulação. Entretanto vários
estudos apresentam evidências de que durante a realização de diversas actividades funcionais
a rigidez passiva das articulações parece não ser suficientes para garantir sua estabilidade.
7

Estabilidade articular funcional é a condição que permite um desempenho normal de uma


articulação durante uma actividade funcional. É promovida pelos factores contribuintes para a
estabilidade mecânica somado a resultante de força que age sobre uma articulação. Durante
muito tempo, e mesmo actualmente, tem-se assumido que testes clínicos de frouxidão
positivos são indicativos de instabilidade e consequentemente de incapacidade. Entretanto, a
maioria dos estudos que avaliou desempenho funcional e frouxidão não encontrou correlação
entre estas duas variáveis. Apesar dos testes de frouxidão serem úteis no diagnóstico de uma
lesão ligamentar, a sua utilidade na predição do desfecho funcional do indivíduo após a lesão
é limitada.

Um dos principais aspectos relacionados à estabilidade de uma articulação é a rigidez


articular, uma vez que reflecte a capacidade de uma articulação responder a perturbação ou a
deslocamentos angulares.

A estabilidade articular, é descrita, na literatura por dois tipos de estabilidade, a mecânica e a


funcional. A estabilidade mecânica da articulação refere-se a estabilidade passiva ou o grau
de frouxidão da articulação, que é frequentemente avaliada no ambiente clinico, através de
testes tais como gaveta e Lachman ou pelo astrómetro.

A estabilidade mecânica é determinada pela geometria articular e propriedades mecânicas dos


tecidos dentro ou ao redor da articulação. Já a estabilidade funcional é definida como a
condição na qual a articulação é estável e não apresenta sintomas durante a prática de
actividade física. Portanto, a queixa do indivíduo e a razão de sua procura por tratamento,
normalmente refere-se a alteração neste tipo de estabilidade. A estabilidade funcional é
determinada pela interacção de inúmeros factores, incluindo a geometria articular,
propriedades mecânicas dos tecidos e resultante de forças sobre a articulação causada pelo
peso corporal e acção muscular.

Importância de estabilidade articular


Muito comum correlacionar nossos músculos à força ou à flexibilidade. Sem dúvida, essas
são qualidades físicas importantíssimas. Mas tão importante quanto elas, e outras valências, é
a estabilidade articular. Termos articulações, com movimentos amplos, é fundamental, desde
que sem comprometimento da estabilidade. Pois ela é primordial para a integridade das
articulações e seguimentos corporais.
8

O treinamento e resgate destes músculos é primordial na prevenção e recuperação de


afecções, como dores na coluna em geral, dores nos joelhos, quadril, ombro e demais
articulações.

São muitas técnicas e métodos capazes de resgatar e/ou melhorar os músculos


estabilizadores, dentre elas a estabilização segmentar (ferramenta muito utilizada por
fisioterapeutas em seus atendimentos) Core Training, Pilates, Treinamento Funcional,
Plataforma Vibratória entre outros.

Flexibilidade articular
Flexibilidade pode ser definida como a capacidade de a estrutura muscular esquelética se
estender, sem danos, ferimentos ou lesões e com ampla movimentação numa articulação ou
grupos de articulações como a capacidade de uma articulação mover-se com facilidade em
sua amplitude de movimento. Embora exista vasta literatura científica sobre o assunto, ainda
não há consenso quanto a definição precisa da flexibilidade e outras definições podem ser
encontradas.

A flexibilidade não se apresenta de modo uniforme nas diversas articulações e nos


movimentos corporais, sendo comum, em um dado indivíduo, que sua amplitude máxima seja
boa para determinados movimentos e limitada para outros.

Tipos de flexibilidade articular


a) Flexibilidade activa

Flexibilidade activa é a maior amplitude de movimento alcançada usando apenas a


contracção dos músculos agonistas e sinergistas, enquanto os antagonistas são alongados. O
desenvolvimento deste tipo de flexibilidade pode ser mais difícil pois requer a flexibilidade
passiva para assumir a posição inicial e da contracção dos músculos agonistas para mantê-la.
Algumas actividades que necessitam o desenvolvimento deste tipo de flexibilidade são:
Ginástica rítmica, Ginástica olímpica, ballet, Artes marciais, entre outras.

b) Flexibilidade passiva

Flexibilidade passiva é a maior amplitude de movimento que se pode assumir utilizando


forças externas, por exemplo: peso do corpo, a ajuda de um parceiro, o uso de aparelhos,
9

entre outros sobre flexibilidade. A flexibilidade passiva é sempre maior que a flexibilidade
activa, e a diferença entre as duas é chamada de "reserva de movimentos".

Benefícios de flexibilidade articular


Embora haja o aprimoramento e manutenção de uma boa amplitude de movimento ajuda a
melhorar a qualidade de vida e auxilia no desempenho esportivo, a flexibilidade é um
componente frequentemente negligenciado em um programa de condicionamento físico.
Entre alguns benefícios, podemos citar:

 Profilaxia de lesões;
 Profilaxia postural, profilaxia de desequilíbrio muscular;
 Optimização das capacidades motoras condicionantes e coordenativas;

Segundo WERLANG (1997), os limites estruturais que determinam a melhora da


flexibilidade são:

 Maleabilidade, que é a capacidade de extensibilidade da pele, quanto maior, menor a


incapacidade de mobilidade.

 Elasticidade, que é a capacidade de músculos e tendões que cruzam a articulação, em


aumentarem e diminuírem o seu comprimento em função do movimento solicitado.

 Plasticidade, que é o grau de deformidade temporária que estruturas musculares e


articulares sofrem durante a execução de determinado movimento.

A melhora da flexibilidade é atingida com o treinamento regular de exercícios de


alongamento, que consistem em favorecer toda a amplitude de movimento de uma
articulação, dita normal, actuando sobre a elasticidade muscular, principalmente. Quando a
amplitude excede o normal, o estímulo atua não só sobre a elasticidade muscular como a
mobilidade articular (MARCHAND, 1992).
10

Conclusão
 A flexibilidade é uma capacidade física assim como a força, a velocidade, a agilidade, de
fundamental importância para o desempenho em qualquer desporto, e também para a vida de
qualquer pessoa. Quem já não precisou da flexibilidade para pegar um objecto no chão, ou
dentro do futebol, esticar-se para defender uma bola, ou ainda, na ginástica, onde a
flexibilidade é crucial para realização dos movimentos com eficácia. Ter um nível
relativamente bom de flexibilidade é de grande relevância, e que requer certa sistematização
de séries e tipos de alongamentos, e pode ser alcançado por qualquer pessoa desde que se
submeta á um treino especifico.
11

Bibliografia
HAMILL, J. e Knutzen, K.M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. São Paulo, Ed.
Manole, 1999.

KAPANDJI, I.A. Fisiologia Articular. São Paulo, Ed. Manole, 1990.

ANDERSON, B. (1983)  Alongue-se. São Paulo, Summus.

BLANKE, D. (1997) Flexibilidade IN: MELLION, M.B. Segredos em Medicina


Desportiva. Porto Alegre, Artes Médicas.

FOX,E.L. & MATHEWS, D.K. (1983) Bases Fisiológicas da Educação Física e dos


Desportos. Rio de Janeiro, Interamericana.

HOLLMANN, W. & HETTINGER, Th. (1989) Medicina do Esporte. São Paulo, Manole.

KENDALL, F.P. & McCREARY, E,K. (1987) Músculos: Provas e Funções. São Paulo,


Manole.

MARCHAND, E.A.A. (1992) Proposta Metodológica para Pacientes de Parkinson. Pelotas-


Rs-Brasil, 13º. Simpósio Nacional de Ginástica.

Você também pode gostar