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Curso Médio

em Teologia
Capítulo II
PERÍODO ANTIGO
(100-451)
CAPÍTULO II PERÍODO ANTIGO (100-451)

 Cristo despediu-se dos seus discípulos no Monte das


Oliveiras, para ascender aos céus, lhes deu ordem que
permanecessem em Jerusalém.
 E cheios do poder do Espírito Santo, saíram por todos os
lugares, pregando o Evangelho e cooperando com eles o
Senhor por meio dos sinais, fundando igrejas em todas as
partes.
 O expressivo crescimento da igreja, provocou o ódio dos
judeus e logo os cristãos passaram a ser perseguidos.
CAPÍTULO II PERÍODO ANTIGO (100-451)

Como era o culto na igreja primitiva

 O culto na igreja primitiva era


espontâneo, sem pompa ou
formalismo. Os crentes se reuniam em
residências, e este culto era marcado
pela unção poderosa do Espírito
Santo.
 A igreja primitiva sem dúvida, era uma igreja missionária.
Todos os crentes tinham em mente sua responsabilidade em
anunciar a Cristo.
CAPÍTULO II PERÍODO ANTIGO (100-451)

O início da Teologia Cristã

 A gênese do pensamento teológico cristão está contida no


NT. Mesmo sob inspiração do Espírito Santo, encontra-se
nos escritos apostólicos reflexões profundas sobre a vida e
os ensinos do Senhor Jesus, bem como sua obra de
salvação.
CAPÍTULO II PERÍODO ANTIGO (100-451)

 VISÃO PANORÂMICA DO PERÍODO PATRÍSTICO

 A importância do período patrístico

 A Igreja, enfraquecida com o impacto da morte dos apóstolos,


sofreu o ataque sem tréguas das heresias. Nesse período,
muitos dos chamados “pais” tornaram-se os primeiros
apologistas da Igreja.
 Enquanto alguns “pais da Igreja” escreviam para os cristãos,
combatendo a ameaça interna, corrigindo erros doutrinários e
combatendo heresias, outros dedicaram-se à apologética,
defendendo a fé cristã das falsas acusações externas de
ateísmo, canibalismo, incesto, atribuídas aos cristãos por
escritores pagãos como Celso, por exemplo.
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 VISÃO DOUTRINÁRIA DOS PAIS DA IGREJA

 Analisando os escritos patrísticos e os documentos do


NT percebe-se um contraste, principalmente no que tange a
doutrina da Salvação. Afastando-se da ênfase paulina da
salvação pela graça por meio da fé, entendiam a salvação
como cumprimento de uma nova lei.

 A doutrina da justificação foi sendo substituída pela graça


que ajuda a agir corretamente, talvez como uma reação
equivocada aos libertinos que iam subvertendo a doutrina
da graça de Deus.
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 VISÃO DOUTRINÁRIA DOS PAIS DA IGREJA

 Muitas reflexões teológicas dos “pais da igreja” são


importantes, como por exemplo, nos mostra como foi a relação
entre o Judaísmo e o Cristianismo. A Igreja enfraquecida com o
impacto da morte dos apóstolos, sofreu o ataque sem tréguas
das heresias. Neste período muitos dos chamados pais
tornaram-se os primeiros apologistas da igreja.
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 CARACTERÍSTICAS DOS ESCRITOS PATRÍSTICOS

POBREZA
Quase sempre estão de acordo com o todo das Escrituras,
porém, pouco acrescentam e são pouco sistematizados.
Deve-se entender que em sua época o cânon do NT ainda
não estava fechado o que explica o porque dos pais citarem
tanto as tradições orais ao invés da Palavra Escrita.
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 CARACTERÍSTICAS DOS ESCRITOS PATRÍSTICOS

FALTA DE PRECISÃO

 Existem no NT vários tipos de kerigma (pregação)


apostólica: a petrina, a paulina e a joanina. Os três tipos
concordam entre si, porém, apresentam ênfases diferentes
das mesmas verdades.
 Outro fator a ser considerado é que viviam numa
sociedade fortemente influenciada pela filosofia pagã
popular da época que não favorecia uma compreensão
clara das diversas formas da pregação apostólica.
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 CARACTERÍSTICAS DOS ESCRITOS PATRÍSTICOS

DIVERSIDADE DOUTRINÁRIA

 Os pais viveram em uma era conturbada de mudanças


radicais; época em que os marcos e paradigmas teológicos
como o Credo de Nicéia por exemplo, foram sendo
firmados. Doutrinas como a dupla natureza do Salvador
foram sendo confessadas pela igreja de forma gradativa.
 O período patrístico também foi um período de divisão não
somente em termos linguísticos, mas também políticos
entre a igreja ocidental que falava latim e a igreja oriental
que falava grego.
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ALEXANDRIA
Os Três Centros
Teológicos Mais ANTIOQUIA
 Importantes do
Período Patriótico
OCIDENTE
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ESCRITURAS

DEUS PAI

EM QUE CRIAM OS CRISTO



PAIS APOSTÓLICOS
IGREJA

PORVIR

TRADIÇÃO
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Primeira Epístola de Clemente


Epístola de Inácio
Epístola de Policarpo

Epístola de Barnabé
Os principais escritos
dos Pais da Igreja Segunda Epístola de Clemente

Pastor de Hermas

Escritos de Papias
Didache
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 OS APOLOGISTAS

 O século II apesar das perseguições foi um período de


expansão para a igreja cristã, o que atraia cada vez mais as
autoridades pagãs hostis ao Evangelho.
 A perseguição aos cristãos iniciou com os imperadores
Nero (54-68) e Domiciano (81-96) estendendo-se até o
século IV estendendo-se por 250 anos.
 Os apologistas são destacados na história da teologia, não
somente pelo seu esforço em identificar o cristianismo como
a verdadeira filosofia, bem como dedicaram-se a definir os
temas teológicos com a ajuda da filosofia.
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 OS APOLOGISTAS

 Alderi de Matos afirma que “Os apologistas deram ao


cristianismo uma teologia ligada a filosofia. Eles
contribuíram para transformar o pensamento cristão em
teologia propriamente dita, ou seja, análise e defesa
racional e coerente da mensagem cristã ”.
 Os mais destacados apologistas do período foram:
Justino Mártir, Tertuliano, Antenágoras de Atenas, Taciano e
Teófilo de Alexandria, Melito de Sardes, Aristides. Também
podem ser citados: Hérmias, Hegesipo, Minúcio Felix.
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 A CRISTOLOGIA DOS APOLOGETAS

 Os apologetas cristãos utilizaram o conceito do logos


derivado da filosofia grega, especificamente o estoicismo
para poder explicar o relacionamento de Cristo com o Deus
Pai.
 Os apologetas em contraste com os estóicos, não
entendiam ser ela uma espécie de razão universal
concedida panteísticamente, ao invés disso identificavam o
logos com Cristo. Por isso alguns chegaram ao extremo de
afirmar que Platão e Sócrates eram cristãos, da maneira
que expunham a razão.
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Inácio (67-110)
Policarpo (69-156)
Papias (70-155)

Esboço biográfico Justino, o Mártir (100-167)


dos principais pais e
Irineu de Lyon (130-200)
apologistas da Igreja
Tertuliano (160-220)

Orígenes (185-254)
Cipriano de Cartago (200-258)
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Eusébio de Cesaréia (265-339)


Jerônimo (340-420)
Esboço biográfico Ambrósio de Milão (340-397)
dos principais pais e
apologistas da Igreja João Crisóstomo (374-407)

Atanásio de Alexandria (296-373)

Agostinho de Hipona (354-430)


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Agostinho de Hipona (354-430)

 A influência de Agostinho

 Agostinho é a figura que tem mais influência na história do


Cristianismo”. Os ensinos de Agostinho influenciaram
profundamente a Reforma Protestante, principalmente
sobre Lutero e Calvino.
 Agostinho deu a resposta bíblica sobre a doutrina da
depravação total da raça humana e da indispensabilidade
da graça de Deus. Seu livro “Sobre a Trindade” definiu a
resposta cristã definitiva sobre esta doutrina bíblica
fundamental.
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Agostinho de Hipona (354-430)

 O lado negativo de Agostinho


 Agostinho foi um grande vulto do cristianismo, no entanto,
aprovou e ensinou doutrinas e costumes que causaram
danos irreparáveis a sã doutrina do Evangelho.

 Ensinou que fora da Igreja Católica Visível, com seu


tradicionalismo e sacramentalismo não há salvação.
Favorecia o asceticismo, e o monasticismo, incrementou a
crença nas relíquias idolátricas e a crença no vil purgatório.
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 AS AMEAÇAS Á FÉ CRISTÃ

Cristianismo e judaísmo
Gnosticismo

As ameaças à fé Marcionismo
Cristã Montanismo

Docetismo

Monarqueismo
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 AS AMEAÇAS Á FÉ CRISTÃ

dinâmico

Monarqueismo

modalista
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 O COMPORTAMENTO DA IGREJA ANTIGA FRENTE ÀS


HERESIAS
 Entre os anos de 313 à 500, as controvérsias teológicas
abalaram os alicerces da Igreja. Com a adesão do
imperador Constantino ao cristianismo a maioria das
pessoas que integrava as multidões que passaram a fazer
parte da Igreja não se desfizeram da bagagem cultural que
carregavam.
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 O COMPORTAMENTO DA IGREJA ANTIGA FRENTE ÀS


HERESIAS

 Entre os anos de 313 à 500, as controvérsias teológicas


abalaram os alicerces da Igreja.

Com a adesão do imperador Constantino ao cristianismo a


maioria das pessoas que integrava as multidões que
passaram a fazer parte da Igreja não se desfizeram da
bagagem cultural que carregavam.
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 O Arianismo
 Anos depois do Edito de Milão surgiu na igreja de
Alexandria uma controvérsia relacionada ao entendimento
da pessoa de Cristo, em virtude dos ensinos de um
dissimulado presbítero de Alexandria chamado Ário.

 O foco da controvérsia

 O arianismo “Atacava a verdadeira natureza do


Cristianismo, ao atribuir a Redenção a um deus que não
era verdadeiro Deus e que, por isso mesmo, era incapaz de
redimir a humanidade. Assim, despojava a fé do seu caráter
essencial
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 Ário era um pregador popular e as


QUEM pessoas o ovacionavam nas ruas, o
povo cantava suas heresias,
ERA ÁRIO provocando motins na cidade.
 Ário foi excomungado em 320 por heresia.
 O conflito tomou grandes proporções ao ponto de abalar
toda a igreja oriental. Ário foi apoiado pelo bispo de
Nicomédia Eusébio. O conflito tomou grandes proporções
ao ponto de abalar toda a igreja oriental.
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 O concílio de Nicéia

 o imperador Constantino convocou o Concílio de Nicéia,


que contou com a presença de 318 bispos de todas as
partes do império.
 O Concílio de Nicéia durou dois meses. Foram discutidas
três conceitos diferentes: Os arianos, os trinitários
ortodoxos. O terceiro grupo que uma interpretação com
base nos ensinos de Orígenes, buscando uma solução
mediadora que deixaria indefinida as afirmações
dogmáticas da igreja.
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 O concílio de Nicéia
 Houve muita discussão em Nicéia, porém, felizmente o
concílio concluiu que o subordinacionalismo é herético, e
afirmou que o Filho é “homoousios” , ou seja,
consubstancial, que o Filho de Deus possui a mesma
natureza divina que o Pai, compartilhando dos mesmos
atributos.
 Esta decisão teve uma importância incalculável para a
igreja, entretanto, custou a independência da Igreja, pois
passou estar presa ao poder imperial. A igreja do Ocidente
livrou-se deste domínio, porém, a igreja do Oriente ficou
sempre submissa ao poder político do estado.
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 O Atanásio, o gigante anão

 Com a morte do bispo de Alexandria,


Atanásio assumiu o bispado. Atanásio
(296-373) homem de pele escura e baixa
estatura foi um teólogo perspicaz, escritor
habilidoso e cristão fervoroso.
 O Concílio de Nicéia não equacionou todos os problemas
doutrinários da igreja antiga. A escola catequética de
Antioquia enfatizava demasiadamente a humanidade de
Cristo e a escola de Alexandria a divindade do Salvador as
expensas de sua humanidade.
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 O COMPORTAMENTO DA IGREJA ANTIGA FRENTE ÀS


HERESIAS
Basílio de Cesaréia (330-379)

Os pais capadócios
Gregório de Nazianzo (330-390)
baluartes da fé Nicena

Gregório de Nissa (335-395)


CAPÍTULO II PERÍODO ANTIGO (100-451)

 O COMPORTAMENTO DA IGREJA ANTIGA FRENTE ÀS


HERESIAS

Nestorianismo

As controvérsias Apolinarismo
cristológicas da
igreja antiga Monofismo

Pelagianismo
Texto 01 INTRODUÇÃO À TEOLOGIA EXEGÉTICA

 A FORMAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA MONOLÍTICA


 Em 313 Constantino e Licínio garantiram liberdade
através do edito de tolerância, ou o edito de Milão.
 Em 313 Constantino e Licínio
garantiram liberdade através do edito
de tolerância, ou o edito de Milão.
 Sem dúvida se para a igreja, o fim
da perseguição foi uma bênção, a
oficialização do cristianismo como
religião do estado foi uma maldição.
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A FORMAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA MONOLÍTICA

Estabelecimento do episcopado

A supremacia do bispo romano

Secularização da Igreja

Idolatrização do Culto

Sacerdotalismo

Sacramentalismo
Texto 01 INTRODUÇÃO À TEOLOGIA EXEGÉTICA

 A COMPLETA ORGANIZAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA


 Neste período temos o governo geral da igreja nos concílios
gerais ou ecumênicos.
 O engrandecimento da figura do bispo, e mais tarde a
centralização da autoridade com o surgimento do bispo
monárquico. Cinco bispos levantaram-se sobre os demais e
foram considerados patriarcas: o bispo de Roma, de
Constantinopla, de Jerusalém, de Alexandria e de Antioquia.
 A partir de 400 já se vê o desenvolvimento da hierarquia da
Igreja Católica, dominando o povo, criando leis arbitrárias e
condenando quem não aceitasse suas cerimônias e ritos
misteriosos.
DIRETORIA DO INSTITUTO BÍBLICO ESPERANÇA:
Diretor Geral: Pr. João Oliveira de Souza
Diretor Administrativo: Pr. Jorge Nei Pereira Vargas
Vice-diretor Administrativo: Pr. Eduardo Moreira Dipp de Souza
Secretário: Vagner do Nascimento Bitencourt
Autoria do Livro: Pr. Paulo André Barbosa

COMISSÃO REDATORIAL:
Pr. Jorge Vargas; Pr. Eduardo Dipp; Pr. Paulo Barbosa; Prof. Jonas
Saraiva; Profa. Aline da Rosa; Profa. Kellen Míncola

AUTORIA DOS “SLIDES”:


Pr. Jorge Vargas

ARTE E DIAGRAMAÇÃO:
Carisson André Stallbaum Klaus

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