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Aprendizagem como um processo pelo qual se altera o comportamento (alteração essa que
é permanente e duradoura e que ocorre através da experiência/treino/exercício.
Aprendizagem como uma ação intencional, dirigida para um objetivo. O indivíduo não
aprende ocasionalmente, há um desejo de aprender e dar significado ao comportamento.
- Pela aprendizagem adquirimos saberes, saber fazer, saber estar, saber ser.
OBJETIVOS
- Epistemologia Genética
(Teoria Genética: mecanismos cognitivos da espécie)
Experiência Ativa: atividade (física e mental) do sujeito sobre os objetos que permite
distingui-los e organizá-los. Através dessa atividade formam-se as estruturas ou esquemas
que possibilitam a ação e a compreensão da realidade
Interação Social: processo pelo qual somos influenciados, não pela nossa atividade própria
mas pelo contexto social, pela observação dos outros e pela educação
Equilibração: cada novo estágio define-se pelo surgimento de novos esquemas e estruturas
mais complexos. A equilibração (verdadeiro motor do desenvolvimento) assegura formas de
equilíbrio instável, cada vez mais estáveis, na adaptação ao meio.
Brigite Henriques - PA - ISMAT
O crescimento cognitivo da criança desenvolve-se: Assimilação e Acomodação
Repertório de:
- Sentimentos
- Sensações sobre o mundo do qual vivem
- Ações
A criança não se limita a agir sobre os objetos (como no estágio anterior) mas a
representá-los, ou seja, substitui-os por símbolos que valem por esses objetos e
assim pode pensar sobre eles, desenhá-los, …
⎯ egocentrismo intelectual:
a criança acha que o mundo foi criado para si e não é capaz de perceber o
ponto de vista do outro (acha que os outros pensam e sentem da mesma
forma que ela);
⎯ animismo:
o egocentrismo estende-se aos objetos e outros seres vivos, aos quais a
criança atribui intenções, pensamentos, emoções e comportamentos próprios
do ser humano;
⎯ a sua perceção imediata é encarada como ver dade absoluta, sem perceber
que podem existir outros pontos de vista:
Privilegia as suas perceções subjetivas, desprezando as relações objetivas.
Não percebe as diferenças entre as mudanças entre as mudanças reais e
aparentes e, portanto, responde com base na aparência, acreditando que é o
real.
Ex.: são apresentados à criança dois corpos iguais com a mesma quantidade de água. À sua
frente, verte-se a água de um copo deles para um copo, alto e fino. A criança afirma que
agora este copo alto e fino tem mais água do que o outro. Não compreende que a
quantidade de água permanece a mesma, independentemente do recipiente em que é
colocada. Ou seja, responde com base na aparência (como o segundo copo parece maior,
porque é mais alto, a criança pensa que tem mais água);
Brigite Henriques - PA - ISMAT
⎯ o pensamento é pré-operatório:
a criança não consegue efetuar operações mentais
No exemplo anterior…
⎯ pensamento lógico:
tem capacidades para realizar operações mentais, pois compreende que
existem ações reversíveis (percebe que é possível transformar o estado de um
objeto, sem que todo o objeto mude, e depois reverter esta transformação,
voltando ao estado inicial);
fazer:
classificações (agrupar objetos segundo determinada característica comum,
abstraindo-se das suas diferenças),
seriações (ordenar objetos segundo uma característica que tem diferentes
graus; abstrai-se das semelhanças)
perceber:
a conservação do número (implica coordenar a classificação e a seriação)
⎯ raciocínio hipotético-dedutivo:
coloca hipóteses, formulando mental mente todo o conjunto de explicações
possíveis;
Mediação Cognitiva
- Por meio de instrumentos e signos (linguagem)
- Responsável pelo desenvolvimento das funções psicológicas superiores
(processos mentais aprendidos e não inatos, como o planear, comparar, imaginar,
lembrar)
- O outro (sujeito mais experiente) como mais capaz
Processo de Internalização
- Ocorre do nível social para um nível individual
- Adquire-se conhecimento através das trocas mediadas pela linguagem,
facilitadas pela interação social Brigite Henriques - PA - ISMAT
Brigite Henriques - PA - ISMAT
Jerome Bruner
• psicólogo do desenvolvimento americano que, como Piaget, desenvolveu
uma teoria do desenvolvimento cognitivo - posição cognitivista-gestaltista
Ativação –as crianças precisam de experimentar um certo grau de incerteza para atuarem
a exploração, para poderem iniciar;
Manutenção – uma vez ativada, a exploração terá de ser mantida, que envolve assegurar
à criança que a exploração não constituirá uma experiência perigosa ou dolorosa;
Qualquer corpo de conhecimentos, pode ser organizado de uma forma ótima para ser
transmitido e compreendido por qualquer aluno
Poder de apresentação – a natureza é simples, por isso para ser poderosa, uma
apresentação de algum aspeto da natureza terá de refletir a sua simplicidade.
O grau de dificuldade sentido pelo aluno ao tentar dominar uma matéria depende da
sequência em que o material é apresentado
É caracterizado como sendo baseado na ação ou motor, que reflete no tocar, no saborear, no
mexer e no agarrar objeto
Como resultado da experiência adquirida através da interação física com os objetos, a criança
está em posição de reproduzir cada experiência de forma psicomotora
Está associado a crianças mais novas, mas é provável que seja usado pelos adolescentes e
adultos quando estes se envolvem numa nova atividade motora como nadar, tocar piano, …
Brigite Henriques - PA - ISMAT
Modo icónico de pensamento
As crianças formam imagens e desenhos das experiências que têm tido e, como resultado,
elas podem interagir com os objetos que estão fisicamente ausentes, mas presentes na sua
mente
O professor deve encorajar os alunos a usarem a sua imaginação e criarem imagens sobre
tópicos que não podem ser demonstrados fisicamente (ex. personalidades históricas,
informações sobre países distantes, personagens retratadas na literatura,...)
Este estádio é referido como simbólico na medida em que a pessoa tem um bom comando
da linguagem, que serve como veículo para a expressão dos seus pensamentos
A realização deste modo liberta a mente dos pensamentos restritivos dos modos ativos e
icónico, que são menos flexíveis e limitados na sua capacidade
A altura em que o reforço é dado é crucial para o sucesso da aprendizagem, assim como o
reforço deve ser dado de uma forma compreensível para o adulto