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Fato Tipico...
Fato Tipico...
1. O FATO TÍPICO
1. Teorias da Ação
6.1 Teorias do DoloSão várias as teorias que procuram explicar o dolo. Veremos 3 das
mais importantes:A TEORIA DA VONTADE;A TEORIA DA REPRESENTAÇÃO;A TEORIA
DAO ASSENTIMENTO OU DO CONSENTIMENTO.1. Teoria da Vontade – “age com dolo
quem tem como objetivo a prática de um fato definido como crime. “ é dolosa a conduta
em que o agente tem VONTADE de alcançar o resultado”. CONSCIÊNCIA E
VONTADEEx: João tem consciência de que, se deixar cair uma pedra na cabeça de sua
mulher poderá matá-la. Desejoso de ficar viúvo, desfere o golpe e mata a mulher para ficar
com sua amante. (MOURA TELES, 2005, p. 146).
6.1 Teorias do Dolo2. Teoria da Representação – não é necessário que o agente tenha
vontade de alcançar o resultado, bastando que o PREVEJA, (que represente o
resultado).O dolo seria a representação do RESULTADO.3 – Teoria do Assentimento ou
do Consentimento – exige que o agente tenha consciência do fato, tenha previsão do
resultado, mas NÃO EXIGE QUE QUEIRA ALCANÇAR O RESULTADO, bastando que o
ACEITE, CONSINTA, caso ele aconteça.Ex: Um indivíduo esta caçando e avista um
animal próximo a um homem. Desejando atingir a caça, prevê que, se errar o tiro atingirá o
homem, a quem não deseja matar. Atira e atinge o homem. Para essa teoria o indivíduo
agiu dolosamente pois, apesar de não querer o resultado, ACEITOU-O.O CP adotou a
Teoria da vontade e a Teoria do Assentimento. (Art. 18,I)
7.1 ConceitosSegundo Moura Teles, não existe um conceito perfeito de culpa, em sentido
estrito, mas que, com base no enunciado do art. 18,II do CP:- diz-se crime culposo quando
o agente deu causa ao resultado, por IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA OU
IMPERÍCIA.CULPA – É ELEMENTO NORMATIVO DA CONDUTA. A culpa é assim
chamada porque sua verificação necessita de um PRÉVIO JUÍZO DE VALOR, sem o qual
não se sabe se ela está ou não presente (CAPEZ, 2005).CONDUTA CULPOSA - é a
CONDUTA VOLUNTÁRIA que produz RESULTADO ILÍCITO, não desejado, mas
PREVISÍVEL, e, excepcionalmente previsto, que podia, COM A DEVIDA ATENÇÃO, ser
EVITADO. (MIRABETI, apud TELES, 2006).
a) A Conduta Voluntária
Não se dirigeÀ produção doResultadoConduta culposaFIMLÍCITONão se destina
àProdução de umTipo legalSe não for VoluntáriaNÃO HÁ CONDUTANÃO HÁ FATO
TÍPICO
d) Previsibilidade Objetiva
Nem todas as lesões a bens jurídicos podem ser evitadasCaso FortuitoFortuito é aquilo
que se mostra imprevisível;É o que chega sem ser esperado e por força estranha à
vontade do homem.Ex: incêndio provocado pelo cigarro derrubado do cinzeiro por um
golpe de ar inesperado.Força MaiorTrata-se de um evento externo ao agente, tornando
inevitável o acontecimento.Ex: coação física.Excluem o DOLO E A CULPA,
consequentemente a CONDUTA.Não há CRIMEEstes eventos situam-se fora do âmbito
do Direito Penal
d) Previsibilidade Objetiva
O Direito Penal só pode punir os fatos que puderem ser evitadosFATO
CULPOSOSujeitoPodia prever o resultado lesivo(PREVISIBILIDADE)É a possibilidade de
o sujeito, nas condições em que se encontra, antever o resultado lesivo. Previsível é
aquele resultado que pode ser previsto.Exigível ao cidadão comum
O sujeito realiza a PREVISÃO do resultado, MAS CONFIA sinceramente que poderá evitá-
lo ou que ele NÃO ocorrerá,agindo com a convicção plena de que, apesar da possibilidade
de que o resultado ocorra, NÃO OCORRERÁ nenhum resultado lesivoO agente prevê o
resultado, NÃO O DESEJA, mas O ACEITA SE ELE EVENTUALMENTE VIER A
ACONTECERPrevê o ResultadoPrevê o ResultadoNão admite o resultadoAssume o risco
7.5 Espécies de Culpa3. Culpa Imprópria - (também conhecida como culpa por extensão,
por equiparação ou por assimilação) é aquela em que o agente, POR ERRO DE TIPO
INESCUSÁVEL (vencível), supõem estar diante de causa de JUSTIFICAÇÃO, que lhe
permita praticar LICITAMENTE, um fato típico.EX: Pessoa que está em casa na
madrugada e vê uma pessoa pulando o muro de sua residência. Supondo está sendo
vítima de um assalto, acredita que está agindo em legítima defesa e atira contra a pessoa,
matando-a. Essa pessoa era sua irmã que havia esquecido a chave do portão e não
querendo acordar ninguém, pula o muro.Elemento subjetivo híbrido – culpa (no início da
ação) e dolo no final.ERRO INESCUSÁVEL ( vencível, se o agente agisse com mais
cautela) –EXCLUI O DOLO E SUBSISTE A CULPASão casos previstos no CP art 20 § 1o
e 2a parte (discriminantes putativas)
7.5 Espécies de Culpa4. Culpa Presumida – não existe mais na legislação penal, pois
trata-se de uma forma de RESPONSABILIDADE OBJETIVA. Existia antes do CP de
1940.Havia punição por crime CULPOSO quando o agente causa o resultado por ter
infringido uma norma regulamentar (dirigir sem habilitação) mesmo que não houvesse
NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA OU IMPERÍCIA (CAPEZ, 2005, p. 212)5. Culpa Mediata
ao Indireta – é quando o agente produz INDIRETAMENTE o resultado a título de
CULPA.Ex:Motorista está parado no acostamento de uma rodovia movimentada, quando é
abordado por um assaltante. Assustado, corre para o meio da pista e morre atropelado.O
agente responde, não apenas pelo roubo, que diretamente causou, mas também pela
morte da vítima, provocada indiretamente.É necessário NEXO DE CAUSALIDADE para o
segundo resultado.