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1. O FATO TÍPICO

 CRIME = FATO TÍPICO + Antijurídico + Culpável

Elementos do FATO TÍPICO:

CONDUTA1- Teorias da Ação2- Conceitos3- Elementos da Conduta4- Ausência de


Conduta5- Formas de Conduta6- O Dolo7- A Culpa em sentido estrito8- Crimes
qualificados pelo Resultado

1. Teorias da Ação

 1.1 Teoria Causalista Conduta Vontade Resultado Os causalístas:


Ao examinarem a conduta de uma pessoa, não realizam nenhuma valoração acerca do
FIM pretendido pelo agente;

 1.2.Teoria Finalista da Ação


Hans Welzel primeiras décadas do século XX;“Todo e qualquer acontecimento humano é
um acontecimento FINALISTAE não puramente CAUSAL, pois o homem, enquanto ser
consciente dasleis naturais de causa e efeito, pode prever as conseqüências de
seucomportamento e tem condições de dirigir sua atividade no sentido daProdução de um
ou de outro resultado.”AçãoExternamente(concretiza sua
vontade)Internamente(pensamento)FinalidadeConclusão: somente analisando o conteúdo
da vontade é que se pode afirmar a realização de um tipo legal de crime, já que a
finalidade é parte integrante da conduta, dela inseparável. Esta é a essência do
FINALISMO.

 Ação é a causação de um resultado típico SOCIALMENTE RELEVANTE”


1.3 Teoria Social da AçãoJESCHEK E WESSELS entenderam que o finalismo de Welzel
era INSUFICIENTE para conceituar conduta porque esquecia uma característica essencial
de todo comportamento humano, que é o seu LADO SOCIAL (TELES, 2005).Ação é a
causação de um resultado típico SOCIALMENTE RELEVANTE”“a Teoria social da ação vê
na relevância social do fazer ou da omissão humanos, o critério conceitual comum a todas
as formas de comportamento”.Críticas: Damásio e Assis ToledoPara Damásio essa teoria
não deixa de ser CAUSAL

 1.4 Teoria Adotada no Direito Penal


A Teoria Finalista é a que mais atende aos interesses do Direito Penal;É a teoria que
consegue explicar a conduta com base no próprio direito
positivo.CondutaVONTADEFINALIDADE

 Onde não houver vontade não há conduta

2. Conceitosé ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinada finalidade


(DAMÁSIO, 1998);É ação ou omissão humana, consciente e voluntária, dirigida a uma
finalidade (CAPEZ,2005).Onde não houver vontade não há conduta
VONTADE AÇÃO CONDUTA OMISSÃO FINALIDADE CONSCIÊNCIA

 3. Elementos da Conduta Vontade Finalidade;


Exteriorização (inexiste quando é pensamento)ConsciênciaConduta – é realização material
da vontade humana, mediante a prática de um ou mais ATOS.Ato – é apenas uma parte
da conduta.

4. Ausência de CondutaSó existe conduta quando houver vontade do agente.ATO


VOLUNTÁRIO (JOLIVET, apud Damásio, 1998)1. Deve ser espontâneo, isto é, proceder
de uma tendência própria e interior à vontade; se não é coagido e forçado;2. O fim deve
ser conhecido como tal; se não, o ato não é voluntário mas natural ou instintivo.DÁ-SE
AUSÊNCIA DE CONDUTA QUANDO OCORRE LESÃO A BEM JURÍDICO, COM A
INTERFERÊNCIA DO HOMEM, SEM TER HAVIDO CONDUTA, POR INEXISTIR
VONTADE.Ex: enfermeira imobilizada por imobilizada, é impedida de administrar
medicamento imprescindível para a manutenção da vida do paciente.

4. Ausência de Conduta São três os casos possíveis:


Coação física absoluta ou força irresistível;Movimentos Reflexos;Estados de
InconsciênciaCoação física absoluta ou força irresistível – trata-se de força absoluta, que
não se pode resistir. (Vis absoluta).Essa é uma força tão forte que elimina a vontade do
homem – logo não há conduta.Ex: enfermeira imobilizada por imobilizada, é impedida de
administrar medicamento imprescindível para a manutenção da vida do paciente.Forçar
fisicamente alguém a assinar documento falso. Autor do falso é o coator.Se a coação for
moral (vis compulsiva), há conduta, porém viciada. Não há culpabilidade. Ex: gerente do
banco que tem sua esposa e filhos ameaçados e rouba banco.

 4. Ausência de Conduta2. Movimentos Reflexos – movimentos do corpo ditados por


reflexos naturais.Ex: Um indivíduo que tem um reflexo rotuliano e danifica um bem valioso.
Não pode ser considerado crime de dano pois não há vontade, logo não há FATO TÍPICO
(Fato típico = conduta (não há conduta, pois não há vontade) + resultado+ nexo causal+
tipicidade).Ex: Um indivíduo que ao levar um choque elétrico, tem um movimento
involuntário no braço e atinge o rosto de uma mulher, causando-lhe um hematoma.3.
Estados de Inconsciência – não existe a consciência do fato. Ex: sonambulismo; atos
praticados sob efeito de hipnose ou em estados de inconsciência.

 comportamento positivo, movimentação corpórea, facere. (CAPEZ,2005);

5. Formas de CondutaAçãocomportamento positivo, movimentação corpórea, facere.


(CAPEZ,2005);Omissãocomportamento negativo, abstenção de movimento, non facere
(CAPEZ, 2005).

 5.1 Teorias da OmissãoA) NATURALÍSTICA – a omissão é um fenômeno causal, que


pode ser claramente percebido no mundo dos fatos._“a omissão provoca modificações no
mundo naturalístico (mundo dos fatos), na medida em que o omitente, ao permanecer
inerte fez coisa diversa da que deveria ser feita”.B) NORMATIVA – a omissão NÃO é um
simples fazer, MAS NÃO FAZER ALGUMA COISA (uma ação esperada).A omissão por si
mesma Não tem relevância jurídica, o que lhe dá este atributo é a norma que impõe um
determinado comportamento.Essa teoria foi acatada pelo Código Penal na reforma de (art.
13, §2º )

 O DOLO é o elemento PSICOLÓGICO da CONDUTA

6. A Conduta dolosaFato TípicoCONDUTAResultadoNexo-


causalTipicidadeDolosaCulposaO DOLO é o elemento PSICOLÓGICO da
CONDUTAConceito: é a vontade e a consciência de realizar elementos constantes do tipo
legal.“o crime será doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-
lo (art.18 CP)

6.1 Teorias do DoloSão várias as teorias que procuram explicar o dolo. Veremos 3 das
mais importantes:A TEORIA DA VONTADE;A TEORIA DA REPRESENTAÇÃO;A TEORIA
DAO ASSENTIMENTO OU DO CONSENTIMENTO.1. Teoria da Vontade – “age com dolo
quem tem como objetivo a prática de um fato definido como crime. “ é dolosa a conduta
em que o agente tem VONTADE de alcançar o resultado”. CONSCIÊNCIA E
VONTADEEx: João tem consciência de que, se deixar cair uma pedra na cabeça de sua
mulher poderá matá-la. Desejoso de ficar viúvo, desfere o golpe e mata a mulher para ficar
com sua amante. (MOURA TELES, 2005, p. 146).

 6.1 Teorias do Dolo2. Teoria da Representação – não é necessário que o agente tenha
vontade de alcançar o resultado, bastando que o PREVEJA, (que represente o
resultado).O dolo seria a representação do RESULTADO.3 – Teoria do Assentimento ou
do Consentimento – exige que o agente tenha consciência do fato, tenha previsão do
resultado, mas NÃO EXIGE QUE QUEIRA ALCANÇAR O RESULTADO, bastando que o
ACEITE, CONSINTA, caso ele aconteça.Ex: Um indivíduo esta caçando e avista um
animal próximo a um homem. Desejando atingir a caça, prevê que, se errar o tiro atingirá o
homem, a quem não deseja matar. Atira e atinge o homem. Para essa teoria o indivíduo
agiu dolosamente pois, apesar de não querer o resultado, ACEITOU-O.O CP adotou a
Teoria da vontade e a Teoria do Assentimento. (Art. 18,I)

 Para a Teoria Finalista


6.2 Elementos do DoloPara a teoria ClássicaDOLOConsciência do fato (Previsão)Vontade
de alcançar o resultadoPOTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDEPara a Teoria
FinalistaO DOLO É NATURALConsciência do fato (Previsão)Vontade de alcançar o
resultadoPOTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDECulpabilidade

6.3 Espécies de DoloDolo direto ou determinado – é aquele em que o sujeito busca


alcançar um resultado certo e determinado. O sujeito visa um CERTO E DETERMINADO
RESULTADO (DAMÁSIO, 1998)Ex: A mata B, testemunha de um delito, para silenciá-
la.Dolo indireto ou indeterminado – quando a VONTADE do agente NÃO se dirige a certo e
DETERMINADO fim. Possui duas formas:a) Dolo alternativo – quando a VONTADE do
agente se dirige a um ou a outro resultado. Ex: o agente desfere golpes de faca na vítima
com intenção alternativa: FERIR OU MATAR.b) Dolo eventual – quando o sujeito assume
o risco de produzir o resultado, isto é ADMITE E ACEITA O RISCO DE PRODUZI-LO.Ex:
O agente pretende atirar na vítima, que está conversando com outra pessoa. Percebe que
atirando na vítima pode atingir a outra pessoa (ele tolera a morte do terceiro).Se atira e
também mata o outro, responde por 2 crimes de homicídio. Um a título de dolo direto e
outro, de dolo eventual. (DAMÁSIO, 1998).

6.3 Espécies de Dolo 3. Dolo Genérico e dolo específico


Dolo Genérico – de acordo com a doutrina, é a vontade de realizar fato descrito na norma
penal incriminadora;Obs: o dolo é genérico quando a vontade do agente não vai além do
fato material. Ex:b) Dolo específico – o agente quer um resultado que se encontra FORA
DO FATO MATERIAL(a existência do dolo específico não exclui o dolo genérico)

Exemplos (DAMÁSIO) Alteração de limites


Art Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha
divisória, PARA APROPRIAR-SE, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:Pena -
detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa.Escrito ou objeto obscenoArt Fazer,
importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, PARA FIM DE COMÉRCIO, de
distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer
objeto obsceno:Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.

A culpa é elemento normativo da conduta

7. A Conduta CulposaFato TípicoCONDUTAResultadoNexo-


causalTipicidadeDolosaCulposaA culpa é elemento normativo da conduta
7. A Conduta Culposa O Contexto:
O Direito Penal tutela os bens jurídicos de grande relevância para a sociedade;As
condutas dolosas são as mais relevantes para o Direito Penal, entretanto, hoje, em razão
do próprio modo de vida da sociedade, vários bens jurídicos são atingidos por lesões
graves, por meio de CONDUTAS NÃO DOLOSAS;Assim, o Direito Penal não poderia
deixar de considerar essas condutas chamadas CULPOSAS, ou praticadas com CULPA
EM SENTIDO ESTRITO (TELES, 2006).

 7.1 ConceitosSegundo Moura Teles, não existe um conceito perfeito de culpa, em sentido
estrito, mas que, com base no enunciado do art. 18,II do CP:- diz-se crime culposo quando
o agente deu causa ao resultado, por IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA OU
IMPERÍCIA.CULPA – É ELEMENTO NORMATIVO DA CONDUTA. A culpa é assim
chamada porque sua verificação necessita de um PRÉVIO JUÍZO DE VALOR, sem o qual
não se sabe se ela está ou não presente (CAPEZ, 2005).CONDUTA CULPOSA - é a
CONDUTA VOLUNTÁRIA que produz RESULTADO ILÍCITO, não desejado, mas
PREVISÍVEL, e, excepcionalmente previsto, que podia, COM A DEVIDA ATENÇÃO, ser
EVITADO. (MIRABETI, apud TELES, 2006).

a) A Conduta Voluntária
Não se dirigeÀ produção doResultadoConduta culposaFIMLÍCITONão se destina
àProdução de umTipo legalSe não for VoluntáriaNÃO HÁ CONDUTANÃO HÁ FATO
TÍPICO

b) Inobservância do Dever de Cuidado


Imposto a todasAs pessoasda sociedadeDever do CuidadoNão necessita está
expressamente determinado, nem constar em norma jurídicaDestina-se à proteção dos
bens jurídicos selecionados pela sociedadeA NÃO OBSERVÂNCIA DO DEVER DE
CUIDADO É COMPORTAMENTO PROIBIDO PELO DIREITOLESÃO
ABEMJURÍDICODELITOCULPOSO

Formas de Inobservância do Dever de Cuidado


NegligênciaImprudênciaImperíciaÉ falta de atenção, relaxamento, ausência de precaução,
descuidoÉ sempre uma omissão (conduta negativa)Ex: pai que deixa arma carregada em
local acessível a criança ou adolescente.Criação desnecessária de perigo;É prática de fato
perigoso;É sempre realização de movimento do corpo (é positiva)Ex: dirigir em alta
velocidade (incompatível com o local).É falta de habilidade técnica;É falta de destreza,
aptidão para o exercício de determinada arte ou profissão;Ex: médico que não realiza
procedimento cirúrgico correto e causa dano ao paciente. Não dominar a técnica cirúrgica.

 c) Resultado Lesivo Indesejado


Para que haja fato culposo é INPRESCINDÍVEL que seja produzido o resultado
indesejado;Por mais que o sujeito tenha sido negligente, deixando de observar o dever de
cuidado, se o seu comportamento tiver causado A MODIFICAÇÃO DO MUNDO
EXTERNO, atingindo um bem jurídico;Ex: Um indivíduo dirige em alta velocidade pelas
ruas da cidade, realizando manobras perigosas e colocando em risco a vida dos
transeuntes. Assusta as pessoas mas não atinge nenhuma delas. Não haverá fato culposo
mas poderá haver fato doloso – “dirigir veículos na via pública, embarcações em águas
públicas, pondo em perigo a segurança alheia”. (art. 34 LCP)Ex: art. 132 CP – “expor a
vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou iminente”.

d) Previsibilidade Objetiva
Nem todas as lesões a bens jurídicos podem ser evitadasCaso FortuitoFortuito é aquilo
que se mostra imprevisível;É o que chega sem ser esperado e por força estranha à
vontade do homem.Ex: incêndio provocado pelo cigarro derrubado do cinzeiro por um
golpe de ar inesperado.Força MaiorTrata-se de um evento externo ao agente, tornando
inevitável o acontecimento.Ex: coação física.Excluem o DOLO E A CULPA,
consequentemente a CONDUTA.Não há CRIMEEstes eventos situam-se fora do âmbito
do Direito Penal
d) Previsibilidade Objetiva
O Direito Penal só pode punir os fatos que puderem ser evitadosFATO
CULPOSOSujeitoPodia prever o resultado lesivo(PREVISIBILIDADE)É a possibilidade de
o sujeito, nas condições em que se encontra, antever o resultado lesivo. Previsível é
aquele resultado que pode ser previsto.Exigível ao cidadão comum

7.3 Critérios de aferição da Previsibilidade


OBJETIVOA previsibilidade deve ser apreciada do ponto de vista de uma pessoa prudente
e com discernimento, colocado nas condições concretas.O que o HOMEM PRUDENTE
faria?SUBJETIVOA previsibilidade deve ser aferida tendo em vista as condições pessoais
do SUJEITO, isto é, a questão de o resultado ser ou não ser previsível é resolvida com
base nas circunstâncias antecedentes a sua produção.O que era exigível do SUJEITO?
(DAMÁSIO, 1998)

 4. Culpa Mediata ou Indireta


7.4 Espécies de Culpa1. Culpa Consciente2. Culpa Inconsciente3. Culpa Imprópria4.
Culpa Mediata ou Indireta5.Culpa Presumida

 1. Culpa Consciente 2. Culpa Inconsciente


sujeito realiza a PREVISÃO do resultado, MAS CONFIA sinceramente que poderá evitá-lo
ou que ele NÃO ocorrerá,agindo com a convicção plena de que, apesar da possibilidade
de que o resultado ocorra, NÃO OCORRERÁ nenhum resultado lesivoOcorre quando o
sujeito não realiza a PREVISÃO do resultado. É previsível mas o sujeito NÃO PREVÊ e
impulsiona,voluntariamente, a conduta dando causa a resultadosObs: de acordo com a lei
penal não existe diferença de tratamento entre a culpa com previsão e a culpa
inconsciente. Não há diferença entre a cominação de pena em abstrato. (exposição de
motivos do CP);Entretanto, parece-nos que no momento da dosagem da pena, o grau de
culpabilidade, deva o juiz elevar um pouco a sanção de quem age com a culpa consciente
(CAPEZ, 2005, p. 210)

= Culpa Consciente Dolo Eventual

O sujeito realiza a PREVISÃO do resultado, MAS CONFIA sinceramente que poderá evitá-
lo ou que ele NÃO ocorrerá,agindo com a convicção plena de que, apesar da possibilidade
de que o resultado ocorra, NÃO OCORRERÁ nenhum resultado lesivoO agente prevê o
resultado, NÃO O DESEJA, mas O ACEITA SE ELE EVENTUALMENTE VIER A
ACONTECERPrevê o ResultadoPrevê o ResultadoNão admite o resultadoAssume o risco

 EXCLUI O DOLO E SUBSISTE A CULPA

7.5 Espécies de Culpa3. Culpa Imprópria - (também conhecida como culpa por extensão,
por equiparação ou por assimilação) é aquela em que o agente, POR ERRO DE TIPO
INESCUSÁVEL (vencível), supõem estar diante de causa de JUSTIFICAÇÃO, que lhe
permita praticar LICITAMENTE, um fato típico.EX: Pessoa que está em casa na
madrugada e vê uma pessoa pulando o muro de sua residência. Supondo está sendo
vítima de um assalto, acredita que está agindo em legítima defesa e atira contra a pessoa,
matando-a. Essa pessoa era sua irmã que havia esquecido a chave do portão e não
querendo acordar ninguém, pula o muro.Elemento subjetivo híbrido – culpa (no início da
ação) e dolo no final.ERRO INESCUSÁVEL ( vencível, se o agente agisse com mais
cautela) –EXCLUI O DOLO E SUBSISTE A CULPASão casos previstos no CP art 20 § 1o
e 2a parte (discriminantes putativas)

7.5 Espécies de Culpa4. Culpa Presumida – não existe mais na legislação penal, pois
trata-se de uma forma de RESPONSABILIDADE OBJETIVA. Existia antes do CP de
1940.Havia punição por crime CULPOSO quando o agente causa o resultado por ter
infringido uma norma regulamentar (dirigir sem habilitação) mesmo que não houvesse
NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA OU IMPERÍCIA (CAPEZ, 2005, p. 212)5. Culpa Mediata
ao Indireta – é quando o agente produz INDIRETAMENTE o resultado a título de
CULPA.Ex:Motorista está parado no acostamento de uma rodovia movimentada, quando é
abordado por um assaltante. Assustado, corre para o meio da pista e morre atropelado.O
agente responde, não apenas pelo roubo, que diretamente causou, mas também pela
morte da vítima, provocada indiretamente.É necessário NEXO DE CAUSALIDADE para o
segundo resultado.

7.6 A Excepcionalidade do Crime Culposo


Art. 18 do CP – “Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente”.Qual o critério para saber
quando um crime admite modalidade culposa?Basta analisar a norma
INCRIMINADORAQuando o CP admite a modalidade culposa há referência expressa à
culpa;Quando o CP silencia a respeito da culpa é porque NÃO ADMITE A MODALIDADE
CULPOSAEx: Furto – Não há modalidade culposa;Crimes culposos : art,. 121 § 3º; art.
129 § 6º;

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