Você está na página 1de 20

Hermenêutica Bíblica

Material Teórico
Exemplos de Trabalho Hermenêutico-Exegético

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. Paulo Roberto Pedrozo Rocha

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Exemplos de Trabalho
Hermenêutico-Exegético

• Exemplos de Trabalho Hermenêutico-Exegético

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Destacar o trabalho hermenêutico que se faz após a conclusão de um trabalho exegético.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Exemplos de Trabalho Hermenêutico-Exegético

Exemplos de Trabalho
Hermenêutico-Exegético
Como combinamos na unidade passada, esta aula será mais prática, ok? Para
isso, você já se preparou lendo o artigo “Um apocalipse budista sino-indiano do
século IV: o Fa-Mieh-Chin-Ching (Sutra da extinção da lei)”, que mostra o resultado
do trabalho exegético que Ricardo Mário Gonçalves faz com o original do texto
budista Fa-Mieh-Chin-Ching. E, se o leu mesmo, então já passou os olhos por esta
aula aqui, não é? Então, vamos iniciar o nosso exercício.

Releia com calma o artigo e faça marcações destacando quais elementos foram
produtos do trabalho de exegese do texto original chinês chamado Fa-Mieh-Chin-
-Ching. Abaixo, um resumo do artigo que vai ajudar no exercício.

Um Apocalipse Budista Sino-Indiano do Século IV:


O Fa-Mieh-Chin-Ching (Sutra da Extinção da Lei)
Ricardo Mário Gonçalves

1. Introdução: O texto budista chinês, cuja tradução, feita diretamente do chinês clássico, que
agora apresentamos ao público estudioso brasileiro, é um interessante exemplo da literatu-
ra apocalíptica dentro da tradição budista. Está vinculado ao culto de Maitreya (Mi-lo-fo, em
chinês), uma tradição de conotações messiânicas bastante difundida no mundo budista, par-
ticularmente na China e no Japão. Ao contrário da maior parte dos Sutras (textos canônicos
que contêm discursos doutrinários atribuídos a Buda), este texto não traz nenhuma indicação
sobre a data de sua tradução para o chinês nem o nome do seu tradutor. A análise de seu con-
teúdo permite concluir que ele foi composto no século IV d.C. Segundo o pesquisador Shôkei
Watanabe, ele pode ser um dos numerosos Sutras apócrifos compostos na China, sem referên-
cia a nenhum original indiano escrito em sânscrito. O principal interesse deste Sutra está em ser
o mesmo uma fonte primária para o estudo das ideias que inspiraram os movimentos sociais de
cunho messiânico no Extremo-Oriente tradicional.
2. O texto e sua estrutura: O texto que aqui apresentado revela nítida conotação escatológica
e messiânica. Consiste num discurso que teria sido enunciado por Sâkyamuni, o fundador do
Budismo, pouco antes de sua morte, no bosque de Kusinagara, na Índia setentrional. O Buda
anuncia o declínio progressivo de sua doutrina, a crescente degradação moral da humanidade
em geral e dos monges budistas em particular, a existência de um grupo de justos que, embora
perseguidos, perseverarão no caminho do bem, a destruição quase total da humanidade atra-
vés da água (influência das tradições sobre o Dilúvio) e, finalmente, a regeneração do mundo
e a instalação de um reino utópico de paz e felicidade sob a égide do salvador Maitreya. Essa
estrutura é praticamente a mesma de textos apocalípticos compostos na mesma época no
mundo mediterrâneo sob a influência de ideias iranianas, como o Pequeno Apocalipse do tra-
tado hermético Asclepius , o que nos permite concluir pela presença de ideias persas em nosso
texto. Elas se explicam facilmente pela penetração do maniqueísmo e de correntes budistas
“iranizadas” na China.

8
3. Tradução do texto:
O SUTRA DA EXTINÇÃO DA LEI
Pregado por Buda
Assim eu ouvi:
Certa ocasião, o Buda estava Kusinagara10, três meses antes de penetrar no Nirvana. Estavam
junto ao Buda numerosos monges, Bodhisattvas e uma multidão inumerável. O Senhor Bem-
-Aventurado permanecia imerso em profunda calma, mantinha-se calado, não pregava a dou-
trina e não emitia luz.
O sábio Ananda saudou o Buda e dirigiu-lhe a palavra dizendo:
— O Senhor Bem-Aventurado sempre prega a doutrina e manifesta sua luz. Agora, uma gran-
de multidão está reunida, mas a luz não se manifesta. Isto deve ter um profundo significado.
Suplico-vos que nos explicai essa razão.
O Buda, calado, não deu resposta e por três vezes Ananda enunciou sua súplica dessa maneira.
Disse então o Buda a Ananda:
— Depois de Eu penetrar no Nirvana, quando se aproximar a época da extinção da Lei Búdica,
numerosos serão os praticantes dos cinco crimes capitais, e no mundo impuro predominarão
as práticas diabólicas. Seres diabólicos assumirão a aparência de monges e se infiltrarão na
comunidade e no meio dos fiéis, tumultuando e destruindo a doutrina de dentro para fora. Os
monges diabólicos se deliciarão em vestirem trajes de leigos e se alegrarão envergando mantos
e vestes de cinco cores não autorizadas pela tradição. Os monges diabólicos beberão álcool,
comerão carne com avidez e matarão seres vivos, nada os detendo na busca insaciável de sabo-
res agradáveis. A compaixão estará totalmente ausente de seus corações. O ódio e a inveja os
lançarão uns contra os outros.
Entretanto, mesmo nessa época existirão Bodhisattvas, Pratyeka-buddhas e Arahats que com
perseverança se entregarão à ascese e à prática das virtudes, alcançando o respeito e a vene-
ração das pessoas. Eles instruirão de maneira equânime todas as pessoas, terão compaixão dos
pobres, tratarão com carinhos os velhos, proporcionarão socorro aos desamparados e alimen-
tarão e protegerão as vítimas das calamidades. Eles sempre terão consigo Sutras e imagens
búdicas, ensinarão a importância da dedicação ao serviço do próximo e pregarão a veneração
aos Budas. Praticarão todas as virtudes. Sua vontade, seu caráter e seus pensamentos serão be-
névolos. Não agredirão nem prejudicarão qualquer pessoa. Sacrificar-se-ão em prol da salvação
das coisas de outrem. Serão pacientes e delicados com as pessoas.
Quando existirem homens assim, os monges diabólicos os invejarão, os insultarão e os calunia-
rão. Divulgarão amplamente seus pontos fracos entre o povo, para desacreditá-los. Eles serão
expulsos dos mosteiros e dos templos, não mais lhes será permitido residirem nos mesmos.
Quando dessa forma os verdadeiros praticantes desaparecerem de suas vistas, os monges dia-
bólicos, como não se entregam à prática do caminho correto, não se preocuparão em restaurar
os mosteiros e os templos quando estes se arruinarem, entregando-os ao abandono. Apenas
se empenharão em ambicionar e em entesourar bens e dinheiro em seu próprio benefício, não
se preocupando com a prática da caridade. Entregar-se-ão ao comércio de escravos. Ararão e
semearão os campos e farão queimadas na floresta, ferindo os seres vivos, já que não possuem
compaixão em seus corações.

9
9
UNIDADE Exemplos de Trabalho Hermenêutico-Exegético

Escravos se tornarão monges e escravas serão monjas. Não existirá mais nenhuma moral. Não
haverá nenhuma distinção entre homens e mulheres quanto à prática do mal e ao desregra-
mento sexual. O Caminho de Buda entrará em declínio por causa das ações dessa gente.
Muitos procurarão se tornar monges para escaparem aos cobradores de impostos. Serão mon-
ges apenas na aparência, não praticarão as regras e preceitos. A leitura quinzenal das regras
será feita com má vontade e negligência, não haverá esforço para ouvi-las com atenção nem
para ensiná-las na sua totalidade. Não estudarão os Sutras e, ainda que haja alguém capaz de
lê-los, o sentido de suas palavras não mais será compreendido. Embora sua leitura seja falha,
inventarão explicações arbitrárias ao invés de recorrerem aos que entendem as palavras. Em-
bora sua compreensão seja deficiente, ambicionarão se tornarem famosos, serão orgulhosos e
sempre procurarão o elogio das pessoas. Embora não possuam sabedoria e virtudes, andarão
com ares imponentes e procurarão reverência das pessoas.
Quando a vida desses monges diabólicos se extinguir, seus espíritos serão precipitados no in-
ferno dos sofrimentos sem intervalo, onde se juntarão aos praticantes dos cinco crimes capitais.
Experimentarão os mundos dos fantasmas famintos e dos animais, onde renascerão por um
período imensurável, superior a dez milhões de anos. Mesmo quando forem resgatadas suas
faltas, renascerão em países onde as Três Jóias são desconhecidas.
Quando a Lei estiver para se extinguir, as mulheres serão diligentes e constantemente acumula-
rão virtudes. Os homens, porém, serão negligentes, não farão o menor esforço para ouvir a Lei
de Buda. Aos olhos dos homens, os monges serão semelhantes a esterco misturado com terra,
eles não terão nenhuma fé.
Quando a Lei se extinguir, todos os deuses derramarão lágrimas e se lamentarão. Os cereais deixarão
de crescer, epidemias grassarão, muitos morrerão e inúmeros serão os sofrimentos dos homens. Os
impostos serão pesados, serão cobrados impostos totalmente contrários ao bom senso. Os homens
promoverão desordens e aproveitarão todas as oportunidades para obter prazer. Os maus serão tão
numerosos quanto os grãos de areia do oceano e só serão encontrados um ou dois bons.
Quando o mundo estiver na iminência de se acabar, os dias e meses serão mais curtos e a vida hu-
mana também irá encurtando paulatinamente. Com quarenta anos, as cabeças estarão cobertas
de cabelos brancos. Os homens se entregarão à libertinagem, perderão logo seu sêmen e morrerão
jovens. Ainda que tenham vida longa, não passarão dos sessenta. A vida dos homens será curta e
a das mulheres alcançará setenta, oitenta, noventa ou cem anos. Grandes inundações infindáveis
aparecerão inesperadamente. Como as pessoas do mundo não têm fé, julgarão que este mun-
do permanecerá para sempre. Com as inundações, tanto os ricos como os miseráveis se afogarão,
serão arrastados pelas águas e transformados em comida para os peixes. Então, os Bodhisattvas,
Pratyeka-buddhas e Arahats serão perseguidos por numerosos demônios com a aparência de mon-
ges. Refugiar-se-ão nas montanhas dos Três Veículos, de onde passarão para a Terra da Felicidade
e da Virtude. Praticarão todos eles a Lei com firmeza e obedecerão os preceitos, nisso encontrando
sua alegria. Sua vida será prolongada e eles serão protegidos pelos deuses.
Então, o Bodhisattva Candra-prabha se manifestará neste mundo e durante cinqüenta e dois anos
promoverá minha Lei. Desaparecerão primeiro os Sutras Surangama e Pratyutpanna-samadhi.
As doze coleções de Sutras também desaparecerão progressivamente e não mais será possível
ver suas letras. Os mantos dos monges passarão a ser brancos.

10
Quando a Lei de Buda se extinguir, ela será semelhante à luz de uma lâmpada de azeite
que ganha um brilho repentino pouco antes do combustível se extinguir. Nada mais posso
ensinar além disto.
Algumas dezenas de milhares de anos depois de tudo isto, Maitreya descerá a este mundo e
através de sua ascese se transformará em Buda. Reinará a paz sob os céus e todos os fluídos
venenosos serão eliminados. As chuvas serão frescas e abundantes e os cereais crescerão com
vigor. As árvores alcançarão grande altura e a estatura dos homens será de oito “jo”. A duração
das vidas humanas será de oitenta e quatro mil anos. Impossível será contar o número de seres
viventes que atingirão a iluminação búdica.
Então, o sábio Ananda reverenciou o Buda e dirigiu-lhe a palavra dizendo:
— Que nome deverá ter este Sutra e de que maneira devemos nos consagrar a ele?
O Buda respondeu:
— Ananda! O nome deste Sutra deverá ser Sutra da Extinção da Lei. Poderá ser pregado a todos
os seres, sem discriminação, o que produzirá incontáveis méritos.
Os discípulos das quatro categorias, ao ouvir este Sutra, mergulharam em profunda tristeza e
por esse mesmo motivo despertaram seus corações para o Supremo Caminho da Nobre Verda-
de. Então, todos reverenciaram o Buda e se retiraram.
O Sutra da Extinção da Lei, pregado pelo Buda.
4. Algumas questões: Não sendo possível, neste pequeno espaço, comentar em profundidade
todo o texto, vamos apontar algumas questões significativas.
4.1. Ordenação de escravos: O texto alude à ordenação de escravos como um dos indícios da de-
cadência do Budismo no fim dos tempos: “Escravos se tornarão monges e escravas serão monjas.”
4.2. Monges e imunidade fiscal: O texto alude a elementos que se tornam monges apenas
para gozar de imunidade fiscal: “Muitos procurarão se tornar monges apenas para escaparem
aos cobradores de impostos.”
4.3. Crenças sobre a sexualidade: O texto alude à crença segundo a qual o desperdício de
sêmen por parte dos homens libertinos acarreta enfraquecimento e encurtamento da vida: “Os
homens se entregarão à libertinagem, perderão logo seu sêmen e morrerão jovens.”
Explor

O artigo completo se encontra disponível em: http://bit.ly/2M1ZUID

Quais elementos você marcou? Faça uma lista e guarde para elaborar uma res-
posta à proposta do exercício com esse artigo. Agora vamos para os dois outros
artigos. Eles são menores, então cremos que seja possível deixá-los aqui para você,
apesar de estarem disponíveis nos links citados acima.

11
11
UNIDADE Exemplos de Trabalho Hermenêutico-Exegético

Lições para uma geração que perdeu o temor


Luiz Sayão

O início do livro de Levítico apresenta as principais ofertas que eram trazidas ao SENHOR no cul-
to israelita primeiro, no Antigo Testamento. O povo de Israel, tendo um perfil pastoril e original-
mente nômade, só poderia oferecer a Deus o que tinha: os seus animais. Daí a lógica da predo-
minância dos sacrifícios. Quando chegamos ao capítulo 6 de Levítico, vemos que as ofertas são
retomadas, repetidas. O texto aborda a oferta do holocausto, depois do cereal (indevidamente
chamada de manjares), oferta pelo pecado, pela culpa e a oferta de comunhão; mas agora o
enfoque é um pouco diferente, pois na repetição das ofertas destaca-se o papel do sacerdote,
de Arão e seus filhos e seus descendentes.
Levítico fala sobre como é que eles devem lidar com a regulamentação para cada uma das ofer-
tas exigidas por Deus. Por exemplo, em Levítico 6.16 lemos: “Arão e seus filhos comerão o res-
tante da oferta, mas deverão comê-lo sem fermento e em lugar sagrado, no pátio da Tenda do
Encontro”. Esse mesmo tipo de orientação aparece também no capítulo sete, reforçando a proi-
bição de comer gordura, de comer sangue, e o final do capítulo trata da porção dos sacerdotes.
Prosseguindo em Levítico, nota-se que os capítulos 8-10 vão falar mais especificamente de Arão e
de sua família. Arão e seus filhos recebem a atenção do texto: “Traga Arão e seus filhos suas vestes,
o óleo da unção, o novilho para a oferta pelo pecado, os dois carneiros e o cesto de pães sem fer-
mento; e reúna toda a comunidade à entrada da Tenda do Encontro. Moisés fez como o Senhor lhe
tinha ordenado, e a comunidade reuniu-se à entrada da Tenda do Encontro”. (Lv 8.1-4).
Foi nessa ocasião que Arão e seus filhos são consagrados como sacerdotes. E logo eles começam
efetivamente seu ministério, conforme se vê no capítulo 9 de Levítico. Todavia, a grande questão:
O que é de fato um sacerdote? Como é que essa função deve ser vista no Israel antigo? O sacerdote
é uma figura que aparece inicialmente no livro de Êxodo e que tem a ver com a intermediação
entre Deus e o homem. Assim, o sacerdote se distingue, por exemplo, do profeta. O profeta traz a
Palavra de Deus ao homem, ou seja, ele apresenta Deus aos homens. Já, o sacerdote, ao contrário,
apresenta o homem a Deus. Sua função é atuar nessa intermediação entre Deus e o homem por
causa da realidade do pecado. Assim, nessa provisão da graça divina, o sacerdote era a figura desse
intermediário que oficiava esses sacrifícios e ofertas para reestabelecer a comunhão entre a pessoa
e Deus. É a partir dessa compreensão que vamos entender que Jesus é o nosso sumo sacerdote, no
sentido em que ele estabeleceu essa intermediação entre Deus e o homem, em sintonia com esse
enfoque que começa com a figura de Arão e seu sacerdócio.
Arão, irmão de Moisés, é descrito na Bíblia como o primeiro sacerdote e também sumo sacer-
dote, que estava na posição de exercer esse ofício de estabelecer a comunhão entre o antigo
israelita e o próprio Deus. No Novo Testamento, fica claro que Cristo é o sumo sacerdote por
excelência e definitivo. Vale ressaltar que o sumo sacerdote era responsável pelo tabernáculo
e pelas ofertas e sacrifícios diários que deveriam ser oferecidos, inclusive em todas as festas
de Israel, a Páscoa, o Pentecoste (Shavuot), Tabernáculos (Sucot) e também no Dia da Expiação
(YomKippur).
O sumo sacerdote usava vestimenta especial, compatível com sua função. Na cabeça ele usava
um turbante (mitra) com uma coroa, e se vestia com um calção de linho, depois uma túnica
branca e uma túnica azul; sobre essa túnica era posto um manto sacerdotal (éfode). Esse man-
to sacerdotal trazia sobre si o peitoral com as pedras que lembravam as doze tribos de Israel.

12
No peitoral estavam o Urim e o Tumim, e nas ombreiras as pedras de ônix. A importância do
sumo sacerdote era suprema. Afinal, ele lidava com Deus, com o sagrado, distante do homem
pecador. Todo o sacerdócio tinha o objetivo de fazer com que a aproximação de comunhão entre
Deus e o homem se tornasse uma realidade. Assim, Êxodo e Levítico nos revelam como o sacer-
dócio se estabeleceu, como foi iniciado com Arão e sua família, e como isso se tornou perma-
nente depois na comunidade de Israel, na relação cúltica entre Deus e o seu povo.
Assim, Levítico nos relata a consagração de Arão e de seus filhos, do início do seu ministé-
rio, no capítulo 9, ministério extremamente abençoado por Deus, pois quando terminou a
consagração, o texto diz (v. 23-24): “Moisés e Arão entraram na Tenda do Encontro, e quando
saíram, abençoaram o povo e a glória do SENHOR apareceu a eles. Saiu fogo da presença do
SENHOR e consumiu o holocausto e as porções de gordura sobre o altar. E, quando todo o povo
viu isso, gritou de alegria e prostrou-se, rosto em terra”. Deus mostrou sua aprovação, sua glória
e seu poder neste momento especial. Foi extraordinário.
No entanto, o que nos surpreende nesse momento de tanta glória, de bênção desmedida da parte
de Deus, é que o capítulo 10 nos traz um relato muito surpreendente, que chama a atenção: “Nada-
be e Abiú, filhos de Arão, pegaram cada um o seu incensário, nos quais acenderam fogo, acrescen-
taram incenso, e trouxeram fogo profano perante o SENHOR, sem que tivessem sido autorizados.
Então saiu fogo da presença do SENHOR e os consumiu. Morreram perante o SENHOR. Moisés então
disse a Arão: “Foi isto que o SENHOR disse: ‘Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei; à
vista de todo o povo glorificado serei’. Arão, porém, ficou em silêncio” (Lv 10.1-3).
O que nos impacta tremendamente, porém, é que os filhos de Arão trazem um fogo não permitido
perante Deus e são mortos na hora pela sua atitude de desprezo com respeito a santidade de Deus.
Logo depois da ordenação sacerdotal, já aparece o fracasso humano. No momento mais sublime da
história, ocorre a maior desgraça. E o texto prossegue mais adiante quando Moisés chama alguns
integrantes ligados à família de Arão. Ele diz: “Venham cá; tirem os seus primos da frente do santu-
ário e os levem para fora do acampamento”. Mizael e Elzafã tiraram os cadáveres de seus parentes.
“Então Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não andem descabelados, nem
rasguem as roupas em sinal de luto, senão vocês morrerão e a ira do Senhor cairá sobre toda a
comunidade. Mas os seus parentes, e toda a nação de Israel, poderão chorar por aqueles que o
SENHOR destruiu pelo fogo. Não saiam da entrada da Tenda do Encontro, senão vocês morrerão,
porquanto o óleo da unção do SENHOR está sobre vocês”. E eles fizeram conforme Moisés tinha
ordenado. Depois o SENHOR disse a Arão: “Você e seus filhos não devem beber vinho nem outra
bebida fermentada antes de entrar na Tenda do Encontro, senão vocês morrerão. Vocês têm que
fazer separação entre o santo e o profano, entre o puro e o impuro, e ensinar aos israelitas todos
os decretos que o SENHOR lhes deu por meio de Moisés”. (Lv 10.6-11)
A função do sacerdote era uma função um tanto quanto complicada. Ele corria o risco de se
acostumar com as coisas de Deus, com as coisas sagradas, porque elas faziam parte do cotidia-
no. Poderiam perder o respeito e a reverência por Deus e pelas ordenanças do SENHOR. E, aqui,
foi o que os filhos de Arão fizeram e, por isso, morreram fulminados. Vale ressaltar o que Deus
diz: ‘Façam separação entre o santo e o profano, o puro e o impuro”. Isso significa: vocês não
podem lidar com o sagrado de qualquer maneira. A coisa é muito séria! É a determinação divina.
Prosseguindo, o capítulo 10 vai encerrar a discussão sobre o fato ocorrido, e o texto nos diz assim:
“Quando Moisés procurou por toda parte o bode da oferta pelo pecado e soube que já fora queima-
do, irou-se contra Eleazar e Itamar, os filhos de Arão que ficaram vivos, e perguntou: Por que vocês

13
13
UNIDADE Exemplos de Trabalho Hermenêutico-Exegético

não comeram a carne da oferta pelo pecado no Lugar Santo? É santíssima; foi-lhes dada para retirar
a culpa da comunidade e fazer propiciação por ela perante o SENHOR. Como o sangue do animal
não foi levado para dentro do Lugar Santo, vocês deviam tê-lo comido ali, conforme ordenei”. Arão
respondeu a Moisés: “Hoje eles ofereceram o seu sacrifício pelo pecado e o seu holocausto perante
o SENHOR; mas, e essas coisas que aconteceram comigo? Será que teria agradado ao SENHOR se eu
tivesse comido a oferta pelo pecado hoje?” Essa explicação foi satisfatória para Moisés”. (Lv 10.16-20)
O texto nos mostra o perigo terrível. Com fogo santo não se brinca. Na sequência do texto,
vemos que os outros filhos de Arão ainda mostravam uma atitude de falta de compreensão da
tremenda santidade dos sacrifícios que eram apresentados a Deus. A atitude era relapsa e inde-
vida. A grande verdade é que há uma distância entre Deus e o homem, uma distância marcada
pela realidade do pecado humano e de nossa condição de criatura limitada. O reconhecimento
de Deus, de seu poder e de sua presença, deve nos trazer uma atitude de profunda reverência e
respeito, e a profunda compreensão sobre o que significa santidade.
Nesse texto, nós vemos uma ironia terrível, pois, os próprios filhos de Arão, o maior sumo sacerdote
da história, não souberam agir de modo adequado diante de Deus. De quem mais esperamos vem
a maior decepção. Foi Arão que fez o bezerro de ouro, foram os seus filhos que cometeram sacrilé-
gio. Todos os que lidam com o sagrado correm grande risco, se não se lembrarem como são frágeis,
pecadores e dependentes do único Deus. É impressionante, mas foi por oferecerem um fogo bem
diferente, um fogo profano, que eles acabaram sendo mortos pelo próprio SENHOR.
Mas, a pergunta ainda fica no ar: Que fogo é esse? O fogo aqui é chamado de fogo profano. Algu-
mas versões antigas da Bíblia traduzem por “fogo estranho”. Não faz muito sentido. O texto não
traz maiores detalhes. Todavia, não é difícil perceber que se trata de um fogo não autorizado. A
questão que está envolvida aqui é que Deus tinha dado suas regulamentações detalhadas que tra-
tavam dos sacrifícios e ofertas, e da relação deles com a sua santidade. Não sabemos exatamente
o que eles fizeram. Mas, sabemos com que atitude fizeram. Trouxeram um fogo, um sacrifício, sem
se preocupar com a ordem e determinação dada por Deus. É o suficiente! Isso mostra desrespeito,
desconsideração, uma atitude de total repúdio ao que Deus ordenou. Por isso, eles foram tão se-
veramente punidos. A dificuldade que temos é que geralmente achamos que um problema entre
as pessoas é algo muito sério, como o homicídio, mas, quando se trata da nossa relação com Deus,
não é tão sério assim. É possível dar um jeito. Aqui, vemos que Deus está mostrando que a sua
santidade, a sua pessoa, precisa ser devidamente respeitada e adorada. Errar nisso é fatal.
Artigo originalmente publicado no portal Pleno News pelo pastor Luiz Sayão, professor em semi-
nários no Brasil e nos Estados Unidos, escritor, linguista e mestre em Língua Hebraica, Literatura
e Cultura Judaica pela Universidade de São Paulo (USP).
Explor

O artigo completo se encontra disponível em: http://bit.ly/2Ku1T5l

Importante! Importante!

Como você pode perceber, esse artigo também é resultado de um trabalho exegético
com objetivo hermenêutico em que o autor usa trechos do Levítico enquanto no artigo
anterior foi usado o Sutra do fim do mundo. Além dessa diferença, quais diferenças você
pode apontar entre eles?

14
Próximo artigo de nosso exercício:

A Autoridade de Jesus Cristo


Enviado por: Robson do Nascimento

Hoje falaremos sobre a Autoridade de Jesus Cristo. Na lição anterior estudamos sobre a graça
de Jesus Cristo – o Seu amor concretizado em ações. Estas ações envolveram intenso sacrifício
e dor de Sua parte, para que tivéssemos vida em abundância e comunhão eterna com nosso
Criador. A imensidão desta graça torna-se mais evidente quando estudamos a autoridade e o
poder de Cristo, quando verificamos a Sua majestade, que é o assunto da nossa lição de hoje.
Jesus Cristo possui toda autoridade no céu e na terra. Esta autoridade é intrínseca à Sua divinda-
de, isto é, ela é uma característica própria de Sua pessoa divina. Ele também a possui delegada
por Deus Pai, em função de Sua atividade como Redentor.
A autoridade que Jesus Cristo demonstrou na terra é bem diferente daquela que os homens
procuram. Ela era a essência da verdade e da dignidade, sem demagogia, sem espetacularida-
des, sem falso alarde, sem injustiça, sem acato à bajulação dos homens. Jesus não foi místico
doentio, não foi impostor ridículo, não foi fanático inculto, não foi mestre por conta própria,
nem enganador de multidões. Ele é o Senhor dos Senhores, o Mestre dos mestres, e exercitou
Sua autoridade até no entregar de sua vida, para que cumprisse a Sua missão e retornasse em
glória à direita do Pai.
A maravilha é constatarmos que Ele nos delega esta autoridade na transmissão de Sua mensa-
gem. Falamos com a autoridade de Jesus Cristo na pregação de suas verdades.
A autoridade de Jesus Cristo era reconhecida naturalmente pelos ouvintes. Mateus 7: 28-29
nos diz que as multidões “ficavam maravilhadas da Sua doutrina, porque Ele as ensinava como
quem tem autoridade, e não como os escribas”.
A mensagem era diferente das que estavam acostumados a ouvir. Claramente trazia a autori-
dade divina. Ela era:
Original: Os “mestres” da época haviam se transformado em “máquinas de repetir”. Havia as
vãs repetições. Cristo resgatou a capacidade de pensar dos Seus ouvintes. Seus ensinamentos
por parábolas providenciavam a oportunidade ímpar deles meditarem no que ouviam, de irem
armazenando os ensinamentos, de verem na prática as peças se encaixando, de aprenderem
verdades espirituais que haviam sido sufocadas pela tradição.
Coerente: Sua mensagem não apresentava contradição, mas uma continuidade aos ensinamentos
dados por Deus aos autores que, pela inspiração do Espírito Santo de Deus, escreveram o Velho
Testamento. Jesus Cristo apresentava a coerência a esta mensagem do Velho Testamento, sendo a
Sua própria vida o cumprimento de todas as profecias relacionadas com o Messias esperado.
Pertinente: Falava francamente aos pecados e aos pecadores. com sensibilidade e perspicácia,
não fechava os olhos para os problemas, mas apresentava a solução divina para estes. Neste
sentido ela contrastava com o ensinamento dos Rabinos da época, que viviam se preocupando
em legislar coisas triviais da vida, com pouca ou nenhuma aplicação prática. Cumpria-se pelo
cumprir, sem sentido maior ou fundamentação na Palavra de Deus. Era a velha tendência hu-
mana de ter a tradição suplantando a revelação.

15
15
UNIDADE Exemplos de Trabalho Hermenêutico-Exegético

Reveladora: Não contradizia ou abolia a lei moral de Deus, mas era esclarecedora da verdadeira
interpretação e do verdadeiro sentido. O Espírito da Lei fluía das palavras iluminadas de Jesus,
aplicando os requerimentos morais de Deus ao homem, ao mesmo tempo em que estabelecia
a salvação pela graça, única e exclusivamente como fruto do amor de Deus pelos Seus, e não
pelos méritos de qualquer homem. Além disso, Jesus Cristo revelou como nenhum outro, três
doutrinas fundamentais:
A doutrina do Reino dos Céus, mostrando o caráter eterno e espiritual deste, constituído por
todos os chamados por Deus em Seu Filho Jesus.
O trabalho real do Messias, em toda a Sua vida de serviço, de sofrimento e de vitória sobre a morte.
João 13:3 nos diz que “tudo confiou” nas mãos de Jesus Cristo, sendo Ele o nosso Senhor e
Mestre (verso 13). Assim sendo, Ele tem “autoridade sobre toda a carne” (Jo 17:2). Com efeito,
Jesus Cristo abriu mão da expressão total de Sua glória aqui na terra (Fl 2:7), mas nunca de Sua
autoridade e poder.
Ele é a expressão do Pai, tendo portanto, poder sobre tudo e sobre todos (Mt 11:27), com a
autoridade inclusive, de perdoar os pecados dos homens e de realizar maravilhas (Mt 9:6) em
Seu ministério. Colossenses 2:9,10 afirma que “nele habita corporalmente toda a plenitude da
divindade” e “Ele é o cabeça de todo o principado e potestade”.
Essa afirmação nos ensina:
1. Que Cristo é Deus – pois possui a plenitude da divindade.
2. Que Cristo é Deus eterno – pois esta plenitude nEle habita, isto é, reside, mora, existe, de na-
tureza e de fato. Não é algo agregado posteriormente, mas faz parte de Sua essência eterna.
3. Que Cristo é Deus eterno encarnado – pois esta plenitude habita nEle corporalmente. Jesus
Cristo revelou-se divino em Sua encarnação.
4. Ele é Deus: antes da encarnação, durante a encarnação e depois da encarnação. Esta é a es-
sência da Sua autoridade e base de nossa segurança, na certeza, dada pelo Espírito Santo, de
que nossa salvação é real e de que nossa vitória final está assegurada, pois cremos no Deus
Pai vivo e verdadeiro, soberano nos céus, e no Seu Filho Jesus, por quem fomos resgatados
da maldição do pecado.
Uma das maravilhosas verdades do plano de Deus é o fato de que ele delega parte dessa autori-
dade de Jesus aos Seus seguidores. O aspecto da autoridade delegada é o de transmitir a men-
sagem fiel das boas novas com ousadia e poder. Quando transmitimos as verdades de Cristo e o
Seu evangelho, fazemos com base nessa soberana autoridade.
Em Mateus 28:18-20, quando Jesus estava dando “A Grande Comissão” aos Seus discípulos, en-
tre os quais nos incluímos, Ele fala de Sua autoridade: “Toda a autoridade me foi dada no céu e
na terra […]” Esta autoridade é a base para que Ele nos mande ir e fazer “discípulos de todas as
nações… ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”.
Note que vamos na autoridade de Jesus Cristo, quando pregamos as coisas que Ele nos tem
ordenado. Não temos nenhuma autoridade para proclamar nossos próprios pensamentos, para
formular a nossa própria mensagem, ou para ensinar algum outro evangelho que não seja o de
Cristo Jesus. Mesmo que venhamos a usar o nome do Senhor, se a nossa mensagem for falsa,
Ele não nos reconhecerá.

16
Por outro lado, se a nossa mensagem for fiel, Deus a abençoará e a cobrirá com a autoridade di-
vina. Nesse sentido, somos Seus embaixadores (I Pe 2:9) para falar das coisas de Deus (I Pe 4:11).
Paulo entendeu que esta autoridade de Jesus Cristo se transferia aos Seus. Por essa razão ele
falava com tanta ousadia e destemor e sua mensagem era poderosa. Em Efésios 6:20, mesmo
na prisão, ele se declara um embaixador ousado de Cristo.
Em toda a história da Igreja, Deus tem abençoado a pregação da palavra verdadeira, das Suas
santas doutrinas. Ela carrega esta autoridade de Jesus Cristo. O testemunho da história está
presente nos reavivamentos produzidos pela transmissão, com autoridade, do conselho de
Deus. Assim foi com grandes homens de Deus, que no passado, não tiveram temor e, seguindo
o exemplo dos apóstolos, resolveram obedecer mais a Deus do que aos homens, produzindo
fantásticos resultados de conversões a Cristo.
A apropriação desta autoridade é o nosso desafio para os dias de pecado e impiedade em que
vivemos e para revitalização de uma Igreja que, cada vez mais apática, sucumbe às táticas e à
mensagem do mundo, como se não possuísse mais o poder do alto.
Explor

O artigo completo se encontra disponível em: http://bit.ly/2Kuvb3J

Importante! Importante!

Os artigos são bem diferentes como você pode perceber mesmo sendo resultados de
exercícios hermenêuticos.
O que é possível destacar sobre o método hermenêutico a partir deles? Em primeiro
lugar, há a diferença clara de matriz religiosa: um texto budista e dois textos cristãos
(Levítico e várias passagens dos evangelhos). Isso não impede o trabalho hermenêutico,
pois as regras fundamentais são iguais para todos os textos.
Sendo assim, quais paralelos você pode fazer entre os resultados do estudo hermenêuti-
co em cada artigo, levando em consideração o que você aprendeu até aqui? Use as linhas
abaixo para fazer esse paralelo e discuta os resultados como um exercício hermenêutico
mesmo sendo sobre comentários e não sobre os originais. Se você fizer o mesmo estudo
para as passagens usadas do Levítico e dos trechos destacados dos Evangelhos, o resul-
tado seria diferente?

17
17
UNIDADE Exemplos de Trabalho Hermenêutico-Exegético

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Vídeos
Hermenêutica e Exegese Bíblica
https://youtu.be/UqQut2se7BU
Hermenêutica Bíblica II, Videoaula 1
https://youtu.be/mz8PZcMVVtY
5 Regras da hermenêutica para iniciantes / 5 Rules of hermeneutics for initiating
https://youtu.be/yT5ltGQrYlw
Hermenêutica Biblica e Exegese qual a Diferença?
https://youtu.be/jnZFanBheVQ

 Leitura
Os 10 Princípios Básicos da Interpretação Bíblica
http://bit.ly/2M3eUWy
Hermenêutica
http://bit.ly/2M2yjHm
Princípios Bíblicos para Interpretar a Bíblia Ilustrados em Gênesis 1-2
http://bit.ly/2Kt979R
Hermenêutica
http://bit.ly/2KsvUmc

18
Referências
AGOSTINHO, S. A doutrina cristã. São Paulo: Paulus, 2002.

ARISTÓTELES. Retórica. Livro II. Tradução Isis Borges B. da Fonseca com Retó-
rica das paixões. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BUZZETTI, C. 4 x 1 um único trecho bíblico e vários “ fazeres”: guia prático


de hermenêutica e pastoral bíblica. São Paulo: Paulinas,1998.

FEE, G .D.; STUART, D. Entendes o que lês? Apêndices Ênio Mueller. Sem indi-
cação de tradutor. 2. ed. de 1997. São Paulo: Vida Nova, reimp. de 2008.

FERRO, M.; TAVARES, M. Análise das Obras Górgias e Fédon de Platão. 3.


ed. Lisboa: Editorial Presença, 1995.

GADAMER, H. G. Verdade e Método – Traços fundamentais de uma hermenêu-


tica filosófica. São Paulo: Vozes, 2003. 

GEFFRÉ, C. Crer e Interpretar – A virada hermenêutica da Teologia. São Paulo:


Vozes, 2004.

GIACÓIA JUNIOR, O. Pequeno dicionário de filosofia contemporânea. São


Paulo: Publifolha, 2006.

GIBELLINI, R. A teologia do século XX. Tradução João Paixão Netto. São Paulo:
Loyola, 2002.

KORTNER, U. H. J. Introdução à hermenêutica teológica. São Leopoldo: Sino-


dal, 2009.

MORA, J. F. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

PALMER, R. Hermenêutica. Lisboa: Editora 70, 2006.

PETRARCA, F. Lettres familières – Rerum familiarium. Introdução Ugo Dotti.


Tradução André Longpré. Paris: Les Belles Lettres, 2002.

RICOEUR, P. O Conflito das Interpretações: Ensaios de Hermenêutica. Rio de


Janeiro: Imago, 1969.

SCHLEIERMACHER, F. Hermenêutica – Arte e técnica da interpretação. São


Paulo: Vozes, 2004.

VATTIMO, G. Para além da Interpretação. O significado da hermenêutica para a


filosofia. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1999.

Sites visitados
<https://www.bibliaonline.com.br/acf>.

<https://www.bibliaon.com/>.

19
19

Você também pode gostar