Você está na página 1de 10

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Registro: 2022.0000964906

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível nº


1006210-65.2022.8.26.0071, da Comarca de Bauru, em que é apelante/apelado
DENIS FERNANDO CORREA DA SILVA, é apelado/apelante HAPVIDA
ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA.

ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 10ª Câmara de Direito


Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: Negaram
provimento ao recurso interposto por Hapvida Assistência Médica Ltda.; e
deram parcial provimento ao apelo de Denis Fernando Correa da Silva para
condenar Hapvida Assistência Médica Ltda. ao pagamento de indenização
extrapatrimonial no montante de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), corrigidos
monetariamente a partir do arbitramento (Súmula nº 362 do C. STJ) e com
juros de mora de 1% (um por cento) ao mês contados do evento danoso (Súmula
nº 54 do C. STJ). V. U., de conformidade com o voto do relator, que integra este
acórdão.

O julgamento teve a participação dos Desembargadores ELCIO TRUJILLO


(Presidente) E J.B. PAULA LIMA.

São Paulo, 24 de novembro de 2022.

GILBERTO CRUZ
Relator(a)
Assinatura Eletrônica
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Apelação Cível nº 1006210-65.2022.8.26.0071


7ª Vara Cível da Comarca de Bauru
Apelantes/apelados: Denis Fernando Correa da Silva e Hapvida
Assistência Médica Ltda.
Magistrado sentenciante: Dr. Jayter Cortez Junior

Voto nº 19117

APELAÇÕES. RESPONSABILIDADE CIVIL. Plano de


saúde. Ação indenizatória julgada procedente. Paciente
que apresentou dores no quadril e foi diagnosticado
com cisto pilonidal. Cirurgia de exérese na região do
cóccix adiada por três vezes pelo hospital Insurgência
de Hapvida Assistência Médica Ltda. que alega ausência
de provas do comparecimento do paciente no hospital
em 21.02.2022 e afirma que se trata de cirurgia eletiva
posteriormente realizada dentro dos protocolos
médicos vigentes. Descabimento. Reiterados
adiamentos do ato cirúrgico. Inequívoca relação
consumerista (Súmula nº 608 do C. STJ). Descaso com
o consumidor que em uma das oportunidades
compareceu ao hospital devidamente preparado para o
procedimento, conforme mensagens e áudios
acostados aos autos e foi informado de que não havia
registro de cirurgia programada para aquela data.
Terceiro adiamento provocado por descredenciamento
de anestesistas. Responsabilidade civil configurada.
Precedente desta C. Câmara Pleito de indenização
Denis Fernando Correa da Silva para majoração do
quantum indenizatório. Arbitramento que deve observar
a intensidade da culpa do agente, as consequências do
ato ilícito e o grau de hipossuficiência do consumidor.
Ponderação entre o caráter pedagógico da indenização
e a vedação de enriquecimento ilícito. Precedentes do C.
STJ e desta C. Câmara. Razoável e proporcional a
majoração da condenação em R$ 15.000,00 (quinze mil
reais) Desprovido o recurso de Hapvida Assistência
Médica Ltda.; apelo de Denis Fernando Correa da Silva
provido em parte para condenar Hapvida Assistência
Médica Ltda. ao pagamento de indenização
extrapatrimonial no montante de R$ 15.000,00 (quinze
mil reais), corrigidos monetariamente a partir do
arbitramento (Súmula nº 362 do C. STJ) e com juros de
mora de 1% (um por cento) ao mês contados do evento
danoso (Súmula nº 54 do C. STJ).

Tratam-se de apelações contra a r. sentença de fls.


150/154, cujo relatório se adota, que julgou procedente a ação de
indenização por danos morais ajuizada por Denis Fernando Correa da
Silva em face de Hapvida Assistência Médica Ltda. para “condenar a

Apelação Cível nº 1006210-65.2022.8.26.0071 -Voto nº 19117 2


PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ré a pagar ao autor a quantia de R$ 5.000,00 a título de indenização por


danos morais, com juros e correção monetária, nos termos da
fundamentação”. Condenada Hapvida Assistência Médica Ltda. ao
pagamento de custas e despesas processuais, além de honorários
advocatícios em 15% (quinze por cento) sobre o valor da condenação.

Inconformado, Denis Fernando Correa da Silva


pugna a reforma da r. sentença para 1) majorar a indenização
extrapatrimonial em R$ 30.000,00 (trinta mil reais), valor razoável ante o
“abalo psíquico enfrentado” e o “risco de contração de uma infecção
grave por conta da demora, fruto da desorganização interna” da parte
contrária (fls. 157/161). Isento de preparo.

Por sua vez, Hapvida Assistência Médica Ltda.


requer a improcedência do pedido, ao argumento de que 1) impossível
que Denis Fernando “tenha comparecido às dependências do hospital
para a realização da referida cirurgia e, ainda mais, ter sido informado do
seu reagendamento in loco e não haver um registro sequer da sua
entrada no nosocômio”; 2) se tratava de “cirurgia eletiva, não havendo,
portanto, nenhum dano decorrente da remarcação do procedimento por
questões perfeitamente válidas, afinal, nunca houve urgência”; 3) a
cirurgia “foi devidamente realizada e sem intercorrências no dia 14 de
março de 2022”; e 4) o atendimento “prestado pela equipe médica se deu
dentro dos protocolos médicos vigentes, e de acordo com a melhor
prática médica” (fls. 163/169). Preparo recolhido.

As insurgências foram regularmente processadas e


contrariadas (fls. 157/161 e 163/169).

Não houve oposição ao julgamento virtual.

É o breve relato.

A irresignação de Hapvida Assistência Médica


Ltda. não deve ser provida ao passo que o apelo de Denis Fernando

Apelação Cível nº 1006210-65.2022.8.26.0071 -Voto nº 19117 3


PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Correa da Silva comporta parcial provimento nos limites abaixo


estabelecidos.

Emerge dos autos que Denis Fernando Correa da


Silva obteve diagnóstico de cisto pilonidal e marcou para 10.02.2022
cirurgia de exérese na região do cóccix junto a junto a Hapvida
Assistência Médica Ltda., a qual cancelou o procedimento dois dias
antes e efetuou o agendamento para 21.02.2022. Na data aprazada, o
paciente em jejum absoluto e cumprindo todos os requisitos para
realização do ato compareceu ao hospital, porém foi informado de que
não havia registro de programação de cirurgia no sistema. Diante do
quadro de dores, Denis Fernando agendou novamente a cirurgia para
07.03.2022, a qual foi cancelada aos 03.03.2022, dessa vez em razão do
descredenciamento de anestesistas, motivo pelo qual a operação
somente ocorreu em 14.03.2022.

Evidente, pois o comportamento ilícito de Hapvida


Assistência Médica Ltda., porquanto, mesmo diante das dores
suportadas pelo paciente, cancelou por três vezes o procedimento
operatório, sendo que em 21.02.2022 o paciente compareceu
efetivamente ao hospital conforme mensagens e áudios acostados às
fls. 22/33 preparado para cirurgia, a qual não se realizou por problemas
de organização do serviço de assistência médica. Não bastasse, em
03.03.2022, a remarcação do ato de 07.03.2022 para 14.03.2022 ocorreu
por culpa do nosocômio (falta de credenciamento das anestesistas).

Em acréscimo, tendo em vista a inequívoca a relação


de consumo nos contratos de plano de saúde (Súmula nº 608 do STJ1),
embora não se trate de cirurgia de emergência, é certo que Denis
Fernando Correa da Silva queixava-se de dores na região do quadril e
do cóccix e teve de suportar a situação por mais de 01 (um) mês em

1 Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por
entidades de autogestão.

Apelação Cível nº 1006210-65.2022.8.26.0071 -Voto nº 19117 4


PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

razão de atrasos desarrazoados da parte contrária.

Nesse sentido, confira-se a fundamentação da r.


sentença a respeito:

(...) A prova documental e os áudios colacionados,


cujo conteúdo não foi em momento algum impugnado
pela ré, revela que efetivamente houve sucessivos
adiamentos da cirurgia agendada pelo autor.

Havendo imperiosa necessidade de adiamento, por


motivo justificado e com aviso prévio ao consumidor,
não se tem hipótese de ilícito e consequente dever de
indenizar. É o que ocorreu por ocasião da primeira
data de agendamento, certo que houve necessidade
de se substituir o procedimento eletivo do autor por
um de emergência, com aviso antecedente, tal como
reconhece a inicial.

Ocorre que segundo informam os autos, em 21.02.22


ocorreu novo adiamento e a parte autora, a vista de
confirmação de que o procedimento seria realizado
(p. 24 - "eu confirmei pa realmente está tudo certo),
compareceu na unidade hospitalar para o
procedimento, quando então foi surpreendida com a
informação de que não havia registro do ato cirúrgico
para aquele dia, tal como relata a mãe do autor em
contato com a secretária do médico, no áudio
colacionado (gravação 5, segundo link, p. 10).

O fato de não haver entrada registrada no hospital,


apontado pela ré, só confirma a assertiva da inicial de
que não houve a internação para a cirurgia, porque

Apelação Cível nº 1006210-65.2022.8.26.0071 -Voto nº 19117 5


PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

por falha da ré ou de seus prepostos, sequer houve o


agendamento do ato cirúrgico, a despeito de
confirmado à mãe do autor (p. 24).

Em decorrência disto, o autor, tal como alegado na


inicial sem impugnação específica, de forma inútil se
submeteu a preparação prescrita, com jejum absoluto
por oito horas (p. 22) e durante o dia, já que a cirurgia
estava agendada para o período da tarde.

Fora tal aspecto, o autor foi obrigado a suportar a


conta do novo adiamento sem qualquer razão ou
justificativa, insista-se por mais algumas semanas
quadro de dores relatado na inicial e não impugnado,
que haveria de debelar com a cirurgia.

Tem-se, assim, quadro de verdadeiro desrespeito


para com o consumidor que, permeado pelas
circunstâncias anteriormente consideradas, acarreta
quadro de angústia e estresse suficiente a abalar o
seu equilíbrio psicológico.

Como já se destacou em julgamento de hipótese


análoga, "o fato de uma pessoa se submeter a uma
cirurgia é um fenômeno gerador de estresse. A
preparação para o ato operatório propriamente dito
por parte do paciente requer a realização prévia de
procedimentos práticos (detrimento ocupacional e
laboral por eventual afastamento das lides habituais,
jejum, tricotomia ou depilação, etc.) e também de
elaboração emocional (lidar com os medos da doença
ou da morte, conformação à realidade, aceitação das

Apelação Cível nº 1006210-65.2022.8.26.0071 -Voto nº 19117 6


PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

limitações impostas pela doença). Trata-se, pois, de


um ajuste que envolve múltiplos aspectos, tanto do
paciente, quanto dos familiares. A suspensão da
cirurgia momentos antes de sua efetivação causa um
forte impacto emocional, visto que frustra a
expectativa duramente trabalhada pelo paciente e
adia esta situação para um momento incerto,
trazendo-lhe insegurança, reavivando aqueles
medos"

Trata-se, em verdade, de dano presumível,


decorrente do próprio fato definitivamente
comprovado. É dizer, deriva, na lição de Sérgio
Cavalieri Filho, “inexoravelmente do próprio fato
ofensivo, de sorte que provada a ofensa, ipso facto
está demonstrado o dano moral à guisa de uma
presunção natural.” (...)

Inequívoca, portanto, a responsabilidade civil no


presente caso.

No contexto, para fixação do quantum indenizatório,


faz-se necessária a análise dos seguintes elementos, à luz dos artigos
944 a 954 do Código Civil c.c. 18 a 25 do Código de Defesa do
Consumidor: 1) intensidade da culpa do agente; 2) consequências do ato
ilícito; e 3) grau hipossuficiência do consumidor. Ademais, deve-se
ponderar o caráter pedagógico da indenização com a vedação de

Apelação Cível nº 1006210-65.2022.8.26.0071 -Voto nº 19117 7


PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

enriquecimento ilícito da vítima, conforme posição do C. STJ2 e desta C.


Câmara a respeito3.

In casu, mostra-se razoável e proporcional a


majoração da indenização extrapatrimonial para R$ 15.000,00 (quinze mil
reais), corrigidos monetariamente a partir do arbitramento (Súmula nº 362

2 CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. RECUSA INDEVIDA DE FORNECIMENTO DE STENT EM
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO. PROCEDÊNCIA. APELO NOBRE. (1) RECURSO MANEJADO SOB A
ÉGIDE DO CPC/73. (2) VIOLAÇÃO DO ART. 6º DA LINDB. NATUREZA CONSTITUCIONAL. ANÁLISE
VEDADA EM RECURSO ESPECIAL. (3) OFENSA AOS ARTS. 165, 458, 463 E 535 DO CPC. OMISSÃO E
NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL INEXISTENTES. MÉRITO. (4) TRIBUNAL LOCAL QUE
RECONHECEU O DEVER DE INDENIZAR COM BASE NOS FATOS DA CAUSA. DANO MORAL IN RE
IPSA. (5) PLEITO DE REDUÇÃO DA VERBA INDENIZATÓRIA. QUANTUM FIXADO EM CONFORMIDADE
COM OS VALORES ADOTADOS NESTE SODALÍCIO. (...) 4. O Tribunal local, soberano na análise do
conteúdo fático-probatório dos autos, reconheceu que a recusa indevida/injustificada pela operadora de plano
de saúde, em autorizar a cobertura financeira de tratamento médico, a que esteja legal ou contratualmente
obrigada, gera direito de ressarcimento a título de dano moral, em razão de tal medida agravar a situação
tanto física quanto psicologicamente do beneficiário. Caracterização de dano moral in re ipsa. Precedentes. 5.
O valor da indenização fixado pelo Tribunal a quo a título de danos morais, em razão de negativa de cobertura
de tratamento, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), não destoa dos aceitos por esta Corte para casos
semelhantes, devendo ser mantido conforme fixado, porquanto atende ao caráter pedagógico da medida, sem,
contudo, ensejar o enriquecimento ilícito da parte. 6. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp nº
657.069/MG, Rel. Min. Moura Ribeiro, Terceira Turma, j. 16.6.2016).

3 NULIDADE - Carência da ação - Falta de interesse de agir - Não configuração - Resistência das rés -
Necessidade de intervenção do Judiciário verificada - Preliminar afastada. PLANO DE SAÚDE - Demora para
liberação de cirurgia e ocorrência de seu adiamento, após ter sido marcada, por problemas burocráticos das
rés - Demonstração dos fatos constitutivos do direito da autora - Negligência das rés configurada - Obrigação
de autorizar a cirurgia reconhecida - Danos morais configurados - Inegável o abalo emocional decorrente da
privação de assistência médica - Sentença reformada em parte - DOS RECURSOS, NÃO PROVIDO O
APELO DA RÉ CENTRAL NACIONAL UNIMED E PROVIDO O ADESIVO DA AUTORA. (TJSP Apelação
Cível nº 1006944-52.2016.8.26.0224; Relator (a): Elcio Trujillo; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito Privado;
Foro de Guarulhos - 9ª Vara Cível; Data do Julgamento: 06/12/2016; Data de Registro: 07/12/2016).

Apelação Cível nº 1006210-65.2022.8.26.0071 -Voto nº 19117 8


PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

do C. STJ) e com juros de mora de 1% (um por cento) ao mês contados


do evento danoso (Súmula nº 54 do C. STJ). A título de esclarecimento e
pertinente reafirmação do valor da compensação por dano moral ora
estabelecida, embora haja parcial divergência nesta E. 10ª Câmara sobre
o tema, em regra variando entre R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00, adoto o
princípio da colegialidade mitigado e o princípio de ascética do in medio
stat virtus ou virtus in medium est (Aristóteles), tudo dentro de um
individualizado quadrante de cotejo entre o fato e os envolvidos, inclusive
hipossuficiência e capacidade econômica.

Ex positis, nega-se provimento ao recurso interposto


por Hapvida Assistência Médica Ltda.; e dá-se parcial provimento ao
apelo de Denis Fernando Correa da Silva para condenar Hapvida
Assistência Médica Ltda. ao pagamento de indenização extrapatrimonial
no montante de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), corrigidos
monetariamente a partir do arbitramento (Súmula nº 362 do C. STJ) e
com juros de mora de 1% (um por cento) ao mês contados do evento
danoso (Súmula nº 54 do C. STJ).

Como consectário e levando-se em conta o trabalho


adicional desenvolvido pelo patrono de Denis Fernando Correa da Silva
em decorrência da presente irresignação, ficam os honorários
advocatícios devidos por Hapvida Assistência Médica Ltda. majorados
e definitivamente fixados em 20% (vinte por cento) sobre o valor da
condenação, com fundamento no artigo 85, § 11, do Código de Processo
Civil, observada a gratuidade judiciária concedida.

Por fim, prequestionadas as normas jurídicas


reportadas no curso do presente feito, ficam as partes advertidas de que
a interposição de recurso contra esta decisão, se declarado
manifestamente inadmissível, protelatório ou improcedente, poderá
acarretar sua condenação às penalidades fixadas no artigo 1.026, § 2º,
do CPC/15. Acrescente-se que a função do julgador é decidir a lide de

Apelação Cível nº 1006210-65.2022.8.26.0071 -Voto nº 19117 9


PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

modo fundamentado e objetivo; desnecessário, portanto, o enfrentamento


exaustivo de todos os argumentos elaborados pelas partes.

GILBERTO FERREIRA DA CRUZ


RELATOR

Apelação Cível nº 1006210-65.2022.8.26.0071 -Voto nº 19117 10

Você também pode gostar