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1.

Qual papel da avaliação neuropsicológica infantil nos transtornos

psiquiátricos?

Os principais objetivos da avaliação neuropsicológica infantil nos transtornos psiquiátricos são


a compreensão do motivo de baixo desempenho escolar (se é mais modulado por alterações
cognitivas ou por comportamentos desadaptados) além do planejamento de intervenções
terapêuticas, mapeando o perfil entre habilidades e dificuldades, investigando se há
compatibilidade do perfil neuropsicológico com quadros específicos, que seria o diagnóstico
diferencial; por fim, prejuízos que recebem a intervenção correta logo na infância se
relacionam à qualidade de vida da vida adulta e para isso, eles necessitam serem identificados
logo na infância e uma das melhores indicações de fazer isso é através da avaliação
neuropsicológica.

2. Quais as alterações cognitivas observadas no Transtorno Bipolar?

Há alterações na Atenção Alternada, Memória Visuoespacial, Memória de Trabalho, Memória


Verbal, Atenção Geral, Velocidade de Processamento, Funções Executivas (principalmente
flexibilidade mental), além das alterações no humor.

3. Quais as manifestações clínicas da ansiedade infantil?

A ansiedade infantil se manifesta por medo e ansiedade impróprios e excessivos em relação ao


estágio do desenvolvimento. O medo ou ansiedade pode ser expresso por choro, ataques de
raiva, imobilidade, comportamento de agarrar-se, se encolher ou em casos de fobia social,
fracassando em falar em situações sociais (mutismo seletivo)

4. Cite algumas escalas que avaliam as alterações do humor

CDI – Inventário de Depressão Infantil, Escala Scared: Ansiedade Infantil, Y-Bocs e Dy-Bocs.

5. Quais as manifestações clínicas e possíveis dificuldades cognitivas que

podem ser encontradas no TOC?

O TOC é caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões. A maioria dos jovens com
TOC é preservada cognitivamente. Uma pequena proporção de jovens com TOC apresenta
deficiência cognitiva. Quando há comprometimento cognitivo, as habilidades visuaespaciais e a
memória não verbal são as habilidades mais afetadas.

6. Qual o papel do QI na avaliação dos transtornos psiquiátricos?

O Q.I é moderador de gravidade do quadro, logo há uma expectativa de maior prejuízo


funcional caso os resultados sejam abaixo do esperado, com isso, a probabilidade de maior
prejuízo dessas habilidades cognitivas. Sendo assim, avaliando o Q.I nos transtornos
psiquiátricos é possível propor intervenções mais frequentes e com múltiplos suportes,
percebendo assim a resposta ao tratamento. Além disso, é possível compreender o
prognóstico em relação ao desenvolvimento dos quadros psiquiátricos, podendo propor
intervenções preventivas.

7. Qual comorbidade pode ocorrer com TEA?

As comorbidades que podem ocorrer com TEA são Deficiência Intelectual (DI), que está entre
as mais comuns, TDAH e Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação, transtornos de
ansiedade e transtornos depressivos.
8. Quais os dados relevantes que devemos investigar na anamnese de

possíveis casos de TEA?

Queixa atual, histórica e progressão dos sintomas, histórico desde a gestação. Histórico
médico, desenvolvimento neuropsicomotor, desenvolvimento sociocomunicativo,
intervenções terapêuticas, histórico familiar e educacional, vida social e habilidades cognitivas.

9. Quais os possíveis sinais de TEA que podem ocorrer no primeiro ano de

vida? Cite pelo menos 3 sinais

Atrasos na aquisição da comunicação social, não responde a sons ou quando é chamado pelo
nome, prejuízos na atenção compartilhada e ausência de sorriso social e de postura
antecipatória para serem segurados quando um adulto se aproxima oferecendo colo.

10. O que são habilidades savant

Uma ou mais áreas de talento surpreendentes, muito acima da média, porém com
desempenho cognitivo geral abaixo da média. É bem frequente em quadros de TEA em relação
a outros grupos que apresentam DI. Se diferencia da superdotação/altas habilidades por QI
geral baixo, além de habilidades criativas, empenho e motivação por tarefas desafiadoras.
Geralmente são habilidades específicas como música, desenho, cálculo, memorização,
hiperlexia.

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