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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN

CAMPUS AVANÇADO PREFEITO WALTER DE SÁ LEITÃO - CAWSL


PRO-REITORIA ENSINO E GRADUAÇÃO – PROEG
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA – DHI
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

Relatório do Estágio Supervisionado IV


História

Francisco David Silva Custodio

Assú/RN
2019
2

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN


CAMPUS AVANÇADO PREFEITO WALTER DE SÁ LEITÃO - CAWSL
PRO-REITORIA ENSINO E GRADUAÇÃO – PROEG
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA – DHI
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

Relatório do Estágio Supervisionado IV


História

Relatório de Estágio IV, apresentado ao Curso de


Licenciatura Plena em História, como parte da exigência de
avaliação da Disciplina de Orientação Teórico-Metodológica e
Estágio Supervisionado IV, sob a orientação do Prof. Me. Sérgio
Augusto de Oliveira.

Assú/RN
2019
3

IDENTIFICAÇÃO DA ESTAGIÁRIA

01. NOME: Francisco David Silva Custodio.


02. ENDEREÇO: Rua Alferes tonho, Nº 544 – Centro, Paraú/RN.
03. TELEFONE: (84) 9 9622-1486.
04. INSTITUIÇÃO ONDE REALIZOU O ESTÁGIO: Escola Estadual Juscelino
Kubitschek – E.E.J.K.
05. ENDEREÇO DA INSTITUIÇÃO: Rua Cel. Francisco Martins, Nº80 – Bairro
Dom Elizeu. CEP: 59.650-000, Assú/RN.
06. NOME DO DIRETOR DA INSTITUIÇÃO: Valderedo de Melo Silva.
07. NOME DO PROFESSOR RESPONSÁVEL PELA DISCIPLINA:
Sérgio Augusto de Oliveira.
08. NOME DO RESPONSÁVEL PELA SUPERVISÃO DO ESTAGIÁRIO (a):
Alfredo Guilherme Neto.
09. INÍCIO DO ESTÁGIO: 04/03/2019.
10. TÉRMINO DO ESTÁGIO: 17/05/2019.
4

LISTA DE SIGLAS

AEE Atendimento Educacional Especializado.


BNCC Base Nacional Comum Curricular.
DIREC Diretoria Regional de Educação da Cultura e Desporto.
ENEM Exame Nacional do Ensino Médio.
IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas.
MEC Ministério da Educação.
PCN’s Parâmetros Curriculares Nacionais.
PIP Programa de Inovação Pedagógica.
ProEMI Programa do Ensino Médio Inovador.
SEEC Secretaria Estadual de Educação e da Cultura e Desporto.
TCE Termo de Compromisso de Estágio.
5

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 06
2. CAMPO DE ESTÁGIO: Histórico da Instituição.................................................. 07
3. FASE DE OBSERVAÇÃO 11
3.1 Considerações acerca do espaço escolar..................................................... 11
3.2 Relato de Observação 13
4. FASE DE PLANEJAMENTO 14
5. FASE DE REGÊNCIA 15
5.1 Relato da Regência 16
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 17
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 18
8. ANEXOS................................................................................................................... 20
6

1. INTRODUÇÃO.

Neste relatório, serão apresentados os resultados e documentações relativos às


atividades desenvolvidas na disciplina de Orientação Teórico-Metodológica e Estágio
Supervisionado IV, obtidos durante o processo de execução do Estágio Curricular
Obrigatório de Docência no Ensino Médio, realizado no curso de Licenciatura Plena em
História, pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, no Campus Avançado
Prefeito Walter de Sá Leitão, na cidade de Assú/RN.
Esse relatório tem por objetivo final a apresentação e o detalhamento da
experiência vivida na sala de aula pela (o) graduanda (o), durante a execução do estágio
curricular obrigatório que teve como público alvo, os alunos das primeiras séries do
Ensino Médio, da Escola Estadual Juscelino Kubitschek, situada na Rua Cel. Francisco
Martins, nº80, no Bairro Dom Elizeu, também na cidade de Assú/RN. A escola fundada
em 1951, oferta a comunidade assuense serviços na área ensino, com turmas nas
modalidades de Educação Básica de Ensino Médio e Ensino Profissional Técnico de
Nível Médio.
As atividades desenvolvidas no decorrer do estágio tais como, observação das
aulas, planejamento e prática de docência, oportunizaram a aluna estagiária em
treinamento uma experiência para o futuro exercício da carreira docente. Os
encaminhamentos das atividades relativas ao estágio foram desenvolvidos na UERN
CAWSL – ASSU/RN sob a orientação da Prof. Me. Sérgio Augusto de Oliveira, que
nas ocasiões de encontro teórico, orientou como seriam os procedimentos necessários
para a realização do estágio.
Para dar um suporte teórico ao estágio, durante as horas que foram dispensadas
para a Orientação Teórico-Metodológica, estudamos o referencial teórico que nos
serviram de base para a prática do estágio, constituído de: A formação dos professores
de História, FONSECA (2003), in: Didática e Prática de Ensino de História; Estágio:
diferentes concepções, PIMENTA; LIMA (2012), in: Estágio e docência; Por um
7

ensino que deforme: o docente na pós-modernidade, ALBUQUERQUE JR; e


Perspectivas para reflexão em torno do Projeto Político-Pedagógico, VEIGA
(2013), in: Escola: Espaço do Projeto Político-Pedagógico...cont... Estudamos também
os PCN’S (Parâmetros Curriculares Nacionais) e a BNCC (Base Nacional Comum
Curricular) para o Ensino Médio, que nos ajudaram bastante, junto a elaboração das
atividades referentes a prática docente.
O desenrolar das atividades referentes ao estágio curricular de regência
propostas a serem desenvolvidas na sala de aula ficaram por conta das turmas de 2ª série
do Ensino Médio Matutino, com as turmas “A’, ‘B’, ‘C’, ‘D’, ‘E’, ‘F’ e ‘G’, em caráter
de observação. Na fase de regência as atividades ficaram por conta das turmas ‘C’ e
‘D’.
Por fim, esse relatório tem a finalidade de registrar experiências e resultados
obtidos durante a fase de treinamento para a profissão docente. O relatório está
organizado em 06 seções dispostas em: Introdução; Campo de Estágio; Fase de
Observação; Fase de Planejamento; Fase de Regência; Considerações finais. Ao final
são acrescentados alguns anexos relevantes que complementam a documentação do
relatório.

2. CAMPO DE ESTÁGIO: Histórico da Instituição.

Segundo o PPP da Escola Estadual Juscelino Kubitschek – de Ensino


Fundamental e Médio – a mesma foi criada, através da Lei Estadual de nº 621 de
06/12/1951, autorizada pela Portaria de nº 534/80 de 13/11/1980. Essa jurisprudência
garantia a formalização do Curso Normal Regional no município de Assú, “realizando
um antigo desejo de classes dirigentes e da população: uma escola a qual atendesse o
público local e de comunidades circunvizinhas” (DUTRA, 2011, p. 24)1.
A instituição atualmente funciona em sede própria 2, e está situada na rua Cel.
Francisco Martins nº 80, no bairro Dom Eliseu, na cidade de Assú/RN. Possuindo uma
área de aproximadamente 30.000 m2 – onde cerca de 3. 841,72 m 2, são de área

1
DUTRA, Maria da Conceição Farias da Silva Gurgel. O Curso Normal de 1º Ciclo em Assú/RN (1951-
1971). Tese de Doutorado em Educação - UFRN, Natal, 2011. 170 p.
2
Apesar de a escola ter sido criada em 1951 e ser inaugurada somente em 1958, as suas atividades no
prédio oficial, só tiveram início no ano de 1959, sob a direção do Padre Américo Simonetti – que foi o
primeiro diretor da Escola já no prédio oficial. Antes disso, a escola vinha exercendo suas atividades em
quatro salas de aula, a título de empréstimo, na Escola Estadual Tenente Coronel José Correria, durante os
anos de 1952 a 1958.
8

construída – a escola JK é considerada uma das maiores escolas do Rio Grande do


Norte. A
escola é mantida pelo Poder Público do Estado, e administrada pela SEEC/RN, foi
criada
com o intuito principal de ajudar na capacitação de professores, onde contou a
participação efetiva do Padre Américo Vespúcio Simonetti e do Bispo Diocesano da
época, D. Elizeu Mendes, além de outros membros da Diocese de Santa Luzia de
Mossoró/RN, contando também com o apoio efetivo do então prefeito da cidade, o Dr.
Edgard Borges Montenegro3.
Iniciando suas atividades no ano de 1951, quando ainda recebia a denominação
de Centro de Formação e Apoio, a escola vem prestando serviços na área educacional à
comunidade assuense. Somente em 1958, recebeu a denominação de Centro
Educacional
Juscelino Kubistchek, em homenagem ao então Presidente da República, Juscelino
Kubitschek de Oliveira, devido a sua efetiva colaboração com verbas para auxiliar na
construção da escola, através do INEP. Somente no ano 2000 recebeu a denominação
que
vigora até então, e atualmente a escola atende a alunos da rede básica de educação,
cobrindo os níveis de Ensino Médio4 e Ensino Profissional Técnico de Nível Médio –
voltada principalmente para a educação profissionalizante, formando os jovens para o
mercado de trabalho.
No ano de 1989, a escola passou pela sua 1ª Eleição direta para diretor e vice-
diretor. No ano de 2005 a escola “[...] passou por um momento democrático muito
importante, que foi a implantação da eleição democrática – de acordo com a Lei
Complementar 290/2005”5 – onde o candidato eleito logo após a posse, exerceria um
mandato de 02 anos, com direito a reeleição.
Mais tarde, no ano de 2007, contando com o apoio da SEEC/RN, a escola
implementou a proposta do Ensino Médio Noturno Diferenciado. De acordo com
depoimentos dos funcionários da escola, o projeto surgiu a partir de uma ideia da Profa.

3
Projeto Político Pedagógico (pág. 12).
4
Segundo informações dos funcionários, anteriormente a escola cobria, desde a sua criação, as
modalidades de ensino Fundamental II e Médio, porém, recentemente passou por uma transição
acerca desses níveis de ensino. Em 2010 a escola passou a receber recursos para a implantação do ensino
Técnico e em 2017, foi o último ano em que a escola cobriu turmas de ensino Fundamental II.
Atualmente a escola JK cobre apenas a modalidade de Ensino Médio, nos níveis normal e técnico.
5
Idem (pág. 13).
9

Vera Lúcia Figueiredo6, que preocupada com o aumento da evasão escolar no turno
noturno, mais especificamente, resolveu que não poderia ficar inerte a essa situação,
porque, o fato de muitos alunos trabalharem durante o dia, seria um fator determinante
para que boa parte desses alunos faltassem às aulas a noite que devido ao cansaço, e
muitas vezes optavam por escolher entre o trabalho e a escola – onde na maioria dos
casos, o trabalho acabava ganhando essa batalha.
A evasão infelizmente é um fator preponderante, que se faz presente na realidade
escolar todos os dias, pois apesar de vermos a vontade de muitos jovens em permanecer
na escola para que possam cultivar um futuro de glórias, em contrapartida, vemos
alunos deixando de frequentar a escola por motivos adversos, seja por precisar trabalhar
para se sustentar e sustentar a própria família, ou até mesmo por entrar em um caminho
errado de convivência diária com influencias erradas que levem ao uso de
entorpecentes, ou até
mesmo por achar que a escola não tem nada de bom pra oferecê-los.
Por tanto, o objetivo da proposta do Ensino Médio Noturno Diferenciado é
propor
a reversão dessa situação, fazendo assim com que haja a construção de uma nova
identidade, para os alunos do turno noturno, usando como ponto de referência o aluno
trabalhador, e tomando por base a construção de um ensino mais significativo, que
atendesse principalmente o perfil desse aluno, em articulação com a sua realidade, além
de carga horária reduzida, tomando como foco principal, diminuir os índices da evasão
escolar e da repetência em decorrência do trabalho, e também servindo principalmente
para que esse aluno não precise escolher entre a escola e o trabalho, por exemplo.
Ao longo dos anos, até os dias de hoje, o projeto vem apresentando resultados,
que muito embora tímidos, são bastante significativos para a instituição 7, e fez tanto
sucesso, que quando enviado a 11ª DIREC – SEEC/RN, a mesma resolveu fazer
algumas alterações no projeto original, levando o projeto a conhecimento do MEC,
fazendo assim com que nascesse o Ensino Médio Inovador8.

O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), instituído pela


Portaria
nº 971/2009, tem se mostrado instrumento fundamental para a
6
Professora da disciplina de Língua Portuguesa da E.E.J.K.
7
Projeto Político Pedagógico (pág. 14).
8
Apesar de a proposta do Ensino Médio Noturno Diferenciado, ser uma iniciativa dos professores do JK,
foi a Secretaria que acabou levando todo o mérito pela criação do ProEMI.
10

elaboração do redesenho curricular nas escolas de Ensino Médio, na


medida em que dissemina a cultura para o desenvolvimento de um
currículo mais dinâmico e flexível, que contemple a interface entre os
conhecimentos das diferentes áreas e a realidade dos estudantes,
atendendo suas necessidades e expectativas 9.

Com a expansão nacional da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, a


Escola Estadual Juscelino Kubitschek, foi uma das escolas contempladas com o projeto,
para oferecer esta modalidade de ensino, pelo fato de apresentar uma realidade positiva
em sua estrutura física, já que está localizada numa região com alta demanda de
profissionais qualificados, além de caracterizar alunos com vontade de continuar os seus
estudos, e ainda mais, por seus profissionais sentirem a necessidade de a escola oferecer
novamente o curso técnico, já que a mesma representa uma referência na produção de
trabalho de muitos assuenses, concluintes dos cursos profissionalizantes ministrados em
anos anteriores10.
Para atender a essa nova demanda, e dar segmento ao projeto do ensino técnico,
em 2010 a escola passou por uma reforma geral de grande porte, nas suas dependências,
com o custo estimado em aproximadamente R$ 1.800,000,00, garantidos pelo Programa
Brasil Profissionalizado11, no intuito de colaborar com o desenvolvimento da nova
modalidade de ensino. Mas, apesar de ter autorização para realizar atividades na
modalidade de Educação Profissional Técnica de Nível Médio desde 2011, com a
formação técnica em Manutenção e Suporte em Informática, a escola somente passou a
realizar esse tipo de atividade agora, em um período recente – de 2016 para 2017.
Já em 2017, a escola também foi comtemplada com o PIP, que nada mais é do
que
um Programa Federal de incentivo às escolas com baixo índice do IDEB 12 – apesar de
ter obtido um certo avanço, o atual índice do JK ainda se encontra abaixo da meta
estabelecida. O projeto PIP, se trata de uma verba pública de cerca de R$42.000, que a
escola recebeu do Governo Federal para a implantação do projeto da TV JK, sob o tema
“O Protagonismo Juvenil no séc. XXI”, fazendo com que se trabalhe os setores de rádio
e TV, dentro da escola, voltando a atenção para as atividades escolares, juntamente com

9
SEEC/RN, Ensino Médio Inovador: Educação que valoriza o protagonismo da Escola. Disponível em:
http://educacao.rn.gov.br/Conteudo.asp?TRAN=ITEM&TARG=52102&ACT=&PAGE=0&PARM=&L
BL=Programas. Acesso em: 21 de abr. de 2017.
10
Projeto Político Pedagógico (pág. 14).
11
Idem (pág. 23).
12
O IDEB é um indicador utilizado pelo Governo Federal, para medir a qualidade do ensino nas escolas
públicas.
11

a história e a cultura local. Este projeto veio para ser trabalhado com todo o corpo
docente
e discente do JK, contando com a ampla participação do quadro de funcionários da
escola, para que todos, sem exceção, colaborem para um melhor desenvolvimento da
mesma, fazendo com que assim os índices da qualidade de ensino melhorem no JK, para
que se
alcancem com voracidade metas mais próximas da realidade projetada.

A escola tem a missão oferecer educação de qualidade para a


comunidade, comprometendo-se em propiciar condições para uma
aprendizagem significativa que venha contribuir com a formação
integral do ser humano enquanto cidadão pesquisador, consciente dos
seus direitos e deveres, buscando assim, a construção de
conhecimentos, habilidades e atitudes, tendo como parâmetros a
concepção de mundo, sociedade e ser humano, de forma a contribuir
para a emancipação dos sujeitos e a transformação da sociedade 13.

Atualmente, a Escola Estadual Juscelino Kubitschek, é a única escola pública


que
atende a modalidade de Ensino Médio na cidade, e por se tratar de uma escola
localizada
em uma região central – que fica bem próximo do centro da cidade, que é uma região
comercial bastante movimentada – cobre alunos tanto da zona urbana, quanto da zona
rural, além de alunos advindos de comunidades circunvizinhas.

3. FASE DE OBSERVAÇÃO.

A Fase de Observação se constitui do momento em que o discente em processo


de formação, fará uso de todo aporte teórico, utilizado nas aulas, para constituir a
análise
metodológica e o conhecimento efetivo do campo de estágio. “O estágio curricular é em
si atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na
realidade, esta, sim, objeto da práxis. Ou seja, é no contexto da sala de aula, da escola,

13
Trecho retirado Projeto Político Pedagógico do JK, concernente a missão da Escola para com a
comunidade escolar assuense. (pág. 09).
12

do sistema
de ensino e da sociedade que a ´práxis se dá” (PIMENTA; LIMA, 2012, p.45)14.
Os objetivos que norteiam este momento vão desde o conhecimento do
Regimento
da Escola, do PPP da mesma, até a metodologia empregada pelos professores de
História, além de toda a vivência, diante da realidade do cotidiano escolar, englobando o
relacionamento aluno/professor, juntamente com funcionários da escola e a
comunidade. Nesse momento “o estágio, então, deixa de ser considerado apenas um dos
componentes e mesmo um apêndice do currículo e passa a integrar o corpo de
conhecimentos do curso de formação de professores” (PIMENTA; LIMA, 2012, p.45)15.
O relato de observação aqui exposto é resultado do processo de Observação do
Estágio Supervisionado, parte integrante da disciplina de Orientação Teórico-
Metodológica e Estágio Supervisionado IV do curso de História, no período de 12 de
abril a 16 de abril de 2019.

3.1 Considerações acerca do espaço escolar.

Conhecer a escola mais de perto significa colocar uma lente de


aumento
na dinâmica das relações e interações que constituem seu dia-a-dia,
apreendendo as forças que impulsionam ou que a retêm, identificando
as estruturas de poder e os modos de organização do trabalho escolar,
analisando a dinâmica de cada sujeito nesse complexo interacional.
(ANDRÉ, 1955, pág. 111 apud VEIGA, 2013, pág. 10)16.

A rotina diária de funcionamento da escola está distribuída em três turnos:


matutino, vespertino e noturno. O turno matutino – turno por nós observado – está
distribuído em cinco aulas de 50 minutos (hora/aula) cada, e um intervalo de 20
minutos, após as três primeiras aulas, e se dá entre das 7h às 11h30.
A confecção do quadro de horários de todos os turnos, também foi um trabalho
desenvolvido pela Profa. Vera Lúcia Figueiredo da Silva, que visando atender todas as
especificidades dos professores e da escola, conversou e ouviu individualmente cada
14
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio: diferentes concepções. In: Estágio
e docência. 7ª Ed. São Paulo: Cortez, 2012. (p. 45).
15
Idem (p. 55).
16
ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. A contribuição da pesquisa etnográfica para a
construção
do saber didático. Campinas, SP: Ed. Papirus, 1955. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectivas
para reflexão em torno do Projeto Político-Pedagógico. Campinas, SP: Ed. Papirus, 2013.
13

um, para que houvesse a elaboração de um horário, que atendesse todas as suas
necessidades, bem como uma melhor distribuição das aulas para que um mesmo
professor, não corra o risco de ter aula em mais de uma turma por horário.
A distribuição dos horários é um trabalho de logística bastante complicado, pelo
fato ser bastante extenso, principalmente porque ao todo são quarenta e três turmas, e
isso
exige um extremo cuidado em sua elaboração, para que não haja conflito de horários,
devendo atender a todas as demandas da escola, de acordo com suas especificações
básicas.
Sobre o espaço físico da escola, apesar haver de algumas depredações (como
janelas quebradas, ventiladores arrancados e algumas pichações), percebe-se que o
prédio está em perfeito estado de uso e conservação – já que, como falado
anteriormente, passou recentemente por uma reforma geral nas suas dependências.
Quanto a distribuição do espaço físico, a escola possui 36 salas distribuídas em 4
blocos. No primeiro bloco, situa-se a ala administrativa, composta por 13 salas, onde se
situam a sala de Arquivo, Secretaria, Almoxarifado, Gestão – onde ficam as salas de
apoio
pedagógico, coordenação e diretoria – sala dos Professores, sala de Planejamento, sala
de
Recursos Humanos, AEE17, Laboratório de Informática, sala de Vídeo, Biblioteca, sala
de Leitura (Cordelteca) e Laboratório de Ciências, respectivamente. No segundo bloco
podemos encontrar 12 salas de aula, que atendem a onze turmas
de primeira série – sendo uma de nível técnico – e uma de segunda série.
O terceiro bloco possui um número menos expressivo de salas – possuindo
apenas seis salas, onde, cinco estão ocupadas – que atende ao restante das turmas de
segunda
série, (que são seis no total), e uma de terceira série. No quarto bloco estão alocadas o
restante das turmas de terceira série (que são cinco no total), e uma de nível técnico,
além da sala da Banca, que funciona como uma espécie de supletivo, fechando um total
de seis salas ao todo.
No centro há um corredor que dá acesso à área de convivência dos alunos e
consequentemente a todos os outros blocos, ao final desse corredor identificamos, a
cantina, os banheiros masculino e feminino, um espaço que deveria ser utilizado como
17
Sala de assistência especializada, que atende a alunos com necessidades especiais.
14

refeitório, e acesso aos bebedores. A escola também conta com um auditório próprio,
onde são feitas as atividades extracurriculares da escola, tais como sábados letivos,
reuniões com os pais dos alunos, apresentações culturais, e etc.

3.2 Relato de Observação.

Iniciando assim a primeira etapa do estágio que compete a observação do


cotidiano de uma sala de aula, a fase observação teve seu início no dia 12 de abril, e seu
término no dia 16 do mesmo mês do ano 2018. Me dirigi para a Escola Estadual
Juscelino Kubistchek – parceira da UERN na realização do estágio – juntamente com
alguns colegas da universidade.
A recepção na escola foi bem agradável, já que anteriormente, havia executado
na mesma o estágio de Observação da Gestão Escolar. Neste mesmo dia, tive o primeiro
contato com Antônio Barbosa, professor de História da escola JK, colaborador de
estágio e responsável pela entrada dos estagiários na sala de aula, onde o mesmo deixou
claro que poderia contar com ele em qualquer que fosse a situação, ressaltando sempre
os desafios de ser professor de História, diante da configuração em que se encontra o
ensino de História na atualidade.

Não é suficiente, para ser professor, saber os conteúdos dos manuais e


dos tratados, conhecer as teorias da aprendizagem, as técnicas de
manejo de classe e de avaliação, saber de cor a cronologia dos
acontecimentos educativos, nomear as diversas pedagogias da história.
Para ser professor é preciso conhecer o seu papel, sua razão
profissional – ajudar os alunos a ver e compreender a realidade,
expressar-se e expressar a realidade, descobrir e assumir a
responsabilidade de ser elemento de mudança dessa realidade
(NIDELCOFF, 1985, p. 6 apud ANDRADE, 2005, p.22)18.

Durante a Observação, pude notar algumas turmas que podem ser consideradas
típicas, no que se refere ao cotidiano escolar, que posteriormente poderia gerar alguma
dificuldade para os estagiários. Essas turmas se mostraram muito complicadas para se
trabalhar em sala de aula, pelo motivo do qual os alunos não cooperam com o professor
e acabam apresentando mal comportamento quase que na sua totalidade.

18
ANDRADE, Arnon de. O Estágio Supervisionado e a práxis docente. In: SILVA, Maria Lúcia
Santos Ferreira da. (Org.) Estágio curricular: contribuições para o redimensionamento de sua prática.
Natal, RN: EDUFRN – Editora da UFRN, 2005.
15

Tal observação não pôde ser comprovada por mim durante a fase da regência,
pois as turmas que fiquei sob minha responsabilidade, não detinham grandes
perturbações, a não ser em casos minimamente e meramente isolados, que por ventura,
não afetaria o processo de lecionar. Nesse caso, a composição da turma quanto ao
aspecto comportamental foi bastante significativo, e chego até a dizer que me
surpreendeu, já que no que se refere as turmas da 2ª série “C” e “D”, percebeu-se que
nessa fase os alunos prestam um pouco mais de atenção, além de serem mais
participativos, do que os alunos das 2ª séries “A” e “B” por exemplo, onde os alunos são
bem mais dispersivos e prestam pouca atenção às aulas, o que por consequência acaba
levando-os a ter um baixo rendimento escolar, além de dificultar o trabalho docente.

4. FASE DE PLANEJAMENTO.

A fase do planejamento foi dispensada exclusivamente para elaboração do


material didático, onde foi feito todo o planejamento dos conteúdos que seriam
aplicados nas aulas, pois segundo os PCN’s, “o conteúdo deve visto como meio para
que os alunos desenvolvam as capacidades que lhes permitam produzir e usufruir dos
bens culturais, sociais e econômicos, ou seja, conteúdos para que possam enriquecer
cada vez mais os conhecimentos daqueles adolescentes”19.
Segundo Garcia (2011), o professor deve lidar com os conteúdos como se
fossem:

[...]artefatos incorporados ao trabalho escolar, os materiais didáticos


contribuem para estabelecer algumas das condições em que o ensino e
a aprendizagem se realizam e, nesse sentido, eles têm uma grande
importância e podem cumprir funções específicas, dependendo de
suas características e das formas pelas quais eles participam da
produção das aulas. (GARCIA, 2011, p .8)20.

O professor colaborador me deu total autonomia para a realização das atividades


em sala, desde que não fugisse dos conteúdos pré-programados por ele, que eram os
conteúdos que posteriormente seriam base das avaliações do bimestre vigente.

19
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
20
GARCIA, Tânia Braga. Materiais Didáticos. Jornal do Professor. 56ª edição. 2011. Disponível em:
Acesso em: 08 de julho de 2018.
16

Os planos tiveram como alvo, em primeiro lugar atender a proposta curricular da


escola para as 2ª séries respectivamente, em segundo lugar atender ao pensamento sobre
o saber docente da estagiária. Os planos foram construídos a partir de discussões
teóricas oriundas da formação acadêmica até o 8º período, juntamente com diálogos
mantidos com o professor colaborador de estágio.
A cada atividade realizada pude perceber a animação e a participação de alguns
alunos, os quais estavam sempre ativos durante a realização delas, me colocando desde
o início a disposição desses alunos, para ouví-los, sobre as suas necessidades e suas
opiniões sobre a minha prática docente. Em contrapartida, também é bastante evidente a
total falta de interesse, por parte de alguns alunos, em relação ao ensino de história, por
julgarem uma disciplina “desnecessária” aos seus interesses futuros, ou até mesmo por
considerarem “chata”, ressaltando com esse tipo de pensamento, as muitas dificuldades
que nós professores de História, encontramos diariamente no cotidiano escolar.
O que fica é que devemos procurar mostrar para esses alunos o valor que há
dentro do ensino de história, não somente como matéria decorativa para passar no
ENEM, procurando dessa forma evidenciar “a concepção de “História como arma”, ou
seja, de atribuir ao estudo e ao ensino de História a função de instrumento realizador das
transformações sociais”. (PEDROSO; ANDRADE, 2014, p.368).

5. FASE DE REGÊNCIA.

A fase de regência sempre é uma das mais esperadas em todo o estágio, pois é
nesta fase em que o discente, agora na posição de docente fará uso das informações
colhidas na observação, das especificidades de cada turma, do trabalho elaborado e
pensado na fase do planejamento para atingir um objetivo especifico.

5.1 Relato da Regência.

Julgo que esta fase demanda que nós, alunos em formação, tenhamos a
capacidade de flexibilizar os planos propostos, visando sempre, que imprevistos
acontecem durante a execução dos planos. No período de observação, visitei cinco
turmas de 2ª série, porém no final da observação e início da fase de regência, passei a
atuar diretamente em apenas duas turmas. Diante dessa perspectiva, havia pouco prazo
para a execução completa do calendário proposto, e nosso temor seria de não cumprir os
17

prazos recomendados no TCE, com isso tivemos que redimensionar o calendário de


estágio, priorizando sempre a fase da regência.
É importante ressaltar que em algumas aulas tínhamos que retomar o assunto
diversas vezes para que alunos compreendessem a proposta de trabalho que tínhamos
desenvolvido durante o planejamento, essa situação se deve ao fato da impossibilidade
de se conhecer todos os alunos individualmente, devido ao grande número de alunos
distribuídos por sala – cerca de 30 a 40 alunos – e também ao pouquíssimo tempo que
tínhamos para estar em sala. Outro fator recorrente é a evidente falta de compromisso
por parte de alguns alunos para com as aulas de história, onde muitos comparecem
apenas esporadicamente.
O desenvolvimento do estágio de forma individual, obteve para mim um
aproveitamento positivo, pois os planos foram executados de forma intercalada,
revezando entre conteúdo e vídeo-aulas, pratica possibilitou que os alunos em algum
momento estivessem concentrados nas aulas.
O relacionamento com o professor Alfredo Neto no papel de co-formador neste
período de estágio foi altamente produtivo, e julgo que não tenham ficado lacunas
durante o processo formativo.
Muito embora haja circunstancias que viessem a impossibilitar a execução do
estágio, devidamente justificadas por fatores que vão desde a uma carga horária bem
diversificada, feriados, pontos facultativos, paralisações, recessos, entre outros. Mesmo
que esses fatores tenham impedido um trabalho um pouco mais cooperativo entre
professor formador e aluna em formação, julgo que o processo como um todo,
contribuiu de forma positiva para a minha formação, não havendo nada que desabone a
conduta docente. Restando-nos uma gama de questionamentos sobre o exercício da
docência, percebemos, porém, que o estágio não é feito apenas de dúvidas, mas também
de amadurecimento de práticas embrionárias iniciadas nos seminários das disciplinas
teóricas. Para além, restam-nos também as certezas, e a primeira delas é o compromisso
que devemos ter com a prática do ensino de História, e posteriormente que o fazer
docente deve ser perpassado pelo compromisso metodológico.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

O estágio realizado por mim na E.E.J.K, acabou se transformando numa


experiência
18

desafiadora, que transcendeu todas as minhas expectativas, pois eu tinha um olhar


totalmente diferente do processo. O estágio em si me proporcionou uma vivência para
além da experiência vivida com meus colegas, de obter um conhecimento que jamais
teria
em outro lugar, pois a receptividade e o carinho dos professores de História, dos demais
funcionários e dos alunos para conosco, foi imprescindível para que pudéssemos
realizar um projeto de observação e docência, com tranquilidade e clareza.
De acordo com o desenvolvimento do estágio, pude chegar à constatação de que
qualquer instituição social, especificamente a escolar é uma instituição intrinsecamente
política e ideológica, e por isso não poderíamos pôr em prática o resultado de nossas
“reflexões” sem levar em conta a estrutura organizacional da instituição de ensino,
como também o que nos orientava a Resolução nº 36/2010 do CONSEPE que
regulamenta o estágio nas licenciaturas21.
Contribuiu por tanto, de maneira significativa para a minha formação acadêmica,
como futura professora de História, pois pude adquirir conhecimento diferente do que
havia adquirido no estágio III, referente ao ensino fundamental, trazendo para o ensino
médio uma vivencia melhor, pois é nesse período que vivenciamos a prática da docência
com alunos mais conscientes de seu papel e de suas representações, fazendo com que o
conhecimento seja sempre perpassado com mais fluidez. “As representações sociais
sobre História revelam, então, grande importância: sendo uma teoria do senso comum,
construída coletivamente, ela influencia as práticas sociais no espaço escolar”.
(PEDROSO; ANDRADE, 2014, p.370).
O estágio permite também a aplicação das teorias estudadas na Universidade
colocando-as em prática na escola parceira, onde a realidade do ensino que muitos
viram ao longo desses dias, é que não é aquela que queremos, mas sim a realidade como
ela verdadeiramente é, nua e crua.
Por fim, as práticas empreendidas nas fases de observação, elaboração do
material didático e regência contribuíram de forma positiva para minha formação, além
disso, oportunizaram um treinamento para o futuro exercício da carreira docente, onde
pude perceber a real importância do estágio em sala de aula, pois ele nos proporcionou,
vivenciar na prática como se dá a rotina de um professor da rede pública de ensino e
também a termos, ainda mais esperança em nós, nos nossos alunos, e também em uma

21
Resolução n° 36/2010-CONSEPE. Regulamenta o Estágio Curricular Supervisionado nos Cursos de
Licenciatura da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
19

educação de qualidade no futuro, e numa melhor valorização do ensino de História, pois


sabemos que é somente através da educação que podemos mover o mundo.

_______________________________

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. Por um ensino que deforme: o docente na
pós-modernidade.

ANDRADE, Arnon de. O Estágio Supervisionado e a práxis docente. In: SILVA,


Maria Lúcia Santos Ferreira da. (Org.) Estágio curricular: contribuições para o
redimensionamento de sua prática. Natal, RN: EDUFRN – Editora da UFRN, 2005.

ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. A contribuição da pesquisa etnográfica


para a construção do saber didático. Campinas, SP: Ed. Papirus, 1955, p.111. In:
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectivas para reflexão em torno do Projeto
Político-Pedagógico. Campinas, SP: Ed. Papirus, 2013, p.10.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:


Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.

DUTRA, Maria da Conceição Farias da Silva Gurgel. O Curso Normal de 1º Ciclo em


Assu/RN (1951-1971). 2011. 170 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011.

FONSECA, Selva G. A formação dos professores de História. In: Didática e Prática


de
Ensino de História. 11ª Ed. Campinas, SP: Papirus, 2003. p. 111-143.

GARCIA, Tânia Braga. Materiais Didáticos. Jornal do Professor. 56ª edição. 2011.
Disponível em: Acesso em: 08 de junho de 2016.

LUCK, Heloisa. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Editora


Positivo, 2009. Planejamento e organização do trabalho escolar (p. 31-42); Gestão
Administrativa (p. 105-114).
20

MOSSORÓ. Resolução n° 36/2010-CONSEPE. Regulamenta o Estágio Curricular


Supervisionado nos Cursos de Licenciatura da Universidade do Estado do Rio Grande
do Norte e revoga a Resolução nº 4/98 – CONSEPE. Disponível em:
˂http://www.uern.br/controledepaginas/documentoslegislacaoensino/arquivos/
0065nova_2_resolucao_36_2010_consepe.pdf˃. Acesso em: 17 de junho de 2018.

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio: diferentes


concepções. In: Estágio e docência. 7ª Ed. São Paulo: Cortez, 2012. p. 31-58.

SEEC/RN. Secretaria Estadual da Educação e da Cultura do Rio Grande do Norte.


Programa do Ensino Médio Inovador: Educação que valoriza o protagonismo da
Escola. Disponível em: http://educacao.rn.gov.br/Conteudo.asp?
TRAN=ITEM&TARG=52102&ACT=&PGE=0&PARM=&LBL=Programas. Acesso
em: 21 de junho de 2018.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectivas para reflexão em torno do Projeto


Político-Pedagógico. In: VEIGA, Ilma P. Alencastro; RESENDE, Lúcia Maria
Gonsalves de (Orgs.). Escola: Espaço do Projeto Político-Pedagógico. Campinas, SP:
Ed. Papirus, 2013. p. 09-32.

PEDROSO, Carina Cavaletti de C. & ANDRADE, Márcia Siqueira de. Representações


sociais sobre história por jovens e adultos. Psicologia & Sociedade; 26(2), (2014)? -?
21

8. ANEXOS.

Anexo: Trecho do Projeto Político Pedagógico do JK, no tocante a


missão, visão e finalidade e função social da escola (p. 09-10).
2.3. MISSÃO
A escola tem a missão oferecer educação de qualidade para a comunidade,
comprometendo-se em propiciar condições para uma aprendizagem significativa que
venha contribuir com a formação integral do ser humano enquanto cidadão pesquisador,
consciente dos seus direitos e deveres, buscando assim, a construção de conhecimentos,
habilidades e atitudes, tendo como parâmetros a concepção de mundo, sociedade e ser
humano, de forma a contribuir para a emancipação dos sujeitos e a transformação da
sociedade.

2.4. VISÃO
Sermos reconhecidos pela qualidade dos serviços realizados e oferecidos à sociedade,
prezando pelos valores familiares; a ética do trabalho em equipe e organização interna;
contribuindo para a aprendizagem significativa colocando para o mercado externo,
alunos preparados para lidar com a adversidade da vida e para o trabalho.

2.5. FINALIDADE
“A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
(Art. 2º da Lei nº 9.394, de 20/12/96).

2.7. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA


Atualmente foi dada a escola muitas responsabilidades dentre elas estar a de formar
cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos e deveres, capazes
de compreender a realidade em que vivem preparados para participar da vida econômica,
social e política do país e aptos a contribuir para a construção de uma sociedade ética. A
22

função básica desta também é garantir a aprendizagem do conhecimento, habilidades e


valores necessários à socialização do indivíduo. Estas aprendizagens devem
constituir-se em instrumentos para que o estudante compreenda melhor a realidade que o
cerca, favorecendo sua participação em relações sociais cada vez mais amplas,
possibilitando a leitura e interpretação das mensagens e informações que hoje são
amplamente veiculadas nos meios virtuais, preparando-o para a inserção no mundo do
trabalho e para a intervenção crítica e consciente na vida pública.

É necessário que a escola propicie o domínio dos conteúdos culturais básicos, da leitura
e da escrita, das ciências, das artes, e da pesquisa de cunho científico. Sem estas
aprendizagens, dificilmente ele poderá exercer seus direitos de cidadania. A instituição
escolar, portanto, tem o compromisso social e histórico de ir além da simples
transmissão do conhecimento sistematizado, preocupando-se em dotar o aluno da
capacidade de buscar
informações segundo as exigências de seu campo profissional ou de acordo com as
necessidades de desenvolvimento individual e social.

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