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Instituto Mineiro de Educação à Distância

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu


Coordenação Pedagógica e Planejamento

DANYELLE CRYSTINA FERNANDES

A IMPORTÂNCIA DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA NAS ESCOLAS


MUNICIPAIS RURAIS DE DIAMANTINA, QUE ATENDEM AOS ANOS INICIAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TURMAS CICLADAS.

Diamantina-MG
2019
DANYELLE CRYSTINA FERNANDES

A IMPORTÂNCIA DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA NAS ESCOLAS


MUNICIPAIS RURAIS DE DIAMANTINA, QUE ATENDEM AOS ANOS INICIAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TURMAS CICLADAS.

Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu, do


Instituto Mineiro de Educação à Distância, como requisito
parcial para obtenção do Título de Especialista em
Coordenação Pedagógica e Planejamento.

Diamantina-MG
2019
RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo provocar discussão acerca da importância da


coordenação pedagógica nas escolas municipais rurais do município de Diamantina, que
atendem aos anos iniciais do ensino fundamental, em turmas cicladas, ou seja, escolas que
atendem os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, no mesmo horário e na mesma sala
de aula, com o mesmo professor ministrando, para todos, as disciplinas referentes a cada
turma, concomitantemente; tal situação ocorre por conta do baixo número de alunos por
enturmação na região da Escola.

Palavras-chave: Coordenação Pedagógica. Escolas Cicladas. Ensino Fundamental. Escolas


Rurais.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5

1. AS ESCOLAS CICLADAS DE DIAMANTINA ............................................................... 6

2. COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA ................................................................................... 7


2.1. A Coordenação Pedagógica no Município de Diamantina ............................................. 9
2.2. O papel do Coordenador Pedagógico nas Escolas Municipais Rurais de Diamantina,
que atendem aos anos iniciais do Ensino Fundamental em Turmas Cicladas ..................... 11

CONCLUSÃO......................................................................................................................... 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 12


5
INTRODUÇÃO

A despeito da experiência pedagógica ou de vida colaborarem, significativamente, na


prática pedagógica eficaz e eficiente, sabe-se que esta experiência “di per si” não tem o
condão de garantir tal efetividade; deste modo, há que se buscar, cotidianamente, refletir
sobre o que se faz e como se opera o fazer educacional, no processo ensino-aprendizagem,
tendo em vista o caráter dinâmico da sociedade que tem seus reflexos na escola e vice-versa.
Conforme leciona GANDIN (1997) “As experiências não vêm de se ter vivido muito, mas de
se ter refletido intensamente sobre o que se fez e sobre as coisas que aconteceram”.
Contemplar-se-á, no presente artigo, breve reflexão sobre a importância do trabalho da
Coordenação Pedagógica nas Escolas Municipais Rurais de Diamantina, principalmente nas
Unidades Escolares que atendem turmas cicladas dos anos iniciais do ensino fundamental, vez
que essas contam, na sua maioria, com apenas um professor e um servente escolar na escola,
em razão do ínfimo número de matrículas em cada um dos anos iniciais, resultando na
necessidade de junção das turmas. Por consequência, o poder público considera inviável ou
inoportuna a nomeação de um Coordenador para as referidas Escolas. Entretanto, a figura
deste profissional é reclamada pela comunidade escolar como de fundamental importância
para o andamento pleno e coerente do processo ensino-aprendizagem nas Escolas Cicladas1.
Para desenvolvimento do presente estudo, utilizar-se-á pesquisa bibliográfica, coleta
de informações junto à Secretaria Municipal de Educação de Diamantina, na Diretoria de
Políticas Pedagógicas e de Formação, realizando, na medida do possível, análise de
documentos junto à Coordenação do Ensino Fundamental, bem como na Gerência de
Documentos e Registros e no setor de Inspeção Escolar.
Importante ressaltar, nesse momento, que nas Escolas Municipais de Diamantina, que
não possuem Direção ou Coordenação, a responsabilidade pelo nelas desenvolvido compete à
Inspeção Escolar e à Gerência de Documentos e Registros, com suporte da Diretoria de
Políticas Pedagógicas e de Formação.
Para exemplificar o presente trabalho, utilizar-se-ão dados da Escola Municipal de
Pinheiro, no Povoado de Pinheiro, Distrito de São João da Chapada, localizada a
aproximadamente 13km de distância da sede, do município.
Para melhor entendimento, necessário se faz expor, brevemente, a realidade da
Educação no Município de Diamantina, com suas Escolas Municipais Cicladas e sobre a
Coordenação Pedagógica municipal.

1
Escolas Cicladas é o termo utilizado pela Educação para as Escolas que atendem as turmas dos anos iniciais do
ensino fundamental em mesma sala, mesmo horário, com mesmo professor.
6
1. AS ESCOLAS CICLADAS DE DIAMANTINA

A Rede Municipal de Ensino de Diamantina contou, no ano de 2017, com 36 unidades


educacionais, sendo 12 Centros Municipais de Educação Infantil e 24 Escolas Municipais, as
quais atendem da Creche, modalidade da Educação Infantil, ao 9º ano do Ensino
Fundamental. Algumas dessas Unidades Escolares atendem da educação infantil aos anos
finais do ensino fundamental, algumas da educação infantil aos anos iniciais, outras apenas a
educação infantil, ou exclusivamente os anos iniciais2.
Com base no inciso VII do artigo 206 da Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988, “a Educação, direito de todos e dever do Estado e da Família”3 deve ser
garantida, dentre outros princípios, com qualidade.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: (...)
VII - garantia de padrão de qualidade.4 (Grifo nosso)

Das 36 Unidades Escolares Municipais de Diamantina, 19 não possuem Diretor ou


Coordenador ou Supervisor Escolar; destas, 04 atendem apenas a educação infantil, 11
atendem apenas aos anos iniciais, 04 atendem a educação infantil e aos anos iniciais.
As referidas Escolas, consequentemente, necessitam do acompanhamento, permanente
e reiterado, da Coordenação Pedagógica. Estas Escolas são: a Escola Municipal Algodoeiro,
Escola Municipal Baixadão, Escola Municipal Batatal – atende Educação Infantil e Ensino
Fundamental, Escola Municipal Córrego Fundo, Escola Municipal Covão, Escola Municipal
José Alacoque Alves Pereira, Escola Municipal Nathália Jesus Silva SE5 Extração – atende
Educação Infantil e Ensino Fundamental, Escola Municipal Pedro Baiano, Escola Municipal
Pinheiro – atende Educação Infantil e Ensino Fundamental, Escola Municipal Quartel do
Indaiá, Escola Municipal Quebra Pé, Escola Municipal Quebra Pé SE Calumbis, Escola
Municipal Rogério Firmino Lopes SE Mão Torta, Escola Municipal Rogério Firmino Lopes
SE Riacho da Porta e Escola Municipal de Sopa SE Guinda – atende Educação Infantil e
Ensino Fundamental6.

2
FERNANDES, Danyelle Crystina. Transporte Escolar Público: a Lei nº 12.796 de 2013 versus a realidade do
município de Diamantina. Trabalho de Conclusão de Curso. UEMG – Unidade Diamantina. 2017.
3
FERNANDES. 2017.
4
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acessado em: maio 2019.
5
SE significa segundo endereço; termo utilizado para ligar uma Escola que não possui autorização de
funcionamento a uma Escola autorizada.
6
Prefeitura Municipal de Diamantina. Secretaria Municipal de Educação. Gerência de Documentos e
Registros.
7
Cabe ressaltar que, em algumas das Unidades Rurais, mesmo com a presença do
Diretor ou Coordenador, por conta do baixo número de alunos na comunidade, existem
turmas cicladas, tendo, a todo o momento, a presença e o trabalho do Coordenador
Pedagógico, seja na figura do Supervisor Escolar ou do Coordenador Geral da Secretaria
Municipal.

2. COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

“A Pedagogia, na verdade, não estuda os sistemas de educação, mas reflete sobre


eles, para fornecer à atividade do educador as ideias que o orientam”. (DURKHEIM,
1985. p. 79)

Coordenação Pedagógica é o trabalho prestado por profissional da educação


competente para “analisar, argumentar, criticar e propor métodos alternativos ao trabalho
desenvolvido pela instituição conforme a política educacional vigente”7, tonando-se,
juntamente com os demais profissionais da Unidade Escolar, os intérpretes responsáveis pelo
desenvolvimento e prática do Projeto Político Pedagógico - PPP.
A função de coordenação pedagógica se dá como “assessoria permanente e continuada
ao trabalho dos professores”8, visando o trabalho coletivo, no ambiente escolar, de
fundamental importância para melhor resultado em todas as tarefas, com fulcro no
“desenvolvimento do aluno e na adaptação deste com o ambiente”9.

O trabalho coletivo é algo que precisa ser melhorado para que as decisões sejam
tomadas com mais democracia e menos desgaste entre as partes, pois os resultados
apresentados pela escola, o desempenho escolar, é de responsabilidade geral dos
membros da escola10.

Dentre os diversos deveres do Coordenador Pedagógico, a de mediador de conflitos


não fica de fora, papel importante que, dependendo da localidade da Unidade Escolar, pode
ultrapassar os limites escolares, alcançando o âmbito familiar.
A Coordenação Pedagógica do Município de Diamantina concentra-se na sede da
Secretaria Municipal de Educação, no Centro Administrativo da Prefeitura Municipal;
administra as 36 unidades escolares, havendo ou não Direção, Coordenação ou Supervisão
Escolar. Porém, como já dito, analisar-se-ão, no presente trabalho, as Escolas que ofertam os
7
SILVA, Juliene Maria Neves da. Coordenação Pedagógica: da informação à formação. Disponível em:
http://www2.seduc.mt.gov.br/-/coordenacao-pedagogica-da-informacao-a-formac-1. Acessado em: maio de
2019.
8
CURSOS 24 horas. Curso de Coordenação Pedagógica. Cursos Online. Disponível em
https://www.cursos24horas.com.br/cursos/coordenacao-pedagogica/. Acessado em: maio de 2019.
9
CURSOS 24 horas. Internet.
10
SILVA. Internet.
8
anos iniciais do ensino fundamental, em turmas cicladas e que não possuem direção,
coordenação ou supervisão na Escola.
O trabalho da Coordenação Pedagógica municipal se dá através de acompanhamento
dos professores, do material pedagógico, dos planos de ensino e, principalmente, das
dificuldades diárias, enfrentadas pela comunidade escolar.
A Secretaria Municipal de Educação de Diamantina encerrou o ano de 2017 com 19
Supervisores Escolares, entre efetivos e contratados, que atuam diretamente nas Unidades
Escolares, em parceria com a Diretoria de Políticas Pedagógicas e de Formação. Tais
servidoras estão distribuídas em 15 Unidades Escolares.
Em consonância com as legislações vigentes sobre Educação de qualidade,
Diamantina tem, no Plano Municipal de Educação, Lei nº 3880 de 22 de junho de 2015, a
meta 21, que solicita a contextualização do ensino, conforme a realidade da comunidade
escolar, devendo o município ampliar a oferta desse ensino até 2024.

Meta 21: Ampliar, até 2024, as Escolas do Campo com oferta de ensino
contextualizado na realidade das populações do campo, das comunidades mais
carentes do município de Diamantina (...)11.

Ou seja, cabe à Coordenação Pedagógica articular projetos e programas a fim de


garantir às Escolas da área rural o ensino de qualidade, conforme suas realidades.
O trabalho realizado nas Unidades Escolares se dá através de encontros com os
Professores, visando ouvir e auxiliar nas dificuldades da região da Escola, pois em muitas das
comunidades a única atividade existente é a Escola, o que a torna “responsável social” pela
Comunidade; ou seja, há localidades em que a Escola é a única fonte de sustento das crianças.
Corroborando com o assunto responsabilidade social, Maria Amélia Santoro Franco,
no artigo “Coordenação Pedagógica: uma práxis em busca da sua identidade”, retrata como
extensão da função pedagógica

(...) organizar espaços, tempos e processos que considerem: que as práticas


educativas e pedagógicas só poderão ser transformadas a partir da compreensão dos
pressupostos teóricos que as organizam e das condições dadas historicamente; que a
prática, como atividade sócio-histórica e intencional, precisa estar em constante
processo de redirecionamento, com vistas a se assumir em sua responsabilidade
social crítica. Caberá à tarefa pedagógica na escola funcional como a interlocutora
das teorias implícitas nas práxis, e ser a mediadora de sua transformação, para fins
cada vez mais emancipatórios12.

11
Prefeitura Municipal de Diamantina. Lei nº 3.880 de 22 de junho de 2015. Aprova o Plano Municipal de
Educação - PME e dá outras providências. Disponível em: http://diamantina.mg.gov.br/wp-
content/uploads/2015/06/LEI-N---3880-DE-22-DE-JUNHO-DE-2015-PLANO-DECENAL-MUNICIPAL-DE-
EDUCA----O.pdf. Acessado em: maio de 2019.
12
FRANCO, Maria Amélia Santoro. Coordenação Pedagógica: uma práxis em busca de sua identidade. Revista
Múltiplas Leituras, v. 1, n. 1, pp. 117-131, jan./jun. 2008. Disponível em:
9
2.1. A Coordenação Pedagógica no Município de Diamantina

A Coordenação Pedagógica da rede municipal de ensino de Diamantina tem por


escopo auxiliar seus Professores e Supervisores no fazer educacional, e para tal, os ouve,
analisa a situação e os orienta, adequando o trabalho da melhor forma, à realidade da
comunidade.
Cabe salientar que a função de coordenador pedagógico não é fácil; mas, se feita com
coerência, compromisso e ética, torna-se frutificante, pois das ações coletivas tendem brotar
esclarecimentos satisfatórios a toda a comunidade escolar, pois a ação da coordenação
ultrapassa relação coordenador-professor, abrangendo coordenador-aluno e coordenador-
família.
Maria Amélia Santoro Franco explicita que a

(...) tarefa de coordenar o pedagógico não é uma tarefa fácil. É muito complexa
porque envolve clareza de posicionamentos políticos, pedagógicos, pessoais e
administrativos. Como toda ação pedagógica, esta é uma ação política, ética e
comprometida, que somente pode frutificar em um ambiente coletivamente engajado
com os pressupostos pedagógicos assumidos13.

Tosquelles (1984) apud Maria Amélia Santoro Franco fala sobre as diferenças entre a
prática e a práxis, tendo em vista serem atuações de épocas distintas.

A práxis não é uma prática. Convém não se enganar a esse respeito. A práxis é
elaboração coletiva, num grupo, das práticas vividas no quotidiano. A prática pode
se situar no plano das elaborações primárias do pensamento, a práxis não. Ela
pressupõe um coletivo: um coletivo articulado, nunca massificado ou aglutinado 14.

E complementa Maria Amélia Santoro Franco

A perspectiva da práxis é a de uma ação que cria novos sentidos. (...) A práxis como
exercício pedagógico permite ao sujeito, enquanto sujeito histórico e coletivo,
acessar os caminhos de sua autonomia15.

A título de exemplo tem-se, no município de Diamantina, a Escola Municipal José


Alacoque Alves Pereira, situada em região Quilombola, onde a Professora é regente de 04
alunos, sendo 01 do 1º ano e 03 do 3º ano do Ensino Fundamental, atua de forma diferenciada

https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/%20ML/article/viewFile/1176/1187%3E. Acessado
em: maio de 2019.
13
FRANCO. Internet.
14
Ibidem.
15
Ibidem.
10
do Professor regente da Escola Municipal de Pinheiro, que atende 13 alunos, sendo 02 do 2º
ano, 04 do 3º ano, 03 do 4º ano e 04 do 5º ano16.
O artigo publicado no site gestaoescolar.org.br intitulado “Coordenador Pedagógico: o
que fazer e o que não fazer” elenca algumas atribuições que o Coordenador deve ou não
exercer17, como se segue: 1- Garantir a realização semanal do horário de trabalho
pedagógico coletivo: sendo o conhecido horário extraclasse, momento de encontro do grupo
escolar, para discussões relacionadas ao pedagógico e análise da situação dos alunos e/ou
turmas; 2- Organizar encontros de docentes por áreas e por série: tal procedimento não é
muito comum na rede municipal de ensino por haver apenas 30 professores de disciplinas
especificas, distribuídos em 3 unidades escolares que atendem do 6º ao 9º anos do Ensino
Fundamental, situadas na área rural do município. Cabe ressaltar que alguns desses
profissionais também atuam no Programa Educação Patrimonial, em parceria com a
Secretaria Municipal de Cultura, Patrimônio e Turismo; 3- Dar atendimento individual aos
Professores: encontro realizado sempre que necessário, por solicitação da Diretoria de
Políticas Pedagógicas e de Formação ou por necessidade do próprio Profissional; 4- Fornecer
base teórica para nortear a reflexão sobre as práticas: fornecida ao longo do ano,
conforme distribuição legal, ou conforme necessidade e solicitação dos professores; 5-
Conhecer o desempenho da escola em avaliações externas.
Em relação a tais atribuições pode-se afirmar que a equipe pedagógica da Secretaria
Municipal de Educação de Diamantina trabalha em conjunto com as Escolas, durante todo o
tempo, conhecendo seus resultados através das avaliações externas, elaboradas pela Secretaria
de Estado de Educação de Minas Gerais que, conforme gabarito fornecido por eles, dando o
resultado real da situação de aprendizado de cada aluno, posteriormente lançadas no sistema –
SIMAVE, que, dará possibilidade de comparação de notas entre Escolas e Municípios. Após
esse resultado, iniciar-se-á nas Unidades Escolares, o processo de intervenção pedagógica, se
necessário; momento em que ocorre a atuação do Coordenador Pedagógico, em parceria com
o Professor regente, visando melhorar o processo de aprendizagem dos alunos.
Quanto às atribuições sugeridas pelo artigo citado, sobre o que o Coordenador
Pedagógico não deve fazer, tem-se as observações abaixo, conquanto se entenda que o
Coordenador Pedagógico deve ser amigo da Escola, podendo, sempre que possível, auxiliar
nas atividades escolares, visando sempre o bem do aluno18. 6- Conferir se as classes estão

16
Prefeitura Municipal de Diamantina. Secretaria Municipal de Educação. Gerência de Documentos e
Registros.
17
PAULINA, Iracy; SERPA, Dagmar. Coordenador Pedagógico: o que fazer e o que não fazer. Disponível em:
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/491/coordenador-pedagogico-o-que-fazer -e-o-que-nao-fazer. Acessado
em: maio de 2019.
18
PAULINA, Iracy; SERPA, Dagmar. Internet.
11
organizadas e limpas antes das aulas: competência dos profissionais de limpeza escolar,
chamados Serventes Escolares ou Auxiliares de Serviços da Educação Básica; 7- Fiscalizar a
entrada e a saída de alunos: não sendo prioridade, pode ajudar na organização da Escola,
mesmo sabendo não ser sua obrigação; 8- Visitar empresas do entorno para fechar
parcerias: salvo se tais parcerias forem para projetos pedagógicos, não se vê problema
algum; 9- Substituir Professores que faltam: deve-se, sempre que solicitado, auxiliar a
direção a resolver o problema; 10- Cuidar de questões administrativas, financeiras e
burocráticas em geral: porém, sabendo-se das dificuldades de contratação de servidores,
principalmente pelos municípios, necessário se faz que o Coordenador Pedagógico seja um
parceiro da direção, pois uma Escola não se faz sozinha, e a finalidade do trabalho de todos
deve ser o bem do aluno. Necessária, portanto, a ajuda do Coordenador Pedagógico, desde
que não se esqueça de suas atribuições específicas.

2.2. O papel do Coordenador Pedagógico nas Escolas Municipais Rurais de Diamantina,


que atendem aos anos iniciais do Ensino Fundamental em Turmas Cicladas

“Coordenar práticas pedagógicas além de se fazer presente nas situações cotidianas


da escola, engloba estar atualizado com as políticas e orientações educacionais”.
(SILVA, 2014)

O trabalho da Coordenação Pedagógica é fundamental, pois, é um dos responsáveis


pelo andamento pedagógico da unidade escolar.
Mesmo com as dificuldades de se chegar até à Escola, por conta da atual crise
financeira, pela qual passa o país, e por conta da distância das Escolas da Sede do Município
de Diamantina, a equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Diamantina atende os
profissionais de forma rápida e precisa, pois muitas vezes as viagens ocorrem em conjunto
com outros setores da Secretaria Municipal de Educação, (situação que visa economia
financeira), ou mesmo de outras Secretarias Municipais.
No tocante à Escola utilizada como exemplo, no presente artigo, em relação às
orientações repassadas pela Coordenação Pedagógica, na Escola Municipal de Pinheiro o
Professor relatou dificuldades com um aluno do 5º ano do Ensino Fundamental, que tinha
comportamento agressivo e falta de atenção às aulas. Foi orientado a realizar um trabalho
diferenciado com esse aluno, não importando as metas previstas, naquele momento. Iniciou-se
o trabalho no segundo semestre letivo de 2015, e o aluno chegou, ao final do ano letivo,
melhor tanto no comportamento quanto em relação a aprendizagem.
12
Segundo relatos do Professor regente da Escola Municipal de Pinheiro, ele sente falta
de uma coordenação mais presente, que o oriente com mais frequência; assevera que as
orientações recebidas foram importantíssimas, principalmente no que se refere a conflitos
com familiares dos alunos.

CONCLUSÃO

Conclui-se, portanto, pela indispensabilidade do Coordenador Pedagógico, bem como


de sua participação efetiva com ética, compromisso, respeito e coerência, na comunidade
escolar, junto aos profissionais, alunos e família.
A importância da coordenação pedagógica nas Escolas Municipais Rurais de
Diamantina, que atendem aos anos iniciais do Ensino Fundamental, em Turmas Cicladas,
configura-se indiscutível, quando se tem por escopo a oferta de uma Educação com qualidade,
onde quer que se encontre o aluno, sujeito de direitos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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http://www.revistaeducacao.com.br/os-4-principais-desafios-do-coordenador-pedagogico/.
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13

FERNANDES, Danyelle Crystina. Transporte Escolar Público; a Lei nº 12.796 de 2013


versus a realidade do município de Diamantina. Trabalho de Conclusão de Curso. UEMG –
Unidade Diamantina. 2017.

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identidade. Revista Múltiplas Leituras, v. 1, n. 1, pp. 117-131, jan./jun. 2008. Disponível em:
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Prefeitura Municipal de Diamantina. Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de


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Prefeitura Municipal de Diamantina. Secretaria Municipal de Educação. Gerência de


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