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Análise da Performance

Indicadores de
Performance

Bibliografia:
- BKM, Investments, Chpt 24
- Sebenta de Investimentos
Porquê analisar a performance?

Investidores procuram as melhores oportunidades de


investimento
Tendem a correlacionar desempenhos passados com
desempenhos futuros
Desempenhos passados determinam frequentemente as
decisões de investimento futuras (extrapolation bias, W.
Sharpe)

Institucionais (IF) também se preocupam em avaliar a


performance
por razões internas e
por razões externas
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Análise da performance: 4 fases

A análise da performance pode ser decomposta em


quatro passos:

Cálculo da rendibilidade e do risco

Identificação do benchmark relevante

Quantificação da performance (indicadores)

Análise qualitativa da performance

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Benchmarks
Benchmark é a referência com a qual a performance do portfolio
em análise deverá ser comparada
Índices de mercado (acções, obrigações,…)
Fundos de características similares (peer groups)
Carteira teórica definida pelo fundo

Benchmark: características desejáveis


Adequado
Exequível e Acessível
Independente
Não ambíguo

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Benchmarks

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Risk-adjusted performance
Higher returns are associated with higher risk

Risco deve ser considerado na medição da performance

A teoria financeira postula a variância (σ 2) como medida de


risco total, todavia pouco relevante quando se trata de portfolios
bem diversificados

Risco sistemático: 𝛽!" 𝜎#


"

𝜎!" = 𝛽!" 𝜎#
"
+ 𝜎$"!
Risco específico: s e2
P

nos quais o risco específico tende a ser nulo.

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Indicadores de performance: Indice de Sharpe

Excesso de rendibilidade por unidade de risco total

Quanto mais elevado, maior a rendibilidade do fundo para o


nível de risco incorrido e, bem assim, maior a performance
obtida
RP - Rf
SP =
sP
Na prática a medida de Sharpe procura traduzir o market price
of risk do portfolio em análise.

Pode apresentar problemas quando as rendibilidades são


negativas e quando a volatilidade é muito próxima de zero

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Indicadores de performance: M-squared

Mede o excesso de rendibilidade de um particular portfolio (P*)


face ao benchmark caso o nível de risco total fosse o mesmo

O resultado é expresso em de pontos percentuais

M P2 = RP * - RM , com s P2 * = s M2

éæ s M ö sM ù é sM ù
2
P ç
M = êç 1 - ÷
÷ Rf + RP ú - RM Û M P = êRf +
2
(RP - Rf )ú - RM
ëè s P ø sP û ë sP û

Por se tratar de uma transformação linear da medida de Sharpe,


traduz a mesma informação quanto à performance do portfolio,
i. é o ranking de performance é igual por uma ou por outra
medida
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Indicadores de performance: M-squared

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Indicadores de performance: Indice de Treynor
Excesso de rendibilidade por unidade de risco sistemático

Quanto mais elevado, maior se considera ter sido a performance


obtida
RP - Rf
TP =
bP
Na prática a medida de Treynor procura traduzir o market price
of systematic risk do portfolio em análise.

Representa o slope de qualquer combinação entre o portfolio e o


activo sem risco no espaço rendibilidade/beta

Quanto maior o risco específico, maior a discrepância face ao


índice de Sharpe

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Indicadores de performance: Alpha de Jensen

Diferença entre a rendibilidade (RP) do portfolio face à


rendibilidade esperada de equilíbrio, calculada via CAPM [E(RP)SML]

Quanto mais elevado, maior se considera ter sido a performance


obtida pelo gestor

a P = RP - E (RP )SML

Alcançada através da maior capacidade de selecção de activos


que oferecem rendibilidades diferentes das rendibilidades de
equilíbrio (the ability of security selection)

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Indicadores de performance: Appraisal Ratio

Também designado de information ratio, é uma medida de


retorno ajustado ao risco

Expressa a relação entre a rendibilidade activa (aP) e o tracking


error da estratégia (desvio padrão específico ou variância
específica)
aP
ARP =
s e ou s e2
P P

Mede a rendibilidade anormal, alcançada através do alpha de


Jensen, por unidade de risco não diversificável em que incorreu

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Indicadores de performance: considerações finais

As medidas de performance apresentadas são baseadas na


validade empírica e teórica do CAPM

Crítica de R. Roll (1977)*: se a proxy utilizada para representar o


benchmark for ineficiente, também os betas calculados a partir
dela serão ineficientes. Assim, a medição da performance não tem
validade nem relevância

O ranking de performance não tem que ser igual independente-


mente das medidas usadas, mas

Sharpe e M 2, e Treynor e Alpha de Jensen traduzem o mesmo


ranking de performance.
* Roll, R. (1977). A critique of the asset pricing theory’s tests Part I: On past and potential testability of the theory.
Jornal of Financial Economics 4 (2), pp129-176

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Indicadores de Performance: Exemplo
Activo s/
Carteira A Carteira B Stoxx 50
Risco
Taxa de rendibilidade - Ri 24.70% 15% 3%
Desvio padrão - si 42.5% 25%
Coef. de risco sistemático - bi 1.6 1.6
Indicadores de Performance
ESML(Ri) 22.20% 22.20% 15%
Risco específico – s2ei 0.09
Risco sistemático – (bi×sM)2
Peso do risco específico
Peso do risco sistemático
Indice de Sharpe
Indice de Treynor
Appraisal Ratio n.a.
M-Squared
Alpha - a 4.25%
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