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Active Methodologies in Music Education: The Use of Games in Music Class: a Report of
Experience
Abstract: This paper refers to an experience report from June 3 to 15, 2019, in which musical
games were applied, developed during practical subjects of the Full Degree Course in Music -
UEPA, in guitar workshops for 20 students. between 11 and 50 years old at Levites School of
Music. Based on references on active methodologies and their applicability, we sought to
streamline music lessons, inserting resources that arouse interest and collaborate with students'
learning providing pleasurable and meaningful musical experiences.
Introdução
Percebe-se que o contexto educacional atual necessita de novas abordagens e
tentativas de aproximação professor-aluno, principalmente no que tange as novas tecnologias
e o desafio de tornar a sala de aula mais atrativa, possibilitando assim, um conhecimento
através da contextualização dos conteúdos e a percepção do aluno como ser ativo no processo
de aprendizagem.
Nesse interim, a Educação deve ser tratada como um processo significativo e
prazeroso, visto que o aluno está inserido também em meio a essa diversidade de informações
faz-se necessário pensar maneiras diferentes dos séculos anteriores para o ensino. Dá-se o
nome a essas novas maneiras de ensino de Metodologias Ativas, ou seja, metodologias em que
os alunos não são vistos apenas como receptores passivos das informações trazidas pelos
professores, mas sim construtores ativos do saber individual e também coletivo. Segundo
Valente, Almeida e Geraldini (2017, p. 463) em grande parte da literatura brasileira as
metodologias ativas são “estratégias pedagógicas que colocam o foco do processo de ensino e
aprendizagem no aprendiz, contrastando com a abordagem pedagógica do ensino tradicional,
centrada no professor, que transmite informação aos alunos”. E são denominadas assim pela
aplicação de práticas pedagógicas que envolvem os alunos nas atividades, tornando-os
protagonistas da sua aprendizagem.
A Educação Musical tem cada vez mais se apropriado desses recursos que são
comprovados por sua eficácia pela Pedagogia, Psicopedagogia entre outros. Há grandes
nomes no Brasil dedicando seus estudos metodologias ativas, onde os Jogos Musicais estão
presentes com grande relevância. O livro “Jogos Pedagógicos para a Educação Musical” das
autoras Rosa Lúcia e Cecilia Cavalieri (2015, p. 13) é um grande exemplo dos estudos
musicais a partir dos jogos pedagógicos, onde conceituam estes como atividades lúdicas
coletivas que tem por base material concreto para promover automatismo gradativo de
elementos da teoria musical, observando requisitos para a compreensão e as etapas do
desenvolvimento cognitivo das crianças.
Além disso, a utilização dos jogos nas aulas torna-as mais dinâmicas e alegres,
tornando o ambiente prazeroso e propício para o ensino/aprendizagem. “Toda prática
pedagógica deve proporcionar alegria aos alunos no processo de aprendizagem” (RAU, 2007,
p.32). Além de contribuir na vida de um indivíduo de forma a contribuir na sua formação
social como diz Teixeira (1995, p. 23):
Segundo Kishimoto (2011) o uso de jogos educativos com fins pedagógicos, nos
leva para situações de ensino-aprendizagem visto que a criança aprende de forma prazerosa e
participativa. Santo Agostinho (apud BEMVENUTI, 2009, p.27) afirma que “o lúdico é
eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade
a respeito do mundo e da vida, o princípio de toda descoberta e toda criação”. Dessa forma,
não basta ao docente saber o que ensinar, este tem como grande função tornar os
conhecimentos significativos ao cotidiano dos seus educandos.
A atitude do professor para com os alunos é o foco para que a aprendizagem seja
facilitada. Os recursos didáticos, como técnicas, teorias e materiais, constituem
importantes instrumentos no contexto de aprendizagem. Todavia, nesta perspectiva
teórica, devem ser postos à disposição do aluno, e nunca impostos. (NUNES;
SILVEIRA, 2015, p. 25)
Importante mencionar que a aplicação das metodologias ativas não está restrita ao
ensino infantil, apesar deste ser o ideal almejado por todos aqueles que entendem que a
educação de qualidade e significativa deva acontecer desde os primeiros anos de vida de cada
indivíduo.
Isso significa dizer que todas as faixas etárias estão abertas a esta didática e
necessitam de novas formas de praticar o ensino/aprendizagem, logicamente que deve se levar
em considerações contexto cultural que cada grupo social está inserido.
Considerações Finais
É de suma importância se pensar a cada dia na oferta de uma educação de qualidade, que
gerem experiências prazerosas e significativas aos alunos, o que possibilita a contribuição
tanto do professor quanto do aluno no processo de aprendizado.
Com a utilização dos jogos pedagógicos como recurso didático é perceptível um melhor
aproveitamento dos conteúdos estudados visto que os alunos fazem relação do que é
aprendido com coisas do seu cotidiano, além de proporcionar um ambiente prazeroso e
dinâmico na sala de aula e este se torna convidativo ao aluno para adquirir novos saberes e
mais interações.
O aluno se torna, junto ao professor que exerce um papel de gerenciador das ações, o
principal responsável pela aquisição de conhecimentos. Gerando autonomia na busca por
conhecimentos, deixando de ser apenas um receptor passivo, para ser um participante ativo no
processo de ensino/aprendizagem.
Referências
BEMVENUTI, Alice. O jogo na história: aspectos a desvelar. In: Ulbra – Universidade
Luterana do Brasil (Org.). O lúdico na prática pedagógica. Curitiba: Ibpex, 2009. p.17-35.
GUIA, Rosa; FRANÇA, Cecília. Jogos pedagógicos para educação musical. 2. ed. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2005, p. 13.
KISHIMOTO, Tizuko M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a Educação. 14 ed. São Paulo:
Cortez, 2011.
NUNES, Ana; SILVEIRA, Rosimary. Psicologia da Aprendizagem. 3. ed. revisada.
Fortaleza:, 2015, p. 25.
RAU, M. C. T. D. A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica. Curitiba: Ibpex, 2007.
ROLIM, Amanda A. M.; GUERRA, Siena S. F.; TASSIGNY, Mônica M. Uma leitura de
Vygotsky sobre o brincar na aprendizagem e no desenvolvimento infantil. Disponível em:
http://brincarbrincando.pbworks.com/f/brincar%2B_vygotsky.pdf. Acessado em: 14 ago.
2019.
SANTOS, Marli Pires dos Santos. O Lúdico na Formação do Educador. 7 ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2007. p. 41.
O BRINCAR NA ESCOLA: Metodologia lúdico-vivencial, coletânea de jogos, brinquedos e
dinâmicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. 109 p.
SILVEIRA, Marcia. O uso de Jogos e de atividades lúdicas como recurso pedagógico
facilitador da aprendizagem. Ortigueira: 2014. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/20
14_uepg_ped_pdp_marcia_cristina_da_silveira_kiya.pdf. Acesso em: 15 ago. 2019.
TEIXEIRA, C. E. J. A Ludicidade na Escola. São Paulo: Loyola, 1995. 23 p.
VALENTE, José; ALMEIDA, Maria; GERALDINE, Alexandra. Metodologias Ativas: das
concepções às práticas em distintos níveis de ensino. Curitiba: Champagnat, 2017. Disponível
em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/dialogoeducacional/article/view/9900. Acesso em:
17 ago. 2019.
ANEXO