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1. Introdução
É bem sabido que para que o ensino decorra sem sobressaltos, é imperioso que se
use alguns procedimentos, para que não haja nenhuma dificuldade em termos de
aquisição e assimilação dos conteúdos plasmados nos programas de ensino, por
parte dos alunos.
Porém, pode se dizer que um dos procedimentos que é muito importante no ensino
são as metodologias, as quais, ajudam o professor a guiar adequadamente a aula e
facilita a compreensão da matéria ao aluno.
A qualidade de ensino depende também em boa parte a acção docente, e por outro
lado, esta acção docente depende também da formação do mesmo, isto é, para uma
boa qualidade de ensino, é necessário que haja docentes formados nas respectivas
áreas de actuação.
Há portanto, professores que leccionam uma disciplina em que não foram formados
nesta área. Um dos casos concretos deste problema é a disciplina de Geometria
Descritiva que se recente com a falta de professores; e as escolas alocam
professores de outras áreas ou ainda em formação nesta área.
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1.2. Justificativa
1.3. Problematização
Há quando da concretização do EP de DGD, conforme o que vem plasmado no
currículo, que teve lugar nas instalações da Escola Secundaria Heróis
Moçambicanos de Moatize, constataram-se algumas lacunas no decurso da
leccionação da disciplina em causa.
Pois então, vai-se procurar saber com esta pesquisa até que ponto os professores
de DGD tem dificuldades de domínio das metodologias.
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1.4. Hipóteses
1.5. Objectivos
1.5.1. Objectivo Geral
Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino na disciplina de Desenho e
Geometria Descritiva, discutindo metodologias adequadas para a Disciplina.
1.5.2. Específicos
Identificar as metodologias propostas nos programas de ensino de Desenho e
Geometria Descritiva;
Descrever as metodologias de ensino propostas nos programas de ensino de
Desenho e Geometria descritiva;
Analisar as metodologias de ensino propostas nos programas de ensino de
Desenho e Geometria descritiva;
Propôr metodologias para o ensino de Desenho e Geometria Descritiva.
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2. Fundamentação Teórica
2.1. Desenho e Geometria descritiva
Segundo o Programa de ensino de DGD, a disciplina de Desenho e Geometria
descritiva visa o desenvolvimento de capacidades de ver, perceber, organizar e
catalogar o espaço envolvente. É parte integrante das ciências aplicadas são a base
de resolução de muitos problemas práticos fundamentalmente para todos os ramos
de Engenharia, Arquitectura e actividades de produção industrial.
Diante das três colocações, nos identificamos como a ideia de Gonçalves e assim
percebemos a Geometria Descritiva como um ramo da Geometria que tem como
objectivo principal a representação dos objectos de três dimensões em um plano
bidimensional através da sistematização dos métodos de representação gráfica e
rigorosas.
Partindo deste pressuposto, podemos afirmar que a Geometria Descritiva é uma
área que engloba tanto a parte teórica assim como a parte prática razão pela qual na
sua leccionação carece de metodologias e não só, mas também métodos e técnicas
específicas para o sucesso do ensino e aprendizagem.
Partindo dessa ideia, a metodologia do ensino seria, então, o estudo das diferentes
trajectórias traçadas ou planeadas e vivenciadas pelos educadores a fim de
operacionalizar os métodos escolhidos para o alcance dos objectivos propostos.
No entanto, nota-se uma relação entre método e metodologia razão pela qual há
necessidade de conhecermos em primeiro lugar o método a ser utilizado para
posteriormente acharmos as formas de como materializar o mesmo método.
É de referir que as metodologias de ensino são várias e estão divididas por cada
área de actuação; no caso da área de DGD podemos encontrar de acordo com
XAVIER e REBELO (2001:19-24):
Ainda falar das metodologias de ensino de DGD, podemos encontrar uma vasta
dimensão conforme afirma XAVIER e REBELO (2001:19-24)1. Mediante a colocação
é aceitável dizer que fica ao critério do professor saber seleccionar ou identificar de
acordo com cada conteúdo correspondente.
1
Ver citação anterior
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Método expositivo;
Elaboração conjunta;
Trabalho independente;
Trabalho em grupo;
Entre outros.
Com isso, podemos entender que para o sucesso das aulas de DGD há
necessidade de fazer com que as aulas teóricas e práticas decorram ao mesmo
tempo e isso promove a participação dos alunos. Este método pode-se assemelhar
com o método de elaboração conjunta onde há participação de todos.
Este método não é exclusivo para o caso de DGD, podemos empregar outros
métodos dependendo das situações na sala de aula. Para o caso de introdução de
um novo conteúdo pode-se usar o método expositivo acompanhado pelo método de
elaboração conjunta.
Isso faz com que haja diferença pois, na mediação de uma aula da área prática
pode-se usar o método expositivo mas o professor tem de utilizar técnicas como a
demonstração, exemplificação entre outras por enquanto que nas áreas meramente
teóricas não há necessidade da técnica demonstrativa.
Portanto, a escolha dos métodos exigem do professor uma atenção na escolha das
técnicas a utilizar na sala de aula.
Com essas palavras, podemos então dizer que as técnicas são acções empregues
pelo professor na tentativa de incentivar os alunos e despertar o interesse dos
mesmos.
Para além disso as técnicas podem ser uma forma de aproximar os alunos da
realidade em estudo na medida da técnica em uso. Por exemplo na demonstração
de como os planos são rebatidos os alunos automaticamente percebem facilmente
porque observam na realidade os factos que tem observado em planos
bidimensionais.
3
informemundociencias.blogspot.com/2011/10/diferenca-entre-metodologia-de-ensino.html
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Existem várias técnicas de acordo com DIANE et al, das quais podemos citar as
seguintes:
Técnica de apresentação;
Técnica quebra-gelo;
Técnica de integração;
Técnicas de animação e relaxamento;
Técnica de capacitação.
4
Ver fonte de rodapé 3
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A relação é de mútua interdependência, para que haja uma metodologia deve haver
um método e havendo um método há necessidade de seleccionar e escolher
técnicas adequadas para poder alavancar o ensino nos alunos e estimular o gosto
de aprender.
Isso significa que, para que o ensino de Desenho e Geometria Descritiva decorra
sem sobressaltos, é imperioso que se use as metodologias adequadas.
Mesmo sendo termos que muitas vezes dificultam o entendimento, por serem
considerados parecidos podemos definir cada um deles como: 5
5
informemundociencias.blogspot.com/2011/10/diferenca-entre-metodologia-de-ensino.html
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Esta aula, não se trata de um modelo estático que os professores de DGD devem
usar, mas sim, uma simples reflexão ou exemplo em torno das metodologias que
podem nos levar a condução de uma aula da disciplina em causa.
Para esta aula há necessidade do professor, em primeiro lugar, olhar para o tipo de
aula. Sendo uma aula de exercício não há dúvida que o método a ser utilizado seja o
método de trabalho independente numa fase inicial, depois da resolução haverá
necessidade de aplicar o método de elaboração conjunta.
Portanto podemos observar que a metodologia aqui empregue pode servir de certa
forma um caminho para atingir os objectivos ao mesmo tempo operacionalizar o
método escolhido que é o método de trabalho independente.
Pré-requisitos:
Para que esta aula seja bem assimilada, os alunos devem possuir os seguintes conhecimentos: planos de projecção; projecções de
pontos e rectas; traços de uma recta; e definição de um plano a partir dos seus traços, alfabeto do plano e não só mas deve ter
domínio dos termos oblíquo, perpendicular e paralelo.
Sugestões Metodológicas:
Tratando-se de uma aula de exercícios prático o professor poderá aproveitar esclarecer possíveis dúvidas no que tange o
posicionamento dos planos no espaço e em épura fazendo assim uma espécie de repetição de aula.
Bibliografias:
INDE/MINED – Moçambique; Programa de Ensino 11ª classe – 2º Ciclo. Edição, Maputo; 2009.
CAMUNDIMU, Vasco Filipe. Desenho e Geometria Descritiva 11ª classe; 1ª Ed. Texto Editores. Maputo, 2009.
CUNHA, Paula; PONTE, Leonor; Desenho e Geometria Descritiva; 10º Ano; Plátano Editora, S.A., 1ª Edição, Lisboa, 1999.
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ica;
Lápis
Borracha
Apagador
Réguas
do
professor;
Material
de
desenho
do aluno.
Resolvem o
Resolução do
exercício nos M.B.E
Trabalho exercício,
DOMÍNIO Corrige os seus cadernos; Réguas
independe Correcção do
E exercícios; Prestam atenção esquadros
13’ nte, exercício,
CONSOLIDAÇÃ Esclarece a resolução de Borracha;
elaboração Esclarecimento das
O possíveis dúvidas. exercícios; Cadernos;
conjunta dúvidas;
Apresentam Livros;
(Ver anexo 4)
dúvidas.
M.B.E;
Réguas
Expositivo
CONTROLE Marcação do TPC. esquadro,
e Registam o TPC
2’ E Marca o TPC. Borracha;
Elaboraçã nos cadernos.
AVALIAÇÃO (Ver anexo 5) Cadernos;
o conjunta
Livros;
Na organização inicial, logo antes do começo da aula, nota-se que o método predominante é de elaboração conjunta, dado que é
nesta etapa que há interacção entre o professor e os alunos isto na preparação do local que deve ocorrer o PEA, é onde que o
professor vai procurando orientar a limpeza e arrumação das carteiras, caso a sala esteja suja e desarrumada.
E tendo como pressuposto, de que na selecção das metodologias num dado conteúdo ou tema, em primeiro lugar tem de se
identificar o método a ser usado para posteriormente auxiliar-se com as técnicas de ensino, o que significa que para uma metodologia
por si só, não funciona sem métodos e por sua vez os métodos carecem das técnicas.
Temos a dizer que os métodos patentes nesta função didáctica são método de elaboração conjunta e expositivo, isto é elaboração
conjunta na medida em que ele for a reactivar a aula anterior, os alunos vão respondendo as questões que lhes forem colocadas, e
expositivo no momento em que o professor vai pondo o tema no quadro e explicando o conteúdo em destaque por mais que se trate
de uma aula de domínio e consolidação ou de exercícios.
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E depois de os alunos serem orientados para resolverem o exercício no caderno, no momento em que este vai mandando um aluno
de cada vez para ir no quadro resolver o exercício, o método muda para método de elaboração conjunta. Podemos afirmar que o
método frequente ou predominante nesta função didáctica é na mesma de elaboração conjunta.
Na mediação e assimilação
Segundo o plano de aula acima já referenciado, seleccionou-se os métodos expositivos e o de elaboração conjunta, tendo em conta
que é esta etapa que em muitas vezes é considerada a chave, porque é aqui onde decorre o PEA. Os métodos que este professor
seleccionou são expositivos e elaboração conjunta. Talvez surgiriam algumas inquietações porque esses métodos tratando-se duma
aula de domínio e consolidação.
Isto porque, no momento em que o professor passa o tema no quadro, ele vai explicando e logo depois dá espaço aos alunos
colocarem as suas dúvidas e na medida em que este explica a sua execução do exercício estaria a interagir com os mesmos.
Ao passo que no domínio e consolidação, os métodos seleccionados são trabalho independente e elaboração conjunta, visto que o
professor orienta o trabalho que os alunos irão fazer e cada um resolve sozinho, e depois faz uma correcção dos mesmos exercícios
em conjunto, alunos e professor.
No controle e avaliação destaca-se os métodos são expositivo e elaboração conjunta porque o professor expõe o trabalho que
pretende ou deseja que os alunos realizem ou resolvam e depois esclarece as possíveis dúvidas aos alunos a cerca do trabalho
dado.
Por fim, na organização final usa-se o método elaboração conjunta, pois trata-se de um momento da finalização da lição do dia, então
existe uma necessidade de se organizar a sala de aulas, assim preparando-se para que a aula seguinte decorra num ambiente limpo
e organizado.
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ORGANIZAÇÃO
INICIAL
ORGANIZAÇÃO INTRODUÇÃO OU
FINAL MOTIVAÇÃO
ELABORAÇÃO
CONJUNTA
MEDIAÇÃO E
CONTROLE E
ASSIMILAÇÃO
AVALIAÇÃO
DOMÍNIO E
CONSOLIDAÇÃO
Sendo assim, através do esquema acima, pode se perceber que em todos momentos ou então em todas funções didácticas da aula
aqui planificada, o método mais frequente é o método de elaboração conjunta, pois, este método é muito importante tratando-se de
que numa aprendizagem é necessário uma maior interacção entre os alunos e entre aluno e professor.
Saudação:
O professor cumprimenta aos alunos e estes ao professor.
Ordem disciplinar:
O professor pede aos alunos para se manterem no silêncio em caso duma possível agitação após a saudação,
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Verificação da limpeza:
O professor verificará a situação de limpeza, isto é, partindo da sala de aula aos próprios alunos.
Controle de presenças:
O professor pede aos alunos a prestarem atenção à chamada, e obriga-os a reapoderem, individualmente á chamada.
Verificação dos materiais dos alunos:
O professor manda aos alunos prepararem os materiais para a aula (material de desenho geométricos réguas esquadros de 45º e
60º, borracha, lápis e caderno)
2. Represente pelo seu, traço de um plano de frente sabendo que o seu traço tem afastamento 3 cm.
3. A designação do plano de nível e de frente coloca-se dentro de parêntesis porque possui apenas um traço
4. Represente um plano de topo cujo traço frontal faz 45º de abertura para direita com plano horizontal de projecção.
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Após a realização das actividades organizacionais e de limpeza haverá a despedida entre o professor e os seus alunos
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Neste capítulo iremos apresentar os dados por nós colhidos no campo em função
dos métodos anteriormente mencionados e posteriormente vamos confrontar os
mesmos dados com as ideias já publicadas.
Professor 1 X
Professor 2 X
Total 2
Fonte: Autor
Observando o gráfico, dos dois professores inqueridos ambos não têm formação
psico-pedagógica específica da área ou por outra não são professores específicos
para leccionar a disciplina de DGD.
Em percentagem, podemos dizer que dos que foram inqueridos 100% não tem
formação pisco pedagógica.
Portanto, podemos dizer que por não ter formação pisco pedagógica específica para
a área de DGD os professores desconhecem a especificidade em termos de
metodologias passando assim a utilizar as metodologias gerais para áreas que
requerem uma especificação.
Professor 1 X
Professor 2 X
Total 1 1
Fonte: Autor
Professor 1 X
Professor 2 X
Total 2
Fonte: Autor
Dai que, podemos afirmar que o não uso de metodologias específicas não está
relacionado a falta de conhecimento da essência das metodologias na mediação dos
conteúdos da disciplina de DGD mas sim pelo factor ignorância a estas
metodologias.
Portanto há que referenciar que pelo facto dos professores que leccionam a
disciplina de DGD na ESHM não possuir a formação específica ignoram a
especificidade das metodologias da disciplina.
TABELA 4: Respostas dos professores em relação a semelhança dos termos método e metodologia
Respostas
Pergunta 4: Método e metodologia são termos semelhantes?
Sim Não
Professor 1 X
Professor 2 X
Total 2
Fonte: Autor
Das respostas pelos mesmos dados obtivemos o seguinte de acordo como a tabela
que segue:
TABELA 5: Respostas dos professores em relação a semelhança dos termos método e metodologia
32
Professor 1 X
Professor 2 X
Total 2
Fonte: Autor
Dos dados recolhidos podemos então afirmar que os professores que leccionam a
disciplina de DGD na ESHM são professores de profissão mas não tem formação
específica para área de DGD.
Com base nestes pressupostos podemos então validar a nossa primeira hipótese
em função a não utilização de metodologias adequadas para a disciplina de DGD
por não ser professores da área.
Dai que, é aceitável invalidarmos a segunda hipótese que se refere a não utilização
das metodologias específicas por falta de conhecimento da essência das
metodologias na mediação dos conteúdos da disciplina de DGD.
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5. Considerações finais
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6. Sugestões ou recomendações
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7. Referências bibliográficas
Diferença entre Metodologia de Ensino, Técnica de Ensino e Método de Ensino.
Disponível na internet via: informemundociencias.blogspot.com/2011/10/diferenca-
entre-metodologia-de-ensino.html. Acesso aos 15 de Janeiro de 2015 pelas 09h31
<http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0034-
89101995000400010&script=sci_arttext&tlng=> Acessado em 17 de Abril de 2010.
GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas.
2008.
Apêndice