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H E R N A N I D'AURIA **
da, mais frouxa e pode mostrar ul- são específicas, pelo que não é pos-
cerações maiores. Nos espaços me- sível, muitas vezes, fazer diagnósti-
dulares subcondrais desenvolve-se te- co seguro partindo apenas do aspec-
cido conectivo proliferativo; do mes- to microscópico.
m o modo, da proliferação de vilosi-
dades sinoviais, freqüentemente ini- Lesões extra-articulares — Os nó-
ciada ao nível do ângulo condro-si- dulos subcutâneos da artrite reuma-
novial, resulta a formação do cha- tóide constituem as únicas lesões pa-
mado pannus sinovial, que tende a tológicas características da doença.
invadir a cavidade articular e a pro- Estes nódulos são semelhantes aos
mover a destruição da cartilagem da febre reumática, diferindo apenas
hialina (a esse processo prolif erati- no maior tamanho e duração mais
vo se filia a denominação artrite longa na artrite reumatóide. N o nó-
proliferativa, já atribuída à artrite dulo reumático existem, como carac-
reumatóide). A cartilagem é com- terísticas mais notáveis, a exsudação
primida entre o pannus articular e de plasma e a infiltração de células
o tecido proliferativo dos espaços sangüíneas; no nódulo reumatóide
subcondrais, do que resulta a sua predominam a proliferação e a de-
destruição, constituindo-se verdadei- generação, sendo discretos os fenô-
ra "ponte fibrosa" entre as duas epí- menos exsudativos. As alterações
fises, pela aderência dos pannus si- vasculares variam desde o infiltra-
noviais entre si e destes com os ele- do perivascular de células inflama-
mentos epifisários; constitui-se as- tórias (linfócitos e plasmócitos), até
sim, e m última análise, a ancilose a inflamação e a degeneração difu-
fibrosa que, e m conseqüência da ação sas de toda a parede do vaso. En-
de osteoblastos, pode evoluir para a contram-se tromboses mais comu-
ancilose óssea. mente nos nódulos reumatóides. Ul-
timamente tem-se admitido que a le-
O pannus articular e o infiltrado
são primária desses nódulos é u m
inflamatório periarticular determi-
processo inflamatório, instalado na
n a m o aumento de volume das arti-
parede de u m vaso sangüíneo, que
culações acometidas. As prolifera-
evolui para necrose.
ções subcondrais são u m dos fato-
res responsáveis pela osteoporose, As infiltrações nos músculos es-
queléticos são representadas por lin-
assim como pela formação de cistos
fócitos, como e m outras doenças, e
epifisários. A atrofia e destruição
não podem ser consideradas patolò-
da cartilagem, .causando a aproxi-
gicamente específicas. Infiltrados
mação das extremidades ósseas, são
idênticos têm sido descritos nas bai-
traduzidas radiològicamente pelo pin-
nhas dos nervos periféricos na artri-
çamento articular.
te reumatóide.
Microscòpicamente, na fase ativa
As lesões reumatóides são relati-
da doença, o tecido sinovial mostra
vamente raras nas serosas ou nas
proliferação das células de revesti-
vísceras. Sinais de valvulite cardía-
mento, vascularização aumentada e
ca aparecem com a m e s m a freqüên-
graus variáveis de infiltração celu-
cia e m pacientes reumatóides e na
lar, que pode ou não ser perivascu-
população e m geral. A autópsia de
lar. A maioria das células infiltra-
pacientes reumatóides revela lesões
tivas é representada por linfócitos.
cardíacas, comparáveis às da febre
As alterações histopatológicas não
Revista de Medicina
92
Freqüência de títulos
N? de
Especificação Inferior Igual Superior amostras
a 16 a 16 a 16 estudadas
Febre reumática 8
8 5 1 14
14
Coréia de Sydenhann 5 4 0 9
Artrite reumatóide genuína ativa 7 6 31 44
Artrite reumatóide genuína inativa 1 — — 1
Espondilite ancilopoiética 5 — • — 5
Osteartrite 4 1 3 8
Lúpus eritematoso disseminado . . 1 1 2
Afecção não reumática 6 1 3 10
Indivíduos sadios 136 16 — 152