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ADVOCACIA TONELLI

OAB-PR 7.392

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA


VARA DA COMPETÊNCIA DELEGADA DA COMARCA DE
MANOEL RIBAS, ESTADO DO PARANÁ.

ARIELSON RENMÁG KAMBARI


EVARISTO, representado por ATAÍDE EKOR EVARISTO por
seu advogado, nos autos de AÇÃO DE CONCESSÃO DE
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO, COM PEDIDO DE
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, que contende com INSS, não
se conformando com a referida sentença, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com
fulcro no art. 1009 e seguintes do CPC, apresentar
RECURSO DE APELAÇÃO, pedindo seu recebimento,
processamento, e posterior remessa ao EGRÉGIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO, para
análise e final julgamento.
Deixa de efetuar o preparo, tendo em
vista ser beneficiária da Justiça Gratuita.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Manoel Ribas-PR, 14 de fevereiro de


2020.

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DA 4ª REGIÃO


Av. Brasil, 1167 – Centro - Manoel Ribas- Paraná
Fone- (43) 3435-2167 – 996923023 – 99981-2226
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OAB-PR 7.392

RAZÕES DA APELAÇÃO

AUTOS Nº - 0001600-32.2019.8.16.0111
APELANTE- ARIELSON RENMÁG KAMBARI EVARISTO,
representado por ATAÍDE EKOR EVARISTO
APELADO – INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL -
INSS
ORIGEM – VARA DA COMPETÊNCIA DELEGADA MANOEL
RIBAS- PR

O MM. Juíz a quo, à r. sentença


proferida no Ref. mov. 74.1 - retro, JULGOU
IMPROCEDENTE a presente Ação, mas manteve hígido o
caráter probante do laudo pericial acostado no mov. 41.1,
porém entendeu que o Autor que possui ARTRITE
IDIOPÁTICA JUVENIL, não comprovou a probabilidade de
seu direito, pois não providenciou a sua inclusão no
CadÚnico.
Ocorre que o Autor já regularizou a sua
situação, cadastrando-se no CadÚnico, conforme
documento anexo.

- DOS FUNDAMENTOS PARA REFORMA DO JULGADO

No que se refere à comprovação do


Autor possuir ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL, encontrando-
se assim incapacitado, onde a patologia causa mobilidade
reduzida, ou seja, o menor sente grande dificuldade em
realizar movimentos com seu corpo, até mesmo as que
exijam o mínimo de esforço físico, devido as dores em
suas articulações.
Quanto à possibilidade de concessão de
Benefício de Prestação Continuada À MENOR DE
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DEZESSEIS ANOS DE IDADE, é importante mencionar o


que dispõe o 6.214/2007, Art. 4º, § 1º:
“Para fins de reconhecimento do direito
ao Benefício de Prestação Continuada às crianças e
adolescentes menores de dezesseis anos de idade, deve
ser avaliada a existência da deficiência e o seu impacto na
limitação do desempenho de atividade e restrição da
participação social, compatível com a idade. (Redação
dada pelo Decreto nº 7.617, de 2011).”
Analisa-se o que as Jurisprudências
RECENTEMENTE vêm expondo, sobre casos semelhantes
com o do Autor:
PREVIDENCIARIO. BENEFICIO DE
AMPARO ASSISTENCIAL À PESSOA PORTADORA DE
DEFICIENCIA. MENOR. ART. 20, DA LEI Nº 8.742/93.
REQUISITOS PREENCHIDOS. MULTA DIÁRIA.
POSSIBILIDADE. ADEQUAÇÃO. PARÂMETROS DA
RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. FONTE DE
CUSTEIO. ART. 195, § 5º, CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. O
benefício de prestação continuada, regulamentado Lei
8.742/93 (Lei Organiza da Assistência Social - LOAS) é a
garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou
mais que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção nem de tê-la provida por sua família. 2.
Possibilidade de concessão do benefício aos adolescentes
e menores de 16 anos. Inteligência do Art. 4º, §1º, do
Decreto nº 6.214/2007, que regulamenta o benefício de
prestação continuada, que assim preconiza: "Para fins de
reconhecimento do direito ao Benefício de Prestação
Continuada às crianças e adolescentes menores de
dezesseis anos de idade, deve ser avaliada a existência da
deficiência e o seu impacto na limitação do desempenho
de atividade e restrição de participação social, compatível
com a idade". 3. Incapacidade atestada pelo laudo médico
pericial e, demonstrado pelo conjunto probatório que não
possui meios de prover a própria manutenção ou de tê-la
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provida por sua família, faz jus a autoria à percepção do


benefício de prestação continuada, correspondente a 1
(um) salário mínimo, desde a data do requerimento
administrativo. 4. A correção monetária, que incide sobre
as prestações em atrasado desde as respectivas
competências, e os juros de mora devem ser aplicados de
acordo com o Manual de Orientação de Procedimentos
para Cálculos na Justiça Federal, observando-se a
aplicação do IPCA-E conforme decisão do e. STF, em
regime de julgamento de recursos repetitivos no RE 870947,
e o decidido também por aquela Corte quando do
julgamento da questão de ordem nas ADIs 4357 e 4425. 5.
Os juros de mora incidirão até a data da expedição do
precatório/RPV, conforme decidido em 19.04.2017 pelo
Pleno do e. Supremo Tribunal Federal quando do
julgamento do RE 579431, com repercussão geral
reconhecida. [...] 7. [...] 8[...] 9. O reconhecimento dos
requisitos legais para a concessão do benefício assistencial
não viola o princípio da precedência da fonte de custeio,
vez que independe de contribuição à seguridade social.
Precedente do STF. 10. Remessa oficial, havida como
submetida, e apelação providas em parte. (TRF-3 - Ap:
00246244020184039999 SP, Relator: DESEMBARGADOR
FEDERAL BAPTISTA PEREIRA, Data de Julgamento:
26/03/2019, DÉCIMA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3
Judicial 1 DATA: 03/04/2019).

O menor, ora Requerente


preenche todos os requisitos que autorizam a
concessão do Benefício de Prestação Continuada
(BPC), assim, diante de vasta documentação que
fora apresentada, não há dúvidas Excelência que a
enfermidade do Requerente o deixa com mobilidade
reduzida. Assim, diante destes fatos, o Autor busca,
com a presente, ao Poder Judiciário o
reconhecimento do seu direito, qual foi injustamente
INDEFERIDO, não sendo justo que diante desta

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situação em que se encontra o Autor seja-lhe


negado.

- DO PEDIDO

Portanto, se impõe seja PROVIDO o


presente recurso, REFORMADA a r. sentença recorrida, e
concedido o benefício assistencial a pessoa portadora de
deficiência, no valor de um salário mínimo mensal,
determinado que o pagamento das prestações vencidas,
retroativas à data do requerimento administrativo,
acrescidas da correção monetária pelos índices oficiais,
juros de mora desde a citação, assim como os honorários
advocatícios que pede sejam fixados em 15% sobre o valor
da condenação, considerando as parcelas vencidas até a
data da decisão judicial concessiva do benefício (Súmula n.
111, STJ). Por conseguinte, seja deferida a ANTECIPAÇÃO
DOS EFEITOS DA TUTELA, para imediata implantação do
benefício, como acima fundamentado.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Manoel Ribas-PR, 14 de fevereiro de


2020.

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