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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Estudante: João Valito António

Código:708230108

Tema:
Instrumentos e Técnicas de Recolha de dados utilizados na pesquisa

Curso: Licenciatura em Ensino de


Informática
Cadeira: Metodologia de Investigação
Científica I
Ano de Frequência: 1º Ano
Turma: C
Docente: Arsenio Capachiua

Nampula, Maio de 2023

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Estudante: João Valito António

Código:708230108

Tema:
Instrumentos e Técnicas de Recolha de dados utilizados na pesquisa

Trabalho de caracter avaliativo, de


Metodologia de Investigação
Científica I, apresentado na
Universidade Católica de
Moçambique
Docente: Arsenio Capachiua

Nampula, Maio de 2023

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Categoria Indicadores Padrões Classificação
Pontuação Nota Subtotal
máxima do
tutor

Estrutur Aspectos Capa 0,5


a organizacionais Índice 0,5
Introdução 0,5
Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização 1,0
(indicação clara
do problema)
Descrição dos 1,0
Introdução objetivos
Metodologia 2,0
adequada ao
objecto de
estudo
Articulação e 2,0
Conteúdo domínio do
discurso
académico
(expressão
Analise escrita cuidada,
discussão coerência/coesão
textual)
Revisão 2,0
bibliográfica
nacional e
internacional
relevante na área
de estudo
Exploração de 2,0
dados
Contributo 2,0
teórico prático
Paginação, tipo e 1,0
tamanho de
Aspectos Formatação letras
Gerais Paragrafo e
espaçamento
entre linhas
Norma APA Rigor, 4,0
Referências 6ª edição em referências
bibliográficas citações e bibliográficas e
bibliografia citações

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Folha de recomendações e melhoria:
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Índice

1.Introdução.......................................................................................................................6

2.Definição........................................................................................................................7

2.1 Instrumentos e técnicas de coleta de dados.................................................................7

2.2. Observação.................................................................................................................7

2.3 Entrevista.....................................................................................................................9

2.3.1entrevistas estruturadas e não estruturadas................................................................9

2.4 Questionário..............................................................................................................10

2.4.1perguntas abertas e perguntas fechadas claras e objetivas......................................10

2.4.2Tipos de aplicação dos questionários......................................................................10

2.5 Análise documental...................................................................................................11

2.6 Grupo focal e grupo de discussão..............................................................................11

Conclusão........................................................................................................................13

Referências bibliográficas......................................................................................................14

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1.Introdução

O presente trabalho embasado sobre instrumentos e técnicas de recolha de dados


utilizados na pesquisa, pois ela e extrema importante numa pesquisa cientifica, estudo
de casos, entre outros. Neste contexto estes instrumentos e técnicas de recolha de dados
são instrumentos que são usados para a efetivação de uma obra, projeto de pesquisa,
monografias, artigos científicos, dissertação etc.

Os instrumentos referidos tem como principal objetivo recolher de dados para uma
determinada investigação cientifica, estudos, obras. Portanto o trabalho vai abordar de
forma sumaria sobre instrumentos e técnicas de recolha de dados utilizados na pesquisa,
onde estes instrumentos e técnicas designadamente são: Observação, entrevista,
questionários, Analise documental, O grupo focal e grupo de discussão.

O processo de pesquisa assenta em cinco grandes fases sucessivas de trabalho: a


formulação do problema; o plano de estudo; o trabalho de campo; a análise dos dados e,
finalmente, a apresentação dos resultados. E de importância decisiva, visto que orienta
todo o trabalho de pesquisa.
No que concerne a seleção das técnicas e dos instrumentos tem muito a ver com a
natureza de investigação, pois dependem intrinsecamente dos objetivos do estudo, das
questões e da situação concreta de investigação.

Portanto, para a efetivação deste trabalho importa referir que este obedeceu como
método a revisão bibliográfica de artigos de diversificadas naturezas, desde livros,
monografias, folhetos e entre outros.

Sendo que para uma melhor compreensão deste, obedece a seguinte estrutura:

 Introdução
 Fundamentação teórica
 Conclusão
 Referências bibliográficas

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2.Definição

Segundo Moresi (2003),“Os instrumentos e técnicas de recolha de dados são um


conjunto de processos e instrumentos elaborados para garantir o registo das
informações, o controlo e a análise dos dados ”(p.160).
Por outras palavras os instrumentos de coleta de dados de pesquisa são as ferramentas
que farão parte do processo de coleta, levantamento e, por fim, tratamento das
informações e divulgação dos resultados. Para cada tipo de pesquisa é recomendado um
instrumento de coleta diferente.

2.1 Instrumentos e técnicas de coleta de dados


As principais técnicas e instrumentos de recolha de dados nas pesquisas científicas são:
 A entrevista;
 A observação;
 O questionário;
 Análise documental;
 O grupo focal e grupo de discussão.

Um aspecto importante a considerar é que a escolha de cada um dos instrumentos ou


técnicas depende o tipo e da finalidade da investigação a ser realizada, das abordagens,
das fontes de informações, entre outros fatores.
Seguidamente, vamos detalhar cada um dos instrumentos e técnicas de forma explicitá-
los para um melhor compreensão.
2.2. Observação
“Observação consiste na recolha de informação, de modo sistemático, através do
contato direto com situações específicas” (Aires, 2015, p.25).
Lüdke e André (1986) consideram que “para que se torne um instrumento válido e
fidedigno de investigação científico, a observação precisa ser antes de tudo controlada e
sistemática” (p.25).

Assim, ao planificar a observação significa “determinar com antecedência, ‘o quê’ e


‘como’ observar”. Isso acontece com delimitação do objeto de estudo, do problema e do

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foco da investigação. Cabe, também, nesse sentido, o observador definir o grau de sua
participação na observação designadamente:

Observação participante Para Denzin(1989), refere que:

A observação participante é uma tentativa de tornar significativo o mundo que


está a ser estudado na perspetiva dos que estão a ser observados, o que implica
que o investigador assuma, em simultâneo, o papel de participante nos cenários
e atividades/ações que pretende estudar e observar, o que requer uma boa
capacidade de distanciamento que lhe permita registar de forma rigorosa e o
mais objetiva possível aquilo que observa (no qual o observador fica face a face
com o pesquisado e tem possibilidades de modificar as situações) ” (p.42).

Observação não participante no qual o observador não fica face a face com o
pesquisado e não tem possibilidades de modificar as situações.
A observação é um dos instrumentos da pesquisa qualitativa e ela permite que o
pesquisador chegue mais perto da perspectiva dos sujeitos e acompanhar as experiências
diárias dos sujeitos, pode aprender a sua visão de mundo, isto é, o significado que eles
atribuem à realidade que os cerca e às próprias ações.

Para Lüdke e André (1986) os principais conteúdo da observação são:

1. Descrição dos sujeitos – aspectos físicos, formas de vestir, falar, sentar,


escrever, etc;

2. Reconstrução dos sujeitos – suas manifestações nos gestos, depoimentos que


devem ser registados, analisados e interpretados;

3. Descrição de locais – ambientes físicos, localizações, forma de organização


dos espaços, todos os elementos devem ser registados;

4. Descrição de eventos especiais – ocorrências e respectivos sujeitos


envolvidos;

5. Descrição de atividades – o registo do que foi realizado pelos observados e o


comportamento dos mesmos ao realizar as atividades;

6. Comportamento do observador – o registo de atitudes, sentimentos, ações e


conversas durante a observação. (p.183).

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2.3 Entrevista
“Segundo Bisquerra (1989) define a entrevista como sendo “uma conversação entre
duas pessoas, iniciada pelo entrevistador, com o propósito específico de obter
informação relevante para uma investigação” (p. 103).

Segundo Gil (1987) “A entrevista é uma forma de diálogo em que uma das partes busca
coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação” (p.160).

Existem diferentes tipos de entrevistas que, segundo Bogdan e Biklen (1994), variam
com o seu grau de estruturação, entrevistas estruturadas e não estruturadas.

As entrevistas estruturadas caracterizam-se por seguirem integralmente um roteiro


preestabelecido e reservando para o investigador o papel de mero compilador de dados e
de criar um ambiente propício para que os entrevistados respondam apenas às questões
que são colocadas.

No caso das entrevistas não estruturadas, o processo de recolha é mais dinâmico,


flexível e aberto que o anterior. Por norma, o entrevistador convida o sujeito a falar
sobre uma área de interesse e ao longo da conversação, explora-a mais aprofundada
mente, retomando, sempre que se revele oportuno e pertinente, os tópicos e os temas
que o respondente iniciou. Também designadas por entrevistas em profundidade.

A entrevista em grupo ou (focus group), “realizada com a finalidade de discutir um


tópico, um tema ou uma situação específica, por um grupo de pessoas convidadas para o
efeito” (Morgado, 2012, p.71-76).

Em ambos casos é importante que o pesquisador: utilize uma linguagem adequada,


respeite o tempo e horários marcados para a realização da entrevista, as informações
colhidas, que não podem ser distorcidas, a cultura e os valores do entrevistado. Nunca
pode o investigador forçar o entrevistado à uma resposta e deve ter sempre em mão um
roteiro. O pesquisador deve decidir, também, sobre a forma para registar a entrevista –

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gravação, anotações em blocos ou ambos – todavia, toda a entrevista só pode ser
gravada com a autorização expressa do entrevistado.

2.4 Questionário
O Questionário, numa pesquisa, é um instrumento ou programa de coleta de dados. Se
sua confecção é feita pelo pesquisador, seu preenchimento é realizado pelo informante.
“Instrumento de coleta de dados constituído por uma série de perguntas, que devem ser
respondidas por escrito” (Marconi & Lakatos, 1999, p.100).

Vieira (2009) define “o questionário como sendo o “instrumento de pesquisa constituído


por uma série de questões sobre determinado tema”, que normalmente é entregue aos
respondentes para o preenchimento e as respostas transformadas em dados estatísticos”
(p.15).
Construção do questionário consiste em traduzir os objetivos da pesquisa em perguntas
abertas e perguntas fechadas claras e objetivas.
a) Perguntas Aberta: são as que permitem ao informante responder livremente, usando
linguagem própria e emitir opiniões, (que geralmente rendem mais discussão).
b) Perguntas Fechada: são aquelas em que o informante escolhe sua resposta entre
duas opções. Este tipo de pergunta, embora restrinja a liberdade das respostas, facilita o
trabalho do pesquisador e também a tabulação, pois as respostas são mais objetivas,
(que são mais diretas).
c) Perguntas Múltipla escolha: são perguntas fechadas mas que apresentam uma série
de possíveis respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto. A técnica da
escolha múltipla é facilmente tabelável e proporciona uma exploração em profundidade
quase tão boa quanto a de perguntas abertas. A combinação de respostas múltiplas com
as respostas abertas possibilita mais informações sobre o assunto, (quando conta com
perguntas abertas e fechadas).

2.4.2Tipos de aplicação dos questionários

Para Vieira (2009) são três as principais formas de aplicação dos questionários sao:

1) Questionários de auto aplicação – nas quais se entre o questionário ao


responde e este preenche e o envia depois. O envio pode ser feito por correio,
pela internet ou outras formas. Tem algumas desvantagens: as respostas podem
demorar e muitas pessoas podem não responder o questionário enviado. As

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principais vantagens do questionário de autoaplicação são: a possibilidade do
respondente responder na hora e espaço que quiser e a não influência do
pesquisador na colecta da informação;
2) Questionários aplicados em entrevistas por telefone – muito usados pelas
empresas de marketing, de telefonia móvel e fixa e nas pesquisas de marcado.
3) Questionários aplicados em entrevista face a face – estes são feitos por
meio de entrevista na qual o pesquisador preenche o formulário com perguntas,
geralmente, estruturadas. (p.166).

2.5 Análise documental

Uma das primeiras fontes de informação a serem consideradas é a existência de


registros na própria organização, sob a forma de documentos, fichas, relatórios ou
arquivos em computador. O uso de registros e documentos já disponíveis reduz tempo
e custo de pesquisas para avaliação. Além disto, esta informação é estável e não
depende de uma forma específica para ser coletada. Deve ser observado que, na
maioria das vezes, já existe uma grande quantidade de informação nas organizações e
cujo uso para fins de avaliação tem sido muito pouco efetivo.
Dependendo do desenvolvimento da cultura organizacional, da estrutura e
funcionamento dos sistemas de informação existentes na instituição, pode haver
alguma dificuldade com esta técnica, pois:
1. Nem todos os dados estão completos (por exemplo: registros de 2 anos atrás não
estão completos);
2. Os dados disponíveis estão excessivamente agregados, dificultando seu uso;
3. Mudanças de padrões com o tempo inviabilizam a comparação entre dados
obtidos em épocas diferentes.
4. Dados só são disponíveis para uso confidencial.

2.6 Grupo focal e grupo de discussão

O grupo focal é uma estratégia interativa de coleta de dados, que segundo Weller
(2006, cit. Em Flick, 2004):
Permite reunir mais de um depoimento ou opinião de uma única vez por meio
de uma entrevista coletiva semi-estruturada focada em um tema (p. 246).
O pesquisador atua como moderador do grupo e deve conduzir a reunião garantindo a
circulação de opiniões, bem como o foco no tema. Sua função é avaliar a reação do

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grupo ao tema ou situação proposta. Há alguns cuidados a serem mencionados com
relação à formação do grupo é preciso que haja interesse pelo tema e que o grupo tenha
um número reduzido de participantes, entre 6 e 12 pessoas.

Segundo Merton (1984) refere que:

Os grupos focais são muito utilizados em pesquisa explorativas ou avaliativas,


ou como técnica complementar às pesquisas quantitativas. Trata-se de uma
estratégia muito utilizada em pesquisas de mercado e em pesquisas eleitorais e a
análise dos resultados não leva em conta a origem social ou a faixa etária dos
entrevistados” (P.164).
O grupo de discussão difere do grupo focal por que seu objetivo é o de analisar as
Visões de mundo ou representações coletivas apresentadas pelo grupo.

Segundo Weller (2006) diz:

As opiniões trazidas pelo grupo não podem ser vistas como tentativa de
ordenação ou como ou como resultado de uma influência mútua no momento da
entrevista. Essas 5 posições refletem acima de tudo as orientações coletivas ou
as visões de mundo do grupo social ao qual o entrevistado pertence, (p.245).

A maneira de constituição do grupo de discussão difere, por isso, do modo utilizado no


Grupo focal, no qual podem se misturar pessoas diferentes e sem vínculo entre si. Os
grupos de discussão, ao contrário, são constituídos com a finalidade de se reproduzir
grupos reais, ou seja, estruturas sociais que se mantem a partir de processos
comunicativos identificáveis por padrões de comunicação. Esse método é bastante
utilizado nos estudos de juventude, de diferenças geracionais, de gênero e do meio
social.

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Conclusão

Dada a conclusão de pesquisa cientifica referente a instrumentos e técnicas de recolha


de dados utilizados na pesquisa, foi possível concluir que os instrumentos de coleta de
dados de pesquisa são as ferramentas que farão parte do processo de coleta,
levantamento e, por fim, tratamento das informações e divulgação dos resultados.

Neste contexto para realização de uma recolha de dados numa pesquisa são utilizados
instrumentos e técnicas que permitam recolher os dados e após a sua divulgação usando
o seguintes instrumentos e técnicas: Observação, Entrevista, questionários, Analise
documental entre outros.

Portanto ressaltamos a preocupação com a objetividade da pesquisa e com a questão


ética. Neste sentido, é recomendável que os roteiros de questionários e entrevistas sejam
validados antes de sua aplicação e que os instrumentos de coleta de dados forneçam a
complementaridade dos dados, além de melhor compreensão e análise das situações
investigadas. Durante o processo de recolhar de dados é importante que, os instrumentos
de coleta sejam encaminhados a pesquisadores da área em estudo ou analise.

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Referências bibliográficas

Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (2003). Fundamentos de Metodologia Científica. São


Paulo: Ed. Atlas.
Morgado,J. C. (2012).O estudo de caso na investigação em educação: Santo Tirso
Portugal: De Facto Editores.

Aires, L.(2015). Paradigma qualitativo e práticas de investigação educacional. Lisboa:


Universidade Aberta.

Carmo,H. e Ferreira,M.(2008). Metodologia da Investigação: guia para auto-


aprendizagem. 2ª. edição. Lisboa: Universidade Aberta.

Gil, A. C. (1994). Métodos e Técnicas de pesquisa social: um tratamento conceitual.


São Paulo: Atlas.

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