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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA DE RODOVIAS II
PROFESSORA: Msc. CINTHIA MORAIS

MATEUS FORMOLO

MATERIAS BETUMINOSOS PARA FINS DE PAVIMENTAÇÃO

CAXIAS DO SUL
SETEMBRO DE 2018
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1. CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS BETUMINOSOS

Os materiais betuminosos são caracterizados como uma mistura de hidrocarbonetos


solúveis no bissulfeto de carbono. O termo inclui alcatrões e piches produzidos a partir do
carvão. Os betumes podem ser encontrados em minas ou obtidos pelo aquecimento do petróleo
ou outros materiais orgânicos (LIDIELE BARIANI BERNUCCI, 2008).

2. TIPOS DE LIGANTES ASFÁLTICOS: CAP, EMULSÕES ASFÁLTICAS E


ASFALTO DILUÍDO

Segundo Bernucci (2008, p. 28) “o asfalto utilizado em pavimentação é um ligante


betuminoso que provém da destilação do petróleo e que tem a propriedade de ser um adesivo
termoviscoplástico, impermeável a água e pouco reativo1”.
O asfalto é um material versátil, muito utilizado em construções de pavimentos, tendo
como principais características:
- Impermeabilizante;
- Durável e Resistente;
- Flexível;
- Controlável;

a) Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)

O cimento asfáltico é um ligante betuminoso com características termoviscoplástico,


impermeável à água e pouco reativo. Considerado um material semi-sólido a temperaturas
baixas, viscoelástico a temperaturas ambientes e líquido a altas temperaturas. (LIDIELE
BARIANI BERNUCCI, 2008).

b) Emulsões Asfálticas

Define-se emulsão asfáltica como uma dispersão estável de dois ou mais líquidos
imiscíveis. No caso os líquidos são a água e o asfalto. O agente emulsionante é uma substância
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que reduz a tensão superficial, fazendo com que os glóbulos de asfalto permaneçam em
suspensão na água. (LIDIELE BARIANI BERNUCCI, 2008).

c) Asfalto Diluído (ADP)

Os asfaltos diluídos são produzidos através de adição de um material diluente volátil,


provenientes do petróleo. O diluente é utilizado para baixar a viscosidade e deixar o material a
uma temperatura ambiente. (LIDIELE BARIANI BERNUCCI, 2008).
Dois tipos de asfaltos diluídos são utilizados no Brasil, são chamados de cura rápida
(CR), no qual o seu solvente é a gasolina ou a nafta e a cura média (CR), onde seu solvente é o
querosene. (LIDIELE BARIANI BERNUCCI, 2008).

3. IMPRIMAÇÃO

É uma pintura asfáltica, executada para promover certa coesão à superfície da camada
pela penetração do ligante asfáltico, impermeabilizar e verificar condições adequadas de ligação
entre as camadas. É aplicado em camadas de base de pavimentos, e também pode ser aplicado
em camadas de sub-base. (DER/PR, 2005).

4. PINTURA DE LIGAÇÃO

É uma pintura asfáltica, executada para promover aderência ou ligação da superfície


entre as camadas. É aplicado em camadas de base, ligação intermediárias e antigos
revestimentos asfálticos, como a execução de recapeamento, reforço e rejuvenescimento
superficial com lama. (DER/PR, 2005).

5. TIPOS DE REVESTIMENTO ASFÁLTICOS

Segundo Bernucci, (2008, p. 159) “Os pavimentos são estruturas de múltiplas camadas,
sendo o revestimento a camada que se destina a receber a carga dos veículos e mais diretamente
a ação climática”.
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a) Misturas usinadas

Essa mistura é realizada em usina estacionária e posteriormente é transportada através


de caminhão para a obra. Realizado a compactação, é possível gerar os resultados num arranjo
estrutural estável e resistente, e suas respectivas deformações causadas pelo tráfego. (LIDIELE
BARIANI BERNUCCI, 2008).

b) Mistura a quente

A mistura a quente pode ser subdividida pela graduação dos agregados, entre eles são
destacados os três tipos mais usados: Graduação densa, aberta e descontinua. (LIDIELE
BARIANI BERNUCCI, 2008).

c) Concreto asfáltico denso (CA)

Segundo Bernucci, (2008, p. 160) “Um dos tipos mais empregados no Brasil é o
concreto asfáltico (CA) também denominado concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ)”.
O concreto e a mistura asfáltica são muito resistentes, quando seus materiais são
escolhidos da forma correta.

d) Camada porosa de atrito ou revestimento asfáltico drenante

As misturas do tipo CPA, mantém uma grande porcentagem de vazios no ar, não
preenchidos por consequência de pequenas quantidades de agregados miúdo, ligante asfáltico
e filer. (LIDIELE BARIANI BERNUCCI, 2008).

e) SMA – Stone Matrix Asphalt

A mistura se caracteriza por ter uma elevada porcentagem de agregados graúdos, assim
forma-se uma grande quantidade de vazios. Foi concebido para maximizar o contato entre os
agregados graúdos. Esses vazios, por sua vez, são preenchidos por um mastigue asfáltico,
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constituído pela mistura da fração areia, filer, ligante asfáltico e fibras. (LIDIELE BARIANI
BERNUCCI, 2008).

f) Misturas asfálticas usinadas a frio

Formado por agregados graúdos, miúdos e de enchimentos, os mesmos são misturados


com emulsão asfáltica de petróleo a uma temperatura ambiente. Pode ser utilizado para
pavimentos de estradas e ruas com baixo tráfego. (LIDIELE BARIANI BERNUCCI, 2008).

g) Lama asfáltica

Segundo Bernucci, (2008, p. 187) “A lama asfáltica tem sua aplicação principal em
manutenção de pavimentos, especialmente nos revestimentos com desgaste superficial e
pequeno grau de trincamento.
São misturas consideradas in situ em usinas móveis, basicamente são formadas por um
associado de agregados minerais, material de enchimento ou filer, emulsão asfáltica e água,
misturados a temperatura ambiente.

h) Misturas asfálticas recicladas

Segundo Bernucci, (2008, p. 190) “Entende-se por reciclagem de pavimentos o processo


de reutilização de misturas asfálticas envelhecidas e deterioradas para produção de novas
misturas”. Existem inúmeros equipamentos que permitem esse corte, chamado de máquinas
fresadoras.
i) Tratamentos Superficiais

Os tratamentos superficiais são uma aplicação de ligantes asfálticos e agregados sem


mistura prévia na pista, com posterior compactação para promover o recobrimento parcial e a
adesão entre agregados ligantes. (LIDIELE BARIANI BERNUCCI, 2008).
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6. ENSAIO MARSHALL

Segundo Bernucci (2008, p. 207) “o método de Marshall foi concebido no decorrer da


2º Guerra Mundial como um procedimento para definir a proporção de agregado e ligante capaz
de resistir as cargas de roda e pressão de pneus das aeronaves militares”.

As seguintes etapas compõem o ensaio de Marshall:

• Determinação das massas específicas reais do cimento de petróleo e dos


agregados;
• Seleção da faixa granulométrica;
• Escolha da composição dos agregados através de uma tabela de composição de
agregados;
• Escolha da temperatura de compactação e mistura;
• Adoção de teores de asfalto para os diferentes grupos e corpos-de-prova;
• Resfriamento e desmoldagem dos corpos-de-prova, obtém-se os dados gerais do
mesmo.
• Ajusta-se o percentual em massa de cada agregado;
• Com base no percentual, e nas massas específicas reais dos constituintes,
calcula-se a DMT;
• Calculo dos parâmetros de dosagem para cada CP;
• Corpos-de-prova são submersos em banho-maria a 60° por 30 a 40 minutos. Em
seguida é posto imediatamente no molde de compressão.
• Determina-se então, através da prensa Marshall, a estabilidade (N) e a fluência
(mm).
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7. REFERÊNCIAS

Disponivel em: <http://www.der.pr.gov.br/arquivos/File/PDF/pdf_Pavimentacao/ES-


P17-05PinturasAsfalticas.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

LIDIELE BARIANI BERNUCCI, L. M. G. D. M. J. A. P. C. J. B. S.


PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA - FORMAÇÃO BÁSICA PARA ENGENHEIROS. RIO
DE JANEIRO: [s.n.], 2008.

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