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Belo Horizonte
2020
LISTA DE FIGURAS
Figura 11 - Modelo dos fluxos de processos de acordo com o PMBOK 6ª edição ------------- 25
LISTA DE QUADROS
Quadro 5 - Comparação entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas ------------ 14
conhecer todas as abordagens existentes para o alcance da visão sistêmica do seu ambiente
organizacional.
A compreensão do que representa hoje a administração exige o conhecimento dos
caminhos pelos quais perpassou a teoria administrativa ao longo da sua história. A teoria
administrativa tem pouco mais de cem anos, mas os registros de práticas organizativas
começam por volta de 5.000 a.C. com os sumérios e suas práticas comerciais e governamentais.
Ao observar os grandes empreendimentos da humanidade – construção da Muralha da China,
as pirâmides egípcias, as primeiras normas legais na Veneza do século 14 – foi perceptível a
necessidade de algum planejamento para conduzi-los.
A grande virada ocorreu somente a partir do século XVIII com a Revolução Industrial
na qual mudou profundamente a vida econômica e social do mundo, substituindo as oficinas
artesanais pelas fábricas e transferindo o centro dos negócios da agricultura para indústria.
Destarte, a era Industrial foi fundamental para o aparecimento da teoria administrativa.
O processo de industrialização teve início no final do século XIX, como consequência
direta da Revolução Industrial e estendeu-se até a década de 1990. Foi a etapa em que o capital
financeiro constituiu a principal fonte de poder de riqueza. O surto de desenvolvimento
industrial provocou o gradativo distanciamento entre países desenvolvidos e países
subdesenvolvidos e apesar das duas guerras mundiais que a perturbaram, nesta era predominou
um ambiente empresarial estável, previsível e tranquilo, exigindo uma postura de permanência
e manutenção do status nas organizações.
Grande parte dos modelos propostos foram adaptados à realidade das empresas, sendo
amplamente utilizados por gestores no contexto da época e em partes nos dias atuais. Esse fato
ficará mais claro ao leitor à medida em que se avança nas abordagens das principais Teorias da
Administração.
A teorias administrativas podem ser classificadas em duas grandes “Eras”, sendo: a Era
Industrial Clássica e a Era Industrial Neoclássica. A figura 1 ilustra as principais abordagens:
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Administração Científica
Substituição
da Preparar e Dividir as Controlar o Ocorrências
improvisação treinar os atribuições e trabalho para excepcionais
por métodos empregados responsabilidade que seja devem atrair
científicos a para para que haja executado de a atenção do
partir do produzirem disciplina acordo com o gerente para
planejamento mais e melhor planejado correção dos
desvios
As ideias propostas por Taylor foram adotadas, posteriormente, por outros países como
Japão, Rússia, Alemanha em suas linhas de produção e até hoje impactam processos que
almejam a maximização de recursos no tempo (CHIAVENATO, 2015). Tal prática é notória
em negócios fast-food como o McDonald's, por exemplo, onde tanto a cozinha como o balcão
de atendimento seguem os pressupostos da administração científica de Taylor. Assim, combater
o desperdício e as ineficiências para aumentar a produtividade também é fundamental nos dias
de hoje.
O Fordismo
Embora não pertencesse aos teóricos da Administração Científica, Henry Ford (1863-
1947) foi um dos destaques na sua época ao introduzir a produção em massa. Sua linha de
produção estava pautada no planejamento ordenado e contínuo para se manter um ritmo rápido
e constante. Para isso, as operações eram constantemente analisadas com base no estudo dos
tempos e movimentos e o trabalhador não precisava se deslocar para buscar o produto, sendo
entregue pela própria linha de montagem. Cada vez mais o processo de produção era acelerado
e ritmado levando Ford a criar três princípios de eficiência:
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Princípio da Princípio da
intensificação produtividade
Princípio da
economicidade
Com o foco voltado exclusivamente para as tarefas, o fordismo sofreu duras críticas
pelo desinteresse ao fator humano. Baseado num processo sistemático com princípios pautados
na disciplina mais rígida, especialização mais favorecida e divisão do trabalho, considerava que
a eficácia era sinônimo de disciplina e obediência. Na perspectiva de Chiavenato (2015), houve
uma melhoria das organizações e tal modelo culminou na alavancagem de grandes negócios,
proporcionando crescimento econômico e social.
Teoria Clássica
Uma outra vertente voltada para o alcance da máxima eficiência organizacional surge na
França por intermédio do engenheiro francês Henri Fayol (1841-1925). Sua abordagem difere
da Administração Científica de Taylor pela ênfase na estrutura organizacional e não mais nas
tarefas, refletindo a preocupação com a formação de uma rede interna de relações entre os
órgãos que compõem a organização e com estabelecimento de um conjunto de princípios
universais para o seu bom funcionamento. Basicamente, o modelo de Fayol considera o
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mecanismo top dow (cima para baixo) e do todo para as partes componentes. Na visão de Fayol,
as empresas possuem as seguintes funções1:
Essas funções são reconhecidas hoje como áreas, sendo as mais comuns: marketing,
finanças, produção e recursos humanos (CHIAVENATO, 2015). O exercício da função
administrativa era baseado em cinco ações ilustradas na Figura 3:
FUNÇÃO
ADMINISTRATIVA
Prever
Controlar Organizar
Coordenar Comandar
1
Fayol, H. Administração industrial e geral. São Paulo: Atlas, 1978.
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A teoria clássica tem como base um enfoque prescritivo e normativo, pois apresenta os
elementos da administração (funções do administrador) e os princípios gerais adotados pelo
administrador nas suas atividades como receituários aplicáveis a todas as empresas,
independente do setor. De acordo com Fayol, para o bom funcionamento do corpo social é
preciso seguir os 14 princípios que estão elencados no quadro 2 abaixo:
Burocracia
Pergunta: Será que você, gestor, percebe facilmente quando a internalização das normas
está engessando a empresa onde trabalha, impactando no nível de satisfação de seus
clientes?
Na figura 4 estão descritas as seis dimensões contínuas da burocracia que medem o grau
de burocratização de uma organização:
Estruturalismo
Teoria neoclássica
Teoria comportamental
Teoria de Sistemas
Teoria da Contingência
Contingência significa uma eventualidade, uma possibilidade de algo acontecer ou não. Isto significa
que no mundo atual não servem mais os princípios gerais e universais de administração válidos para
toda e qualquer situação ao mesmo tempo, eles foram úteis quando no mundo dos negócios era
relativamente conservador, estável e previsível. Hoje, pelo contrário, tudo é mutável, efêmero,
evanescente e a única constante do mundo atual é a mudança. As organizações são vistas como
entidades vivas em contínuo desenvolvimento e mudança. Para alcançar ajustamento adequado às
mudanças ambientais nelas, tudo pode e deve ser continuamente melhorado e aperfeiçoado para
obtenção desse ajustamento contínuo.
A Administração Estratégica é definida como um processo contínuo uma vez que inicia
fora da organização e se desdobra dentro dela; e circular, procurando manter a organização
integrada ao seu ambiente.
Pode ser dividida nas seguintes etapas:
1. Análise do ambiente;
2. Estabelecimento das diretrizes organizacionais;
3. Formulação da estratégia;
4. Implementação da estratégia;
5. Controle estratégico.
Portanto, a Administração Estratégica consiste em uma série de etapas que são repetidas
ciclicamente. Os ambientes nas organizações mudam constantemente e estas devem se
transformar de maneira adequada para assegurar que as metas sejam alcançadas, conforme
apresentado na figura 7 abaixo:
De acordo com Verzuh (2000), o ciclo de vida de um projeto mostra a sua progressão
linear, podendo ser divididas em quatro etapas: definir, planejar, executar, concluir. Para
gerenciar o ciclo de vida de um projeto é necessária uma série de atividades de gerenciamento
de projetos conhecidas como processos de gerenciamento de projetos. Segundo Montes (2018),
um grupo de processo é um somatório de processos (ações) que suportam o desenvolvimento
do projeto, levando a um resultado. Como descrito no Guia PMBOK (2017), os processos
podem ser aplicados em setores diferentes e também assumir três categorias: a) processos
usados uma vez ou em pontos predefinidos no projeto; b) processos que são executados
periodicamente, conforme necessário; e c) processos que são realizados continuamente ao
longo do projeto. A fim de integrá-los e permitir o alcance dos objetivos propostos, foram
agrupados em cinco Grupos de Processos – Quadro 7 – e especificados os níveis de interação
na figura 9:
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Os processos também podem ser categorizados por Áreas de Conhecimento que, mesmo
estando interligadas, são definidas separadamente. As dez Áreas do gerenciamento de projeto
descritas no Guia PMBOK (2017) são:
Gerenciamento da Integração;
Gerenciamento de Escopo;
Gerenciamento de Custos;
Gerenciamento de Qualidade;
Gerenciamento das Aquisições;
Gerenciamento dos Recursos;
Gerenciamento das Comunicações;
Gerenciamento de Risco;
Gerenciamento do Cronograma;
Gerenciamento das Partes Interessadas.
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Disponível em: https://dicaspmp.pmtech.com.br/fluxo-pmbok/
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REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à teoria das organizações. São Paulo: Manole, 2016.