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CASOS PRÁTICOS – Pessoas colectivas e objecto

1. A… pretende criar uma fundação com o objectivo de beneficiar as crianças


economicamente carenciadas com livros escolares.
Assim, na prossecução deste desígnio, decide consultar o advogado X para que
este o possa esclarecer no que concerne aos procedimentos a adoptar para que
a Fundação se torne realidade.
Colocado(a) no lugar do advogado X quais seriam os seus conselhos?

2. F…, G… e H… constituíram, respeitadas as formalidades legais, a Associação


Recreativa de Nhamatanda.
Dois anos depois, já a associação contava com 50 associados, sendo F…, G… e
H… seus administradores.
Reunida em assembleia geral, à qual faltaram apenas 5 associados, foram
votadas as seguintes matérias:
a) Alteração da sede de Nhamatanda (conforme constava dos estatutos) para
Beira com voto favorável de dois terços dos associados presentes,
precisamente a maioria exigida pelos estatutos;
b) Compra de um imóvel para a implantação de um casino com 20 votos a
favor, 18 contra e 7 abstenções.

Um mês depois, reunido o órgão de administração, foi votada por


unanimidade:

c) A alteração da denominação Associação Recreativa de Nhamatanda (conforme


constava dos estatutos) para Associação Recreativa do Chiveve;
d) A aprovação do balanço anual da associação;
e) Doação de um imóvel, pertencente à associação, a I…, pai de H…, por todo
o apoio moral que sempre deu ao filho para que a associação fosse criada e
se mantivesse em funcionamento durante os dois anos de existência.

Mais 15 dias volvidos, H…, em nome da Associação, doa o imóvel a seu pai,
I….

i. Pronuncie-se acerca de cada uma das matérias e respectivas deliberações


tomadas em assembleia geral.
ii. Pronuncie-se acerca de cada uma das matérias e respectivas deliberações
tomadas no órgão de administração.
iii. É válida a doação do imóvel?

3. A… é proprietário de um prédio com 5 andares. Como deseja fazer obras de


restauro, decide vender os elevadores a B… com o qual, desde logo assinou um
contrato de compra e venda. Entretanto, o fornecedor dos novos elevadores
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demorou na entrega e quando, finalmente, os elevadores foram substituídos, já


A… tinha vendido o prédio a C… sem fazer qualquer referência aos elevadores.
A quem pertencem os elevadores?

4. A… é proprietário de um antigo solar ornamentado com mobília raríssima.


Interpelado por B… para a vender, decide realizar o negócio por
14.000.000,00MT, ficando a entrega das chaves aprazada para realizar dali a um
ano.
Entretanto, e sabendo que A… vendera a casa, C… compra-lhe os móveis que
a adornavam.
Um ano depois, A… entrega a casa a B… sem os móveis. Este invoca que o
mobiliário lhe pertence, pois no acto da compra e venda a sua transferência não
foi excluída dos efeitos do contrato.
Quid juris?

5. D… comprou um automóvel a E… pelo preço de 350.000,00MT. Celebrado o


contrato e quando D… se preparava para conduzir o veículo adquirido,
reparou que E… não lhe entregara as chaves. Ao solicitá-las, este respondeu-
lhe que “apenas tinha vendido o automóvel e não as chaves”, pelo que para as
obter teria de comprá-las pelo preço de 30.000,00MT. aliás, esclareceu, ainda,
que havia retirado o triângulo, o auto-rádio que ele próprio havia comprado e
incorporado no automóvel, e as respectivas colunas. Quanto ao pneu
sobressalente e ao macaco, E… oferecia-os como brinde.
Furioso, D… exige que E… lhe entregue as chaves, o triângulo, o auto-rádio e
as colunas gratuitamente. E… insiste que D… apenas comprara o automóvel.
Quid juris?

6. Em Janeiro do ano passado, A…, proprietário de um pomar de laranjeiras,


resolveu constituir, por contrato, o usufruto do seu pomar favor de B… pelo
prazo de um ano.
Em Fevereiro do mesmo ano, B… decidiu instalar um sistema de rega gota-a-
gota com o objectivo de melhorar a qualidade das laranjeiras.
Em Setembro, B…, com o intuito de dar ar mais alegre ao local, mandou pintar
de amarelo o muro cinzento que delimitava a propriedade de A…
Em Novembro, ainda do ano passado, deu-se a colheita das laranjas.
Em Janeiro do presente ano, findo o usufruto, B… exige para si as laranjas, o
levantamento do sistema de rega e uma indemnização pela tinta utilizada no
muro. A… afirma, no entanto, que nunca deixou de ser o proprietário do
pomar, pelo que tanto as laranjas como o sistema de rega lhe pertencem.
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Quanto ao muro diz não se importar que B…, se conseguir, retire a tinta, desde
que o muro fique igual ao que estava antes de B… o pintar.
Quid juris?

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