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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da XXª Vara do Trabalho de Cidade/Estado

Processo nº.: XXXXXXXXXXX


Objeto: Contestação

EMPRESA A., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seus


procuradores, nos autos da reclamató ria trabalhista movida por TRABALHADOR B vem
apresentar sua contestação, nos seguintes termos:
1. DO CONTRATO DE TRABALHO
O reclamante foi contratado pela empresa reclamada em xx/xx/xxxx, para exercer a funçã o
de “AAAAAA” no setor de XXXXX, passando pelas funçõ es de “BBBBBB” em xx/xx/xxxx e
“CCCCCCCCC” em xx/xx/xxxx, no mesmo setor, sendo que o contrato de trabalho se
encerrou por iniciativa do empregado em xx/xx/xxxx, por pedido de demissã o, quando
auferia o valor mensal de R$ 4.700,00 (quatro mil e setecentos reais).
Frise-se que durante a contratualidade o reclamante tive diversas afastamentos.

1. DAS HORAS EXTRAS


Nada é devido ao reclamante a título de horas extras, conforme se passa a aduzir. Vejamos:
a) Da jornada de trabalho. Do regime compensatório.
Destaca a reclamada ser totalmente infundada a pretensã o do reclamante no que tange ao
pagamento de horas extras excedentes a 8 horas diá rias e 44h semanais, uma vez que nã o
reflete a realidade contratual havida entre as partes. Nesse passo, necessá rio se faz
impugnar a totalidade das alegaçõ es do reclamante quanto à s horas extras, pois
absolutamente inverídica tal alegaçã o.
O reclamante, durante o período do contrato de trabalho, sempre laborou em jornada de
trabalho variá vel, de segunda a sá bado, totalizando 44 horas semanais.
Deve ser esclarecido aqui que toda a jornada de trabalho realizada pelo ex-empregado
durante a contratualidade foi devidamente registrada nos cartõ es-ponto que acompanham
a presente defesa, os quais demonstram fiel e integralmente a sua jornada durante todo o
pacto laboral.
Prova da fidelidade dos cartõ es-pontos está nos horá rios lançados pelo pró prio autor, os
quais apontam o labor em período extraordiná rio em algumas oportunidades, que foram
corretamente adimplidos ou compensados.
Dessa forma, resta desconstituída a alegaçã o de que o autor teria laborado nas jornadas
informadas na inicial, restando de todo impugnadas. Incumbirá o autor provar tais
alegaçõ es, nos termos do artigo 818 da CLT.
Necessá rio frisar que nã o há qualquer impugnaçã o do reclamante quanto aos cartõ es-
ponto, o que torna sua validade INCONTROVERSA.
Impugna-se a alegaçã o de que havia compensaçã o de jornada no meio do turno sem
comunicaçã o prévia, devendo o autor provar o que diz.
Restam desde já impugnadas as alegaçõ es do reclamante em sentido contrá rio neste
particular, sendo seu o ô nus de comprová -las, ex vi do artigo 818 da CLT.
O reclamante deverá comprovar toda e qualquer alegaçã o que faz nesta reclamató ria,
principalmente, quando tenta imputar a reclamada fatos que nã o ocorreram.
**ADAPTAR OS FATOS DA EMPRESA** Ademais necessá rio ressaltar que a empresa
fornece mensalmente, em conjunto com os recibos de salá rio, o cartã o-ponto, posto que a
empresa sempre forneceu aos seus funcioná rios có pias dos registros. Em segundo lugar, o
reclamante tem acesso via sistema/”portal”, com senha pró pria, de todo o registro de
horá rio, bem como de suas horas extras realizadas, sendo permitida até mesmo a
impressã o dos registros.
De outra parte, no que tange ao regime compensató rio, ressalta-se, que há previsã o nas
normas coletivas aplicá veis à s partes, no contrato de trabalho e no acordo individual
firmado pelo reclamante, o regime de compensaçã o horá ria, nos termos do § 2º do art. 59
da CLT, de forma a possibilitar que o trabalho extraordiná rio em determinada ocasiã o fosse
compensado com folgas posteriores dentro do limite normativo (ver Convençõ es Coletivas
em anexo).
Ainda, nã o houve desrespeito ao artigo 59 e seguintes da CLT, restando vá lido o regime
compensató rio adotado entre as partes, do qual, inclusive, o reclamante se beneficiou.
O regime compensató rio se dava de forma regular, sendo que nã o há qualquer impugnaçã o
do reclamante em sentido contrá rio.
Logo, nã o há qualquer irregularidade que autorize a declaraçã o de nulidade do regime de
compensaçã o, uma vez que atendidos todos os requisitos legais e aqueles previstos na
Sú mula 85 do C. TST.
Nesta senda, reitera a ré que a totalidade das horas extras laboradas pelo reclamante foram
corretamente pagas e/ou compensadas pela empresa reclamada durante toda a
contratualidade, observando-se a quantidade e percentual correto, conforme confirmam os
cartõ es-ponto e recibos salariais anexos, inexistindo qualquer diferença a tal título.
Ressalte-se, neste sentido, as inú meras horas extras registradas e corretamente pagas ou
compensadas.
Destarte, os cartõ es-ponto demonstram inú meras folgas parciais e integrais concedidas ao
autor, as quais revelam que o regime de compensaçã o era respeitado e aplicado da forma
correta.
Ainda, em relaçã o aos eventuais meses em que nã o forem localizados os cartõ es-ponto,
requer a reclamada seja considerada como jornada de trabalho a mesma consignada nos
cartõ es ponto juntados autos, na medida em que a ausência de alguns registros de horá rio
induz à adoçã o da média das jornadas registradas, e nã o a adoçã o da jornada de trabalho
informada na inicial.
Os repousos semanais remunerados sempre foram respeitados, o que importa na
improcedência do pedido em tela.
Ante o acima exposto, demonstra-se que é claramente improcedente o pedido da inicial.

b) Dos domingos e feriados laborados com a dobra e repousos semanais


remunerados
O autor informa que trabalhava de segunda a segunda e feriados, mas nã o recebeu
corretamente a contraprestaçã o, pelo que requer o pagamento em dobro, o que nã o é
verdade e nã o procede.
Sempre que o reclamante laborou nestas ocasiõ es, o labor foi consignado nos registros de
horá rio o autor gozou da respectiva folga compensató ria, ou entã o recebeu o devido
pagamento, com os adicionais devidos previstos nas normas coletivas, conforme
comprovam os cartõ es-ponto, em cotejo com os recibos salariais.
Apenas por cautela, impugna-se a frequência informada na inicial, por incorreta. O labor em
domingos e feriados consta dos cartõ es-ponto, nã o havendo espaço para arbitramentos.
A Lei Maior garante aos empregados um repouso semanal, preferencialmente aos
domingos, e nã o necessariamente, o que faz cair por terra a tese do reclamante.
O Decreto nº 27.048, de 12 de agosto de 1949, que regulamenta a Lei nº 605/49, em seu
art. 7º, autoriza de forma permanente os estabelecimentos comerciais varejistas de gêneros
alimentícios a funcionar aos domingos com a utilizaçã o de empregados, sem qualquer
ressalva quanto ao poder legiferante municipal ou à necessidade de acordo ou convençã o
coletiva de trabalho.
Os modernos supermercados (denominaçã o atual, nã o adotada à época do Decreto nº
27.048/49) sã o uma espécie do gênero mercado - em bom português: um mercado grande.
Sã o mercados onde se encontram gêneros alimentícios dos mais variados, produtos
farmacêuticos, sã o servidas refeiçõ es, possibilitando facilidade e concentraçã o de compras
e lazer.
Desta forma, a empresa reclamada está autorizada a abrir as suas lojas aos domingos e
feriados.
O reclamante sempre gozou da folga semanal, sendo vezes nos domingos, sendo vezes nã o.
Certo é que o labor realizado ou em feriados ou em domingos foram devidamente
compensados, de modo que é impossível o pagamento em dobro do referido período:
EMENTA: DOMINGOS TRABALHADOS. A Lei 605/1949 prevê em seu art. 1º que o repouso
semanal remunerado deve ser concedido preferencialmente aos domingos, afastando a
obrigatoriedade da concessã o neste dia. Assim, o labor em domingos só é devido em dobro
quando nã o concedida folga compensató ria. (Acó rdã o - Processo 0073700-
02.2007.5.04.0010. Redator: IONE SALIN GONÇALVES. Data: 20/07/2011 Origem: 10ª Vara
do Trabalho de Porto Alegre)
Esse é o posicionamento da sú mula 146 do TST. SUM-146 TRABALHO EM DOMINGOS E
FERIADOS, NÃO COMPENSADO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 93 da
SBDI-1) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O trabalho prestado em domingos e feriados, nã o compensado, deve ser pago em dobro,
sem prejuízo da remuneraçã o relativa ao repouso semanal.
Disso se extrai que todos os repousos semanais remunerados foram corretamente pagos o
autor, sendo indevida a dobra em razã o do labor em domingos e feriados, pois, para a
reclamada, sã o considerados dias normais de trabalho, conforme visto acima.
Improcede o pedido, bem como os reflexos postulados.

c) Dos intervalos intrajornadas


Assevera a ré que os cartõ es-ponto juntados aos autos demonstram, de forma clara e
incontestá vel, que os intervalos foram integralmente gozados pelo autor durante toda a
contratualidade, inexistindo diferenças a esse título, sendo impugnada a alegaçã o em
contrá rio.
Contudo, em eventual condenaçã o, o que se admite apenas para argumentar, ainda assim
nã o há que se falar em pagamento da hora de intervalo ou tempo suprimido mais o
adicional, indistintamente.
Aplica-se aos intervalos intrajornada de uma hora, por analogia, a regra do artigo 58, § 1º, da
CLT, de modo que, dentro da margem de minutos diários ali estabelecida, exime-se a
empregadar do pagamento da remuneração de que trata o artigo 71, § 4º, da CLT.
Ad argumentandum, caso este Juízo entenda por condenar a reclamada a pagar o horá rio de
intervalo, nã o se pode admitir as integraçõ es, uma vez que se trata de parcela
indenizató ria.
Por fim, quanto aos reflexos pleiteados, sã o indevidos, ante a improcedência do pedido
principal.
Dessa forma, afaste-se a pretensã o exposta na inicial.

d) Dos reflexos
Admitindo, apenas para fins de argumentaçã o, caso sejam deferidos os pedidos em questã o,
o que respeitosamente, nã o se espera, ainda assim nã o há que se falar nos reflexos e
integraçõ es pretendidos na peça inicial.
Ocorre que nã o havia prestaçã o de horas extras habituais, o que impossibilita a integraçã o
das horas extras nos repousos semanais remunerados. Neste mesmo sentido, está a Sú mula
172 do C. TST:
REPOUSO REMUNERADO. HORAS EXTRAS. CÁ LCULO - Computam-se no cá lculo do repouso
remunerado as horas extras habitualmente prestadas.
De toda sorte, caso nã o seja este o entendimento deste MMº Juízo, o que nã o se espera,
requer a empresa ré, que deverá ser observada a OJ nº 394 da SDI-I do TST, nos termos que
seguem:
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO - RSR. INTEGRAÇÃ O DAS HORAS EXTRAS. NÃ O
REPERCUSSÃ O NO CÁ LCULO DAS FÉ RIAS, DO DÉ CIMO TERCEIRO SALÁ RIO, DO AVISO
PRÉ VIO E DOS DEPÓ SITOS DO FGTS. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010) A majoraçã o
do valor do repouso semanal remunerado, em razã o da integraçã o das horas extras
habitualmente prestadas, nã o repercute no cá lculo das férias, da gratificaçã o natalina, do
aviso prévio e do FGTS, sob pena de caracterizaçã o de “bis in idem”.
Neste sentido, improcedente a integraçã o pretendida pelo reclamante.

e) Dos requerimentos da reclamada


Por fim, a reclamada, em caso de alguma condenaçã o, requer a aplicaçã o da Súmula nº 85,
item III, do TST.
Ainda, em caso de condenaçã o, requer a reclamada sejam consideradas como extras
somente as horas excedentes ao limite normativo, conforme regime de compensaçã o
inserido nas normas coletivas.
Outrossim, requer a compensaçã o de todas as horas extras pagas a maior no decorrer da
contrataçã o, que deve ocorrer de forma global e nã o mês a mês.
Caso nã o seja acatado o requerimento de compensaçã o global das horas extras, a empresa
requer o abatimento das horas extras pagas ao longo do contrato, que deve ser integral e
aferido pelo total das horas extras pagas durante o período do contrato de trabalho, tal
como determina a OJ nº 415 do TST.

DO BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS


Indevidos ambos, eis que os artigos 14º da Lei nº 5.584/70 e 4º da Lei nº 1060/50
determinam que os benefícios da justiça gratuita somente serã o concedidos à queles que,
comprovadamente, nã o estiverem em condiçõ es de pagar as custas do processo e os
honorá rios do advogado, sem prejuízo pró prio ou de sua família.
Nã o é este o caso dos autos, já que a procuraçã o nã o é outorgada ao sindicato profissional,
sendo certo que a contrataçã o de advogado particular constitui indício de idoneidade
econô mica.
De outra parte, na Justiça do Trabalho, uma Justiça Especializada, com seus princípios
pró prios, nã o se pode falar em condenaçã o a honorá rios de sucumbência, como ocorre na
Justiça Comum.
Este é o entendimento sedimentado pelo Tribunal Superior do Trabalho, através da Sú mula
219, item I.
Se deferidos honorá rios, deverã o ser calculados sobre o valor líquido apurado na fase de
liquidaçã o, e nã o sobre o bruto, nos termos do § 1º do art. 11 da Lei nº 1060/50. E em
montante nã o superior a 10.
Improcede o pedido.
DA COMPENSAÇÃO/DEDUÇÃO
Na hipó tese de eventual condenaçã o, requer a reclamada a compensaçã o/deduçã o de todos
os valores pagos a maior pela real empregadora ao longo do contrato de trabalho noticiado
na inicial.

DOS DESCONTOS FISCAIS E PREVIDENCIÁRIOS


O certo, Excelência, é que deve ser retida a parcela referente aos descontos fiscais d, em
consonâ ncia com a legislaçã o específica, bem como pacífica jurisprudência relacionada a
matéria, o que desde já requer.
O crédito deferido à reclamante deverá sofrer as competentes deduçõ es – compulsó rias –
de descontos fiscais e previdenciá rios, por determinaçã o expressa dos artigos 114, § 3o,
153, III e 195, II da Lei Magna, 27 da Lei nº 8.212/91, 46, § 2o da Lei nº 8.541/92, e 43 e 44
da Lei 8.212/91, observando-se, ainda, o Provimento da CGJT nº 01/96.
Ressalta, ainda, a empresa reclamada que os descontos em tela devem ser feitos sobre o
total de eventual valor devido à reclamante, eis que é esta a determinaçã o contida nas
legislaçõ es pró prias.
Por fim, conforme recente Orientaçã o Jurisprudencial nº 363 do Tribunal Superior do
Trabalho, os eventuais recolhimentos fiscais devem ser pagos pelo empregado na parte que
lhe cabe, nã o podendo se eximir de suas obrigaçõ es com a alegaçã o de ter a reclamada
inadimplido com as verbas remunerató rias no momento oportuno.
Por fim, nã o há que se falar em acú mulo de créditos e lesõ es à reclamante, para pagamento
de valor em uma ú nica parcela, referente ao imposto de renda a ser retido na fonte e
contribuiçã o previdenciá ria, devendo ser rechaçada a pretensã o, que vai de pronto
impugnada.
Improcede a pretensã o.

DA CORREÇÃO MONETÁRIA. DA INCIDÊNCIA DOS JUROS. DA TAXA SELIC


Na hipó tese de condenaçã o da reclamada ao pagamento de algum ou de todos os pedidos
articulados, em relaçã o aos juros de mora, a reclamada requer seja requer seja aplicado o
entendimento consubstanciado na Sú mula 381 do TST, no tocante à correçã o monetá ria:
Sú mula nº 381 do TST
CORREÇÃ O MONETÁ RIA. SALÁ RIO. ART. 459 DA CLT (conversã o da Orientaçã o
Jurisprudencial nº 124 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
O pagamento dos salá rios até o 5º dia ú til do mês subseqü ente ao vencido nã o está sujeito à
correçã o monetá ria. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correçã o
monetá ria do mês subseqü ente ao da prestaçã o dos serviços, a partir do dia 1º. (ex-OJ nº
124 da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998)
Por fim, a correçã o monetá ria deverá obedecer ao critério dos índices estabelecidos pelo
Supremo Tribunal Federal, ao entendimento de que:
(i) sã o reputados vá lidos e nã o ensejarã o qualquer rediscussã o (na açã o em curso ou em
nova demanda, incluindo açã o rescisó ria) todos os pagamentos realizados utilizando a TR
(IPCA-E ou qualquer outro índice), no tempo e modo oportunos (de forma extrajudicial ou
judicial, inclusive depó sitos judiciais) e os juros de mora de 1% ao mês, assim como devem
ser mantidas e executadas as sentenças transitadas em julgado que expressamente
adotaram, na sua fundamentaçã o ou no dispositivo, a TR (ou o IPCA-E) e os juros de mora
de 1% ao mês;
(ii) os processos em curso que estejam sobrestados na fase de conhecimento
(independentemente de estarem com ou sem sentença, inclusive na fase recursal) devem
ter aplicaçã o, de forma retroativa, da taxa Selic (juros e correçã o monetá ria), sob pena de
alegaçã o futura de inexigibilidade de título judicial fundado em interpretaçã o contrá ria ao
posicionamento do STF (artigo 525, pará grafos 12 e 14, ou artigo 535, pará grafos 5º e 7º,
do CPC) e (iii) igualmente, ao acó rdã o formalizado pelo Supremo Tribunal Federal sobre a
questã o deve-se aplicar eficá cia erga omnes e efeito vinculante, no sentido de atingir
aqueles feitos já transitados em julgado desde que sem qualquer manifestaçã o expressa
quanto aos índices de correçã o monetá ria e taxa de juros (omissã o expressa ou simples
consideraçã o de seguir os critérios legais) (STF, Pleno, ADI 5.867/DF, ADI 6.021/DF, ADC
58/DF, ADC 59/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 18.12.2020).
Como consequência prá tica, a referida decisã o do STF acabou por afastar a aplicaçã o do
dispositivo a respeito de juros quanto a créditos trabalhistas (artigo 39, pará grafo 1º, da
Lei 8.177/1991).
É justamente o fato de o E. STF haver modulado os efeitos da decisã o – devem ter aplicaçã o,
de forma retroativa, da taxa Selic (juros e correção monetária), sob pena de alegaçã o futura
de inexigibilidade de título judicial fundado em interpretaçã o contrá ria ao posicionamento
do STF – que justifica requerer seja aplicada a taxa SELIC desde a sua citação, sem
incidência autô noma de um índice de correçã o monetá ria e de juros mensais desde o
ajuizamento da açã o, com incidência do IPCA-E na fase pré-judicial.

DA APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS– ART. 400, I DO CPC/2015.


O reclamante requer a aplicaçã o da penalidade de confissã o, para que a empresa apresente
documentos.
Entretanto, tendo em vista que a reclamada acosta aos autos todos os documentos
pertinentes ao seu ô nus probató rio, nã o há que se falar em pena de confissã o no aspecto.
Indefira-se os pedidos e requerimentos finais.

ANTE O EXPOSTO, requer a improcedência do pleiteado, com os consectá rios de estilo.


A ora peticioná ria protesta pela produçã o de todo o meio de prova em direito admitido, em
especial depoimento pessoal do autor, sob pena de confissã o, prova documental,
testemunhal e pericial, bem como impugna expressamente os argumentos lançados na
exordial e os documentos juntados pelo reclamante. Restam desde já prequestionados,
para todos os fins de direito, os artigos de Lei e da Constituiçã o Federal, Sú mulas,
Enunciados e Orientaçõ es Jurisprudenciais ora invocados em contestaçã o.
Ainda, a reclamada requer, com base na Sú mula nº. 427 do TST, que as intimaçõ es e/ou
comunicaçõ es processuais sejam expedidas e/ou publicadas exclusivamente em nome de
seu procurador que ora se credencia aos presentes autos ADVOGADO - OAB/ESTADO
Nesses termos,
pede deferimento.
Cidade, dia mês ano
Pedro Henrique Keller

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