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TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Segunda Câmara Cível
Nº 88
ACÓRDÃO
Classe : Apelação n.º 0000001-38.2007.8.05.0094
Foro de Origem : Foro de comarca Ibirapitanga
Órgão : Segunda Câmara Cível
Relator : Desembargador Jatahy Júnior
Apelante : Antonio Gomes
Apelante : Lúcia de Jesus Martins
Advogado : Leandro Santos Barreto (OAB: 21234/BA)
Apelado : Antonio Carlos da Silva
Apelado : Marisa Aparecida Costa da Silva
Advogado : Nanci Fogaça Marconi Pucci (OAB: 213020/SP)
Advogado : Priscila Felisberto Coelho (OAB: 251351/SP)
Rec. Adesivo : Antonio Carlos da Silva
Rec. Adesivo : Marisa Aparecida Costa da Silva
Assunto : Adoção de Criança
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Inviável a declaração de nulidade por suposta falta de
acompanhamento pelo Ministério Público quando, além
de atendidos e preservados os interesses da criança, não
se demonstrou qualquer prejuízo ao deslinde do feito,
que regularmente tramitou com a atuação do Ministério
Público, sempre intimado, embora justificadamente
ausente em determinadas situações.
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dentro de um ideal de moral e bons costumes e que
constituem os valores médios que são aceitos e
repetidos em nossa sociedade.
Des(a). Presidente
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Procurador(a) de Justiça
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RELATÓRIO
Classe : Apelação n.º 0000001-38.2007.8.05.0094
Foro de Origem : Foro de comarca Ibirapitanga
Órgão : Segunda Câmara Cível
Relator : Desembargador Jatahy Júnior
Apelante : Antonio Gomes
Apelante : Lúcia de Jesus Martins
Advogado : Leandro Santos Barreto (OAB: 21234/BA)
Apelado : Antonio Carlos da Silva
Apelado : Marisa Aparecida Costa da Silva
Advogado : Nanci Fogaça Marconi Pucci (OAB: 213020/SP)
Advogado : Priscila Felisberto Coelho (OAB: 251351/SP)
Rec. Adesivo : Antonio Carlos da Silva
Rec. Adesivo : Marisa Aparecida Costa da Silva
Assunto : Adoção de Criança
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seja destituído o poder familiar dos acionados.
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VOTO
Classe : Apelação n.º 0000001-38.2007.8.05.0094
Foro de Origem : Foro de comarca Ibirapitanga
Órgão : Segunda Câmara Cível
Relator : Desembargador Jatahy Júnior
Apelante : Antonio Gomes
Apelante : Lúcia de Jesus Martins
Advogado : Leandro Santos Barreto (OAB: 21234/BA)
Apelado : Antonio Carlos da Silva
Apelado : Marisa Aparecida Costa da Silva
Advogado : Nanci Fogaça Marconi Pucci (OAB: 213020/SP)
Advogado : Priscila Felisberto Coelho (OAB: 251351/SP)
Rec. Adesivo : Antonio Carlos da Silva
Rec. Adesivo : Marisa Aparecida Costa da Silva
Assunto : Adoção de Criança
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presente.
Afasta-se a preliminar.
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faculta ao Juiz tomar o depoimento das pessoas menores, impedidas ou
suspeitas, atribuindo à prova colhida o valor que possa merecer.
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Da jurisprudência colhe-se o seguinte precedente, análogo à
hipótese dos autos:
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Para o deslinde da questão, muito elucidativas são as
manifestações proferidas pelo próprio genitor Antonio Gomes, em seu
depoimento de fl. 295, no qual falou livre e espontaneamente, sem interlocutores
(como seu causídico) e sem a eventual influência que lhe era exercida por sua
extinta esposa.
A extinta genitora, por sua vez, havia declarado (fls. 297/298) que
também não era contrária à adoção em si, mas deixaria de dar sua anuência em
razão de ter se sentido traída pelos adotantes, que lhe prometeram uma
determinada postura, como entrega de endereço e telefone em São Paulo, e
notícias mensais sobre o menor.
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definitiva da criança, conforme uníssono posicionamento jurisprudencial, o que
será pormenorizado adiante.
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Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado
em 16/02/2017, DJe 24/02/2017).
Por sua vez, no Código Civil – que deve ser visto sob a premissa
de que suas normas sofrem irradiação direta dos valores constitucionalmente
previstos – estão enumerados os casos nos quais o pai ou a mãe perderá, por
sentença, o poder familiar, e que se somam às hipóteses de extinção do art.
1.635. Observe-se:
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II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo
antecedente.
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se dos deveres inerentes ao poder familiar, conduta que enseja a
sua suspensão. Evidenciado que a criança – que desde o
nascimento foi entregue pela mãe biológica para adoção –
permanece com os adotantes por período de tempo suficiente
para reconhecê-los como seus pais, ou seja, desde o seu
nascimento até hoje com 6 (seis) anos de idade, necessário se
mostra deferir a adoção, ainda que a genitora tenha se
arrependido posteriormente. III - No caso, a concretização do
princípio do melhor interesse da criança consiste na sua
permanência com aqueles que desde o primeiro mês de vida
proporcionam-lhe um ambiente familiar seguro, com carinho,
atenção e respeito. IV- Aplica-se o Princípio do Interesse
Superior da Criança, prevalecendo o interesse da menor,
devendo ser colocada no ambiente em que melhor assegure o seu
bem estar, físico e/ou moral. RECURSO IMPROVIDO. (Classe:
Apelação,Número do Processo: 0002995-14.2011.8.05.0154,
Relator(a): Aldenilson Barbosa dos Santos, Quarta Câmara
Cível, Publicado em: 27/11/2014)
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PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA. VALIDADE. LONGO
CONVÍVIO DA CRIANÇA ADOTANDA COM OS
ADOTANTES. PREPONDERÂNCIA DO MELHOR
INTERESSE DA CRIANÇA. 1. A criança adotanda é o
objeto de proteção legal primário em um processo de adoção,
devendo a ela ser assegurada condições básicas para o seu bem-
estar e desenvolvimento sociopsicológico. 2. À luz desse
comando principiológico, a retratação ao consentimento de
entrega de filho para adoção, mesmo que feito antes da
publicação da sentença constitutiva da adoção, não gera direito
potestativo aos pais biológicos de recuperarem o infante, mas
será sopesado com outros elementos para se definir o melhor
interesse do menor. 3. Apontando as circunstâncias fáticas
para o significativo lapso temporal de quase 04 (quatro) anos
de convívio do adotado com sua nova família, e ainda, que não
houve contato anterior do infante com sua mãe biológica, tendo
em vista que foi entregue para doação após o nascimento, deve-
se manter íntegro o núcleo familiar. 5. Recurso especial não
provido. (REsp 1578913/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 16/02/2017, DJe 24/02/2017)
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declarar a extinção do poder familiar da acionada Lucia de Jesus Martins, em
razão de seu falecimento, e para determinar a perda do poder familiar do genitor
Antonio Gomes por força do art. 1.638, III, do Código Civil, ratificando-se a
sentença farpeada em todos os seus demais termos.
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