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Nº 1

Ana Margarida ana_margarida_23@hotmail.com


12º G
RELATÓRIOS SEMANAIS
Economia C

Semana de 18 a 22 de maio

Após a distribuição de tarefas, ao longo desta semana, comecei a


fazer a parte que me foi atribuída: Medidas económicas de resposta
aos problemas ambientais, ajustadas à promoção de um
desenvolvimento sustentável. Comecei por realizar pesquisas na
Internet, onde consegui obter bastante informação sobre este tópico.
Li as páginas 305, 306 e 307 do manual adotado, páginas referentes
a esse mesmo tema e realcei as informações úteis. Usei como fontes
o manual escolar de Economia C, sites da internet e trabalhos
publicados na mesma de outros alunos. Nesta semana, pesquisei
bastante e abordei a aposta nas energias renováveis, o incentivo à
reutilização, incentivos à produção e ao consumo de ecoprodutos, o
fomento das indústrias limpas/ verdes e o apoio ao desenvolvimento
da agricultura biológica. Após reunir todas as informações que
encontrei tanto na internet como no manual adotado, organizei o texto
e escrevi tudo direitinho de modo a abordar bem este tópico.
Bibliografia:https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_renov%C3%A1vel

https://paginas.fe.up.pt/~jotace/gtresiduos/recic.htm

https://agrobio.pt/produtor/apoio-tecnico-a-agricultura-biologica/
Semana de 25 a 29 de maio

Depois do trabalho feito na semana passada, esta semana eu, a


Carolina estivemos a organizar imagens, a ver tipos de
apresentações e a discutir temas para o nosso powerpoint. Desta
forma, tiramos esta semana para começar o powerpoint e para rever
o texto que já tínhamos feito na semana passada. Depois de
escolhido o tema para o nosso powerpoint, começamos a pesquisar
as imagens e a recolher frases do nosso texto já escrito para começar
a fazer o powerpoint.
Semana de 01 a 05 de junho

Trabalhei no powerpoint.

Semana de 08 a 12 de junho

Acabei o powerpoint
Nº 7
Carolina Andrade cainandrade4@hotmail.com
12º G
RELATÓRIOS SEMANAIS
Economia C

Semana de 18 a 22 de maio

Ao longo desta semana tenho explorado o tópico que me foi atribuído,


o desenvolvimento sustentável. O meu objetivo principal era recolher
a maior quantidade de informação clara e de fácil entendimento, para
uma melhor compreensão sobre o tema. Decidi então averiguar
informações sobre o tema em diversas fontes. Comecei com
pesquisas em sites online e de seguida procedi para leituras de
noticias sobre o tema e também para leituras dos manuais escolares
de economia. Assim, comecei por pesquisar sobre o conceito de
desenvolvimento sustentável e consequentemente a época em que
foi criado. Referi ainda alguns exemplos que têm contribuído para a
destruição do nosso planeta. Deste modo, abordei de uma forma
sucinta os dezassete objetivos do desenvolvimento sustentável e a
Agenda 2030 que visa criar um novo modelo global para acabar com
a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos, proteger
o ambiente e combater as alterações climáticas. Para obter um
trabalho completo, expus a participação importante de Portugal no
processo de definição desta Agenda 2030. Para concluir, considerei
relevante falar sobre o Acordo de Paris uma vez que reafirma o
objetivo de manter o aumento global da temperatura abaixo dos 2º C.
Semana de 25 a 29 de maio

Depois do trabalho feito na semana passada, esta semana eu, a


Carolina estivemos a organizar imagens, a ver tipos de
apresentações e a discutir temas para o nosso powerpoint. Desta
forma, tiramos esta semana para começar o powerpoint e para rever
o texto que já tínhamos feito na semana passada. Depois de
escolhido o tema para o nosso powerpoint, começamos a pesquisar
as imagens e a recolher frases do nosso texto já escrito para começar
a fazer o powerpoint.
Semana de 01 a 05 de junho

Trabalhei no powerpoint

Semana de 08 a 12 de junho

Acabei o powerpoint.
Nº 16
Luís Martins luismartins998@gmail.com
12º G
RELATÓRIOS SEMANAIS
Economia C

Semana de 18 a 22 de maio

Ao longo desta semana, o meu trabalho consistiu nomeadamente na


recolha de informação. Li o manual, vários documentos
disponibilizados pela internet, e visualizei alguns vídeos na
plataforma Youtube. Toda a matéria recolhida foi incorporada num
documento rascunho, no qual sublinhei as ideias principais.
Recolhida toda a informação, delineei os tópicos que iriam ser alvo de
abordagem. Numa vídeo-chamada, distribuímos os tópicos entre nós.
Semana de 25 a 29 de maio

Ao longo desta semana, realizei a introdução do trabalho e comecei a


desenvolver os tópicos que me foram atribuídos. Assim, esclareci
alguns conceitos relativos aos dois pilares do trabalho - os direitos
humanos e o meio ambiente. Relativamente ao primeiro pilar deste
trabalho, apresentei uma definição de direitos humanos, abordei as
suas três dimensões, referi as principais características e terminei
com a exibição de alguns exemplos. Relativamente ao segundo pilar
deste trabalho, refleti na importância do meio ambiente, apresentei os
principais problemas ambientais e estabeleci a distinção entre
economia e ecologia
Semana de 01 a 05 de junho

Ao longo desta semana, desenvolvi de forma completa a relação que


se estabelece entre o meio ambiente e os direitos humanos.
Li inúmeros documentos disponibilizados pela internet, recolhi o
máximo de informação e apurei a mais relevante. Desta forma,
prossegui à explicação da dimensão ambiental dos direitos humanos.
Também reuni as principais ideias síntese relativamente ao trabalho
em si, para começar a organizar a conclusão e as considerações
finais do trabalho.

Semana de 08 a 12 de junho

Nesta última semana, as atenções foram desviadas para a finalização


do projeto.
Desta forma, formatar, organizar e estruturar esteticamente o projeto
foram a prioridade. Realizei a capa do trabalho, o cronograma e os
relatórios.
Nº 18
Maria Rodrigues mariaorodrigues22@outlook.com
12º G
RELATÓRIOS SEMANAIS
Economia C

Semana de 18 a 22 de maio

Nesta primeira semana, o meu trabalho consistiu na recolha e


tratamento de informações relativas ao tópico que optei na
distribuição das tarefas. Assim, através da internet e manual,
aglomerei as ideias principais no que diz respeito ao ponto
“Responsabilidade dos países relativamente à questão ecológica”.
Semana de 25 a 29 de maio

Ao longo desta semana, foquei-me na realização do trabalho que me


foi atribuído para o decorrer da mesma. Uma vez que a notícia
“Agências da ONU assinam acordo para proteger direito humano a
um meio ambiente saudável” já estava escolhida, comecei por
analisá-la e adaptá-la ao tema escolhido pelo grupo.

Notícia de análise:
https://nacoesunidas.org/agencias-da-onu-assinam-acordo-para-prot
eger-direito-hu mano-a-um-meio-ambiente-saudavel/
Semana de 01 a 05 de junho

Trabalhei no powerpoint.

Semana de 08 a 12 de junho

Durante esta semana, e uma vez que nos deparamos com a falta de alguns

elementos no nosso trabalho, estive a pesquisar algumas medidas a nível

europeu para que seja possível alcançar um ambiente mais saudável e

sustentável.

Inicialmente, recolhi as informações pesquisadas sobre legislação ambiental da

União Europeia, sobre a política europeia do ambiente e sobre a política comum

das pescas. Por fim, selecionei o que achei mais pertinente sobre estas

temáticas e elaborei a sua apresentação.


Índice
1 Introdução............................................................................................. 2
2 Os Direitos Humanos .......................................................................... 3
2.1 O que se entende por direitos humanos?.......................................... 3
2.2 As três dimensões ou gerações............................................................3
2.3 Principais características.................................................................... 4
2.5 Exemplos de Direitos Humanos......................................................... 5
3 O Meio ambiente.....................................................................................7
3.1 Importância do meio ambiente.......................................................... 7
3.2 Problemas ambientais......................................................................... 8
3.2.1 A poluição marítima..................................................................... 9
3.2.2 As alterações climáticas................................................................9
3.4.3 Diminuição e extinção de espécies............................................ 10
3.3 O desenvolvimento sustentável.........................................................12
3.4 Medidas de resposta aos problemas ambientais............................ 17
3.4.1 As energias renováveis............................................................... 18
3.4.2 Promoção da reciclagem.............................................................18
3.4.3 A agricultura biológica............................................................... 19
4 Meio ambiente e Direitos Humanos....................................................21
5 Análise da notícia..................................................................................24
6 Legislação ambiental Europeia..........................................................26
6.1 Política Europeia do Ambiente........................................................ 29
6.2 Política das Pescas..............................................................................32
7 Conclusão...............................................................................................33

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1. INTRODUÇÃO
No âmbito da disciplina de Economia C, foi-nos proposto a elaboração de um
trabalho projeto que incidisse na temática dos direitos humanos. Alicerçados a esta
proposta, optámos por abordar o meio ambiente na perspetiva dos direitos
humanos. Assim, iremos explorar, esclarecer, demonstrar e fundamentar a relação
de interdependência que se estabelece entre estes dois pilares fundamentais.

Os nossos objetivos com a realização deste trabalho, prendem-se sobretudo com a


demonstração da relação direta que se estabelece entre a economia, sociedade e
meio ambiente. Por outras palavras, queremos mostrar como o meio ambiente se
enquadra como um dos pressupostos dos direitos humanos e como mecanismo de
contribuição para o bem-estar social.

Priorizámos esta temática, porque consideramos importantíssimo a compreensão da


dimensão do meio ambiente relacionada aos direitos humanos. A proteção do meio
ambiente é um fator decisivo para a consolidação dos direitos humanos. Proteger o
meio ambiente é proteger o ser humano e os seus direitos a uma vida digna.
Ter um ambiente ecologicamente equilibrado e protegido é fundamental para o
desenvolvimento económico, que, por sua vez, é necessário para que a sociedade se
desenvolva e usufrua de um bem-estar.

O nosso estudo e método adotado consistiu, essencialmente, numa pesquisa


aprofundada pela internet, que, através de vários documentos online e de vídeos
digitais (palestras, debates e animações), nos disponibilizou a maior parte da
informação tratada. Não obstante, também recorremos a livros (nomeadamente ao
manual adotado), a revistas e jornais para uma averiguação de informação mais
apurada.

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2. OS DIREITOS HUMANOS
Antes de mais, para uma melhor compreensão dos tópicos que irão ser abordados,
consideramos oportuno esclarecer alguns conceitos relativamente a um dos pilares
deste trabalho - os direitos humanos.

2.1 O que se entende por direitos humanos?


Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os direitos humanos são
“garantias jurídicas universais que protegem indivíduos e grupos contra ações ou
omissões dos governos que atentem contra a dignidade humana”.
Na prática, correspondem aos direitos fundamentais individuais e da coletividade,
indispensáveis para uma vida humana digna, baseados em princípios como a
liberdade, igualdade e fraternidade.

Ilustração 1 - Direitos Humanos

2.2 As três dimensões ou gerações


Os direitos humanos são considerados um processo contínuo de adaptação de leis e
costumes a novas realidades, pelo que podemos dividir este processo em três
dimensões ou gerações. É na terceira geração de direitos humanos que se começa a
valorizar o meio ambiente, protegendo-o da progressiva destruição ambiental.

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2.3 Principais características
De forma sintética, é possível enumerar oito características gerais dos direitos
humanos:
◈ Universalidade: são universais, englobam todas as pessoas em qualquer parte do
globo, independentemente da sua nacionalidade, género, raça, idade, religião, ou
convicção política e filosófica.
◈ Imprescritibilidade: não se perdem, não caem em desuso, têm um carácter
permanente.
◈ Irrenunciabilidade: ninguém pode, jamais, renunciar os seus direitos.
◈ Inalienabilidade: não é permitido a transmissão de direitos entre pessoas.
◈ Indivisibilidade: são colocados no mesmo “patamar”, ou seja, a sua aplicação não
é feita de forma isolada ou hierarquizada. Todos são importantes e necessários.
◈ Relatividade: todos os direitos têm de “conviver” uns com os outros, não
podendo um anular outro.
◈ Interdependência e complementaridade: os direitos dependem uns dos outros
para se efetivarem.

Ilustração 2 - Universalidade dos Direitos Humanos

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2.4 Exemplos de direitos humanos
Os direitos humanos são garantidos legalmente pela lei e protegem indivíduos e
grupos contra ações que interferem nas liberdades fundamentais e na dignidade
humana.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, dissertada pela Organização


das Nações Unidas, representou uma conquista para a humanidade, no que
concerne à implementação de direitos individuais e universais. Esta declaração,
constou que “todo o ser humano tem direito à vida”. Assim, podemos compreender
que todo o ser humano tem direito a todas as condições que mantenham a
qualidade de vida. Uma das condições essenciais à concretização desse objetivo e
direito fundamental é a preservação do meio ambiente, sem o qual a vida humana
era impossível. Assim, apesar desta declaração não incluir nenhuma menção
específica aos direitos ambientais, ao abarcar um conjunto de preocupações
relativas à qualidade de vida humana, dignidade e liberdade, interseta diretamente a
problemática das condições ambientais, que as alterações climáticas tanto agravam.

Imagem 1 - Declaração Universal dos DH de 1948

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As primeiras menções ao direito ambiental foram concretizadas na Declaração de
Estocolmo em 1972. Esta declaração foi o verdadeiro marco histórico para o Direito
Ambiental, ao consagrar o meio ambiente como um direito fundamental,
enquadrando-o com os restantes direitos fundamentais já implantados na primeira e
segunda gerações. Esta declaração sublinha que quando existe uma relação em que
o homem protege a natureza, ambos são beneficiados.

Imagem 2 - Conferência de Estocolmo

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3. O MEIO AMBIENTE
Prosseguimos com a análise do segundo pilar deste trabalho - o meio ambiente.
Consideramos relevante salientar a importância do meio ambiente, e da sua
preservação, enfatizar os principais problemas ambientais provocados pela ação
humana, para tornar o trabalho mais completo e com uma vertente não só
informativa, mas consciente.

3.1 Importância do meio ambiente


O meio ambiente permite que os seres vivos existam. É a casa, o abrigo e sobretudo
a razão da existência de vida no planeta Terra. Oferece com benevolência todas as
condições necessárias para uma vida com qualidade. O ser humano jamais se
sustentaria sem água, ar, matérias primas, clima ameno, solos férteis, etc - tudo
condições disponibilizadas pelo meio ambiente.

Ilustração 3 - Meio ambiente

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3.2 Os problemas ambientais
Neste momento, o meio ambiente está ameaçado pela ação humana.
A humanidade arranjou forma, com uma existência meramente tenra neste planeta,
de destruir, degradar e delapidar os recursos que lhes foram dados. A ambição
desmedida de uma produção excessiva está a arrasar o nosso ambiente.
Os efeitos das agressões aos recursos naturais e ecossistemas, através da
massificação do consumo, da globalização industrial e da exploração insustentável
de recursos não-renováveis é espelhada nas alarmantes alterações climáticas, secas
e cheias, subida do nível da água dos oceanos, etc.

Ilustração 4 - Problemas ambientais

Todas estas ações humanas, violam o dever fundamental de todos protegerem um


ambiente ecologicamente equilibrado, o direito de todos usufruírem uma vida
digna, o direito do princípio de solidariedade entre gerações, entre muitos outros.

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3.2.1 A poluição marítima
Estima-se que sejam despojados 0,6 biliões de lixo nos oceanos por ano. Os nossos
oceanos estão cobertos de lixo, nomeadamente plástico. Atualmente, já podemos
identificar várias “dead zones” (traduzido a português significa “zonas mortas”) que
correspondem a áreas oceânicas outrora repletas de biodiversidade e vida,
transformadas em autênticos desertos biológicos sem presença de oxigénio. Além
das “dead zones”, os oceanos também se dividem em cinco ilhas de lixo – as
“Vortex” que são enormes quantidades de lixo acumuladas em redemoinhos.
Estimativas apontam que mais de 100 mil animais marinhos morrem todos os anos;
e que mais de metade das tartarugas do mundo já ingeriram plástico;
Segundo projeções, se o processo de contaminação dos oceanos por resíduos sólidos
continuar a ser executado ao mesmo ritmo da atualidade, em 2050 haverá mais lixo
do que vida marinha nos mares de todo o mundo.

Imagem 3 - Poluição marítima

3.2.2 As alterações climáticas


Correspondem à variação do clima na Terra ao longo do tempo e constituem uma
das nossas maiores ameaças ambientais, sociais e económicas.
A terra não precisa de nós, nós precisamos da Terra. Se compararmos a existência
da Terra à presença humana, a nossa existência resume-se em três segundos. Em
três segundos, já extinguimos inúmeras espécies, transformámos áreas florestais em
autênticos infernos, derretemos parte do Ártico e tornámos vários cantos do oceano
em desertos biológicos.

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Os incêndios da Amazónia e na Austrália são já exemplos de catástrofes ambientais
provocadas pela atividade humana que espelham de forma preocupante a
problemática deste assunto.

Imagem 4 - Incêndios Amazónia

3.4.3 Diminuição e extinção de espécies


Segundo estimativas, as espécies que existem atualmente, não correspondem nem a
1% do número de espécies que já viveram no planeta.
A ação antrópica humana, destrói os habitats das espécies e diminui a sua
quantidade com a caça excessiva e deliberada.
Estamos a extinguir inúmeras espécies com a contaminação e as alterações
climáticas que as nossas ações provocam.
Tigres, urso polares e pandas gigantes são espécies ameaçadas com risco de
extinção muito elevado.

Imagem 5 - oito espécies em vias de extinção

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3.3 Economia e Ecologia
Todos estes impactes, colocam a evidência a necessidade de se estabelecer relações
entre Economia e Ecologia.
Durante muito tempo estas duas ciências nunca foram colocadas em confronto.
É recente a preocupação gerada em torno dos impactes ambientais que a ação
humana provoca. Durante muitos anos, a humanidade só tinha um objetivo em
mente: produzir em grande escala para obter níveis de rentabilidade agradáveis e
produtivos. Com o passar dos anos, foram constatando a esgotabilidade dos recursos
naturais e as repercussões avassaladoras que a sua atividade produzia no meio
ambiente.
Por isso, nos dias de hoje é indispensável um “diálogo” entre estas ciências, o
futuro do planeta e da humanidade depende disso. É importante a modificação dos
padrões de consumo e de produção, com vista a promoção de um desenvolvimento
ecológico que não acarrete danos ao meio ambiente para as gerações futuras.

Ilustração 5 - Economia e Ecologia

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3.3 O desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento sustentável é modelo de desenvolvimento que, segundo a mais
conhecida definição, referida pela ONU, permite satisfazer as necessidades do
presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem as
suas próprias necessidades. É um desafio imenso a ser alcançado pela humanidade,
uma vez que o futuro da raça humana depende das atitudes de hoje
O termo foi criado em 1983, no Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.

Ilustração 6 - Desenvolvimento sustentável

Desde que começou a Revolução Industrial inglesa, no século XVIII, a aceleração da


devastação ambiental foi constante. Com o aumento do mercado consumidor, a
exploração dos recursos naturais foi intensa e sem a preocupação com a
possibilidade de esses recursos se esgotarem.
Junto com as agressões ao meio ambiente, obviamente, aparecem as consequências,
como as alterações climáticas.

Imagem 6 - Revolução industrial inglesa

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O planeta começou a aquecer, apareceram manifestações climáticas extremas e os
recursos naturais que pareciam eternos começaram a esgotar. Assim, o termo
desenvolvimento sustentável foi criado em 1983, no Relatório Brundtland,
elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Há condições adequadas para que os indivíduos vivam com plena dignidade. Para
isso é preciso agir sem desperdício e sem esgotar de forma irresponsável o que a
natureza nos propicia. É possível usar bem os recursos naturais, assim como
preservar as espécies e os habitats naturais.

O ano de 2015 ficará na História como o ano da definição dos 17 Objetivos de


Desenvolvimento Sustentável, fixados numa cimeira da ONU, em Nova Iorque (EUA),
de 25 a 27 de setembro, que reuniu os líderes mundiais para adotar uma agenda
ambiciosa com vista à erradicação da pobreza e ao desenvolvimento económico,
social e ambiental à escala global até 2030, conhecida como Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável.

Ilustração 6 - Logo da ONU

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A Agenda 2030 é fruto do trabalho conjunto de governos e cidadãos de todo o
mundo para criar um novo modelo global para acabar com a pobreza, promover a
prosperidade e o bem-estar de todos, proteger o ambiente e combater as
alterações climáticas e integra 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
sucessores dos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, que deverão ser
implementados por todos os países e que abrangem áreas tão diversas, mas
interligadas, como: o acesso equitativo à educação e a serviços de saúde de
qualidade; a criação de emprego digno; a sustentabilidade energética e ambiental; a
conservação e gestão dos oceanos; a promoção de instituições eficazes e de
sociedades estáveis e o combate à desigualdade a todos os níveis.

Imagem 7 - Sustentabilidade energética

Portugal teve uma participação importante no processo de definição desta Agenda


2030, com destaque para a defesa mais vincada dos objetivos de promover
sociedades pacíficas e inclusivas, de erradicar todas as formas de discriminação e de
violência com base no género e de conservar os mares e oceanos, gerindo os seus
recursos de forma sustentável.

O documento adotado na Cimeira, para vigorar até 2030, tem a designação de


“Transformando o nosso Mundo: a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável de
2030”. Assim, os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável são:

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1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas e em todos os
lugares.
2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria
da nutrição e promover a agricultura sustentável.
3. Garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos,
em todas as idades.
4. Garantir uma educação inclusiva e equitativa de qualidade e
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para
todos.
5. Alcançar a igualdade de género e capacitar todas as mulheres e
raparigas.
6. Garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água e
saneamento para todos.
7. Garantir o acesso à energia fiável, sustentável, moderna e a
preço acessível para todos.
8. Promover o crescimento económico sustentado, inclusivo e
sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para
todos.
9. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização
inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.
10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
11. Tornar as cidades e os povoamentos humanos inclusivos,
seguros, resilientes e sustentáveis.
12. Garantir padrões de produção e de consumo sustentáveis.
13. Tomar medidas urgentes para combater as alterações
climáticas e os seus impactes.
14. Conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos, os mares
e os recursos marinhos, para o desenvolvimento sustentável.
15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos
ecossistemas terrestres, gerir as florestas de forma sustentável,
combater a desertificação, travar e reverter a degradação dos solos
e estancar a perda de biodiversidade.
16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o
desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para
todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas a
todos os níveis.
17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria
global para o desenvolvimento sustentável.

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3.4.1 Acordo de Paris

O acordo de Paris, foi adotado por 195 Partes, na 21ª Conferência das Partes, da
Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, em Paris, em
dezembro de 2015.
O Acordo reafirma o objetivo de manter o aumento global da temperatura abaixo
dos 2º C. Afirma o propósito de prosseguir todos os esforços no sentido de limitar o
aumento de temperatura a 1,5ºC, questão particularmente importante para os
Pequenos Estados Insulares.

Os países desenvolvidos devem continuar a liderar os esforços de redução de


emissões de GEE de acordo com as metas assumidas nas respetivas Contribuições
Nacionais, enquanto os países em desenvolvimento são encorajados a
desenvolverem metas para toda a economia ao longo do tempo. Os Países Menos
Avançados e os Pequenos Estados Insulares são encorajados a desenvolver
estratégias, planos e ações orientadas para uma economia de baixo carbono que
reflitam as suas circunstâncias especiais.

Imagem 8 - Acordo de Paris

Portugal teve uma participação ativa em todos estes processos, que terão um
impacto decisivo na forma de abordar o desenvolvimento sustentável à escala global,
sendo o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. a entidade que foi
responsável pela coordenação da posição nacional sobre a agenda pós 2015.

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3.4 Medidas de resposta aos problemas ambientais
A exploração dos recursos naturais por parte do Homem tem sido muito superior à
sua reposição natural e essa pressão desenfreada tem vindo a causar graves
problemas ambientais, tais como a poluição, a destruição das florestas, o
aquecimento global, a desertificação e a má gestão dos recursos hídricos.

É assim, imperativo agir globalmente para deixar às gerações vindouras um planeta


dignamente habitável. O meio ambiente deve ser compreendido como parte
fundamental para o alcance da efetivação dos direitos humanos, visto que um
ambiente ecologicamente equilibrado são peças-chave para se conseguir uma
qualidade de vida comum a todos e para o alcance da dignidade da pessoa humana.

Perante esta situação, o Homem tem o dever, como cidadão e gestor da natureza, de
práticas ações que assegurem a sustentabilidade ambiental no espaço em que vive,
originando, desta forma, benefícios permanentes para si e para a sociedade. Assim,
várias são as iniciativas que podem ser levadas a cabo por todos os cidadãos e
instituições de modo a propiciar um consumo e uma produção mais sustentáveis.

Ilustração 7 - Sustentabilidade ambiental

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3.4.1 As energias renováveis
As energias renováveis provem de recursos naturais que, após a sua exploração,
podem voltar aos seus níveis anteriores através de processos naturais de
crescimento ou reabastecimento. São fontes de energia que se renovam
continuamente na natureza, não sendo possível estabelecer um fim temporal para a
sua utilização.
Desta forma, a ideia de um modelo energético sustentável passa pela aposta nas
energias renováveis, como a eólica, a solar, a geotérmica e a hídrica.

Esquema 1 - Energia geotérmica

3.4.2 Promoção da reciclagem


A reciclagem tem um papel importantíssimo para o desenvolvimento sustentável do
planeta. Reciclagem é o processo através do qual se transformam materiais usados,
destinados ao lixo, em novos produtos.
O crescimento industrial, o aumento descontrolado da população nos grandes
centros urbanos, o consumo massivo de produtos não renováveis, aumentam a
quantidade de resíduos inorgânicos e de natureza orgânica nas grandes cidades.
Portanto, com o aumento desses resíduos a reciclagem torna-se necessária para a
manutenção do equilíbrio do planeta e da saúde das pessoas.

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3.4.3 A agricultura biológica
A agricultura biológica é um modo de produção que visa produzir alimentos e fibras
têxteis de elevada qualidade, saudáveis, ao mesmo tempo que promove práticas
sustentáveis e de impacto positivo no ecossistema agrícola.
Assim, através do uso adequado de métodos preventivos e culturais, tais como as
rotações, os adubos verdes, a compostagem, as consociações e a instalação de
sebes vivas, entre outros, fomenta a melhoria da fertilidade do solo e a
biodiversidade.

Imagem 9 - Agricultura biológica

Desta forma, garante-se o direito à escolha do consumidor e é salvaguardada a saúde do


consumidor, ao evitar resíduos químicos nos alimentos. É, além disso, salvaguardada a
saúde dos produtores, que evitam o contacto com químicos nocivos e preserva-se o
ambiente da contaminação de poluentes, cuja atual carga sobre os solos e as águas é, em
grande parte, da responsabilidade de sistemas intensivos de agropecuária.

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3.4.4 Medidas ao alcance de todos
Mas existe uma série de ações que, estando ao alcance de todos, ou seja, todos nós
conseguimos, sem muito custo, fazer e que ajudam a dar uma nova vida ao nosso
planeta.

√ Não queimar lixo e, por sua vez, recicla-lo;


√ Preferir eletrodomésticos de baixo consumo energético;
√ Evitar compras desnecessárias (optar pelo necessário e por
produtos que “respeitem” o ambiente);
√ Evite deixar seus aparelhos em standby (desligue ou tire da
tomada quando não estiver a usar um eletrodoméstico, pois o
aparelho ainda continua a consumir de 15% a 40% de energia);
Evite deixar uma torneira a pingar e escovar os dentes com a
torneira aberta;
√ Ficar atento ao tempo dedicado aos banhos (preferir duches
rápidos, em vez de banhos de emersão);
√ Evitar, o máximo possível, o uso de plástico;
√ Participar em campanhas em prol do ambiente, como o “Dia
sem Carros”
√ Preferir transportes públicos e/ou carros elétricos;
√ Aproveitar a luz solar (para iluminar, secar, …);
√ Apoiar e incentivar as tradições antigas que não poluam tanto;
√ Pagar faturas online em vez de receber faturas;

Além de todas estas medidas, existe uma dica de consumo mais eficiente, que nos é
ensinada desde pequenos nas escolas, conhecida como os 4R’s - Repensar (nos
nossos atos), Reduzir (o consumo), Reutilizar (materiais que pareçam não ter mais
utilidade) e Reciclar.

Página 20
4. AMBIENTE E DIREITOS HUMANOS
A preservação do meio ambiente é o caminho mais eficaz para a proteção dos
direitos humanos. Por outras palavras, a proteção do meio ambiente e o
desenvolvimento sustentável garantem a proteção da dignidade humana (direito
fundamental).

Como averiguamos anteriormente, o ser humano precisa de um meio ambiente


sadio e dos seus recursos para se desenvolver social e economicamente para assim,
ter garantido a sua dignidade. Neste ponto, iremos esclarecer de que forma a
degradação do meio ambiente afeta diretamente a qualidade de vida humana.

A questão ambiental constitui, nos dias de hoje, um ponto fulcral no estudo e defesa
dos direitos humanos. Os vínculos intrínsecos que se estabelecem entre o meio
ambiente e os direitos humanos são inquestionáveis uma vez que a degradação
ambiental constitui uma violação aos direitos humanos fundamentais.
Os direitos humanos e o meio ambiente não podem ser vistos de forma dissociada
dado que a qualidade do meio ambiente está ligada com a proteção da vida humana.

Ilustração 8 - Degradação ambiental

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“A relação entre meio ambiente e direitos humanos é tanta que não é possível
imaginar o pleno exercício dos direitos humanos sem a existência de um meio
ambiente sadio e propício ao bem-estar para que seja passível de se alcançar o digno
e pleno desenvolvimento para todos” (GUERRA, 2013).

O ser humano precisa de ar, água, alimentos e outros recursos fundamentais à sua
sobrevivência e manutenção da qualidade de vida.
Como evidenciado anteriormente, as alterações climáticas são graves e estão cada
vez mais intensas. Representam ameaças diretas e indiretas a muitos direitos, como
os direitos à vida, alimentação, água e habitação.

Ilustração 9 - Planeta Terra

As consequências da destruição do meio ambiente e das tão faladas alterações


climáticas a este associadas, são as alavancas da deterioração das condições de
cultivo; do escasso acesso à água e da instabilidade dos solos para fixação de
população. De uma maneira geral, todas estas repercussões acabam por infringir,
respetivamente, os direitos à alimentação, saúde e habitação.

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Não obstante, a perda da biodiversidade e a desflorestação também proporcionam o
declínio da produção alimentar, estendendo-se os seus efeitos à desnutrição e saúde
das comunidades.
De forma sucinta, a destruição progressiva do meio ambiente, ao afetar as
condições imprescindíveis da existência de vida como a qualidade do ar e da água,
da segurança habitacional, e da disponibilidade de alimentos, constitui um
rompimento aos vários direitos humanos.

Ilustração 10 - Planeta Terra degradado

Por outro lado, também já verificamos que o meio ambiente é um direito


reconhecido no âmbito internacional e consagrado no direito pátrio no art. 225 da
Constituição Federal. Desta forma, considera-se indubitável que é um direito
fundamental e, por via de consequência, também um dos Direitos Humanos
relacionados diretamente à qualidade de vida do ser humano.

Viver num meio ambiente saudável, isento de poluição e de degradação ambiental, é


um direito de todos e a proteção da Natureza é uma forma de se conseguir cumprir
outros direitos fundamentais do Homem.

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5. ANÁLISE DA NOTÍCIA
https://nacoesunidas.org/agencias-da-onu-assinam-acordo-para-proteger-direito-human
o-a-um-meio-ambiente-saudavel/

De acordo com a notícia “Agências da ONU assinam acordo para proteger direito
humano a um ambiente sustentável”, publicada a 19 de agosto de 2019, no site das
Nações Unidas, constatamos que, quem luta e defende os direitos humanos, nem
sempre é valorizado pela sociedade e, acaba muitas vezes por ser alvo de injustiças.
Para combater isso, é necessário garantir proteção a quem tem a coragem de se
manifestar por um bem que é de todos, mais especificamente pelos direitos
humanos.

Todos sabemos que os direitos existem desde sempre, mas a designação “direito
humano” é um termo da modernidade, além disso, já é sabido que os direitos
relacionados com o meio ambiente e a sua proteção e preocupação é um assunto
relativamente recente quando comparado com outros direitos. No entanto, e como
referido na notícia em análise, existem muitos indivíduos e comunidades defensoras
dos direitos ambientais que são vítimas de ameaças em muitas partes do mundo.
A Nações Unidas refere que, até à data de publicação desta notícia, existia elevados
valores de ameaças contra os defensores ou defensoras e contra as suas famílias,
como é exemplo as intimidações, as campanhas de difamação e os assassinatos. De
acordo com um relatório da organização internacional Global Witness, em 2018,
eram mortos, mais de três defensores por semana somente por estarem a defender
um dos nossos direitos, nomeadamente o direito a um ambiente saudável. Nesse
mesmo documento, destaca-se ainda que os perigos contínuos revelam se mais nos
setores da mineração, da indústria extrativa e da agricultura.
Perante esta problemática, a ONU Meio Ambiente e o Escritório do Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) uniram-se e
assinaram, na sexta-feira dia 16 de agosto de 2019, um novo acordo de cooperação,
cujo principal objetivo é precisamente dar apoio e proteção a quem defende os

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direitos humanos e ambientais. Ainda que, mais de 150 países já tenham
reconhecido o direito a um meio ambiente saudável como um direito humano, os
chefes destas duas instituições acham oportuno investir mais na informação sobre as
várias maneiras de como se pode agir em sua defesa.

Além da proteção dos defensores que enfrentam ameaças e violência, esta parceria
tenta controlar as ameaças realizadas, apelar para uma responsabilização dos
criminosos, desenvolver redes de defensores de direitos humanos ambientais e
promover a participação significativa e informada destes mesmos defensores na
toma de decisões ambientais. Aproximar a proteção ambiental das pessoas,
ajudando todos os setores a promover, proteger e respeitar os direitos humanos e
ambientais demonstra-se uma solução apresentada neste acordo, com a finalidade
de conseguir um planeta mais sustentável e justo. Perante todos estes objetivos,
tiveram de ser tomadas medidas e era urgente parcerias, das quais, membros desta
união destacam: o pedir a líderes e governos que reconheçam e sensibilizem a
população das consequências da mudança climática e da degradação ambiental, em
particular para as gerações futuras, promovendo ações de combate a estes desastres;
e o manter ligações entre um ambiente saudável e o desfrutar de todos os outros
direitos humanos, incluindo os direitos à saúde, à água e, até mesmo, o direito à
vida.

Em suma, o nosso planeta está a ser destruído e, é urgente e necessário um bom


ambiente saudável para que todas as pessoas possam ter uma vida digna e, para o
salvar, é necessário tomar medidas mais fortes. Como alegou a diretora-executiva da
ONU Meio Ambiente, “Precisamos conter a tendência emergente de intimidação e
criminalização de defensores da terra e do meio ambiente”, ou seja, temos a
obrigação de por um fim às violências exercidas a quem se manifesta pelos direitos
de toda a humanidade. O ambiente é um bem essencial que deve ser protegido e
defendido por todos, sem exceção, pois sem ele, muitos dos outros direitos são
postos em causa. “A união faz a força” e se todos nos unirmos em favor da defesa
deste bem precioso (o ambiente), conseguimos acabar com estas injustiças.

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6. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL EUROPEIA
Como já referido, todos nós dependemos da natureza, visto que, é ela quem nos
fornece os elementos básicos para a existência da sociedade, por isso, há uma
grande necessidade de ser protegida.

Com essa finalidade, a União Europeia apresenta leis destinadas à proteção


ambiental e à garantia da sua permaneça nas gerações futuras. Essas leis visam,
essencialmente, a proteção da vida selvagem, dos mares e das florestas e passam
por diretivas de estratégias marinhas, de qualidade do ar, de habitats e aves, de luta
contra as alterações climáticas, etc.

No entanto, a UE preocupa-se também com a ameaça de escassez de recursos e,


consequentemente, o aumento dos preços, e para combater essa realidade, tenta
ajudar os cidadãos e governos a “esverdear” as suas economias, através de uma
melhor gestão de recursos. Apoia, ainda, a inovação no consumo e na produção
sustentável, ou seja, incentiva a uma economia mais verde, que não prejudique o
meio ambiente. Também nas questões da saúde e bem-estar, a União Europeia
apresenta-se com políticas que visam proteger os cidadãos, o ar e a água.

Imagem 10 - União Europeia

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A legislação ambiental europeia, foi instruída como resposta e forma de combate
aos problemas ambientais que o planeta enfrenta. Esta legislação abrange toda a
Europa e apresenta muitas vantagens relativas ao meio ambiente. Existe para
beneficiar os cidadãos, pois garante segurança em todos os produtos e oferece o
direito de acesso a informações ambientais. A maioria da legislação necessária para
manter o nosso ambiente seguro já está em vigor, no entanto, o próximo desafio é
garantir que essas leis sejam respeitadas - uma das tarefas da Comissão Europeia.

Ilustração 11 - Legislação ambiental Europeia

A aplicação da legislação ambiental da União Europeia, quase sempre, economiza


dinheiro a longo prazo, mas no caso de não ser implementada, poderia ser
prejudicial à saúde humana, ao meio ambiente e às indústrias das quais dependemos.
Na diretiva de qualidade do ar, esta legislação estabelece limites em muitos
poluentes e partículas, forçando as autoridades a agir se os limites forem excedidos;
na diretiva de tratamento de águas residuais urbanas, obriga os governos a
estabelecer sistemas para coletar e purificar águas residuais e esgotos e obriga, os
fabricantes, a demonstrar que seus produtos são seguros. Estes são alguns exemplos
onde a legislação ambiental europeia incide para conseguir alcançar um ambiente
salvável e sustentável.

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Por meio de acordos ambientais multilaterais com outros estados, a União
Europeia promove a proteção ambiental e abrangem áreas como a biodiversidade
global, o comércio de plantas e animais silvestres, evitam o comércio de madeira
extraída ilegalmente, o manuseio seguro de produtos químicos e resíduos, etc. Para
tal, a UE tem trabalhado a nível internacional, como é caso:

• O impulsionar do desenvolvimento sustentável em áreas como


biodiversidade marinha, degradação da terra, água e energia -
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável;
• O apoio ao trabalho em áreas protegidas, mudanças climáticas e
biodiversidade Convenção sobre Diversidade Biológica;
• A proibição do comércio de espécies ameaçadas e produtos
relacionados, através dos Regulamentos sobre o Comércio de
Animais Selvagens - Convenção sobre Comércio Internacional de
Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES);
• Os acordos com países da África e da Ásia para os ajudar a
melhorar o governo florestal, e, assim, facilitando o comércio de
madeira extraída de forma legal;
• A proibição da caça ás baleias nas águas europeias, mas
garantindo a proteção destas espécies em todo o mundo;
• Por meio de políticas como o REACH, o conseguir que os produtos
químicos sejam usados e produzidos de maneira a minimizar efeitos
prejudiciais à saúde e ao meio ambiente;
• O garantir que todos os resíduos sejam geridos do modo mais
correto para a proteção do ambiente;
• Entre outros

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6.1 Política Europeia do Ambiente
A política ambiental europeia baseia-se nos princípios de precaução, prevenção e
correção da poluição, bem como no princípio do “poluidor-pagador”. O princípio do
“poluidor-pagador” é aplicado pela Diretiva de responsabilidade ambiental, que tem
como objetivo a prevenção e a correção dos danos ambientais causados às espécies
e aos habitats naturais protegidos, à água e ao solo. A aplicação desta diretiva inclui
a gestão dos resíduos das indústrias extrativas, a operação de locais de
armazenamento geológico e a proteção de operações offshore de petróleo e gás.

Imagem 11 - Defensora do poluidor-pagador

A política europeia relativa ao ambiente passa, essencialmente, por:

• Combater as alterações climáticas


A União Europeia está nas principais economias a combater as emissões de gases
com efeito de estufa. Até 2018, já tinha reduzido as emissões em 23 % relativamente
a 1990 e está agora em processo de alcançar uma redução de 40 % até 2030 e
descarbonizar toda a economia europeia até 2050 (em consonância com os
compromissos assumidos no âmbito do Acordo de Paris).

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• Biodiversidade, utilização dos solos e silvicultura
A UE tem desempenhado um papel importante à escala internacional na procura de
soluções para a perda de biodiversidade, as alterações climáticas e a destruição das
florestas tropicais. Em 2011, assumiu o compromisso de travar a perda de
biodiversidade e a degradação dos ecossistemas. Com essa finalidade, foram
aplicados planos de ações em vários domínios, como, por exemplo, na conservação
dos recursos naturais e das pescas, na exportação e importação de animais e plantas
vivos ou mortos e dos seus derivados nas florestas, na utilização do solo, das árvores,
plantas, biomassa e madeira, etc.

• Proteção e gestão das águas


A água é essencial para a vida humana, animal e vegetal, bem como para a economia.
A Diretiva-Quadro “Água” estabelece um quadro jurídico para a proteção e
regeneração da água potável na Europa e para garantir a sua utilização sustentável a
longo prazo. É complementada por legislação mais específica, como a Diretiva “Água
Potável”, a Diretiva “Inundações” e a Diretiva-Quadro “Estratégia Marinha2, bem
como por acordos internacionais.

Ilustração 12 - Proteção das águas

• Poluição atmosférica e poluição sonora


A estratégia da União Europeia no que diz respeito à qualidade do ar, visa alcançar o
objetivo da legislação em vigor em matéria de qualidade do ar. A Diretiva “Ruído
Ambiente” ajuda a identificar os níveis de ruído na europa para que sejam tomadas
as medidas necessárias com vista à sua redução, a níveis aceitáveis.

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• Eficácia em termos de recursos e economia circular
A política de resíduos da União Europeia tem incidido numa gestão de resíduos mais
sustentável do ponto de vista ambiental. O Roteiro para uma Europa eficiente na
utilização de recursos e o pacote de medidas relativas à economia circular devem
transformar a economia europeia numa economia sustentável até 2050. As suas
diretivas estabelecem novas metas em matéria de gestão de resíduos no que
respeita a prevenção, reutilização, reciclagem e deposição em aterro.

Ilustração 13 - Economia circular

• Produtos químicos e pesticidas


A legislação da União Europeia em matéria de substâncias químicas e de pesticidas
tem como objetivo proteger a saúde humana e o ambiente e obviar entraves ao
comércio. É composta por regras que governam a comercialização e utilização de
substâncias químicas. No que concerne aos pesticidas, estão agrupadas substâncias
para eliminar, erradicar e prevenir organismos prejudiciais. Neste domínio, o mais
importante triunfo a nível da Europa é o Regulamento «REACH», que regula o registo,
a avaliação e a autorização de substâncias perigosas, bem como as restrições que
lhes são aplicáveis.

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6.2 Política das Pescas
A política comum das pescas foi introduzida na década de setenta e consiste num
conjunto de regras que se aplicam à gestão das frotas de pesca europeias e à
conservação das unidades populacionais de peixes. Uma vez que, muitas espécies
marinhas estavam a ser sobre-exploradas, foi concebida esta política para gerir um
recurso comum, pois, confere a todas as frotas de pesca europeias igualdade de
acesso às águas europeias e permite uma concorrência leal entre os pescadores.

A política comum das pescas pretende garantir que a pesca e a aquicultura sejam
sustentáveis do ponto de vista ambiental, económico e social e constituam uma
fonte de alimentos saudáveis para os cidadãos europeus. O seu objetivo é promover
um setor das pescas dinâmico e garantir um nível de vida justo para as comunidades
piscatórias.

Ilustração 14 - Quantidade de peixe pescado

A política reconhece os riscos da atividade humana sobre todos os elementos do


ecossistema e procura tornar as frotas de pesca mais seletivas nas suas capturas e
acabar com a prática das devoluções de peixes indesejados.

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7. CONCLUSÃO
De facto, direitos humanos e proteção do ambiente apresentam-se intrinsecamente
interdependentes. Os direitos humanos são baseados no respeito e garantias
fundamentais como a dignidade, a igualdade e a liberdade, sendo que a sua
concretização depende de um ambiente que lhes permita prosperar. Nesse sentido,
as alterações climáticas colocam em causa os direitos humanos, ao mesmo tempo
que uma proteção ambiental efetiva depende do exercício desses mesmos direitos.

Sem o meio ambiente não há vida. Portanto, buscar mecanismo de proteção para a
natureza é a forma mais sensata do ser humano se proteger, bem como garantir que
outras pessoas no futuro tenham essa mesma oportunidade, ou seja, garantindo
esse direito às próximas gerações.
É urgente abraçar o dever de defender o “ambiente de vida humano ecologicamente
equilibrado”. Falhar esta missão é desistir dos direitos humanos no seu todo.

Convém ressaltar que o meio ambiente precisa ser visto e respeitado em estreita
vinculação com os direitos humanos, já que são inegáveis as relações de
interdependência existentes entre o direito à vida e o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado e sustentável, de modo que venha constituir um dos
fatores decisivos para garantir a sadia qualidade de vida e dignidade da pessoa
humana.

O grande desafio do século XXI passará por assegurar a sustentabilidade ambiental e


garantir a todos os direitos fundamentais equilibrar a preservação do meio ambiente,
com um desenvolvimento económico.

É importante preservarmos o ambiente para garantirmos os nossos direitos.

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