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PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRO GRAU DA 5ª REGIÃO


SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE TAUÁ-CE
24ª VARA

Sentença nº 0024._______________/2013 – Tipo D


Processo: 0000635-81.2002.4.05.8100
Classe: 177 – Procedimento Esp. dos Crimes de Competência do Júri
Autor: Ministério Público Federal
Réu: Nancy Viana de Andrade

SENTENÇA

NANCY VIANA DE ANDRADE, devidamente qualificada nos autos, foi


denunciada e posteriormente pronunciada para ser submetida a julgamento pelo
Egrégio Tribunal do Júri pela prática da infração penal prevista no art. 121, § 2º, I, IV
e V, c/c art. 14, II, todos do Código Penal, sob a acusação de ser a autora intelectual
do homicídio tentado contra o então chefe da Agência do INSS em Mombaça, Ramiro
Lopes da Cunha Júnior.

Em Sessão do Júri realizada nesta data de 10 de dezembro de 2013,


foram colhidos o depoimento da vítima, das testemunhas arroladas exclusivamente
pela acusação e o interrogatório da acusada.

Em plenário, as partes sustentaram suas pretensões, pugnando o


Ministério Público Federal pela condenação da ré, nos exatos termos da pronúncia.

A defesa da acusada, por sua vez, sustentou a absolvição com base na


inexistência de prova da autoria.

O julgamento transcorreu de forma regular.

Os senhores jurados, em votação secreta, consoante termo em separado,


reconheceram que a ré NANCY VIANA DE ANDRADE concorreu para a prática do
crime de homicídio tentado qualificado mediante paga, mediante emboscada contra a
vítima Ramiro Lopes Cunha Júnior, e com o propósito de assegurar a execução,
impunidade ou vantagem de outro crime, e que NÃO merecia ser ABSOLVIDA.

Dessa maneira, em face da decisão resultante da vontade soberana do


Colendo Conselho de Sentença, julgo PROCEDENTE a pretensão punitiva do Estado,
para condenar NANCY VIANA DE ANDRADE, qualificada nos autos, como incursa

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nas sanções do artigo 121, parágrafo 2º, incisos I, IV e V, c.c. artigo 14, inciso II, e art.
29, todos do Código Penal.

Passo a dosar a pena, nos termos do art. 68 do Código Penal.

Sabe-se que o julgador deve, ao individualizar a pena, examinar com


acuidade todos os elementos que dizem respeito ao fato e ao criminoso, obedecidos e
sopesados todos os critérios estabelecidos no artigo 59 do Código Penal, para aplicar,
de forma justa e equilibrada, a reprimenda que seja, proporcionalmente, necessária, e
suficiente para a reprovação do crime.

Deve o Magistrado, atrelado a regras de majoração da pena, aumentá-la


até o montante que considerar correto, tendo em vista as circunstâncias peculiares de
cada caso, desde que o faça fundamentadamente e dentro dos parâmetros legais.
Exige-se, assim, que o quantum da sanção e a sua modalidade seja ajustados de
acordo com a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade do
agente, os motivos, as circunstâncias do crime, bem como o comportamento da vítima.

No caso ora em análise, as circunstâncias judiciais do artigo 59 do


Código Penal são desfavoráveis à acusada, razão pela qual a pena base do crime será
fixada acima do mínimo legal.

Com efeito, a culpabilidade, o motivo, a personalidade, bem como as


consequências do crime demonstram conduta que extrapola o dolo normal previsto no
tipo penal, diferenciando-se dos demais casos similares, o que reclama reação
proporcional e seguramente eficaz.

Esta aferição encontra guarida no princípio da individualização da pena e


deve ser realizada em cada caso concreto (CF/ 88, art.5º XLVI).

A culpabilidade está comprovada e afere-se gravíssima. A


censurabilidade da conduta da ré é acentuada e altamente reprovável, pois atentou
contra a vida de um colega de trabalho, mais que isso, de seu superior hierárquico,
vindo o crime ocorrer praticamente no ambiente de trabalho, pois cometido à porta da
Agência do INSS em Mombaça. Como servidora pública, era de se esperar que se
comportasse de maneira diversa, servindo de forma leal a sua instituição (INSS) e ao
seu superior hierárquico e que mantivesse conduta compatível com a moralidade e
legalidade, como reza o art. 116 da lei 8.112/90. Destaque-se, ainda, que contra a
vítima foram disparados vários tiros de arma de fogo, um atingido-lhe a região do
abdômen, vindo ele a sobreviver por milagre, pois em frente à Agência do INSS há um
hospital para onde o ofendido foi imediatamente encaminhado após o atentado. Além
disso, a tentativa de homicídio ocorreu no começo da noite de um feriado, momento
em que a ruas da cidade de Mombaça estavam vazias, tudo isso para dificultar a
descoberta e garantir a impunidade do crime. Tal grau de premeditação demonstra o
comportamento frio e audacioso da acusada, o qual se mostra altamente repugnante e
supera os limites do tolerável.

O motivo para o crime foi a insatisfação da ré com a assunção da vítima


à gerência da Agência do INSS de Mombaça, bem como a vigilância exercida por seu

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superior sobre o trabalho dela, dada a existência de suspeitas de que vinha
concedendo benefícios previdenciários de forma fraudulenta. Assim, agiu a ré com a
intenção de ceifar a vida do ofendido, sob a premissa de que ele não poderia, em
cumprimento a seu dever funcional, apurar e denunciar irregularidades na concessão
de benefícios previdenciários na Agência do INSS em Mombaça, na qual a acusada
era, na época dos fatos, a Chefe do Setor de Benefícios. Em suma, a ré cometeu o
crime com o propósito de ocultar e assegurar a impunidade das irregularidades que
vinha cometendo.

As circunstâncias do delito (tentativa de homicídio mediante emboscada)


foram objeto de apreciação pelos Senhores Jurados, sendo que se constituem em
agravantes específicas, razão pela qual deixo de valorá-las, postergando suas análises
para a segunda fase do procedimento de dosimetria da pena, como forma de evitar a
ocorrência do bis in idem.

As conseqüências do crime, assim entendidas como "o mal causado pelo


crime, que transcende ao resultado típico" (Guilherme de Souza Nucci, Código Penal
Comentado. 8ª ed. São Paulo: RT, 2008, p. 393), igualmente se mostram graves, tanto
relativamente à vítima e seus familiares, como também à comunidade local e ao INSS,
que teve seus serviços afetados com o episódio. Com efeito, o ato lamentável ocasionou
alterações nas atividades rotineiras da vítima que, além de ter ficado hospitalizado e
que se submeter a tratamento fisioterápico, teve que se remover da cidade de
Mombaça, perdendo, assim, o convívio com a família da esposa. Ademais, o crime em
questão trouxe mais insegurança e pavor ao Município de Mombaça, tão marcado por
histórias de delitos envolvendo pistolagem. De sua parte, o INSS teve afetado seus
serviços, como se infere do comunicado à fl. 26 (volume 1), em que o Gerente
Executivo em Juazeiro informa que a APS de Mombaça contava com apenas 2
servidores, incluindo o Chefe (vítima) e 3 estagiários, não dispondo naquela ocasião de
verba diária e de servidores disponíveis para mantê-la em funcionamento, solicitando,
assim, autorização para fechamento provisória da agência, até achar-se uma solução
para o problema. Vê-se, pois, que o crime em questão também afetou o serviço
público, prejudicando, por conseqüência, toda a população local beneficiária da
autarquia previdenciária.

Ademais, os elementos constantes nos autos demonstram que a ré


possui personalidade perigosa, sendo exemplo disso o fato de haver sido apreendido
em seu poder quatro armas de fogo (1 revólver, 2 pistolas e 1 carabina) e munições,
como se vê às fls. 2412/2416 e 2424/2427 (volume 11), embora não tenha direito ao
porte ou a posse de tais objetos.

No que se refere aos antecedentes, há registro de ações penais ajuizadas


contra a ré tanto na Justiça Estadual como na Justiça Federal (fl. 2294 e fls.
2345/2411 – volume 11), sem prova, contudo, de decisão definitiva transitada em
julgado, fato esse que impede a valoração negativa da presente circunstância, nos
termos da Súmula 444 do STJ.

Quanto à conduta social, é desconhecida deste julgador.

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Em relação ao comportamento da vítima, de nenhum modo contribuiu
para a ocorrência do fato criminoso.

Em suma, a culpabilidade da ré, sua personalidade perigosa, o motivo e


as nefastas consequências do crime impõem a este Julgador, para a correta
reprovação e prevenção de outros crimes, a fixação da pena, na primeira fase de
aplicação, acima do mínimo legal cominada para o delito.

Esclareça-se que, tendo em conta que o Conselho de Sentença acolheu


as três qualificadoras admitidas na pronúncia (incisos I, IV e V do § 2º do art. 121 do
Código Penal), o pagamento ou promessa de recompensa será utilizado para qualificar
o crime.

Ademais, com o fim de evitar o bis in idem, o propósito de assegurar a


impunidade de outro crime, sendo o móvel da ação criminosa, e já tendo sido
considerado em momento anterior, como circunstância judicial, deixará de ser
sopesado na segunda fase da dosimetria.

Assim, frente a todas essas considerações (4 circunstâncias judiciais


desabonadoras) e em vista de a tentativa de homicídio ter sido cometido mediante
paga (art. 121, § 2º, I, do Código Penal), mostra-se correto e proporcional a elevação da
pena mínima em 9 (nove) anos, pelo que fixo a pena-base em 21 (vinte e um) anos de
reclusão.

A qualificadora de mediante emboscada será aqui utilizada como


circunstância agravante da pena, uma vez que possui previsão específica no art. 61,
inciso II, alínea 'c' do Código Penal.

Desse modo, levando-se em consideração a presença dessa outra


qualificadora, aqui admitida como circunstância agravante da pena, aumento a
reprimenda fixada em 3 (três) anos, o que resulta em 24 (vinte e quatro) anos de
reclusão.

Inexistem atenuantes.

Incide, contudo, a causa especial de diminuição de pena, vez que


reconhecida a tentativa de homicídio contra a vítima, pelo que reduzo a pena no
patamar mínimo de 1/3 (um terço), o que se justifica tendo em vista que percorrido
todo o iter criminis do homicídio, que somente não se consumou por circunstâncias
por forças divinas, vez que a vítima foi alvejada por quatro tiros à queima-roupa,
configurando-se o que se denomina de tentativa perfeita ou crime falho. Daí a redução
em seu grau mínimo. Em razão disso, concretiza-se a pena em 16 (dezesseis) anos de
reclusão, pelo que inexistindo outras causas de aumento ou diminuição de pena a
serem consideradas, torno-a definitiva.

Para o início de cumprimento da pena privativa de liberdade, fixo o


regime inicialmente fechado, nos termos do artigo 33, § 2º, "a", do Código Penal. O § 1º
do art. 2º da Lei 8.072/90, tanto em sua redação originária, como a que foi conferida
pela Lei 11.464/2007, não se aplica, dada a declaração de inconstitucionalidade do

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preceito proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos HC’s nº 82.959 (Rel. Min. Marco
Aurélio) e nº 111.840 (Rel. Min. Dias Toffoli).

Por força do § 2º do art. 387 do CPP, com a nova redação dada pela Lei
nº 12.736/12 - “O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de
internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do
regime inicial de pena privativa de liberdade” – deverá o juiz da esfera de
conhecimento, após fixar a pena definitiva e o regime inaugural de cumprimento da
expiação, dedicar um novo capítulo na sentença condenatória para a análise de
eventual progressão de regime.

Com efeito, como bem explicado por Zenir Jungbluth Teixeira, Juíza de
Direito da Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas do Tribunal de Justiça
do Distrito Federal e Territórios (TJDFT): “O § 2º do art. 387 do Código de Processo
Penal deve ser interpretado como exigência de um novo capítulo da sentença
condenatória, a posteriori da fase da dosimetria da pena. O sistema trifásico previsto no
art. 68 do Código Penal, assim como o exame do regime imposto para a pena - art. 33, §
3º do Código Penal - e eventual unificação em caso de concurso de penas continuam
inalterados. Somente após essa análise, é que se apreciará, se o caso, a incidência do §
2º do art. 387 do Código de Processo Penal. (...) Um segundo ponto que merece atenção é
o referente ao objetivo da novel legislação: somente ocorrerá a detração penal pelo juiz
do processo de conhecimento para fins de progressão de regime de pena. Isso significa
que, nas hipóteses em que a detração não é hábil a modificar o regime, não haverá
cômputo inferior de pena a ser realizado, sob pena de o juízo de conhecimento invadir a
competência do juízo da execução, pois o art. 66, III, ”c”, da LEP, não restou alterado
pela Lei 12.736/12 nesse particular. A detração a ser realizada pelo juiz de
conhecimento, conforme determinado pela nova lei, é apenas para fins de regime de
pena, em relação tão-somente ao início de cumprimento da reprimenda. Se este não for
alterado, não pode haver cálculos para diminuir a reprimenda. Nesse caso, o juiz
disporá que deixa de aplicar a detração prevista no § 2º, do art. 387 do Código de
Processo Penal, vez que o regime não será modificado, não obstante o período de prisão
preventiva do sentenciado.”1

Pois bem. Considerando a lição acima mencionada, assim como a


declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, no HC nº 82.959,
do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, em sua redação original, que determinava que a
pena por crime hediondo fosse cumprida em regime fechado, e considerando, ainda, o
fato de objeto desta ação ser anterior à Lei 11.464/2007, que ao conferir nova redação
ao § 2º do art. 2º da Lei de Crimes Hediondos, instituiu prazo para progressão de
regime mais severo que o previsto no art. 112 da Lei de Execução Penal, tem-se que é
essa última regra que deverá ser utilizada para efeito de aplicação do contido no do §
2º do art. 387 do CPP, por ser mais favorável à ré.

Segundo a regra mencionada, a pena privativa de liberdade será


executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a
ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena

1
Disponível em http://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/artigos/2012/lei-12-736-12-e-a-nova-detracao-penal-
juiza-rejane-zenir-jungbluth-teixeira

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no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor
do estabelecimento.

No caso, a ré foi presa preventivamente em 14/06/2010 (fl. 1616 –


volume 8), totalizando, pois, até a presente data, 3 (três) anos, 5 (cinco) meses e 26
(vinte e seis) dias de prisão. Por sua vez, considerando que 1/6 (um sexto) da pena
definitiva aplicada (16 anos) corresponde a 2 (dois) anos e 8 (oito) meses, observa-se
que a acusada já cumpriu o lustro necessário para obtenção da progressão ao regime
semiaberto.

Desse modo, considerando o tempo de prisão cautelar da acusada, assim


como o seu bom comportamento carcerário (certidão de fl. 2656), tem-se que o regime
prisional a ser observado, quando do efetivo cumprimento da pena, é o semiaberto.

Por sua vez, não é possível a substituição da pena privativa de liberdade


por restritiva de direito ou a concessão de sursis, diante do quantum fixado e da
ausência dos requisitos subjetivos previstos nos incisos III, do art. 44 e II, do art. 77,
ambos do Código Penal. De fato, as ações da ré, nos moldes em que reconhecidas pelo
Conselho de Sentença, tornam inviável a aplicação dos dispositivos legais acima
mencionados.

Por fim, a ré está presa preventivamente. Nenhum sentido faria, pois,


que, após a condenação, viesse a ser solta, sobretudo quando os motivos que
ensejaram o decreto da custódia cautelar (CPP, art.312), foram ainda mais reforçados
pelo Tribunal do Júri, cuja decisão é soberana. Frise-se que não há nenhuma
incompatibilidade a fixação do regime semiaberto com a manutenção da prisão
preventiva, sobretudo quando presentes os requisitos do art. 312 do Código de
Processo Penal, como no caso, conforme o seguinte precedente do STJ:

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ART. 157, CAPUT, DO CÓDIGO


PENAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA. PRISÃO CAUTELAR. GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA. REITERAÇÃO DELITIVA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
EVIDENCIADO. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. CONDENAÇÃO EM REGIME
SEMIABERTO. NEGATIVA DO DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE.
ANTIJURIDICIDADE DA DETERMINAÇÃO QUE IMPÕE AO PACIENTE REGIME
MAIS GRAVOSO QUE AQUELE FIXADO NA SENTENÇA. RECURSO EM HABEAS
CORPUS PARCIALMENTE PROVIDO. 1. A manutenção da custódia cautelar
encontra-se suficientemente fundamentada, em face das circunstâncias do caso
que, pelas características delineadas, retratam, in concreto, a periculosidade do
agente, a indicar a necessidade de sua segregação para a garantia da ordem
pública, considerando-se, sobretudo, a existência de indicativos nos autos no
sentido de que a atividade delituosa era reiterada, o que evidencia a
perniciosidade da ação ao meio social. Precedentes. 2. Este Superior Tribunal de
Justiça firmou entendimento de que a fixação do regime inicial semiaberto não é
incompatível, em si, com a manutenção da prisão preventiva, sobretudo quando
presentes os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, como no caso.
3. Contudo, fixado, na sentença, o regime semiaberto para o início do
cumprimento da pena, mostra-se antijurídico constranger o Condenado a
aguardar o julgamento do seu recurso de apelação em regime prisional mais
gravoso. 4. Recurso ordinário em habeas corpus parcialmente provido, para

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determinar a imediata transferência do Paciente para o regime semiaberto,
aplicando-se, desde já, as respectivas regras.
(STJ, RHC 35420, 5ª T. Rel. Min. Laurita Vaz, DJE 13/08/2013)

Denego à ré, assim, o direito de apelar em liberdade, mantendo-a presa


no presídio do qual foi transportado. Recomende-se a ré na prisão em que se encontra
recolhida.

Não havendo pedido da parte interessada (vítima), incabível a


condenação da ré em indenização mínima (CPP, art. 387, IV), sob pena de julgamento
extra petita.

Após o trânsito em julgado, lance-se o nome da ré no rol de culpados.

Decisão publicada hoje, neste Plenário do Tribunal do Júri desta cidade,


às 19h35min, saindo os presentes intimados.

Custas na forma da lei.

Registre-se, cumpra-se e comunique-se.

Tauá, 10 de dezembro de 2013.

LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA


Juiz Federal da 24ª Vara

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