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TEXTO DE APOIO Nº 01

Disciplina: Gestão de Recursos Humanos (GRH)

CONCEITOS BÁSICOS

Administração é o processo de tomar decisões sobre objectivos e utilização racional de


recursos disponíveis nas organizações. Administração é importante em qualquer escala de
utilização de recursos para realização de objectivos sócio-económicos individuais, grupais e
organizacionais (Chiavenato, 2004).

As técnicas de gestão podem ser aplicadas não só a organizações como também a


processos, actividades, tarefas, programas ou projectos. Podem mesmo ser aplicadas aos
próprios gestores e administradores das organizações, como acontece com a gestão do
stress, gestão do tempo, gestão de sistemas de carreiras profissionais, cargos e
remunerações, gestão financeira, gestão de pessoas ou de recursos humanos, gestão dos
benefícios sociais ou ainda a gestão das relações profissionais e industriais, por exemplo.

Abordagem/perspectiva é uma forma metódica de interpretar as organizações e o


processo administrativo que ocorre dentro delas. Uma abordagem é também conhecida por
perspectiva científica de fazer estudo e análise dos fenómenos administrativos, sociais,
económicos, estruturais, processuais, culturais, legais, ambientais, demográficos,
antropológicos, históricos ou políticos ocorridos nos processos da administração e gestão das
organizações (Maximiano, 2007).

Análise administrativa é a técnica que estuda a organização parte por parte, através de
ferramenta de gestão e estatísticas diversas visando conhecer o inter-relacionamento e
interdependência das actividades funcionais, processuais e produtivas (Simcsik, 2001).

Análise processual é a técnica de implantação, acompanhamento, instrução, avaliação e


julgamento, visando a maximização da produtividade e dos resultados dos recursos humanos
e materiais (Ibid., 2001).
Análise funcional é a técnica que estuda o acto de trabalhar parte por parte, através de
meios e instrumentos diversos, visando conhecer a interdependência das funções com
objectivo de maximizar os resultados da realização das tarefas e actividades na busca de
excelência produtiva (Ibidem., 2001).

Aptidão é a capacidade que um indivíduo adquire ao longo da vida de poder realizar


determinadas actividades em função da experiência nas organizações, em função da
personalidade da pessoa que desenvolve essa aptidão ou aptidões (Caetano, et al, 2000).

Categoria profissional é o grau ou nível de competência atribuído ao indivíduo que exerce


uma determinada profissão ou ocupação profissional dentro de uma organização, que
desenvolve uma determinada área ou actividade profissional comum, especializada ou específica
(Caixote e Monjane, 2014).

Carreira profissional é conjunto de funções, categorias, níveis salariais e cargos de uma


determinada área profissional desenvolvida por várias pessoas que trabalham numa
organização, pública ou privada (Caixote e Monjane, 2014).

Clima organizacional refere-se ao ambiente interno existente entre os membros da


organização e está intimamente relacionado com o grau de motivação dos seus
participantes na satisfação das necessidades pessoais e elevação do seu estado emocional
ou moral para desempenho laboral (Armstrong, 1997).

Competência é a qualidade que caracteriza os indivíduos na forma como efectivamente


realizam o seu trabalho e obtêm resultados desejados pelas organizações contratantes da
mão-de-obra ou força de trabalho (Caixote e Monjane, 2014).

Conhecimento é a característica adquirida através do processo de aprendizagem e


experiência vivida por indivíduo num determinado contexto e ambiente organizacionais
(Simcsik, 2001).

Contexto ou conjuntura é a situação real dentro da qual as organizações são


administradas e geridas por pessoas confiadas à responsabilidade de gestores ou
administradores, com base em determinados princípios, regras e normas de funcionamento e
convivência social dos membros dessa organização, que partilham os mesmos valores,
crenças e cultura institucional. (Maximiano, 2007).

Cultura organizacional é um conjunto de valores, crenças, normas, atitudes e


comportamentos partilhados por um grupo de indevidos que agem e interagem
fortemente da forma como as coisas são feitas dentro de uma organização (Chiavenato,
2006).

Efectividade, segundo Tibor Simcsik (2001), é a manutenção da eficiência e eficácia de


forma constante de tal modo que o efeito seja real e permanente e haja a satisfação
profissional das pessoas e o aproveitamento sócio-económico da organização.

Enquanto, a eficácia é a maximização do rendimento dos recursos humanos e materiais


por meios técnicos e económicos disponíveis na organização, para alcançar um
determinado resultado desejado ou objectivo, previamente definido pelos gestores ou
administradores das organizações.
Finalmente, segundo o mesmo autor, a eficiência está relacionada com o volume produzido
e o valor económico consumido, isto é, custo versus benefícios, em função do tempo pré-
determinado para a produção de um bem ou a prestação de um serviço de utilidade público.
Este é o famoso princípio de 3E´s, que é muitas vezes usado para orientar os administradores
e gestores das organizações com enfoque na obtenção de resultados esperados.

Escola é uma linha de pensamento ou conjunto de autores que usaram o mesmo enfoque,
escolheram o mesmo aspecto específico para analisar ou adoptaram o mesmo raciocínio e
rigor científico (Maximiano, 2007).

Função é um conjunto de tarefas idênticas executadas num ou em vários locais de


trabalho, com os mesmos indivíduos e para as quais são necessárias a mesma formação,
aptidão e responsabilidade (Chiavenato, 2004).

Gestão é, por um lado, uma disciplina do ramo das ciências sociais que estuda as técnicas
da realização dos objectivos organizacionais com eficiência e eficácia desejadas. Por
outro, gestão é decisão racional e informada tomada no processo de planificação,
organização, administração e controle de recursos, de uma determinada organização
(Firmino, 2009).

Gerir é arte de pensar, decidir e agir para fazer acontecer as coisas para atingir os
objectivos pretendidos da organização, previamente definidos e planificados pelos seus gestores
ou administradores (SIMCSIK, 2001).

Habilidade é uma qualidade individual adquirida com experiência que faz com que uma
acção seja possível de realizar-se (CAETANO, et al, 2000).

Inteligência é, por um lado, a capacidade de resolução de problemas, aplicação de


princípios e de relacionar fenómenos sob ponto de vista de experiência e realidade
diferentes. Por outro, a inteligência é a capacidade de abstracção do conhecimento e
pensamento de forma racional e produtiva com sabedoria (ibid., 2000).

Maturidade é o poder que os indivíduos têm de desenvolver toda a capacidade potencial


do corpo humano e da mente e de transformá-las em realidade vivida, a seu favor e em
benefício das organizações (ibidem., 2000).

Pessoa é um homem animal, que vive em sociedade formando organizações em


ambientes cada vez mais complexos e dinâmicos, criando um sistema aberto dentro do qual
organiza e dirige os processos de trabalho. Para estudar as pessoas em organizações, os
especialistas em recursos humanos têm considerado duas dimensões do conceito de
pessoa, alternativamente: 1) Pessoa como pessoa dotada de características próprias de
personalidade e de individualidade, aspirações, valores, atitudes, motivações e objectivos
individuais; 2) Pessoa como recurso dotado de habilidades, capacidades, destrezas,
conhecimentos e competências necessárias de realizar as tarefas da organização onde
trabalha (Chiavenato, 2004).

Personalidade é, por um lado, a predisposição de comportar-se em determinadas formas


em situações adversas e diferentes. Por outro, a personalidade é aquilo que uma pessoa é
de natural, nasce-se com ela e tem sua origem nas características genéticas (genetípicas) da
pessoa (Chiavenato, 2004).
Posto de trabalho é um conjunto de tarefas idênticas executadas por um único indivíduo
num determinado local com uma finalidade definida (Caetano, et al, 2000).

Referências bibliográficas

1. Caetano, A. e Vala, J. (2000), Gestão de Recursos Humanos: Contextos, Processos e


Técnicas, Editora RH, Lisboa, Portugal.
2. Chiavenato, I. (2000), Recursos Humanos: Edição Compacta, 6ª Edição, Editora Alas,
São Paulo, Brasil.
3. . Chiavenato, I. (2004), Gerenciando com as Pessoas: Transformando o Executivo em um
Excelente Gestor de Pessoas, 7ª Tiragem, Elsevier Editora, Ltd., Rio de Janeiro, Brasil.
4. Chiavenato, I. (2004), Introdução à Teoria Geral da Administração, 7ª Edição
Totalmente Revista e Actualizada, Editora Campus, Elsevier Editora, Ltda., SA, São
Paulo, Brasil.

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