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O OSSO CORTICAL É UM TECIDO VIVO DINÂMICO, QUE PERANTE UMA AGRESSÃO RESPONDE COM REABSORÇÃO ÓSSEA, REPOSIÇÃO ÓSSEA

OU AMBAS

MICRODANOS
Permitem reparar as microfendas que se observam à volta dos canais de Harvers. Ciclos continuados de carga geram estes “valores fisiológicos de deformação” que são
detetados pelos osteócitos.
ASSIM, os osteocitos repará-los através da remodelação, com a predominância da formação sobre a reabsorção óssea
No entanto, aumento progressivo dos microdanos está associado a uma ↓módulo de elasticidade e ↓resistência óssea à medida que as microfissuras se unem, podendo
gerar uma grande reabsorção

REABSORÇÃO
surge devido a um estimulo (químico ou mecânico) que interompe o processo dinâmico do osso gerando um processoo INFLAMATÓRIO.
(NÃO se deve à falta de dentes, por exemplo, doentes periodontais tem dentes e perda de osso).
PROCESSO FISIOLÓGICO PROCESSO PATOLÓGICO

1. Sob o OSSO CORTICAL existe uma TENSÃO – força por o Se continuarem a haver TENSÕES as forças não
unidade de área diminuem e as DEFORMAÇÕES aumentam.
A primeira resposta que é a deformação
2. A RIGIDEZ da cortical faz com que haja uma acaba por diminuir a RIGIDEZ do osso.
DEFORMAÇÃO o Se o estimulo que causou o processo fisiológico se
o Uma cortical mais rigida tem menos deformação prepetuar a REMODELAÇÃO também se prepetua.
o Uma cortical mais espessa deforma menos que o Se a DEFORMAÇÃO for muito elevada pode logo
uma cortical menos espessa criar um MICRO-DANO no osso
o Se o MICRO-DANO for exagerado também este
3. Movimento do fluido insterticial ao longo dos canais de pode diminuir a RIGIDEZ do osso
harvers e os OSTÓCITOS dão conta que algo se passa e
respondem ou com a REMODELAÇÃO ou com a
MODELAÇÃO de forma a repararem o osso

a. O processo normal sería optarem pela REMODELAÇÃO


através dos MICRODANOS (Processo que acontece ao
longo de toda a nossa vida)
REMODELAÇÃO (mais frequente) MODELAÇÃO (pouco frequente)

b. Quando existe um callus osseo a união →


Reabsorção da formação
fratura dá-se A reabsorção e a formação de osso ocorrem em locais diferentes e
através do processo de MODELAÇÃO
A reabsorção e a formação de osso ocorrem combinadas e seguidas uma à de uma forma não combinada.
outra no mesmo local. o Osso pré-existente na correcção de um callus ósseo de uma
Se um destes processos acontecer nenhum de nós dá pela fractura.
o Substituição de osso danificado ou imaturo por osso novo na
reabsorção ou formação de osso regeneração óssea. o Preenchimento de espaços vazios em redor de um implante
após a cirurgia.
PROCESSO FISIOLÓGICO PROCESSO PATOLÓGICO
↑ idade ↔ ↑ reabsorção São interrupções do processo normal de rebasorção e formação de osso
Ao longo de toda a vida o osso sofre processo de reabsorção e reposição ossea Processo patológico:

Maxila: força / unidade 1. EXTRAÇÕES DENTÁRIAS: primeiros 3 meses há uma intensa reabsorção, sendo
de área é menor na que depois vai estabilizando até aos 6 meses e ao longo da vida do paciente,
maxila → menos desde que não haja nenhum fator extra a situação deve estabilizar.
resistente à reabsorção ➔ Nas classes I em que não há reabilitação
Mandibula: + cortical – imediata (trauma) para além da rabsorção
irrigado → resiste mais à do osso alveolar há também reabsorção
reabsorção do osso basal devido à ausência de
estímulo
o Referência maxila: ENA
No momento da extração as bases ósseas se encontrem próximas dos
dentes e ao longo do tempo vão-se afastando: Mand fora; Max dentro.
o Referência mandibula: corpo perif
+ menoniano

COÁGULO SANGUÍNEO 2. REABILITAÇÃO MAL AJUSTADA:


Sabemos atualmente que a protese é um estimulo à manutenção do osso, ou
Numa extração é fundamental uma boa curetagem e hemorragia, assim seja, devemos sempre tentar aproximar o mais possivel a reailitação das
como a proteção do coágulo. Quando há uma extração existe a formação extrações
de um coágulo que estimula CÉLULAS PRÉ-OSTEOBLÁSTICAS – células PRÓTESE IMEDIATA – prótese no dia das extrações de modo a impedir a
fundamentais para a regeneração do osso. rebsorção óssea e a ajudar na organização do trabeculado ósseo
3. PATOLOGIA SISTÉMICA:
Quando há um extração ou colocamos um implante dentário estimulamos a. Osteoporose
os CONES DE CORTE – estruturas multicelulares que têm osteoclastos e O equilibrio entre a reabsorção e a formação de osso fica prejudicado
osteoblastos que reparam o dano feito ao osso. Os cones vão rebsorvendo b. Periodontite
através dos ostoclastos e formando logo osso atrás, consoante a corrente Devido ao processo inflamatório localizado, toxinas e estimulos
do fluído insterticial entre os OSTEÓCITOS –têm o potencial de analisar as quimicos que os oseoblastos recebem para continuarem o processo de
correntes de fluido e perceber onde está a haver estimulo mecânico e reabsorção
alertar os cones de corte para que haja reabsorção. c. Alteração a nivel da tiroide
Desequilibrio da tiroxina levam a um aumento da reabsorção óssea
d. Paciente hipercoagulado – heparina

Os tórus acontecem porque existe estimulos mecânicos elevados em determinadas zonas dos maxilares que levam a uma espessura aumentada do osso cortical
REABSORÇÃO É UM PROCESSO MULTIFATORIAL

FATORES ANATÓMICOS FATORES METABÓLICOS FATORES MECÂNICOS

1. Tamanho e forma do rebordo 1. Locais 1. Hipertrofia/Atrofia


Mandibula pequena rebsorve menos a. Endotoxinas 2. Forças Função
2. Densidade do osso b. FAO a. Magnitude da força – pode levar à
o + denso, - corticalizado, - reabsorção c. Prostaglandinas hipertrofia
o Numa radiografia a densidade óssea é d. Oxigénio – zonas isquémicas têm mais b. Frequência da força
medida tendo em conta que: maior reabsorção; acontece frequentemente * Paciente ruminante ou “paciente
pixilização por mm2 = maior quando damos a anestesia vaca” está frequentemente a fazer
radiopacidade = menor reabsorção 2. Sistémicos uma frequência de estimulos que
o Num osso trabeculado é expetável a. Estrogénio podem ser forças não horizontais, mas
mais reabsorção b. Tiroxina laterais
o Nos CBCTs é possivel ver a espessura c. H. crescimento * A frequência da força é tão mau
da cortical, a quantidade de osso d. Ca, P, Vit.D , F – quando há défice de como a magnitude
medular e a densidade óessea vitamina D devemos dar suplemento * Nos bruxomanos temos ambas
após a extração c. Duração da força
Os bruxómanos estão sempre a
apertar a prótese total
d. “efeito viscoelástico” * Da própria
mucosa
3. Forças Parafunção

DENSIDADES E LOALIZAÇÃO ÓSSEA

➔ Na mandibula:
o Em anterior na maioria dos pacientes encontramos osso tipo D2, seguindo-se o D3 e, por último, o D1 (só
aparece aqui) o Em posterior, podemos encontrar D2 ou D3 em iguais percentagens

➔ Na maxila:
o Em anterior predomina D3, seguindo-se o D2 e, por fim, D4 o Em posterior, com maior percentagem aparece
o D4 e logo a seguir o D3
CLASSIFICAÇÃO DO REBORDO
Classificação de Atwood
De canino a canino

I → Reabsorção Pré Extração


II → Reabsorção Pós Extração
III →Reabsorção. Alto e Arredondado Melhor prognóstico
IV → Reabsorção em Lâmina de Faca
V → Reabsorção baixo e arredondado
VI → Concavo (negativo)

O tecido da mucosa pode camuflar a arquitetura óssea – importante classificar o biótipo gengival
o Biotipo fino → reabsorve mais
o Biotipo grosso → gengiva mais aderente logo há um efeito amortecedor, rebsorvendo menos

CLASSIFICAÇÕES ÓSSEAS
Classificação de Lekholm e Zarb Classificação de Misch
Radiográfica
Com base na aparencia radiográfica e na resistência à trepanação do leto implantar
mais rigorosa
Qualidade de osso quantidade de osso D1 → Osso cortical denso
Tipo I → osso homogéneo e compacto Tipo A → a maior parte do osso alveolar presente D2 → Osso cortical denso que rodeado por um osso
Sensação tátil: madeira de carvalho Tipo B → moderada reabsorção do osso alveolar esponjoso compacto
Tipo II → Uma camada espessa de osso compacto que Tipo C → severa reabsorção do osso alveolar, só fica D3 → Osso cortical fino rodeado por um osso
envolve um núcleo de osso trabecular denso osso basal trabecular. Regenera rapidamente
Sensação tátil: madeira de pinho Tipo D → reabsorção parcial do osso basal D4 → Osso trabecular de densidade baixa rodeado por
Tipo III → Uma fina camada de osso cortical que Tipo E → extrema reabsorção do osso basal uma cortical fina ou inexistente.
envolve um núcleo de osso trabecular denso e de D5 → Osso imaturo não mineralizado
resistência mecânica à fractura favorável
Sensação tátil: madeira tipo faia
Tipo IV → Uma fina camada de osso cortical que
envolve um núcleo de osso trabecular de baixa

é
densidade e de resistência mecânica à fractura
desfavorável.

E_
Sensação tátil: tipo esferovite
Pior para ser reabilitado

osso
nanoseno

um aaaaairia mananou
És DID
Epidemiologia

➔ Não é possivel afirmar se é a mandibula ou a maxila que mais reabsorve


➔ Homens / mulheres → não há evidência cientifica para afirmar que num dos casos há mais reabsorção, apesar de a massa óssea ser menor nas mulheres
➔ Pacientes com osteoporose controlada não têm mais reabsorção que os restantes pacientes
➔ Mais do que o genero ou o tipo de maxilar temos de olhar para os restantes fatores
➔ Muitos desdentados totais aparecem-nos com uma falsa classe III devido ao padrão diferente de reabsorção da mandibula e da maxila. Devemos reabilitar como a
classe I original que o paciente tem.
➔ Uma classe II é a pior reabilitação possivel
➔ Uma maxila reabsorvida é mais dificil de tratar por causa da gravidade é negativa.
➔ Pacientes reabilitados com próteses parciais deixam de ter contactos posteriores e começam a só ter contactos anteriores.
➔ Contactos anteriores promovem uma maior reabsorção da maxila

- SINDROMA DE COMBINAÇÃO OU DE Kelly

▪ Planos oclusais alterados

▪ Dentes antero-inferiores sobem extruindo os alveolos

▪ Rebordos maxilares da região anterior sofrem reabsorção

▪ Rebordo estavel nas tuberosidades, mas instavel em outros sitios

▪ Muito dificil de reabilitar, Isto acontece porque:

* Prótese mal ajustada que não foi rebasada

* Contactos apenas anteriores porque deixou de usar a prótese mandibular

* Perdeu os dentes posteriores e não foi reabilitado

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