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Índice

1.0.Introdução..................................................................................................................................2
1.1.Objectivos:.................................................................................................................................2
1.2.Geral:.........................................................................................................................................2
1.3.Específicos:................................................................................................................................2
1.4.Metodologia...............................................................................................................................3
1.5.O ensino aprendizagem por método de solução de problemas..................................................4
1.6.Conceitos básicos:.....................................................................................................................4
1.7.Melhoria Contínua.....................................................................................................................5
1.8.Métodos de análise e solução de problemas..............................................................................5
1.9.Principais métodos de solução criativa de problemas...............................................................6
2.0.Métodos intuitivos.....................................................................................................................6
2.1.Método da análise e síntese funcional.......................................................................................9
2.2.Método dos princípios inventivos e da matriz de contradições...............................................10
2.3.Análise C-S (campo - substância)............................................................................................10
2.4.Características dos Problemas.................................................................................................12
2.5.O aluno como centro da aprendizagem no método de solução de Problemas.........................13
2.6.A Importância de Revisar o método de Solução de problema.................................................13
2.7.Conclusão................................................................................................................................14
2.8.Bibliografia..............................................................................................................................14
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1.0.Introdução
Actualmente, com a competição acirrada no mercado de trabalho, as empresas buscam o
aprimoramento sucessivo de seus serviços, visando ampliar cada vez mais sua clientela.
Diante disso, a busca incessante da adopção dos métodos da qualidade se torna não um
diferencial, mas uma necessidade para as organizações se manterem no mercado globalizado.
A inovação é necessária para o sucesso das empresas no longo prazo. Uma das maneiras de
inovar é através da utilização de métodos adequados para a solução de problemas no processo de
desenvolvimento de produtos.
Método de Solução de Problemas é um método prescritivo, racional, arquitectado e disciplinado
para o desenvolvimento de um processo de melhoria num ambiente de trabalho, visando solução
de problemas e obtenção de resultados optimizados. Existem dois tipos de problema que são
crónicos: problemas enraizados na cultura da organização e muitas vezes não são vistos como
problemas pois fazem parte do quotidiano e são encarados como normais; e anomalias que são
“pequenos problemas” que muitas vezes passam despercebidos. São normalmente conhecidos
por falhas. o método de análise e solução de problemas faz uso do ciclo PDCA, só que ao invés
de quatro etapas o ciclo é subdividido em oito. A eficácia da aplicação deste método, bem como
as melhorias alcançadas, deve ser feita de maneira planejada e organizada, onde é indispensável
à participação de todos.

1.1.Objectivos:

1.2.Geral:
 Compreender o ensino aprendizagem por método de solução de problemas

1.3.Específicos:
 Discutir conceitos básicos
 Explicar os métodos de análise e solução de problemas
 Descrever a importância de Revisar o método de Solução de problema
1.4. Metodologia
Para a realização e materialização do presente trabalho recorreu-se a vários procedimentos que
combinados permitiram a coerência da pesquisa desde a selecção de documentos e análise das
variadas bibliográficas e por fim a sistematização e compilação do trabalho final.
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1.5.O ensino aprendizagem por método de solução de problemas

1.6.Conceitos básicos:
Segundo Colenghi, (2007) Método de Solução de Problemas é um método prescritivo, racional,
arquitectado e disciplinado para o desenvolvimento de um processo de melhoria num ambiente
de trabalho, visando solução de problemas e obtenção de resultados optimizados.

Segundo Danielewicz (2006) o método é uma das práticas mais usadas no meio empresarial para
o tratamento de não conformidades, que pode ser definida como algo que não esteja compatível
com os requisitos estabelecidos.
Segundo KUME (1993) Problema é o resultado indesejável de um trabalho ou processo.

De acordo com Glasser, (1990) existem dois tipos de problema que são crónicos: problemas
enraizados na cultura da organização e muitas vezes não são vistos como problemas pois fazem
parte do quotidiano e são encarados como normais; e anomalias que são “pequenos problemas”
que muitas vezes passam despercebidos. São normalmente conhecidos por falhas.

Para Juram (1991), a qualidade embasa-se nos atributos do produto que caminham em direção
das necessidades dos clientes, e dessa forma, propiciam o apraziamento quanto ao produto.

Segundo Deming (1991), a qualidade baseia-se em “fazer o certo da primeira vez” e para que
isso aconteça, todos devem participar.

Conforme propõe Feigenbaum (1994), a qualidade não é função ou departamento técnico; é um


processo sistémico que envolve o consumidor e que deve ser total e rigorosamente implementado
por toda a empresa e integrado com fornecedores”.

Entretanto para Crosby (1991), a qualidade é um factor atingível, mensurável e lucrativo, que
pode ser estabelecido desde que haja compromisso e compreensão, e que a pessoa esteja disposta
a trabalhar duro”.
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1.7.Melhoria Contínua
A melhoria contínua, tem como primazia o entendimento de que qualquer actividade ou
resultado podem ser aprimorados. Para que isso ocorra, faz-se necessário que o processo seja
planejado. A utilização de uma interpelação científica aprecia varias portas até que a mais
adequada seja encontrada
Shiba (1997) Classifica-se a melhoria contínua em três grupos:
 Controle de Processo,
 Melhoria Reactiva e;
 Melhoria Proactiva.
Conforme Shiba (1997) devem ser priorizadas as melhorias que são enfáticas ao alavancamento
e destino da organização, além, das que proporcionam a maximização do retorno financeiro.
Uma das acepções para contínua melhoria é o avanço pela perfeição.
Moura (1997) explica a melhoria contínua como sendo o anseio por resultados maiores e
condições de desempenho de processos, produtos e actividades da organização. Ela deve ser o
foco do ambiente organizacional, devendo ser trabalhada e instruída a cada dia, podendo ser
concluída através de acções direccionais ou de modo automático pelos colaboradores.
1.8.Métodos de análise e solução de problemas
Segundo Campos (1999) Método é uma palavra de origem grega, que quer dizer “caminho para
se chegar a um ponto além do caminho.
Abraçando este entendimento, a não adesão ou a indevida utilização de métodos pelas empresas
muitas vezes, pode ocasionar sequelas em relação às metas instituídas.

Kume (1993) descreve o método como um meio para resolver adversidades, para isso faz-se
necessário à utilização de uma sequência de estágios: identificação, observação, análise, acção,
verificação, padronização e conclusão.
Severo, Melo e Medeiros (2004) ensina que o método de análise e solução de problemas faz uso
do ciclo PDCA, só que ao invés de quatro etapas o ciclo é subdividido em oito. A eficácia da
aplicação deste método, bem como as melhorias alcançadas, deve ser feita de maneira planejada
e organizada, onde é indispensável à participação de todos.
Kume (1993) traz algumas ferramentas da qualidade para assessorar o andamento das etapas do
MASP: fluxograma, diagrama de causa e efeito, análise de Pareto, estratificação, histograma e
diagrama de dispersão.
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Segundo Campos (1999), o método é uma série congruente que visa atender a um determinado
objectivo, enquanto ferramentas são aportes para efectivação do método.

1.9.Principais métodos de solução criativa de problemas


São eles o brainstorming, o método dos questionários ou checklists, o brainwriting, o lateral
thinking, o método synectics, o método morfológico, o método da análise e síntese funcional, o
método da analogia sistemática, o método dos princípios inventivos e da matriz de contradições,
o método da separação, a análise de campo substância e o método das partículas.
O brainstorming, os checklists, o brainwriting e o lateral thinking são métodos intuitivos,
baseados nas teorias psicológicas da criatividade. Estes métodos procuram apoiar e incentivar
certos estilos de pensamento que tendem a produzir soluções criativas.
O método morfológico, o da análise e síntese funcional e o método da analogia sistemática são
métodos sistemáticos. A ideia central destes métodos é subdividir o problema em partes
menores, buscar soluções para estes subproblemas e, em seguida, sintetizar as soluções parciais
numa solução total. O método dos princípios inventivos e da matriz de contradições, o método da
separação, a análise de campo substância e o método das partículas são métodos da TRIZ (Teoria
da Solução Inventiva de Problemas), ou métodos orientados.
Fundamentam-se numa grande base de conhecimento, obtida através da análise das soluções
técnicas registadas em patentes.

2.0.Métodos intuitivos

 Brainstorming
Brainstorming é o método mais conhecido para a busca de soluções criativas para problemas.
Foi criado por Osborn (1953) e baseia-se no fato de que cada indivíduo possui uma base de
conhecimento única e, portanto, pode contribuir para visualizar um determinado problema de
maneira diferente, o que pode levar a soluções de maior valor do que as imediatas. Assim, o
brainstorming é um método de criatividade para ser aplicado em grupo.
O grupo deve ser formado por cerca de seis indivíduos de diferentes áreas. Deve haver um
moderador para a sessão.
Deve ser dado conhecimento aos participantes sobre o objectivo da sessão e cada um deles deve
preparar-se adequadamente. Cada sessão de brainstorming deve durar cerca de trinta minutos.
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Numa sessão de brainstorming, parte-se de uma definição do não muito específico do problema,
já que o grupo envolvido é multidisciplinar. O grupo gera, então, uma grande quantidade de
ideias. Durante a geração de ideias, não são permitidas críticas. Todas as ideias devem ser
anotadas. Com a proibição da crítica, consegue-se grande quantidade de ideias. Os indivíduos
são incentivados a gerar mais ideias, baseadas nas ideias dos outros.
Consegue-se, assim, aumentar a qualidade das ideias obtidas. Finalmente, é feita a avaliação das
ideias obtidas e classificação por ordem de viabilidade.
 Questionários e checklists
O método dos questionários pode ser utilizado individualmente ou em grupo, por exemplo,
durante uma sessão de brainstorming. O objectivo das questões é estimular a geração de ideias.
Com este método, sugere-se que o problema central seja variado conforme algumas questões
genéricas propostas, como as de Osborn (1953): é possível modo o objecto do problema? Não há
diferença fundamental entre este método para a solução de problemas e o método baseado na
utilização de checklists, já que, na aplicação do último, está implícito o questionamento.
Vários autores oferecem sugestões de checklists e questionários, como Koberg & Bagnall (1981),
Van Gundy, (1988) e de Bono (1994).
Compilações de questionários têm sido incorporadas a programas de computador para auxílio à
solução criativa de problemas como o Axon Idea Processor.
 Brainwriting (635)
O método 635 é o mais conhecido desta classe de métodos. Foi desenvolvido, com base no
brainstorming, por Rohrbach (1969), a partir da percepção de que, em sessões de brainstorming,
se somente algumas poucas ideias iniciais são desenvolvidas de maneira intensiva, os resultados
obtidos são melhores.
Após a familiarização com o problema e cuidadosa análise, um grupo de seis participantes
escreve três sugestões iniciais para solucionar o problema. A seguir, estas soluções são passadas
ao participante vizinho, que deve sugerir outras três soluções ou desenvolvimentos das soluções
já sugeridas. Este processo continua até que cada folha tenha trocado de mãos cinco vezes. Ao
final, faz-se a avaliação e definição das ideias a implementar.
 Lateral Thinking
Seguindo o raciocínio inicial de tentar sair de um padrão de pensamento para outro, em seu
lateral thinking, de Bono (1971, 1994) propõe as técnicas de degrau, fuga e estimulação
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randômica. Todas as técnicas baseiam-se em provocações. Uma provocação é uma idéia lançada
com o simples objectivo de produzir outras ideias.
Um exemplo de uso da técnica do degrau é a provocação "carros deveriam ter rodas quadradas".
Esta ideia pode levar a outras ideias interessantes, como uma peça quadrada presa à roda (ou
duas peças quadradas sobrepostas, formando um octógono), para melhorar a aderência em
terrenos arenosos ou atoleiros. A ideia inicial é o "degrau" utilizado para "subir" a um outro
padrão de pensamento.
Na técnica da fuga, busca-se identificar o padrão actual de pensamento e, conscientemente,
escapar deste. Assume-se que, em cada cabina telefónica, deve existir somente um aparelho.
Uma fuga deste padrão seria a ideia de dois aparelhos por cabina. Assim, se o cabo fosse
suficientemente longo, duas pessoas poderiam telefonar ao mesmo tempo e um dos aparelhos
poderia ser utilizado enquanto o outro estivesse fora de serviço.
A técnica da estimulação randômica implica no uso de um objecto, obtido por acaso, que deve
ser associado ao problema em questão. Por exemplo, o problema é controlar o sentido do fluxo
de pessoas pela porta de uma agência bancária. A estimulação randômica vem da palavra cair,
obtida de um dicionário. Um possível resultado de associação é o uso de um escorregador (queda
controlada), pelo qual as pessoas poderiam, somente, descer, garantindo-se a possibilidade de
movimentação num único sentido - para fora, neste caso, ao final do expediente.
 Synectics
O nome synectics (sinergia) justifica-se por este método ter sido desenvolvido para utilizar
diferentes elementos identificados por pesquisadores da psicologia cognitiva (incubação,
pensamento divergente, tentativa e erro, analogias e outros), sinergeticamente. O método deve
ser aplicado por um grupo multidisciplinar de quatro a sete pessoas. O método synectics foi
criado por Gordon (1961) e aperfeiçoado por Prince (1972).

Método morfológico

O método morfológico foi criado por Zwicky (1948). O método consiste no desdobramento de
um problema complexo em partes mais simples, a solução das partes mais simples e a
recombinação numa solução completa.
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2.1.Método da análise e síntese funcional


Com variações, a recomendação de uso do método da análise e síntese funcional para o projeto
de produtos complexos é unanimidade entre autores da área de metodologia de projeto (Back,
1983, Hundal, 1990, Roth, 1991, Ullman, 1992, Koller, 1994, Ulrich & Eppinger, 1995, Hubka
& Eder, 1996, Pahl & Beitz, 1996).
A análise funcional corresponde à extracção, a partir de um sistema técnico existente, de sua
estrutura funcional. A síntese funcional é o processo de criação de novas estruturas funcionais.
Diferentes diretrizes têm sido propostas para a obtenção da estrutura funcional de um sistema
técnico.
Com base nas principais abordagens para o problema da obtenção da estrutura funcional,
Herrmann et. al. (1995) destacam dois pontos: a distinção de procedimento para projecto de
produto novo ou reprojeto (no caso de reprojeto, é feita a análise funcional) e o uso de uma base
de funções. A base de funções pode abranger um conjunto de funções elementares de um
domínio específico ou todo o domínio dos sistemas técnicos.
No caso do reprojeto de um sistema, inicialmente, utiliza-se um processo analítico. Do sistema
existente, retiram-se princípios de solução e funções. As demais etapas do procedimento são as
recomendadas para o projecto de novos produtos.

Método da analogia sistemática


Com as analogias, procura-se identificar características funcionais ou estruturais originárias de
áreas técnicas, naturais e administrativas e traduzi-las para a geração de novas soluções. O
processo de analogia consiste em comparação e transferência de características originárias de
dois domínios distintos (o domínio do problema e o domínio análogo) em níveis compatíveis de
abstracção. Devem ter, no mínimo, uma característica em comum.
Linde, (1993) diz que A partir da definição do problema, abstrai-se suas características mais
relevantes. Procura-se, então, transferir características do problema para possíveis áreas de
analogia. Neste processo, compara-se características do problema com características da área de
analogia. Tal comparação pode ser feita, por exemplo, ao nível de funções, estrutura, forma ou
comportamento. Finalmente, faz-se a transferência e o ajuste das características consideradas
mais úteis ao problema, obtendo-se soluções básicas.
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2.2.Método dos princípios inventivos e da matriz de contradições


Segundo Altshuller (1984) O método dos princípios inventivos e da matriz de contradições
baseia-se nos conceitos de parâmetros de engenharia e princípios inventivos. Este é um dos
métodos mais simples da TRIZ acrônimo russo para Teoria da Solução Inventiva de Problemas.

Método da separação
O método da separação serve para a solução de contradições físicas. Na solução de uma
contradição, todos os requisitos contraditórios têm de ser atendidos. Para que isso aconteça, as
características contraditórias devem ser separadas no sistema. Através do estudo de patentes,
Altshuller (1984a, 1984b) estabeleceu onze princípios de separação, que podem ser resumidos
em quatro princípios gerais de separação: separação no espaço, separação no tempo, separação
no sistema e separação de acordo com condições específicas.
2.3.Análise C-S (campo - substância)
A base para este tipo de análise é o modelo C-S (campo-substância), desenvolvido por Altshuller
(1984a). O modelo C-S corresponde ao sistema técnico mínimo. Campo representa o provimento
de energia e/ou informação. Isto inclui os campos estudados na Física (gravitacional, eléctrico,
magnético etc.) e outros (odor, pressão hidráulica etc.). Substância é um objecto material, com
qualquer nível de complexidade. Campos atuam sobre substâncias e a interação entre substâncias
ou entre substâncias e campos podem gerar outros campos. Analisando-se o sistema de controlo
de direcção de um veículo, por exemplo, o volante é uma substância, a mão do motorista é a
outra substância e o campo envolvido é a força exercida pela mão sobre o volante.
A solução de um problema através da análise C-S consiste identificação dos campos e
substâncias disponíveis no sistema recursos do sistema e, dentre estes, aqueles directamente
relacionados com a situação do problema. Com os campos e substâncias identificados constrói-
se, então, o modelo C-S do problema. A seguir, identifica-se as regras de transformação do C-S
que podem ser utilizadas.
Com base em patentes, Altshuller (1984a) catalogou 76 regras de transformação ou soluções
padrão para sistemas C-S. Para orientar a selecção da regra mais adequada, há um algoritmo, no
qual as entradas são informações sobre o sistema C-S e circunstâncias do problema e as saídas
são indicações de qual deve ser a regra mais adequada para sua solução, no nível de modelo C-S.
A partir do modelo e de recursos do sistema, a solução técnica é desenvolvida.
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Método das partículas


A origem do método das partículas está na analogia pessoal, ou empatia, utilizada no método
synectics (Savransky, 1988).
O método das partículas inicia-se com a elaboração de croquis das situações inicial e final, com
base nos dados do problema e no resultado final ideal. Em seguida, croquis de situações
intermediárias são feitos. A estes últimos, aplica-se partículas. Na etapa seguinte, procura-se
definir as acções que as partículas devem executar para transformar a situação inicial na situação
final. Após definidas acções, as propriedades que as partículas devem ter são identificadas. A
penúltima etapa consiste em definir como as partículas devem surgir e como devem terminar.
Por último, define-se a que corresponderão as partículas, na realidade e propostas de solução do
problema.
Até aqui, foram apresentados alguns métodos representativos da enorme gama de métodos para a
solução criativa de problemas. No próximo segmento deste trabalho, discute-se as características
e potenciais de utilização destes métodos no processo de desenvolvimento de produtos.

2.4.Características dos Problemas


A comparação directa dos métodos de solução criativa de problemas não faz sentido, já que um
método não é, necessariamente, melhor que o outro e cada tipo de método tem vantagens e
limitações de aplicação. Os métodos de solução criativa de problemas diferem em termos das
características dos problemas para os quais sua aplicação seria mais útil e da dificuldade de
aprendizagem e aplicação de cada método.
Uma análise da aplicabilidade dos métodos de solução criativa de problemas que leve em
consideração as características dos problemas e a dificuldade de aprendizagem e aplicação de
cada método, portanto, teria a utilidade de orientar a equipe envolvida num determinado projeto
de desenvolvimento de produto. A análise apresentada a seguir é baseada em dados qualitativos
derivados da literatura e experiência.
A característica individual mais importante de um problema é o nível de dificuldade. A
dificuldade de um problema pode ser medida em termos da ordem de grandeza do número de
tentativas necessárias para encontrar uma solução, considerando a busca através de sucessivas
tentativas e erros.
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A dificuldade de um problema pode ser desdobrada em três outras características genéricas e


mutuamente independentes: complexidade do problema; compreensão sobre o domínio do
problema e natureza do domínio de solução do problema.
A complexidade de um problema pode ser definida como o trabalho necessário para determinar
cada variável (elemento desconhecido) de um problema por pessoas treinadas para fazê-lo
(Savransky, 1998a). É função do número de variáveis envolvidas no problema e das
interdependências entre estas variáveis. A complexidade pode ser medida em unidades de
trabalho (ergs, homens-hora etc.).
A compreensão do domínio do problema refere-se a quão bem definido está o problema. O
domínio de um problema define-se como um estado inicial indesejado, um estado final desejado
e restrições, as quais impedem que o estado inicial indesejado transforme-se no estado final
desejado (Pahl & Beitz, 1988).

2.5.O aluno como centro da aprendizagem no método de solução de Problemas.


Segundo Delisle (2000) Esse modelo pedagógico reflecte práticas didácticas centradas no
professor e no ensino, sustentadas por um paradigma que tem sido pouco eficiente para a
educação do século XXI por promover uma visão fragmentada e reducionista nas mais diversas
áreas do conhecimento científico, tecnológico, social e cultural.
Visando a uma reorientação de rumos, nesse contexto, busca-se estimular os professores a
pesquisar metodologias inovadoras que possibilitem o desenvolvimento das competências dos
alunos para a problematização como componente fundamental de um método que seja centrado
na aprendizagem. O foco na problematização possibilita uma visão transdisciplinar e tem como
ponto de partida o levantamento de questões e a busca de soluções para os problemas
identificados nos temas curriculares de cada disciplina, nos respectivos níveis de aprendizagem,
com a finalidade de produzir conhecimento.
Em contraponto, os métodos tradicionais de ensino proporcionam o aprendizado de conceitos
num contexto teórico. Para muitos estudantes, o principal produto desse ensino é representado
pela memorização.
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2.6.A Importância de Revisar o método de Solução de problema


Segundo Polya (2006) o aluno precisa compreender o problema, mas não só isto; deve também
desejar resolvê-lo. Se lhe faltar compreensão e interesse, isto nem sempre será culpa sua. O
problema deve ser bem escolhido, nem muito difícil nem muito fácil, natural e interessante.
De fato, para que haja um bom entendimento por parte dos alunos, o enunciado verbal do
problema precisa ficar bem entendido, como também ele deve estar em condições de identificar
as partes, o objectivo do mesmo. O aluno não conseguirá responder uma pergunta que não tenha
sido compreendida, cabendo ao professor elucidar dúvidas e instigá-los, provocando um
questionamento que os leve a levantar hipóteses prováveis de solução.
Por isso, ao escolher a Resolução de Problemas como metodologia de ensino em sala de aula, é
preciso entender que os conceitos, os conhecimentos e os métodos não são oferecidos pelo
professor, mas abordados de acordo com a exploração dos problemas.
O ensino da matemática nessa perspectiva deve, primordialmente, mostrar a relação directa do
que se está estudando e a realidade, evitando que o saber matemático continue aparentando estar
na contramão do saber da vida.
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2.7.Conclusão
Feito trabalho conclui-se que Método de Solução de Problemas é um método prescritivo,
racional, arquitectado e disciplinado para o desenvolvimento de um processo de melhoria num
ambiente de trabalho, visando solução de problemas e obtenção de resultados optimizados.

A estrutura principal do modelo é baseada nos métodos intuitivos, sistemáticos e orientados.


De acordo com a dificuldade do problema e a necessidade de obter novos princípios de solução,
pode ser utilizada a parte do modelo que faz uso dos métodos orientados. As etapas estão
divididas em preparação e execução, resultados, decisão e definição da sequência. As etapas de
preparação e execução compõem o cerne do modelo. As demais etapas servem para orientar com
relação às etapas que devem ser executadas na sequência. O foco na problematização possibilita
uma visão transdisciplinar e tem como ponto de partida o levantamento de questões e a busca de
soluções para os problemas identificados nos temas curriculares de cada disciplina, nos
respectivos níveis de aprendizagem, com a finalidade de produzir conhecimento.
Em contraponto, os métodos tradicionais de ensino proporcionam o aprendizado de conceitos
num contexto teórico. Para muitos estudantes, o principal produto desse ensino é representado
pela memorização.
A compreensão do domínio do problema refere-se a quão bem definido está o problema. O
domínio de um problema define-se como um estado inicial indesejado, um estado final desejado
e restrições, as quais impedem que o estado inicial indesejado transforme-se no estado final
desejado
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2.8.Bibliografia

I. COLENGHI, V. M. O & M e qualidade total: uma integração perfeita.3. ed. 2007.


II. DANIELEWICZ, M. Procedimentos para rastreabilidade das não conformidades no
processo produtivo. Santa Catarina, 2006.

III. CROSBY, P. B. Liderança: A arte de torna-se um executivo. São Paulo, editora Markron
Books do Brasil, Ltda. e McGraw-Hill, Ltda., 1991.
IV. DELISLE, R. Como realizar a Aprendizagem Baseada em Problemas. Porto: ASA, 2000
V. FEIGENBAUM, A. V. Controle Total da Qualidade: Aplicação nas empresas, volume
IV. São Paulo, editora Markron Books do Brasil, 1994.
VI. GLASSER, William. The Quality Scholl managing students without coercion. New York,
1990.
VII. JURAM, J. M. Planejando para a qualidade. São Paulo: Editora Markron Books, 1991.
VIII. KUME, Hitoshi. Métodos Estatísticos para Melhoria da Qualidade. Editora Gente, 4a
edição, São Paulo 1993.

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