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● Exame físico:
○ Aparelho respiratório: presença de roncos em todo o tórax; Sem demais alterações
Exames complementares
● Escarros:
○ 7 amostras positivas para Mycobacterium abscessus;
■ MIC: sensível à amicacina e linezolida, intermediário à cefoxitina e ciprofloxacina,
resistente à doxiciclina, tobramicina, claritromicina, sulfa e moxifloxacina.
● Laboratório de admissão:
○ Leve aumento de DHL, sem demais anormalidades;
Exames de imagem
Exames de imagem
Conduta:
● Internação hospitalar na enfermaria de Infectologia;
● Antibioticoterapia com Amicacina, Tigeciclina, Meropenem, Claritromicina e
Moxifloxacina com duração prevista de 8 semanas (atualmente em 3ª
semana);
● Vigilância de efeitos adversos;
● Solicitado acompanhamento multiprofissional com psicologia e terapia
ocupacional.
Discussão
● Micobactérias de crescimento rápido (RGM) incluem as três espécies
clinicamente relevantes mais comuns:
○ Mycobacterium abscessus;
○ Mycobacterium fortuitum;
○ Mycobacterium chelonae.
● Quando possível, é importante distinguir as bactérias isoladas ao nível de
subespécie devido às implicações do tratamento: a maioria dos isolados de
M. abscessus subespécie abscessus e M. abscessus subespécie bolletii têm
um gene de resistência a macrolídeos (ERM).
Discussão
Espectro de apresentação:
● Varia de acordo com a espécie, sendo o M. abscessus mais patogênico e o
que mais comumente causa doenças pulmonares, especialmente em
doentes com afecções pulmonares prévias;
● Pode se apresentar como:
○ Infecção pulmonar;
○ Linfadenite;
○ Doença disseminada;
○ Infecção de pele e partes moles;
○ Infecção musculoesquelética;
○ Infecção de próteses;
○ Infecção de sítio cirúrgico;
○ Infecção de cateter.
Discussão
Diagnóstico:
○ O diagnóstico de doença pulmonar causada por RGM depende da presença de uma síndrome
clínica compatível, incluindo achados radiográficos, exclusão de outras causas e evidência
microbiológica que atende aos critérios para infecção por RGM;
○
○ Usualmente demora mais de 2 anos para ser estabelecido;
Discussão
Diagnóstico
● Doença pulmonar:
○ A radiografia de tórax mostra envolvimento de três ou mais lobos em mais da metade dos
casos. Pode apresentar padrão intersticial, infiltrados intersticiais e alveolares mistos ou um
padrão reticulonodular.. Cavitações são infrequentes
■ Esses achados são semelhantes aos achados em pacientes com doença pulmonar
nodular / bronquiectática (não cavitária) do complexo M. avium (MAC).
○ A avaliação mínima deve incluir três ou mais amostras de escarro para bacilos álcool-ácido
resistentes (BAAR) e esforços para excluir outros distúrbios de confusão, como tuberculose e
malignidade pulmonar.
Discussão
Tratamento
● Terapia inicial:
○ Amicacina + 2 antibióticos adicionais por 8 a 12 semanas;
■ Cefoxitina, Imipenem, Tigeciclina e Linezolida;
■ Embora não seja sugerido o uso de macrolídeos para o tratamento de patógenos com
mutação do gene ERM, essa classe de antibióticos ainda pode ser um componente útil
do regime de tratamento para pacientes com bronquiectasia.
Discussão
Tratamento
● Terapia de manutenção
○ Para pacientes com doença pulmonar, o objetivo final é tratar até que o paciente tenha
culturas de escarro negativas por 12 meses;
○ Desvantagem: exposição de longo prazo aos medicamentos e suas toxicidades potenciais,
bem como a falta de evidências de que a terapia prolongada pode alcançar uma resposta
clínica confiável.
○ Outras opções razoáveis incluem:
■ Transição para medicamentos orais após a fase inicial de tratamento;
■ Interrupção da antibioticoterapia após a fase parenteral inicial com planos para
reinstituir a mesma terapia com recorrência ou piora dos sintomas.
Discussão
Tratamento
● Terapia de manutenção
○ A escolha entre as opções de tratamento depende da extensão da doença, da gravidade dos
sintomas do paciente e da tolerância do regime parenteral.
○ Antibioticos orais que podem ser usados:
■ Linezolida (300 a 600 mg por dia);
■ Tedizolida (200 mg por dia);
■ Clofazimina (100 mg por dia);
● CIM para esse agente é normalmente baixa
■ Moxifloxacina (400 mg por dia);
■ Bedaquilina;
■ Amicacina por inalação.
Discussão
Tratamento
● Monitoramento da toxicidade:
○ Hepática (claritromicina);
○ Renal (tobramicina, amicacina);
○ Vestibuloauditiva (tobramicina, amicacina, azitromicina);
■ Questionamentos de rotina sobre equilíbrio, capacidade de andar (especialmente no
escuro), zumbido, tontura e dificuldade para ouvir;
■ Se necessário, deve ser realizado um teste auditivo.
○ Hematológica (sulfonamidas, cefoxitina, linezolida).
Discussão
Prognóstico