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Resoluções das atividades INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 1

M
Ó 4 Competência linguística; Variação linguística diatópica » 1
D 5 Variação linguística diastrática e variação linguística diafásica » 2
U 6 Denotação e conotação; A estilística da língua » 3
L Atividades discursivas » 4
O
S

MÓDULO 4 Competência linguística; Variação


linguística diatópica
ATIVIDADES
PROPOSTAS
01 A

PARA SALA
Ao usar as expressões “Também ele soubera apoderar-se
ATIVIDADES
dessa arte” e “Conhecia a palavra exata para o momento
preciso”, o personagem acredita dominar os jogos de
01 B poder na linguagem, mas acaba se tornando um fantoche,
como se vê em “títere voluntário e consciente”.
A questão centra seu olhar sobre o tema da variação linguís-
tica e destaca o quanto o léxico é variável e se modifica dia-
02 D
cronicamente. Ao comparar linguisticamente as gerações, o
autor destaca a série de transformações ocorridas na língua O texto é escrito em linguagem culta, formal, tendo em
vista o direcionamento para o presidente da República.
em um determinado espaço de tempo.

03 A
02 D
A questão aborda a temática dos referenciais anafóricos
Como bem demonstra o texto, não há uma variedade e catafóricos, elementos linguísticos que fazem alusão a
específica da língua portuguesa que possa ser conside- outros elementos presentes no texto. O item A é o único
rada a “correta”, em detrimento das demais. Há, sim, dife- plausível, por se tratar de um referencial catafórico.
rentes situações comunicativas, e ter o domínio da língua
é saber adequá-la a cada uma dessas situações. 04 D
Nesta questão, o aluno deve identificar, em textos de
03 A diferentes gêneros, as marcas que singularizam as varie-
A questão analisa o processo histórico embutido na for- dades linguísticas sociais, regionais e de registro. O texto
mação da língua portuguesa do Brasil, buscando destacar em análise, ao apresentar que cada língua possui sua pró-
as marcas da história vivida pela nação, ressaltando o seu pria complexidade e dinâmica de funcionamento, enfatiza
caráter heterogêneo. a existência de diferenças vocabulares entre os idiomas,
especificidades relacionadas à própria cultura dos falantes
de uma comunidade.
04 C
A questão requer do aluno a noção acerca de variações 05 B
linguísticas e, também, a percepção em função do falar Exige-se que o aluno reconheça o gênero em questão, no
tipicamente regional, naturalmente percebido na expres- caso, a notícia, pois, lendo o texto “Fraudador é preso por
são ”cabras”, que funciona como sinônimo para homens. emitir atestados com erro de português”, percebe-se que
relata fatos que resultaram no indiciamento de um frauda-
dor, constando a informação noticiada.
05 B
A língua é algo vivo e em constante transformação. Nessa 06 E
questão, o aluno é levado a refletir sobre a capacidade de A questão envolve a linguística, com foco na lingua­gem
preservação de uma língua. Por exemplo, após a criação formal e informal. Espera-se que o aluno identifique a
do Estado de Israel, o hebraico antigo, que estava preser- substituição que altera o grau de formalidade do texto
vado apenas nas escrituras, foi restabelecido e transfor- sem alterar o sentido da informação. Assim, verifica-se
que isso ocorre na alternativa E, quando há mudança de
mado em língua oficial.
“por trás de encrencas” por “causadora de problemas”,
evidenciando a ideia de causa.
06 E
07 E
A questão avalia o processo de comunicação no ciberes-
Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos
paço, destacando o uso de recursos como o manuseio das linguagens e dos sistemas de comunicação e informa-
das letras maiúsculas e minúsculas, além de ressaltar o ção é o principal objetivo da questão. Ao analisar o posicio-
papel desempenhado pelos emoticons na construção das namento crítico de Faraco, percebe-se que o autor valoriza
mensagens. a diversidade e a heterogeneidade no uso da língua.

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08 C 04 D
O texto é muito claro e objetivo quando, na passagem “que A expectativa do leitor é quebrada quando um registro lin-
opõe não só as normas do português de Portugal às normas guístico informal é empregado por Calvin no último qua-
do português brasileiro”, afirma a existência de usos da língua drinho.
que marcam um padrão brasileiro diferente do de Portugal.
05 C
09 E
No início do texto, o narrador já avisa tratar-se de uma piada,
A questão comenta que, em um mundo bastante inundado
logo, o efeito entre águia, o belo pássaro, e aguia, forma
por inovações tecnológicas, a produção dos folhetos de
cordel, no Nordeste brasileiro, ainda se mantém fincada popular de referir-se à agulha, estabelece um jogo de pala-
em suas raízes culturais. Exige-se do aluno uma compreen- vras a partir da mudança da sílaba tônica: águia, com a tônica
são da manutenção da essência identitária dessa tradição no primeiro a; com a palavra aguia, com a tônica na sílaba gu.
popular no seio da cultura nordestina. Aproveitam-se as semelhanças gráficas entre as duas pala-
vras para criar um trocadilho bem-humorado.
10 E
A linguagem utilizada no texto, por ser demasiadamente infor- 06 A
mal, contrasta com seu teor bíblico caracterizado pela escrita Como o texto é veiculado por uma revista intitulada Língua
em linguagem formal. É essa aparente inadequação entre Portuguesa, adotou-se a variante padrão para se adaptar
forma e conteúdo que causa o efeito de humor do texto. ao público.

11 B
Relacionar informações geradas nos sistemas de comuni-
cação e informação com os estudos científicos da área da
ATIVIDADES
PROPOSTAS
Linguística é o principal objetivo da questão. Ao expor o
embate entre linguistas e gramáticos, no cenário midiá- 01 C
tico, o autor constatou que falta à imprensa um olhar mais Expressões como pinhero, lembrá, mineiro e alembro
teórico e científico sobre os fenômenos da língua. revelam que os autores optaram por mostrar quão diverso
linguisticamente é o Brasil. A escolha lexical denuncia que
12 E
é seu objetivo fazer um registro da fala coloquial brasileira,
Ao propor um olhar sobre as modificações da língua, o artista destacando aspectos da informalidade comunicativa.
procura mostrar quão instável e dinâmico é o código linguís-
tico. Por meio das frases da tirinha, pode-se perceber como
02 A
as estruturas linguísticas podem sofrer diferentes influências,
algumas classificadas como vícios da comunicação coloquial. Uma das práticas mais comuns da linguagem é contar
Ainda que não condizentes com a norma, trata-se de exem- estórias e histórias. No texto lido, Pedro Braga reconta
plos cotidianos da inconstância da língua e das transforma- uma dessas estórias à sua maneira, utilizando a linguagem
ções na maneira de emitir-se uma mensagem. que conhece.

MÓDULO 5 Variação linguística diastrática e 03 D


variação linguística diafásica O poema defende que o povo “é que fala gostoso o por-

PARA SALA
tuguês do Brasil”, portanto as variações linguísticas são
ATIVIDADES
reconhecidas pelo eu lírico como algo natural da cultura
brasileira.
01 C
A forma verbal está, ao ser reduzida para tá, aponta o uso 04 C
da variação linguística informal no contexto comunicativo. O texto é muito claro e objetivo quando, na passagem
“que opõe não só as normas do português de Portugal
02 D às normas do português brasileiro”, afirma a existência de
A questão define o que são expressões idiomáticas e analisa usos da língua que marcam um padrão brasileiro diferente
o seu emprego de acordo com a região do país, dando tons do de Portugal.
peculiares do uso da língua a cada região do território nacional.

03 D 05 B
A presença de expressões de cunho oral atribui um tom A possibilidade que a língua portuguesa tem de transfor-
coloquial ao texto, fator que confere maior espontanei- mar praticamente qualquer palavra em verbo, por meio da
dade, o que permite uma comunicação mais eficiente colocação de um sufixo, faz com que seja comum a criação
entre emissor e receptor. de neologismos facilmente entendidos.

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IN TERPRETAÇÃO TEXTUAL 1

06 D
MÓDULO 6 Denotação e conotação; A estilística da
O léxico de José de Alencar mostra quão preocupado
estava o autor em mostrar a força identitária da nação bra-
língua

PARA SALA
sileira. Para isso, sua escrita é repleta de topônimos e de
ATIVIDADES
citações de animais típicos da fauna brasileira. Também é
importante perceber que Alencar transforma o índio em
símbolo maior da identidade nacional e, consequente- 01 D
mente, também modifica o olhar sobre as culturas étnicas Copérnico iniciou uma revolução que alterou a maneira
dos povos que habitavam a América antes da chegada como o ser humano observa o Universo. Suas ideias nega-
dos europeus. As obras Iracema, O guarani e U ­ birajara são vam o geocentrismo propagado pela Igreja Católica. Para
exemplos claros desse olhar. Copérnico, a Terra não era o centro do Universo, e, sim, o Sol.

02 E
07 C
O termo society é usado com ironia por Millôr Fernandes
Quando se trata de um texto jurídico, devem ser evita-
para designar os indivíduos exibicionistas que obstinada-
das as ambiguidades e as incoerências no texto, fazendo
mente querem aparecer nas colunas sociais e fazem dessa
uso de palavras no sentido literal ou denotativo.
prática o seu objetivo de vida.

08 D 03 D
Fundamentada em observações e análises, a pesquisa- A atividade descrita na alternativa A é uma tarefa do
dora deixou claro em seu trabalho que a escrita tem pas- profissional conhecido como arquiteto de informação. A
sado por modificações nos últimos anos devido ao contato alternativa B descreve tarefas do web designer. A alter-
dos jovens com as novas tecnologias. nativa C descreve as competências do redator e do edi-
tor de conteúdo. A alternativa E caracteriza a profissão
de programador. A alternativa correta é a D, pois o texto
09 C deixa bem claro que o analista de mídias sociais centra
O trecho do manifesto de Oswald de Andrade ratifica a seu olhar no universo comunicativo das redes sociais.
incorporação da fala popular ao conjunto de caracteres dos
autores que participaram da primeira fase do Modernismo. 04 C
A diferença não se dá pelo gênero, mas pelo uso do tom
10 A de autoridade por parte da mãe. Não houve quebra de
A Fonologia (do Grego phonos = som e logos = estudo) regras na hierarquia familiar, pois percebe-se claramente
é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro quem é a mãe e quem é o filho no diálogo. Os questio-
de um idioma. Ao comentar as variações que se perce- namentos da criança obedecem a uma ordenação de
bem no falar de pessoas de diferentes regiões (“Têm ­pensamento bastante pueril, o que os diferencia da forma
uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, de pensar da mãe. Não há menção ao processo de forma-
fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ção de neologismos na comunicação dos interlocutores.
ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l Os elos coesivos permitem a compreensão da mensagem
pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de veiculada pelo conto e auxiliam o desenvolvimento da
Raquer”), a autora analisa as mudanças fonéticas carac- progressão temática.
terísticas de cada região.
05 B
11 E O neologismo consiste em um mecanismo linguístico
As opiniões entre os autores Teyssier e Serafim são iguais utilizado pelos falantes de uma determinada língua para
em relação à diversidade linguística, analisada sob um aumentar a capacidade de comunicação. Assim, altera-se
plano menos geográfico e mais sociocultural. Serafim se o processo de formação das palavras e atribuem-se novos
apoia numa comparação mais histórica, Teyssier se atém a sentidos a palavras já existentes.
uma análise sociológica.
06 A
12 C Nos fragmentos, a temática comum é a transformação/
O ministro da charge, para referir-se à sua própria situação, fusão do “outro” com o eu lírico, o que pode ser exem-
utiliza ironicamente o recurso da intertextualidade com o plificado pelos seguintes versos: “Porque tu eras eu” e
texto bíblico da ressurreição de Jesus Cristo. “Transforma-se o amador na cousa amada”.

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ATIVIDADES
PROPOSTAS
10 A
Paulo Honório se apresenta como um defensor de um
capitalismo pragmático, construído com base em mentiras
01 B e roubos, todos alicerçados no seu desejo de ambição.
Ao afirmar que a campanha “busca persuadir”, ou seja,
convencer a mulher a dar importância para o assunto
11 E
abordado, a alternativa ratifica a ideia de que a campa-
nha é uma tentativa de adesão, e nunca uma certeza. João Cabral de Melo Neto foi um poeta da terceira gera-
ção modernista, da qual fez parte também Guimarães
02 A Rosa. Essa geração, entre outros aspectos, foi marcada
pela invenção linguística e visava “romper com os autori-
O objetivo da campanha publicitária é levar o cliente a se tarismos da percepção” [terceira afirmação].
sentir uma pessoa especial, já que o uso do tapete verme-
lho revela uma simbologia vinculada à ideia de status. “Catar feijão” faz parte da obra A educação pela pedra.
Nela, a pedra simboliza a própria poesia, em um esforço,
por parte do poeta, por apreender a realidade concreta.
03 D
Desse modo, é possível compreender a simbologia do
O texto é, antes de tudo, informativo, trazendo informações “grão imastigável, de quebrar dente” e de “a pedra dá à
relevantes acerca da arqueologia e do seu desenvolvimento. frase seu grão mais vivo”: a palavra dura, os versos agres-
Assim, o domínio discursivo do texto apresenta um caráter sivos e impactantes, que despertam para a dureza da pró-
instrucional, não necessitando da linguagem conotativa, e pria realidade [segunda afirmação].
sim, denotativa. Essa concepção de poesia aproxima o estilo de João
Cabral de Melo Neto ao de Graciliano Ramos, escritor da
04 A segunda geração modernista. Um dos traços mais marcan-
Tendo como base seu relato pessoal, ou seja, suas vivências tes da prosa de Graciliano é o estilo seco – econômico,
e percepções, o autor vai construindo o texto e mostrando exato, objetivo –, que, para o escritor, era necessário para
as interseções do tema com sua vida. retratar com precisão o cenário nordestino, como o de
Vidas secas [primeira afirmação].
05 A
12 C
O uso do termo como indica a comparação e, posterior-
mente, as sequências discursivas indicam a construção de O item II está correto porque a paronomásia é uma figura
um processo enumerativo. de linguagem que consiste no emprego de palavras com
sonoridade semelhante. O item IV acerta ao afirmar que
06 D existe a proposta de evocar no leitor o movimento das
O texto foi escrito numa linguagem denotativa, ou seja, o ondas por meio do jogo sonoro. O item V é verdadeiro
autor não se utilizou de linguagem figurada para transmitir porque atribui uma característica humana à onda.
sua mensagem, e, por ser um texto em que a informação é
o foco principal, diz-se que o autor fez uso da função refe- ATIVIDADES
rencial da linguagem.

07 B
Apesar de o autor utilizar expressões como “prato de
substância” ou “nomenclaturando”, pode-se dizer que Módulo 4
seu texto apresenta uma linguagem predominantemente 01 a) N
 a mídia em geral, a linguagem é vazia de sentido por
formal, uma vez que ele se atém às formalidades da língua, repetição excessiva ou inadequação ao contexto fatual,
valendo-se de termos técnicos e de um vocabulário bem enquanto o uso cognitivo da linguagem diz respeito ao
elaborado. Marcadores como “não obstante”, por exem- perfeito entendimento do termo, ou seja, ao processo
plo, são típicos desse tipo de linguagem. mental da informação.
b) A palavra cidadania é constantemente evocada por se
08 C tratar de assunto amplamente discutido, mas, muitas
vezes, de forma banal, sem a preocupação com o seu
Ao utilizar a palavra “lombada” em vez de “livro”, o cro-
verdadeiro significado: exercício consciente das ações
nista recorre à metonímia ou sinédoque: substituição
do indivíduo na sociedade.
lógica de uma palavra por outra semelhante, mantendo
uma relação de proximidade entre o sentido de um termo
e o sentido do termo que o substitui. 02 a) A expressão “xeque-mate”, no sentido original, significa
“o rei está morto”. Mas, associada ao jogo de xadrez,
define a posição em que o rei fica definitivamente vul-
09 E nerável, não podendo ser defendido por outra pedra
O texto revela, pela forma como as ações da madrasta nem fugir do ataque adversário, encerrando-se assim a
foram descritas, que há uma relação conflituosa estabele- partida com a derrota do jogador atacado. Ou seja, o
cida entre o garoto e a atual esposa de seu pai. rei, embora vencido, não está morto.

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IN TERPRETAÇÃO TEXTUAL 1

b) Diferentemente do senso comum, que atribui valor e . b) Espera-se de um artigo de divulgação científica um
heroísmo ao que luta até a morte, o autor valoriza o que largo uso de linguagem especializada (principalmente
tem consciência dos seus limites face ao inimigo e se rende na terminologia particular da área científica abordada),
no momento certo, como acontece no jogo de xadrez em além de objetividade e impessoalidade. O artigo apre-
que o rei é vencido, mas não morre. Isso permite domínio senta um trecho subjetivo em “nosso andar é elegante
sobre a própria derrota, que passa a ser momentânea, e e gracioso”, além de utilizar a primeira pessoa em outro
abre a possibilidade de um eterno recomeçar. trecho “somos capazes de andar”. Um artigo típico não
conteria essas características de linguagem.

03 A frase que melhor revela preconceitos sociais e culturais é: Módulo 6


“Costuma dizer que, pela voz, sempre saberão que ele nunca
andou no meio dos pretos e que se formou em Coimbra.”
01 A história acontece nos primeiros anos do século XIX,
época da vinda da família real (1808) e do rei D. João VI ao
Módulo 5 Brasil. Ao mesmo tempo, o trecho contém uma indetermi-
nação temporal (era) que alude à expressão de abertura
01 a) Ao tratar do ponto de ônibus, a mensagem publicitá- dos contos de fadas: “Era uma vez...”.
ria incorporada a eles tem por objetivo produzir um
efeito de sentido a partir do vocábulo conforto, que faz
02 a) Espera-se que o candidato exemplifique o emprego
referência aos passageiros que esperarão o ônibus ali,
de surfar como transitivo (Surfamos a internet) e como
bem como a uma característica dos benefícios da nova
intransitivo (porque gostam de surfar), indicando que
parada: não são passageiros, ou seja, ficarão por muito
o uso necessariamente figurado aparece na ocorrência
tempo. Ao associar essa mensagem ao fato de que pes-
do verbo como transitivo. Ao justificar esse uso, o aluno
soas em situação de rua dormem ali, aponta-se, então,
uma contradição, já que a nova parada, que deveria ser- deve explicitar o sentido assumido por ”surfar” (por
vir apenas como um ponto de espera, acaba se tornando exemplo, acessar informações por meio de hipertextos,
moradia para aqueles que não têm onde dormir. visitar várias páginas da internet ao mesmo tempo etc.).
b) Na segunda parte da questão, deve-se associar o título
b) São também características da linguagem oral as expres-
da campanha ao trecho citado, relacionando os sentidos
sões “de matar” e “fazer o que dá”, que expressam, pela
de “empolgar”, “agarrar” e “passageira” ao de “surfar”,
fala de João Paulo, a sua origem e permitem identificar
e os de “envolver”, “abraçar” e “permanente” ao de
seu estrato social. “nadar”. Ao fazer isso, pode-se, por exemplo, associar
a internet a uma onda (algo empolgante, impactante,
02 a) Espera-se que o candidato identifique duas expressões
fugaz) e as revistas, ao mar (algo envolvente, acolhedor,
nominais ou verbais que remetam ao estilo pouco usual
perene).
no gênero artigo científico. Exemplos desse tipo de
expressão presentes no texto são: “os objetos de sua É relevante mostrar como essa relação é sustentada no
afeição”, “espectrógrafos antipáticos”, “blocos de nos- restante da campanha. Para tanto, é necessário lançar
sos amados corpos celestes”, “seus mais íntimos segre- mão das informações apresentadas no segundo pará-
dos”, “muitas noites geladas”, “podem acariciar”, “fas- grafo, que indicam a vitalidade das revistas (seu cresci-
cinam” e “contemplamos”. mento, sua existência duradoura, o fato de não terem
b) Espera-se ainda que o candidato explique que a alter- sido substituídas por outras mídias) frente à populariza-
nância entre o uso da primeira pessoa do singular e o ção da internet.
uso da primeira pessoa do plural no texto pode expres-
sar: a particularização das experiências narradas pelo 03 a) O termo lábio designa cada parte externa do contorno
autor (”Quando eu era aluno de graduação, [...] passei da boca, e o seu feminino, lábia, está associado, na lin-
muitas noites [...] e posso garantir. [...] Os fragmentos de guagem informal, à arte de iludir alguém com discurso
asteroides que mais me fascinam...”), associada ao uso astucioso. O autor, ao narrar o episódio, brinca com a
da primeira pessoa do singular; e a inclusão do autor figura de linguagem paronomásia, recurso usado fre-
do texto em uma comunidade científica específica (a de quentemente pelos poetas concretistas.
geofísicos, que são estudiosos de planetas e asteroi- b) A conjunção coordenativa todavia introduz uma ideia
des), associada ao uso da primeira pessoa do plural. contrária à preocupação inicial do poeta, fazer um
poema concreto, pois a urgência para entrar em con-
03 a) O trecho em que ocorre essa utilização de termos tato com a namorada era ainda mais forte.
contraditórios com fins expressivos é “um grupo de
cientistas construiu uma traquitana simples, mas extre-
mamente sofisticada”, em que os dois adjetivos des-
tacados expressam qualidades opostas e são usados
para caracterizar a mesma traquitana. O recurso acaba
por reforçar as duas qualidades do objeto, já que elas
são colocadas em oposição, indicando que se trata de
algo extraordinário.

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